Mostrar mensagens com a etiqueta Casamento. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Casamento. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 8 de maio de 2012

Fazer amor após 25 anos de casados é obrigação ou prazer?




No local onde trabalho existe um pequeno jardim interior. Como sou das primeiras a chegar à empresa , gosto de estar sozinha nesse jardim a tomar o meu café e a fumar o meu cigarro.

Ora, estava eu a apreciar meu momento "zen" quando o espaço é invadido por três colegas. Uma delas, sabendo que estou prestes a fazer 25 anos de casada sai-se com esta pergunta: "Confessa lá, ao fim de 25 anos fazer sexo com a mesma pessoa é mais uma obrigação do que prazer, não é"?

Ora muito bem, ela já me conhece há tempo suficiente para saber que nunca me devem colocar questões, ainda por cima desta natureza, antes de eu tomar no mínimo  dois cafés e repor as doses de nicotina. Por breves segundos fiquei indecisa sobre se ela merecia resposta ou não mas não me contive e respondi dizendo que nunca encarei o sexo como uma obrigação e tinha pena de quem o encarasse dessa forma porque devia ser uma pessoa que não conhecia o verdadeiro prazer.

Escusado será dizer que ela não gostou nada da resposta.


*

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O casamento é lindo...


 Imagem da net

"O noivo escreveu um poema para noiva um pouco antes do casamento:

Que feliz sou, meu amor!
Domingo estaremos casados,
O café da manhã na cama,
Um bom sumo e pães torrados

Com ovos bem mexidinhos
Antes de ir p' ró trabalho
Tudo pronto bem cedinho
P'ra inda ires ao mercado

Depois regressas a casa
Rapidinho arrumas tudo
E corres pro teu trabalho
Para começares o teu turno

Tu sabes bem que, de noite
Gosto de jantar bem cedo
De te ver toda bonita
Com sorriso ledo e quedo

Pela noite mini-séries
Cineminhas dos baratos
E nada, nada de shoppings
Nem de restaurantes caros

E vais cozinhar p'ra mim
Comidinhas bem caseiras
Pois não sou dessas pessoas
Que só comem baboseiras...

Já pensaste minha querida
Que dias gloriosos?
Não te esqueças, meu amor
Qu'em breve seremos esposos!

Como resposta, a noiva escreveu um poema para o noivo:

Que sincero meu amor!
Que linguagem bem usada!
Esperas tanto de mim
Que me sinto intimidada

Não sei de ovos mexidos
Como tua mãe adorada,
Meu pão torrado se queima
De cozinha não sei nada!

Gosto muito de dormir
Até tarde, relaxada
Ir ao shopping fazer compras
de Visa, tarjeta dourada

Sair com minhas amigas,
Comprar roupa da melhor
Sapatos só exclusivos
E as lingeries p'ró amor

Pensa bem... ainda há tempo
A igreja não está paga
Eu devolvo o meu vestido
E tu o fato de gala

E domingo bem cedinho
Em vez de andar aos "AIS",
Ponho aviso no jornal
Com letras bem garrafais:

HOMEM JOVEM E BONITO
PROCURA ESCRAVA BEM LERDA
PORQUE A EX-FUTURA ESPOSA
DECIDIU MANDÁ-LO À MERDA!"



Nota - Texto recebido por mail. Obrigado CR.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

As férias fazem mal a muita gente...



Ao longo dos meus quase 25 anos de casada fui assistindo ao divórcio entre casais que faziam parte do nosso círculo de amizades. 

Digo "faziam" porque uma das consequências do divórcio é o efeito que têm nas amizades. É que as "jantaradas" pela noite dentro, os fins-de-semana em amena cavaqueira, o convívio num final de tarde de Verão numa esplanada em frente ao mar, deixam de ter os mesmos protagonistas. 

E tal acontece por uma dificuldade que o ser humano tem em gerir os afectos. 

Por um lado, quem se divorcia tende a afastar-se para não recordar os momentos em que não estavam sós. Por outro lado, os outros, que não querem magoar nenhum dos dois, ficam sem saber se devem convidar os dois ou apenas um.Isto já para não falar naqueles casos em que surgem os defensores de cada uma das partes. E nesta amálgama de emoções, indecisões e afectos, as partes afastam-se.

E o círculo diminui...

Mas o facto curioso é que a maioria dos divórcios ocorre após as férias de Verão. Há quem argumente que o estar  mais tempo com o outro tende a gerar conflitos. A ser assim, é caso para nos questionarmos se, e ao contrário do que se pensa, a rotina do dia-a-dia não será benéfico para um casamento.

Apenas sei que após estas férias mais um casal de amigos se vai divorciar ao fim de quase 30 anos de casados.

E o círculo vai diminuindo...restámos dois.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

O pedido...

Já aqui falámos do noivado mas não do pedido.

Muitos com um pedido romântico. Muitos, pensando que esse é o desejo da sua cara-metade, empenham-se em criar um ambiente de sonho, de magia, de romantismo...



Outros optam por demonstrar a meio mundo que est
ão apaixonados (ou será apenas uma forma de tentar demonstrar que faz tudo "à grande").



A minha história é engra
çada. Não houve qualquer pedido. Não houve anel de noivado...


Tinha acabado de sair do médico e ele estava à minha espera. Não tinha corrido muito bem e disse porquê. Na altura não tínhamos carro e a
panhámos um autocarro. Eu nem falei. Limitei-me a olhar em frente enquanto a minha mente tentava viajar pelo futuro... Ele, calmo como sempre, deu-me a mão e apenas disse: "Não sei qual é o problema, casámos já. Fala com os teus pais e eu falo com os meus. Quanto tempo demora a tratar dos papéis? " Nessa mesma noite ele enfrentava a minha mãe (e olhem que não foi nada fácil). Dois meses depois estávamos casados.


Mas voltemos ao pedido.




Pertencem ao grupo daqueles que ainda ligam ao pedido de casamento? As meninas como é que gostariam que o pedido fosse feito?


E, já agora, os meninos até onde estão dispostos a ir para fazer o pedido?


quinta-feira, 22 de julho de 2010

O noivado...





Sou contra os noivados muito prolongados.

Dão tempo às pessoas para se conhecerem melhor,

o que não me parece aconselhável antes do casamento.

Oscar Wilde


Oscar, eu conheci, namorei e casei em 5 meses. Este ano fiz 23 anos de casada. Como vês, segui o teu "conselho".


Será este o segredo para um casamento longo? Penso que não. O casamento é, de facto, um longo caminho de descobertas e partilha a dois mas para trilhar tal caminho é necessário muito mais do que o conhecimento do outro.

E vocês? Acham que um casamento, e esqueçamos aqui o "papel" que oficializa a relação, é mais longo de o período de "noivado" for menor?

Ou será que não há qualquer nexo causal entre ambos?



segunda-feira, 21 de junho de 2010

Game Over...



Convenhamos, se o homem já ia com aquela cara para o casamento estava à espera de quê?



Mas será que o casamento é um jogo?




Se o entendermos enquanto tal, e se o jogo chegar ao fim sem prolongamentos sucessivos, há vencedores e vencidos? Ou será que termina tudo num simples empate?

domingo, 30 de maio de 2010

24 anos...


"(eu sei que) há muitas maneiras
(para viver lá) no sol ou sombra
(junto) nós encontraremos o lugar "


Tem sido assim há 24 anos. Juntos...


(Together) We will go our way
(Together) We will leave some day
(Together) Your hand in my hand
(Together) We will make our plan


(Together) We will fly so high
(Together) Tell all our friends goodbye
(Together) We will start like new
(Together) This is what we'll do:


(Go west) Life is peaceful there
(Go west) in the open air
(Go west) where the skies are blue
(Go west) this is what we're gonna do


(Together) We will love the beach
(Together) We will learn and teach
(Together) Change our pace of life
(Together) We will work and thrive


(I love you) I know you love me,
(I want you) how could I disagree?
(And that's why) I make no protest
(And you say) you will do the rest


(Go west) life is peaceful there
(Go west) in the open air
(Go west) baby, you and me
(Go west) this is our destiny
(Go west) sun and winter time
(Go west) we will do just fine
(Go west) where the skies are blue
(Go west) this is what we're gonna do

There, where the air is free
We'll be (we'll be) what we want to be
Now, if we make a stand
We'll find (we'll find) our promised land!

(I know that) there are many ways
(To live there) in the sun or shade
(Together) we will find the place
(To settle) where there's so much space


(Don't look back) And the place back east
(Wrestling) wrestling just to feast
(And we'll go) ready to be two
(So that's what) we are gonna do
(Oh, what we're gonna do is...)


(Go west) life is peaceful there
(Go west) there, in the open air
(Go west) Where the skies are blue
(Go west) This is what we're gonna do...

(Life is peaceful there) Go west
(In the open air) Go west
(Baby, you and me) Go west
(This is our destiny) Come on, come on, come on, come on


(Go west) Sun and winter time
(Go west) we will feel just fine
(Go west) where the skies are blue
(Go west) this is what we're gonna do


(Come on, come on, come on, come on, go west!)

sexta-feira, 26 de março de 2010

O matrimónio...

E lá voltamos à mente única de Óscar Wilde.


Afirma ele sobre o matrimónio:

"O matrimónio é uma experiência, e cada experiência tem o seu preço."

Será assim? Não tenho qualquer dúvida que quem contrai matrimónio pela primeira vez (face ao número de casa e descasa é melhor colocar nestes termos), vai de olhos vendados. Não sabe muito bem o que o espera.

Mas será que se pode encarar o matrimónio como uma experiência? Ou será um projecto? Ou não é nem uma coisa nem outra?


E tem o seu preço? Que preço? A falta de liberdade? A falta de identidade? Mas o matrimónio pressupõe que deixemos de ser quem somos? Como é que um matrimónio pode dar certo se perdemos a nossa identidade. A pessoa que casou connosco deixa de nos reconhecer, ou não?


Ou será que Óscar está a pensar neste preço?



Já sei que vão dizer que só coloco questões. Uma boa conversa começa sempre com o levantar de questões à procura de um consenso ... ou talvez não!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Quem é a mulher que gostaria de casar com mais do que um homem?


Esta questão foi levantada a propósito do último post do Rui e, com a devida autorização, "transportada virtualmente" para esta sala de estar.

Pelos vistos um tal de António Cheinho entende estar-se perante uma discriminação ao autorizar o casamento entre os homossexuais e não autorizar o casamento entre um homem e várias mulheres.

Os argumentos aduzidos são, em síntese, os seguintes:


* o casamento entre homossexuais só é permitido em oito países, enquanto a poligamia está autorizada em pelo menos 27 países, não contando com o mundo Árabe;

* Segundo as estatísticas, um em cada dez Portugueses são "gays", enquanto a percentagem de cidadãos que gostariam de ter mais do que uma mulher é de um em cada seis.

O Rui, com todo o seu sentido de igualdade/paridade, exclama: "Já agora, ... E porque não, a poligamia / poliandria, para os 2 sexos ?"


Já manifestei a minha opinião. Mas quem era a doida da mulher que estaria na disposição de aturar dois homens? Um já dá uma carga de trabalhos desgraçada e ainda nos pedem para aturar outro?



Em prol da minha sanidade mental, recuso-me, terminantemente, a aturar outro homem...


Mas, tudo bem, essa é a minha opinião. Quero é saber a vossa. Já se sabe que um em cada seis homens portugueses anseiam ter, pelo menos, duas mulheres. E as mulheres?


Vamos já saber...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O casamento...


"Se uma pessoa diz a outra que a ama, a própria linguagem supõe a expressão "para sempre". Não tem sentido dizer: - Amo-te, mas provavelmente só durará uns meses, ou uns anos, desde que continues a ser simpática e agradável, ou eu não encontre outra melhor, ou não fiques feia com a idade. Um "amo-te" que implica "só por algum tempo" não é um amor verdadeiro. É antes um "gosto de ti, agradas-me , sinto-me bem contigo, mas de modo algum estou disposto a entregar-me inteiramente, nem a entregar-te a minha vida".

Mikel Santamaría Garai

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pensamento para o fim-de-semana




Se tens medo da solidão, não te cases
Anton Tchekhov



Comentem e, bom fim-de-semana

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Casar minha querida?




Mas para quê?

Esta dúvida assaltou-me quando li esta notícia:

" Mulher de 107 anos quer casar pela 23ª vez

"Mulher madura procura homem responsável para relação estável. De idade avançada, gosta de telenovelas e da vida no campo. Não gosta de fumadores". É com estas palavras que Wook Kundor, uma malaia de 107 anos, mostra a sua disponibilidade para um novo marido - o 23º."

(Ver notícia na íntegra, aqui)



Aproveita o que a vida ainda tem para te dar. E, para isso, não é preciso estares casada.


Aliás, se fosses portuguesa o mais certo era o nosso Presidente não te deixar casar porque o casamento, segundo a melhor amiga dele, só serve para procriar e, face à tua idade, nem um milagre da medicina permitirá que engravides nesta altura. Pelo menos, por métodos naturais...


domingo, 13 de setembro de 2009

A vela...




Num casamento não me assusta a distância nem as eventuais discussões que possam existir desde que as pedras basilares existam: a amizade e o respeito.


Pessoalmente tenho inúmeras discussões com a minha cara-metade.


Mas sempre entendi isso como um confronto de pensamentos. Cada elemento do casal tem uma história, uma vivência e uma personalidade distintas antes de se casar e não podemos pretender mudar a essência de cada um. Seria, para além de mais, uma violação da própria personalidade.


Já me assusta, ou melhor, considero muito mau sinal, a indiferença e a ausência do "namoro". Um casal precisa de um tempo para si. Precisa de parar de vez em quando com a rotina do dia-a-dia, de se afastar dos filhos e ter um tempo para eles. De falarem, de se tocarem como se fosse a primeira vez. Quando um casal perde esta capacidade o casamento deixa de fazer sentido. A indiferença ocupa o lugar da amizade e do respeito. A indiferença é incompatível com a amizade. Manifesta-se com a ausência de partilha e com decisões individuais. A única coisa que eventalmente os une são os filhos se eles existirem.


Vem isto a propósito de uma cena deste fim-de-semana a que assisti. Dois casais estavam juntos. Um deles estava a namorar. A mulher do doutro casal dá a mão ao marido mas passados alguns metros ele retira a mão e afasta-se um pouco, até que se vira para a mulher e exclama "Vamos embora? Não viemos para servir de vela".


Confesso que o meu olhar fixou-se no olhar magoado e triste da mulher. Vi algumas lágrimas cairem pela face dela.


Recordo-me que o termo "vela" ou "vassoura" era utilizado quando uma pessoa, sem par, ia num grupo de casais.



Na minha adolescência não gostava de servir de "vela" pelo que recusava muitos convites para sair.


Mas no caso a que assisti eles eram casados. Têm, concerteza, uma vida em comum. Como é que um casal pode ser vela de outro? Ele podia optar por dar a mão ou um carinho à mulher. Mas não...


Posso estar enganada mas naquele casamento a indiferença é rainha.





terça-feira, 7 de julho de 2009

Divórcio...



Como é de conhecimento de todos, a maioria das empresas que organizam casamentos já se lançaram numa área que, tudo indica, irá dar uma grande margem de lucro:

FESTAS DE DIVÓRCIO

Festas onde nem sequer falta o radicional bolo como este:





ou este...




Tudo bem.

Compreendo a lei da oferta e da procura.

Mas alguém me sabe explicar porque razão é sempre o noivo, ou melhor, o ex-marido, a morrer?


Aguardo sugestões...



quarta-feira, 20 de maio de 2009

Faltam 10 dias!!!

Para a menina fazer 22 anos de casada.

E, preciso da vossa ajuda.

É que não faço a mínima ideia do que hei-de oferecer à minha cara-metade.

Acredito que a melhor prenda que lhe podia dar era desaparecer por uns tempos, mas como tenho a mania da contradição....

Vamos lá colocar esses neurónios e essa imaginação a funcionar. O que hei-de oferecer à minha cara-metade?


domingo, 3 de maio de 2009

Porquê casar? Não será mais simples viver juntos?



"Devia-se estar sempre apaixonado. É a razão pela qual nunca nos devíamos casar."
Óscar Wilde

Eis uma afirmação que nos obriga a reflectir. É óbvio que para quem nunca casou, ou se casou há pouco tempo, ou, ainda, para quem tem um casamento durante o qual ainda não tenha ocorrido uma “crise”, obviamente responderá que não está de acordo.

Mas a resposta será assim tão linear?

Será que é possível duas pessoas estarem casados 10, 20, 30 anos e mais e manter acesa a paixão? E o amor? E a amizade?

Admitindo que com o tempo a paixão se vai desvanecendo, será que fica o amor? Mas o que é isso do amor?

Será que fica apenas a amizade?

Sinceramente não tenho resposta pela simples razão que um casamento, durante o seu percurso, é envolvido por todos os sentimentos.

Isto é, creio que ao longo do casamento os parceiros sentem um conjunto de sentimentos que podem não ser cumulativos num mesmo período. Numa fase podemos sentir paixão, numa outra amor (seja lá o que isto representa), numa outra podemos sentir apenas amizade ou mesmo enfado e questionarmos se não estamos a perder tempo.

Quiçá, o ser humano é um ser complicado e com tendência para confundir sentimentos.

Mas o tema de hoje não é o amor (pelo menos directamente). Hoje vamos falar de uma instituição que dá pelo nome de casamento.



Em conversa com um colega que é casado há 28 anos, chegámos à conclusão que estar casado mais do que 10-15 anos é um verdadeiro estigma. Penso que não haverá nenhuma família que não tenha passado por um processo de divórcio. Ao longo de quase 20 anos desencadeei mais de uma centena de divórcios. Eu própria estou a “conviver” com um processo de divórcio algo complicado na minha família directa.

Mas, a verdade, é que os divórcios tiveram um aumento exponencial nos últimos cinco anos. E, segundo as estatísticas, a maioria ocorre em casamentos que duram 10-12 anos.

Será que se pode atribuir a “culpa” ao facilitismo? É que, hoje em dia, o divórcio “está à distância de um clic”.

Também, mas não só!

Para mim, mais importante que o facilitismo com que hoje em dia é possível fazer um divórcio, é a forma com que um casal encara o próprio casamento.

Eu explico:

Um casamento, legalmente falando, é um simples contrato. Com direitos e obrigações para ambas as partes. Mas as pessoas casavam a pensar no contrato? Excepcionando aqueles que casavam por interesse, a maioria não estava a imaginar que estava a celebrar um simples contrato civil que depende da livre vontade das partes.

Então, porque casavam?

Até meados dos anos 80 as pessoas apaixonavam-se e casavam-se. Objectivo: construir e partilhar uma vida em comum. Se bem que para a maioria das mulheres subsistisse um ideal romântico no casamento (não esquecendo a parte religiosa que ainda tinha alguma importância na altura), a verdade é que ambos partiam para o casamento com expectativas realistas. Sabiam que tinham que trabalhar para construir um projecto a dois. Mais, ainda, ingressavam cedo no mercado de trabalho. Tornavam-se independentes da família nuclear com 20-25 anos e, consequentemente, casavam-se cedo.

E hoje? Os objectivos são os mesmos? O casamento é encarado da mesma forma? Penso que não.

Vejamos:

Cada vez mais, os jovens têm dificuldades em iniciar uma vida independente. Estudam até tarde, têm dificuldade em ingressar no mercado de trabalho e é perfeitamente “normal” assistirmos a pessoas de 30 anos e mais a viverem dependentes dos pais.

Esta dependência económica tem efeitos nefastos porque os jovens começam a criar, inconscientemente, uma dependência emocional. Quando finalmente casam não estão preparados para as dificuldades que um casamento acarreta. Afinal, sempre que tinham uma dificuldade tinham o “amparo” da família nuclear ou dos amigos também eles com o mesmo tipo de experiência.

Também não será alheio o facto de a mulher hoje em dia ter ocupado na sociedade o lugar a que sempre tinha direito e, verdade seja dita, não aceita com passividade o que outras aceitaram em tempos idos. Porque tem outro tipo de educação e postura e, não menos importante, porque a maioria mantém já uma independência económica em relação ao parceiro.

Tudo isto é verdade. Mas não serão as únicas razões.

Sob pena de me chamarem de cínica, muitos dos jovens não vêem o casamento como um projecto a dois.

Parece-me que, pelo contrário, associam o termo “casamento” não a um contrato, não a um projecto a dois mas….a uma festa de arromba e a uma boa lua-de-mel. Começam a tratar da "festa" com um ano, ano e meio de antecedência. Primeiro marca-se a "quinta", a florista, o fogo de artifício e a banda que vai tocar. E, como os pais geralmente pagam o casamento, é uma boa forma de juntar uma bela maquia para comprar um carro melhor. Nas vésperas pedem ao padre ou ao conservador e ficam aborrecidos quando estes dizem que estão ocupados.

Vamos ser claros. Hoje em dia a maioria das pessoas casa tendo presente que se não der certo existe sempre o divórcio. Assim, à primeira dificuldade, não se luta. Pede-se o divórcio.
E com isso dão a ganhar às inúmeras empresas criadas para fazerem festas de arromba para comemorar o.... divórcio!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Divórcio



É mais uma do "Expresso".

Pelos vistos " uma economista norte-americana desenvolveu uma ferramenta que permite prever - com base em estatísticas norte-americanas -, a probabilidade de divórcio dos cibernautas que a utilizam".


Segundo a mesma notícia, "A 'Calculadora do Casamento' utiliza informações como o tempo de casamento, a idade actual, a idade na altura em que o casamento foi celebrado, o número de filhos e o grau de escolaridade para as comparar com a duração do casamento de pessoas cuja situação era semelhante e que já se divorciaram...

Em 2006, data dos últimos dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), foram decretados 23 935 divórcios, ou seja, 48% dos casamentos em Portugal terminam em separação registada. "


Se quiserem, podem fazer o teste aqui .



Já agora, a probabilidade de me divorciar é de 34%. Nada mau...

Mensagens

Arquivo do blogue


Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso