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A propósito de um comentário que dei em resposta a outro:
Até aos trinta anos fiz imensos planos pessoais e profissionais.
Estava convencida que o trabalho feito com integridade, empenho, saber e entrega eram recompensados. Esta foi, aliás, a herança dos meus pais. Quando morreram "apenas" me deixaram valores e princípios.
Com base nestes ensinamentos estabeleci objectivos, (que nem eram impossíveis ou megalómanos), e elaborei planos que me permitissem atingir sem colocar em causa os valores e princípios nos quais, convictamente, acredito.
Quanto aos afectos...bom, quem não deseja se feliz? Quem não deseja sentir-se amado (a)? Quem não deseja sentir-se único(a) e insubstituível para alguém? E fazemos dessa quimera o nosso objectivo.
Estabelecer objectivos e elaborar planos pode transmitir uma sensação de ordem que nos tranquiliza. Mas é uma tranquilidade aparente e efémera. A vida não se desenha de régua e esquadro. Não se colocam os pedaços da vida ordeiramente arrumados numa prateleira.
Quando cheguei ao meio século de vida cheguei à conclusão que é uma valente perda de tempo fazer planos porque, se por um lado há situações que fogem do nosso controle, por outro lado anda meio mundo (os "xicos-espertos") a "lixar" o outro meio.
O melhor mesmo é encararmos um dia de cada vez e estarmos preparados para ultrapassar os obstáculos à medida que eles aparecem. Não vale a pena sofrer por antecipação nem esperar o que possa vir amanhã. E, acima de tudo, aproveitar todos os instantes de felicidade como se fossem os últimos.
Afinal, basta estar vivo para morrer...
E a música só pode ser esta:
4 comentários:
Sem dúvida nina. Não serve de nada planear uma vida porque ela é feita de imprevistos e está guarnecida com situações improváveis, deitando por terra qualquer plano que tenhamos feito.
Então não entendo a tua admiração num post anterior. :)
Mas também há limites para tudo e tudo o que alcança os extremos é exagero. :)
Fazer planos a curto prazo não é um extremo.
:)
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