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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Retorno à idade da inocência....


Imagem da net
 
 
 
"Como eu gostaria de voltar ao tempo
em que, minha inocência,
era a minha maior virtude."
 
Nara Alencar Queiroz


Porque preciso de acreditar que ainda há pessoas boas.
 
Porque preciso de acreditar que ainda há quem nos dê a mão quando dela precisamos.
 
Porque deixar de acreditar nos outros, é deixar de acreditar em mim mesma.
 
A música, obviamente, só podia ser esta.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

7 Anos de Blogue - Eu, os Outros e a Blogosfera...




“Se escrevo o que sinto
é porque assim diminuo a febre de sentir.
O que confesso não tem importância,
 
pois nada tem importância.
Faço paisagens com o que sinto”.
Fernando Pessoa

 
Porquê ter criado este blogue?
 
Porquê a insistência em temas que envolvem afectos?
 
 Porquê a opção de colocar pensamentos?
 
Estas foram algumas questões que me foram colocadas ao longo dos sete anos que este blogue existe. Vou tentar responder a todas.
 
Sempre gostei de escrever (aliás, de quando em vez lá me vão acusando de que os meus pareceres são autênticos “testamentos”, tal é a minha dificuldade em parar de escrever quando exponho argumentos/opiniões).  Mas, acima de tudo, gosto de "conversar".
 
É verdade que estamos perante um blog pessoal. Desde logo o objecto está restringido. Poderia, simplesmente, escrever textos que fossem um reflexo daquilo que me acontece na vida e que desejava partilhar ou simplesmente recordar. Não o deixo de fazer de quando em vez.
 
Mas, mais importante para mim do que partilhar experiências pessoais é “conversar”.
 
Tal e qual. Uma conversa virtual, é certo, mas nunca uma conversa hermética. Uma tertúlia onde se discutem ideias, princípios e valores.
 
Um texto pessoal é sempre hermético porquanto não deixa de ser um reflexo daquilo que nos acontece na vida e que desejamos partilhar ou simplesmente recordar.
 
Mas, a vida, é muito mais do que a nossa vivência pessoal.A propósito do que vem acontecendo ultimamente, aqui e ali, na “blogosfera”.
 
Falar do que somos e de como lidámos com os afectos não é fácil, ao contrário do que muitos possam pensar.
 
É relativamente fácil criticarmos um político e/ou uma política governativa. E, ainda mais fácil, criticar os outros. Espezinhar o bom-nome e a honra mesmo sem provas, só porque está na moda a ignomínia.
 
Não é difícil defender a nossa fé, bastará acreditar.
 
E criticar aquele árbitro que se lembrou de marcar uma grande penalidade contra a nossa equipa de coração, quando toda a gente viu que foi falta do atacante que se lembrou de saltar para o costado do nosso defesa? Ainda mais fácil. Então quando não vimos o jogo mais fácil se torna...
 
Mas se perguntarmos a alguém porque razão tomou uma atitude e não outra, dificilmente terá uma resposta imediata. Se perguntarmos porque razão o seu sorriso é falso, ela pensará duas vezes antes de responder. Se perguntarmos a alguém qual é a definição de um qualquer afecto, ela olhará para nós antes de responder e, provavelmente, recorrerá a uma daquelas “frases feitas”, simplesmente porque alguém já pensou nisso antes e ela não tem tempo para pensar em “assuntos menores”.
 
É que, não é fácil falarmos de nós, daquilo que somos e a forma como interagimos com os outros, de e para a sociedade. É bem mais fácil vestir o fato da indiferença e/ou da “pseudo intelectualidade” com que encarámos o mundo diariamente.
 
Comecei a trabalhar aos 16 anos para tirar o curso que queria. Já perdi pessoas que amei, já fui traída, já tive momentos felizes, já sofri, já sonhei, já acordei para a realidade...
 
No fundo, já vivi.
 
Mas, mesmo esta vivência não me dá total segurança para falar convictamente dos meus próprios afectos. Muito menos dos afectos dos outros...
 
Mas gosto de dizer o que sinto, mesmo que não saiba o que dizer...porque, simplesmente, gosto de entender. E é na dialéctica que se aprende. É na troca de opiniões, (em que o respeito para com o outro é a única exigência), que podemos, quiçá, encontrar uma resposta.
 
Não sei definir o amor, a amizade, o ódio, o ciúme, a inveja, a indiferença. Mas em algum momento da minha vida já senti. Porque o ser humano não é um ser isolado. É um ser que interage, que se dá, que se entrega. E que recebe. Recebe por vezes aquilo que não merece e/ou está à espera. E o que fica? O que aprendemos? Mudámos alguma coisa nesta relação de "deve-haver"? Evoluímos enquanto seres humanos e parte das relações que se estabelecem todos os dias? Ou fechámo-nos numa redoma porque é mais seguro?
 
É destes sentimentos que gosto de “conversar”.
 
E gosto de música. É a minha companhia diária.
 

Deixo-vos com o 1º tema que coloquei neste blogue. E a escolha não foi despropositada. Significa bastante para mim. Dedico a "ti" e a todos os que partilham esta minha aventura na blogosfera. Alias e o tema "More than words can say".
 
Tem sido um prazer enorme fazer esta caminhada convosco...

terça-feira, 11 de março de 2014

As palavras que nunca te direi...


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"Ter saudade é estar na presença de tua ausência"
Hilda Richter



Mas há dias em que a tua ausência é mais presente.
 
Há dias em que um simples olá bastaria, para o sorriso voltar.
 
Mas a roda do tempo não pode parar... e até a saudade temos que mascarar...



Nota - Hoje estou para aqui virada. e quando um dos meus "peixes" teima em rodar ao contrário não há nada a fazer. Quanto à música, vamos até 1979 e ouvir e menina Rita Coolidge.

segunda-feira, 3 de março de 2014

E a semana começa assim...


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"A recordação é o perfume da alma.
 É a parte mais delicada e mais suave do coração,
que se desprende para abraçar outro coração
e segui-lo por toda a parte"
George Sand


Só que, a maioria das vezes, optamos por esquecer.
 
Porque queremos esquecer.
Porque, se assim não for, ficámos presos ao passado.
E temos que viver o presente.
Já Robson Fernandes dizia que "quem vive do passado, deixa de viver a alegria do presente e perde a esperança do futuro"!
Mas, quantas vezes, o passado é o melhor refúgio para enfrentarmos o presente.
Talvez porque temos que entender o passado antes de avançar.
Talvez porque, muitas vezes, é a ânsia de recuperarmos o passado que nos faz viver o dia-a-dia...
E nesta altura dirão: " Ni, que raio de post para uma segunda-feira carnavalesca"!
E eu direi: "Que querem? Para além de ter visto o meu FCP bater no fundo e de ter estado toda a noite a ver a entrega dos Óscares, (vício de muitos anos), ainda tenho que constatar que pertenço aos 10% de trabalhadores da empresa que não se lembrou de meter um dia de férias".
Mas não perdi a parvoíce do romantismo e a música de hoje é mesmo daquelas bem lamechas. Os senhores "Air Supply".

 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Distâncias*...


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Porque razão,

Pessoas separadas pela distância, na maioria das vezes sem mesmo se conhecerem, conseguem partilhar momentos únicos?

Pessoas que nunca se viram, dão de imediato a mão para levantar alguém que está, momentaneamente, em queda?

Pessoas que nunca se viram, não dispensam de escrever para dizer "olá, estou aqui"?

Pessoas que nunca se viram, se dão a conhecer?

Gustave Flauber, escritor francês dos finais do século XIX escreveu:

"Porque nos conhecemos? Por que o acaso o quis?
Foi porque através da distância, sem dúvida,
como dois rios que correm a unir-se,
nossas inclinações particulares
nos impeliram um para o outro"

Gosto desta frase. Adoptei-a como minha...
 
E a música de hoje? só podia ser este tema da Senhora Bette Midler.
 
 
* Modo "copy past" da autora
 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Porque a vida pode ser um jogo perigoso...



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Há quem tudo dê à vida e nada receba em troca. Mas, não desiste.

 
Há quem nada dê à vida e tudo lhe seja dado de "mão beijada". Mas, persiste.
 
 
Há quem encare a vida como um desafio constante que faz questão de enfrentar. Mas, com certezas.
 
Há quem se queixe da vida e nada faça para a alterar. Mas, com esperança.
 
 
 
E, depois, há quem, pura e simplesmente, desistiu de lutar.
 
Adeus A.
 
 
 
E porque a vida pode ser um jogo perigoso, a música é esta (porque gostavas).



quinta-feira, 14 de março de 2013

O que não perdoo?


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" Perdoar é lindo, mas como eu não me importo com beleza não perdoo mesmo"
Desconhecido
 
 
 
 
Não serei tão radical. Há atitudes e palavras que não relevo e/ou perdoo.
 
Mas há algo que não consigo perdoar: deslealdade.
 
Mesmo que esta minha intransigência não abone muito a meu favor não consigo perdoar. Para mim a relação está inquinada para sempre porque perco a confiança na pessoa.
 
 Os "traidores" não merecem que eu perca tempo a encontrar justificações para os seus actos. Mas lamento que não provem do seu próprio veneno porque talvez crescessem enquanto seres humanos.
 
E se a deslealdade parte de quem gostámos e é preparada pelas costas? É o "descasca o pessegueiro". Para além de não perdoar, não esqueço.
 
Já me perguntaram se não gostaria de  mudar esta característica da minha personalidade. Pensei bastante antes de responder e disse que não. Terei outras características que fazem menorizar este meu defeito.
 
E a música pode ser esta.
 
 
 
 
 

segunda-feira, 4 de março de 2013

O que a vida me ensinou ...



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" Saudade é amar um passado que não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida. "
Pablo Neruda
 
 
Sentir saudades de alguém que está vivo mas que, por algum motivo, nos "deixou" pelo caminho é, definitivamente, o sentimento que mais me intimida.
 
Porque nos aprisiona no passado na ânsia de encontrar "o porquê".
 
Porque nos faz questionar se algum dia fomos importantes para essa pessoa e nos cega quanto ao mundo que nos rodeia, bloqueando-nos e impedindo de avançar.
 
Porque nos faz acreditar que algum dia possa voltar, armadilhando o caminho que temos que trilhar...
 
Porque é difícil tentar crescer quando estamos aprisionados a algo ou a alguém.
 
Alguns, paulatinamente, tal como a semente que foi deixada perdida e sem água, conseguem rebentar as amarras, encontrar uma fuga na couraça da vida e avançam.
 
Avançam mesmo sabendo que pode não dar flor mas com a esperança de dar algumas folhas...


E a primeira música desta semana é esta. Tenham uma grande semana.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sentimentos...


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" Somos donos de nossos actos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer actos,
mas não podemos prometer sentimentos..."

 
Mário Quintana

 
E depois?
 
Bom, depois há aqueles sentimentos que não queremos sentir como a saudade ou o medo de perder.
 
E aqueles outros que não nos enobrecem como a inveja ou o ódio.
 
Ou aqueles que nos dão alento mesmo sabendo que não nos levam a lado nenhum como a esperança.
 
 
E depois?
 
Depois há aqueles que parecem viver para esconder os seus sentimentos e emoções porque tal significa fragilidade.
 
 
E depois?
 
Depois há ainda aqueles que se arrogam de saber e falar dos sentimentos alheios em situações que nunca viveram.
 
Sim, é que é preciso sentir para falar.
 
 
E a música pode ser esta.
 
 
 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Porque hoje tenho que dizer isto...


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(Mesmo que tenha que recorrer a um post que já tem alguns anitos)



“ PARA VENCER NÃO PRECISA DE SER O MELHOR OU O MAIS BRILHANTE,
SÓ TEM QUE FAZER AS COISAS CERTAS ”

DAVID J. LIEBERMAN

Por vezes não é fácil tomarmos decisões ou fazer escolhas. É que uma escolha pressupõe sempre uma renúncia. Temos sempre que deixar algo para trás.

É que na maioria das vezes a escolha certa não é uma boa escolha. Tenho consciência que a vida me permite neste momento fazer uma escolha certa se pretender manter um dos meus objectivos profissionais. Mas não é, seguramente, uma boa escolha porque terei que esquecer os valores em que acredito.

E, para mim, mais importante que fazer a escolha certa é fazer uma boa escolha. E só será uma boa escolha se estiver de acordo com os valores em que acredito e pelos quais sempre lutei. Para mim isto é que é ser intelectualmente honesto.

Eu acredito na amizade, na lealdade, na solidariedade, no respeito pelo próximo, no reconhecimento colectivo pelo mérito do trabalho e não qualquer outro.

A amizade, por exemplo, não tem um sentido hoje e outro amanhã. Ou há amizade, ou não há. Ponto final. Na amizade não se fazem sacrificios. Na amizade dá-se sem esperar nada em troca e sem arrependimentos.

A lealdade não é uma palavra vã. Recuso-me a quebrar a confiança que depositam em mim, independentemente das circunstâncias. Mas ela deve ser biunívoca sob pena de ela deixar de ter sentido.

A solidariedade é dizer presente quando precisam de nós.

Havendo honestidade intelectual e lealdade, respeitamos os outros porque nos estamos a respeitar. Porque todos os nossos actos são transparentes e verdadeiros.

Muitos estarão a pensar neste momento que sou uma verdadeira "velha do restelo" ou então uma romântica que acredita que  " é tudo paz e amor ". Ou, ainda, que sou uma ingénua ao idealizar um mundo utópico. Respeito tais opiniões mas sabem que mais, a única herança que vou deixar às minhas filhas são os valores nos quais acredito. Mas os valores só fazem sentido se eu actuar de acordo com os mesmos. Mais a mais, não peço que concordem com as minhas escolhas mas que as respeitem.

Pablo Neruda escreveu: "Você é livre para fazer as suas escolhas, mas é prisioneiro das suas consequências". E eu recuso-me a ser prisioneira da ideia de que vendo aquilo em que acredito e que considero importante por meia dúzia de tostões. Há quem viva bem com tal imagem. Eu não conseguiria. 


Assim, vou deixar as escolhas certas, que não as boas, para quem os valores são palavras vãs.

Até porque não conseguia ser feliz se fosse de outra forma.
 
 
E a música que estou a ouvir (nas alturas) é esta. Só podia. Afinal, estamos a falar de liberdade...
 
 
 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

As palavras, a verdade, a mentira...


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Usamos as palavras para transmitir o que sentimos, o que queremos, o que entendemos.

Usamos as palavras com as nossas verdades mesmo quando estamos a mentir a nós próprios.

Usamos as palavras para fazer de mentiras as nossas verdades.

Mas, no fundo, a verdade e a mentira, quando usadas através das palavras podem ser, apenas, duas faces da mesma moeda. O que para nós é uma verdade irrefutável, para outro é a mentira mais absurda.

E a verdade e mentira que damos a nós próprios através dos sentimentos? Muitas vezes interpretamos as palavras dos outros segundo a verdade que gostaríamos acreditar. Por exemplo, quando pretendemos acreditar que somos verdadeiramente importantes para alguém sem nos preocupamos de ver a verdade nas palavras desse alguém.

Ou mesmo quando acreditamos ser aquilo que, de facto, não somos. Mas é a nossa verdade. Ou será que é mais uma mentira que assumimos como verdade?

Poderíamos evitar muito sofrimento se evitássemos acreditar na nossa verdade e na verdade dos outros. Mas será que crescíamos enquanto pessoas?

Como Paulo Geraldo afirmou: "

"É árdua, sem dúvida, a tarefa de nos construirmos...Quando fingimos ser o que não somos... E esse caminho não pode trazer - nem a nós nem aos outros - nada de bom. Não é autêntico. Acontece-nos por vezes que temos objectivos que exigem de nós aquilo que ainda não somos capazes de dar. Nesses momentos, devíamos compreender, simplesmente, que aquilo não é para nós; que ainda temos de crescer; que nos falta uma determinada porção de esforço e de luta"


E a música, claro está, só podia ser esta.




sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Dos sonhos perdidos...


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Depois de uma apresentação e de um seminário, é hoje que volto ao banco da escola.

Na verdade todos os anos volto ao banco da escola ou não fizesse, pelo menos, um curso de formação por ano. A minha profissão assim o exige.

Mas desta vez não é uma mera acção de formação e, mais importante ainda, não volto por causa da profissão.
 
 
Chales Chaplin escreveu:

" Nunca se afaste de seus sonhos,
pois se eles se forem,

você continuara vivendo, mas terá deixado de existir".


Mas há alturas em que temos que deixa partir os sonhos. Quem sabe, para serem sonhos e, mais tarde, realidade de outros.
Apesar das legítimas expectativas de que, finalmente, ao fim de tantos anos de serviço, o meu trabalho seria reconhecido, a verdade é que tal não aconteceu. E nesta matéria o fim dos meus sonhos tem uma data: 12 de Março de 2010. Isso mesmo, o dia dos meus anos (grande prenda de aniversário).Foi provavelmente a lição mais dura da minha vida. Porque não perdi apenas sonhos. Perdi a minha melhor amiga. Perdi aquele "brilho nos olhos".

Durante largos meses não encontrava qualquer motivo para continuar a lutar. Não sabia o que era isso da "auto-estima", não sabia porque me tinha que levantar todos os dias como um robot pré-programado.  E foi um longo caminho solitário...

Estes pensamentos atenuaram um pouco mas hoje em dia preocupo-me apenas em cumprir as minhas funções com brio e responsabilidade profissionais. Deixei de acreditar. Deixei de fazer planos. Mas, verdade seja dita, segundo os meus colegas fiquei com o sentido de humor mais apurado. Logo, nem tudo foi mau.
 
Então porque volto aos bancos da escola? Para provar a mim mesma que, enquanto pessoa, ainda vivo. Ainda existo.
 
A música só podia ser esta dos Senhores Pink Floyd porque:
 
 
"... Encumbered forever by desire and ambition
There's a hunger still unsatisfied
Our weary eyes still stray to the horizon
Though down this road we've been so many times..."


 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O que a vida me ensinou...


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"A maturidade permite-me olhar com menos ilusões,

aceitar com menos sofrimento,

entender com mais tranquilidade,

querer com mais doçura."

Lya Luft
 
 
Em suma, vantagens de ser uma quarentona que já teve a sua quota de esperanças e desilusões, de crenças e descrenças, de vitórias e derrotas, de alegrias e tristezas...
 
No fundo, aprendemos a relativizar o que é, de facto, importante.
 
Tenham um grande fim-de-semana e, acima de tudo, aproveitem aqueles momentos de felicidade que tendemos a desvalorizar porque serão esses que nos farão companhia nas horas de solidão e nos darão forças quando pensarmos que nada nos ajudará a levantar do chão. A música de hoje diz tudo.
 
 
 
 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A vida mata o amor?



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No " longínquo" ano de 2008, (acreditem, para mim, parece que passaram anos e anos...), fiz um post a propósito de um texto do Miguel Esteves Cardoso, versus um pensamento de Óscar Wilde.
 
Hoje, "repesco" o tema. Porque podemos tentar "fugir" da vida mas ela teima em vir até nós.
 

Bom, relembremos o pensamento de Óscar Wilde:
 
 
"Devia-se estar sempre apaixonado.
É a razão pela qual nunca nos devíamos casar."


Eis uma afirmação que nos obriga a reflectir. É óbvio que para quem nunca casou, ou se casou há pouco tempo, ou, ainda, para quem tem um casamento durante o qual ainda não tenha ocorrido uma “crise”, obviamente responderá que não está de acordo.

Mas a resposta será assim tão linear?

Será que é possível duas pessoas estarem casados 10, 20, 30 anos e mais e manter acesa a paixão? E o amor? E a amizade?

Admitindo que com o tempo a paixão se vai desvanecendo, será que fica o amor? Mas o que é isso do "amor"? Uma forma mais complexa que a amizade? Mas se nem os grandes poetas chegam a acordo quanto a uma definição de amor, não serei eu a descobrir a resposta a uma pergunta milenar.

Mais a mais, acredito que uma relação a dois como é o casamento é envolvida durante o seu percurso por vários sentimentos que podem não ser cumulativos num mesmo período.
 
Numa fase podemos olhar para a(o) outra(o) e dizer: "caramba, gosto mesmo dela(e)". Noutra? Qualquer coisa parecido como isto: "como é que me fui casar com uma pessoa como ela(e). Não podia estar boa(m) da cabeça".
 
Quiçá, o ser humano é um ser complicado ou, simplesmente, a vida mata o amor.

Deixo-vos, como ponto de reflexão, o texto de Miguel Esteves Cardoso:

“ Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.

O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. (...)"

 

A música? Uma das minhas "top 10".
 

 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Dos "Amigos"...




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Também já tive a quota parte destes "amigalhaços" peritos em nos "lixar" pelas costas e depois fugir a sete pés fosse pelo morro, pelo mato, pelo corredor... enfim, da forma que der mais jeito...
 
O tema de hoje? Este.
 
Tenham um grande fim-de-semana.
 
 
 


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Alguém quer os meus? Ofereço...



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Ter sentimentos é complicado e proporciona quase sempre confusões.

Reparem:


Todos concordarão que os primeiros impulsos são sempre os mais verdadeiros. O que fazemos? Reprimimos os impulsos e acabamos por ter atitudes que são tudo menos aquelas que gostaríamos de ter.


Outro exemplo?


Gostámos de alguém, não somos correspondidos. O que fazemos? Depende de pessoa para pessoa mas a maioria anda encostada às paredes, feitos "calimeros", a bradar contra tudo e contra todos, questionando-se que mal fez a um ente qualquer para ter tanto azar porque até é boa pessoa. Outras existem que se fazem de fortes e tentam passar a imagem de que está tudo bem, que não estão minimamente afectadas, que a vida é para andar e não para estar sentado em qualquer paragem.
 
Balelas. Não ser correspondido, independentemente da atitude posterior que tomemos, doi e magoa, ok?

Mais um?

Alguém que gostámos magoa-nos. Que fazemos? Bom, uns ripostam forte e feio numa de competição para ver "quem magoa mais quem". Outros, pelo contrário, utilizam a táctica de vítima de guerra e consequente stress pós traumático. Mas existem aqueles que do alto da sua imensa sabedoria exclamam: "a mim só magoa quem eu quero".

Sentimentos?

São bonitos, não digo que não.

Sentimentos?

Fazem parte da vida, eu sei. Não nasci ontem.

Sentimentos?

Fazem-nos crescer enquanto seres humanos? Eu sei. Já vendi essa teoria imensas vezes neste e noutros espaços.

Mas digam lá que não era bom sermos apenas seres racionais, despidos de sentimentos e emoções?

É que, venham com as teorias que vierem, os sentimentos magoam e fragilizam.
E porque estamos em Setembro, a música é esta ...
 
 
 
* Nota - Modo "copy past" de um post de 2008



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pensamento do dia...



" Os cabelos brancos são arquivos do passado."
Edgar Allan Poe



E os meus, ainda por cima, têm um "rendilhado" que mais parecem teias de aranha...

A música? Vamos até aos anos 80 e ficar com Mr. John Waite .


Porque hoje faz um ano....


*

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O que a vida me ensinou...

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Não se prende quem não quer ficar connosco.

Isto vale para o amor e para a amizade.

Para o bem, e para o mal, não consigo esquecer quem um dia foi importante para mim.

Sempre que perco alguém lembro-me de uma frase de Fernando Pessoa: "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis". Porque no meu baú das memórias apenas guardo o que, de facto, vale a pena.

Custa perder alguém importante para nós? Claro que custa. Todos os dias. Porque em matéria de afectos ninguém é insubstituível.

Mas, como a minha querida amiga Djinn certo dia me disse, ... é a vida e temos que saber viver com isso.


E a música só podia ser esta.


( Amanhã comemora-se o dia internacional da amizade e tenho pena de não te ter ao meu lado mas quando acordar o primeiro pensamento vai ser para ti)

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O que vida me ensinou...




Ou, do que nunca me arrependo...


Dos abraços que dei.

Das palavras que disse com carinho.

Das mensagens silenciosas em trocas cúmplices de olhares.

Do sorriso comprometido.

Das longas conversas sem troca de palavras.

Porque,

"A recordação é o perfume da alma.
É a parte mais delicada e mais suave do coração,
que se desprende para abraçar outro coração
e segui-lo por toda a parte"
George Sand


Só que, a maioria das vezes, optamos por esquecer. Porque queremos esquecer. Porque não sabemos lidar com a perda ou, simplesmente, nos recusamos a aceitar um adeus.

Ou, ainda, surge a tentativa insana de aumentar os defeitos da(o) outra(o) que, então, não eram importantes porque gostávamos dela(e) tal como ela(e) era.

Porque é mais fácil dizer: "ela(e) é que fica a perder"

Do que dizer: "fosga-se, todos os dias sinto a falta dela(e)".


E como estou hoje excessivamente romântica levam com este tema (até faz mal ouvir isto).




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