Sendo eu, assumidamente, uma pessoa de afectos, todo o meu crescimento enquanto ser humano assentou essencialmente nas ligações afectivas.
Daí que a família e os amigos tenham assumido um lugar preponderante na minha vida.
Desde muito cedo aprendi, igualmente, a lidar com a perdas. A fazer o "meu luto"!
É óbvio que cada processo de luto varia de pessoa para pessoa, os comportamentos que assume ao longo desse processo resultam da sua personalidade, da sua cultura, das suas emoções, do significado que a perda assume para ela.
Nunca fiz o luto da forma que é assumida pela generalidade das pessoas.
Sempre que sofri uma perda não chorei. Embrenhei-me no trabalho.
E comigo resulta. Foi a forma que encontrei de não ficar amarrada ao passado e avançar um dia de cada vez.
Mas só resulta quando se trata, assumidamente, de uma perda e não de uma situação ambígua.
Nestes casos, não faço o “meu luto”, nem avanço... fico à espera...
11 comentários:
Quando é ambíguo é particularmente cruel e não vale a pena estar à espera. É avançar! Senão corrói.
Mesmo nas situações ambiguas tens que arranjar forma de avançar...
o ficar à espera não é saudavel...
Apenas para dizer que a música é muito fixe!!!
Ambiguidade faz desequilibrar o nosso mundo interior...
Abobrinha e Eu Mesma, a esperança pode corroer e nem por isso deixamos de a sentir, pelo contrário, até considerámos a verdadeira alavanca da vida.
Sou assim: confio nas pessoas e no melhor que elas têm. Para o bem e para o mal. As pessoas ainda têm muito que aprender na arte de tudo fazerem para eu deixar de acreditar nelas.
:-)
VCosta, quem não gosta de Sade e da sensualidade presente em todas as suas músicas? :-)))
Beijos a todos
Big Girls, bem vinda a esta sala de estar.
É verdade que faz desequilibrar. Em certos momentos até poderá transmitir a sensação que nos vai vencer. Mas, se quisermos, somos fortes e só nos deixamos derrotar se assim quisermos.
Bjs
Hás-de me dar a fórmula para só nos deixarmos derrotar se assim quiseres....
comigo não funciona...
Posso fazer-te companhia no luto?
Concordo com o Pinxexa. Não funciona comigo, não consigo é algo que ao fim de algum tempo me desgasta, consome e destrói.
É algo que aguentas algum tempo , mas não todo o tempo.
Bem há mais uma cadeirinha?
que eu sento-me também...
beijos
Pinxexa, não é fácil. Nada fácil. Mas consigo. E não te deixo fazer o luto comigo porque sabes muito bem que não precisas.
Big Girls nesta sala de estar há sempre uma cadeira a mais mas ficas desde já avisada que umas vezes é para rires às gargalhadas com as parvoíces que a dona da casa diz e outras vezes é para corares que nem uma doida em solidariedade com a dita cuja :-)
Beijos
Me too... o problema é que o trabalho não me tem motivado... nada...
Bem então vou mesmo ficar por aqui
;)
beijos
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