Pelos vistos vamos ter casa cheia...
Espero que seja um bom jogo, que o FCP ganhe e que todos se portem bem...
Não devemos servir de exemplo a ninguém.
Mas podemos servir de lição.
Mário de Andrade
Este pensamento é curioso porque ainda não consegui chegar à conclusão se concordo, ou não, com ele.
Numa primeira leitura concordei com ele até porque nunca gostei de ser exemplo para ninguém. Cada qual tem a liberdade de fazer as opções que entende como melhores.
Por outro lado, de alguma forma, tento servir de exemplo às minhas filhas no sentido de todas as minhas acções estarem de acordo com os valores que defendo.
E, afinal, qual o sentido da "lição"? Será que as pessoas vão olhar para nós para "aprender" as consequências dos nossos actos? E que actos? Apenas os maus?
Mas nós não aprendemos com as lições que a vida nos vai oferecendo? Aprendemos com todas? Ou será que só aprendemos com o mal que nos acontece (ou que acontece aos outros)?
A música de hoje é de um dos meus grupos favoritos.
Quanto à música, ainda pensei colocar a Mafalda Veiga mas a Abobrinha era capaz de ter um ataque de nervos.
Espero que gostes desta.
O braço-de-ferro entre a marca Lane Bryant e as duas estações de televisão acabou com a vitória em tribunal da marca de roupa. As estações de televisão alegavam que o anúncio era demasiado arrojado e a marca acusou-as de estarem com preconceitos em relação a mulheres mais gordinhas e decotes pronunciados. Esta semana o anúncio irá para o ar no intervalo de "American Idol" - ver notícia aqui -.
Esperem aí...
Se as modelos fossem magras já não era provocante?
Mas, então, isso quer dizer que as mulheres "mais gordinhas" são mais provocantes que as magras.
Já ganhei o dia!
As principais características da sociedade de consumo são as seguintes:
. Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando a que as empresas recorram a estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o consumidor a consumir, permitindo-lhes escoar a produção.
. A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos de fabrico baseiam-se na produção em série e recorre-se a estratégias de obsolescência programada que permita o escoamento permanente dos produtos e serviços.
. Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de consumo de massas, em que se consome o que está na moda apenas como forma de integração social.
. Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional)."
Paulo Nunes - Economista, Professor
Cá para mim, existe um consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional" dos afectos, tal é a facilidade com que nos descartamos dos mesmos.
Vejamos, por exemplo, a amizade.
Qual é o problema de acabar com uma amizade? Perder tempo em nos colocarmos no lugar do amigo? Para quê? Mas há "amigos" a "rodos" por aí... Só no facebook a oferta de "amigos" excede a procura. E, ainda por cima, são daqueles "amigos" que dizem "ámen" a tudo o que eu digo.
Mais a mais, parece mal eu não ter muitos "amigos". O que dirão aqueles que me conhecem se eu disser que só tenho um ou dois amigos?
Descartei um verdadeiro amigo? Qual é o problema? Arranjo outro logo a seguir. Quando estragava uma boneca colocava-a no lixo e os meus pais compravam outra.
Perder um segundo da minha vida a colocar-me no lugar do amigo que descartei? Estão doidos? Mas eu tenho lá tempo para isso...É mais fácil fazer tudo para o magoar para ver se ele "enxerga que está a mais..."
Definitivamente, não gosto nada desta sociedade de consumo de afectos e manifesto a minha incapacidade de lidar com ela. Quererá isto dizer que estou a ficar velha? Provavelmente...
'Ninguém jamais vencerá a guerra dos sexos:
há muita confraternização entre os inimigos.'
Em que é que ficámos?
Confesso que gosto mais desta imagem...
"O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo"
É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom,
assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz,
assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém,
assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos,
Mas também tornemos todos esses desejos, realidade!!!
Hoje o tema é rejeição.
A rejeição sente-se. E de que maneira....
Sentimos nos olhares compadecidos.
Sentimos quando já não importamos para alguém.
A rejeição ataca as nossas necessidades de carinho e afecto. Por isso magoa.
Como disse alguém: “ é a dor de perder, de desapegar. A dor de mudar uma rotina que gostamos tanto. De esquecer, de deixar de gostar, de deixar de sentir necessidade e de sentir necessário....”.
Talvez por isso tentámos encontrar desculpas para que a rejeição custe menos. Para que se sinta menos. Para que magoe menos.
Mas a rejeição não é nada mais, nada menos que uma escolha. Daquelas que todos nós, diariamente fazemos. Das opções que tomámos.
Provavelmente, em alguma altura da nossa vida já optamos por rejeitar.
Mas quando nos toca a nós...
Todos nós travámos uma luta inglória contra a dor, seja ela física ou psicológica.
Inglória porque, mais tarde ou mais cedo, ela chega.
"Nós falamos demais,
amamos raramente,
odiamos frequentemente.
Nós bebemos demais,
gastamos sem critérios.
(...).
Aprendemos a sobreviver,
mas não a viver;
adicionamos anos à nossa vida
e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua,
mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço,
mas não o nosso próprio.
(...)
Estamos na era (...) do homem grande, de carácter pequeno;
lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos,
vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrina e muito pouco na dispensa.
George Carlin
Será mesmo assim?
Uma mulher não poderá sentir primeiro o desejo?
E o homem? Só se deixa mesmo guiar pelo desejo?
Então podemos afirmar que o homem é escravo do desejo e a mulher escrava do amor?
Enquanto escrevem a vossa opinão, Roxy Music.