Esta semana, durante uma conversa em que se falava de amizades e afins, perguntaram-me como é que eu lidava com as perdas.
Sendo eu, assumidamente, uma pessoa de afectos, todo o meu crescimento enquanto ser humano assentou essencialmente nas ligações afectivas.
Daí que a família e os amigos tenham assumido um lugar preponderante na minha vida.
Desde muito cedo aprendi, igualmente, a lidar com a perdas. A fazer o "meu luto"!
É óbvio que cada processo de luto varia de pessoa para pessoa, os comportamentos que assume ao longo desse processo resultam da sua personalidade, da sua cultura, das suas emoções, do significado que a perda assume para ela.
Nunca fiz o luto da forma que é assumida pela generalidade das pessoas.
Sempre que sofri uma perda não chorei. Embrenhei-me no trabalho.
E comigo resulta. Foi a forma que encontrei de não ficar amarrada ao passado e avançar um dia de cada vez.