terça-feira, 30 de março de 2010

Se a moda pega...




A maioria dos portugueses reage muito mal às greves de alguns profissionais.

São horas e horas de atrasos à espera de transporte alternativo só porque alguns condutores se lembraram de exigir 5% quando a empresa só quer dar 2,5%.

É a consulta no hospital que já estava marcada há um ano que fica adiada mais alguns meses só porque médicos ou enfermeiros se lembraram de fazer greve porque ainda não sabem bem o que querem.

São os pais aflitos a arranjar alguém que tome conta dos filhos quando os professores não querem ser avaliados.

São os defensores da reciclagem quando os trabalhadores que recolhem o lixo que atirámos num saco qualquer para o meio da rua decidem parar durante a noite porque não têm direito a subsídio de risco.

Isto só para citar alguns exemplos.


Ora bem por esse mundo fora ainda há quem tenha imaginação e tenha decidido colocar os slogans e os cartazes de lado e optado por algo bem mais agradável à vista. Pelo menos à vista masculina.

Vejamos:

As hospedeiras da Air Comet estão com salários em atraso (afinal não é só em Portugal) e o que é decidiram fazer? Fazer greve, respondem vocês.

Pois fiquem a saber que as meninas hospedeiras optaram por se despirem e dessa forma protestar contra os salários em atraso.

Nem quero imaginar se a moda pega no nosso País...


Nota - Foto e imagem tiradas daqui
.

A verdade...


"A vida humana acontece só uma vez, e não poderemos jamais verificar qual seria a boa ou a má decisão, porque, em todas as situações, só podemos decidir uma vez. Não nos são dadas uma primeira, segunda, terceira ou quarta chance para que possamos comparar decisões diferentes"

Milan Kundera


Já tomei más decisões. Sou impulsiva por natureza pelo que o contrário é que seria estranho.

É muito bonito dizer-se: "não me arrependo de nenhuma decisão que tomei até hoje. Se fosse hoje tomava a mesma atitude".

Sem qualquer tipo de problema ou reserva mental, assumo que me arrependo de algumas das decisões que tomei, independentemente da "lição" que aprendi com cada uma delas.

Algumas delas não me ajudaram a crescer enquanto ser humano. Apenas fizeram sofrer.

É que, a irreflexão ou imprudência não é desculpa quando se magoa alguém.

Mas, se a imprudência não é desculpa, muito menos é quando intencionalmente se actua com o único propósito magoar outra pessoa. Porque saímos do campo da imprudência para o campo do intencional, do deliberado.

Vem tudo isto a propósito do tema de hoje: a verdade.

Há muitas formas de dizer o que pensámos a alguém. E não a podemos transmitir de igual forma a qualquer um. Nem todos a processam da mesma forma. Até porque, a nossa verdade pode não ser a verdade dos outros.

Utilizarmos a verdade como meio para magoar ou humilhar é um acto covarde.

Dizer a verdade é uma forma de ajudar ou, como diria Miguel Cervantes, " A verdade alivia mais do que magoa."

Ou, como diria S. Tomás de Aquino, " Não há ocasião que permita fazer o mal para que resulte alguma coisa boa.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Não quero ser do signo de peixes!




"As suas emoções poderão viver um período mais cinzento.

O acabar de vez com um processo pode ser o acontecimento mais importante desta ocasião."


A sério? Período cinzento? Então o acontecimento mais importante é a conclusão de um processo? Um processo de quê? De perdas?


Olha a novidade. Até parece que é algo surpreendente.


Palavra de honra que se soubesse o que sei hoje tinha ordenado à minha mãe para não engravidar tão cedo. Sei lá, podia esperar mais duas semanas e aí já seria de um signo que tem muito mais sorte do que esta brincadeira de dois peixes a andar cada qual para o seu lado sem ir a lado nenhum.


Se analisarmos bem a própria imagem que simboliza o signo de peixes é a mais estúpida do zodíaco. Dois peixes a andar em círculo? Mas não podiam ter colocado dois chifres? Ao menos podíamos dar uma marretada de vez em quando...


Porque hoje me apetece dizer isto...

E quando as palavras já existem em música, tudo o mais é desnecessário...



domingo, 28 de março de 2010

O Mundo...

Todos os dias somos inundados com estatísticas sobre saúde, educação, qualidade de vida, etc.
Ouvimos dizer que cerca de 20% da população mundial vive abaixo do limiar da pobreza.

Que no continente africano morrem por segundo oito crianças.
Mas os números passam ao lado. O que são 20% em 6,8, ou 6,9 mil milhões de pessoas?

E se reduzirmos a população mundial em 100 pessoas? Como seria?



Fica tudo bem mais relativo, não fica?


sábado, 27 de março de 2010

Vida...




"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios"

Charlie Chaplin



Aliás, sempre que tentámos ensaiar, e por muito que o ensaio geral nos corra bem, a vida entretêm-se a pregar-nos partidas.

sexta-feira, 26 de março de 2010

O matrimónio...

E lá voltamos à mente única de Óscar Wilde.


Afirma ele sobre o matrimónio:

"O matrimónio é uma experiência, e cada experiência tem o seu preço."

Será assim? Não tenho qualquer dúvida que quem contrai matrimónio pela primeira vez (face ao número de casa e descasa é melhor colocar nestes termos), vai de olhos vendados. Não sabe muito bem o que o espera.

Mas será que se pode encarar o matrimónio como uma experiência? Ou será um projecto? Ou não é nem uma coisa nem outra?


E tem o seu preço? Que preço? A falta de liberdade? A falta de identidade? Mas o matrimónio pressupõe que deixemos de ser quem somos? Como é que um matrimónio pode dar certo se perdemos a nossa identidade. A pessoa que casou connosco deixa de nos reconhecer, ou não?


Ou será que Óscar está a pensar neste preço?



Já sei que vão dizer que só coloco questões. Uma boa conversa começa sempre com o levantar de questões à procura de um consenso ... ou talvez não!

O incrível Hulk...




Já sei que me mandaram esta por mail por ser uma apoiante do F. C. do Porto.


Mas prefiro ver o incrível Hulk a jogar.... aliás, é para isso que ele é pago!

A Avaliação...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Amor incondicional ou egoísmo?


Anna foi concebida com um objectivo: salvar a irmã Kate que lutava contra uma leucemia.


Durante 13 anos Anna não foi criança. Foi submetida a inúmeras cirurgias e transfusões para que Kate pudesse lutar contra a doença de que padecia desde a infância.


Mas Anna começa a rebelar-se contra a situação e ganha uma apoiante. A sua irmã Kate. Os pais, principalmente a mãe, é que não aceitam e acusam Anna de ser egoísta.


Este é, em síntese, o argumento do filme “Para a Minha Irmã”que já vi uma série de vezes e que me impressiona sempre que o vejo.


Tento retirar dos diálogos e dos olhos dos personagens a resposta para uma questão que me apoquenta: até que ponto será legítimo utilizar um filho para salvar outro. Será que o amor por um filho justifica tudo? Mesmo destruindo outro filho?


A resposta não é fácil. Tenho duas filhas. Amo cada uma delas de forma incondicional. Não amo mais uma do que outra. Mas, necessariamente, amo cada uma delas de maneira diferente porque elas são diferentes e o meu amor por elas não pode ser transmitido da mesma forma.


Até que ponto poderia sacrificar uma filha para salvar a outra. Não tenho resposta. Mas tenho a certeza que não conseguiria destruiria uma para salvar outra.


Já não era sem tempo...




"Nunca deixe que lhe digam
que não vale a pena acreditar no sonho que se tem".
Renato Russo

Renato, podem não me deixar mas grito bem alto que não vale a pena acreditar.

Acreditar num sonho é meio caminho para levar com uma desilusão que te deixa prostrado.

Parece que, finalmente, transformei-me numa mulher realista. Já não era sem tempo!


quarta-feira, 24 de março de 2010

Os 3 tipos de homens



Ok, minha querida. Todos entendemos a mensagem...
Já agora, as meninas que param nesta sala de estar conseguem criar mais algum tipo que vos atraia?
Quanto aos homens, sempre podem dizer em que tipo se enquadram.

Ser inútil...




"É inútil dizer «estamos a fazer o possível».
Precisamos de fazer o que é necessário."

Winston Churchill




De facto, não basta fazer o possível. Quase sempre torna-se imprescindível fazer o que é necessário.

É esta postura que no final do dia, quando presto contas ao espelho que me vê, olhos nos olhos, me faz exclamar, sem qualquer reserva mental, que cumpri com a minha obrigação. E, por breves momentos, sinto-me a pessoa mais realizada do mundo.

Mas será sempre assim? O que fazer naquelas situações em que o necessário implica passar por cima dos valores que defendemos?

Nesses casos, tudo o que faça é uma inutilidade e, no final do dia, sinto-me uma verdadeira inútil.

Mas, curiosamente, olho para o espelho ainda com mais orgulho. Vá-se lá saber porquê...



Asneiras...




No meio de uma conversa o meu amigo afirmou:


"Sabes, muitas vezes, é quando gostámos de alguém que nos atraplhámos um pouco e acabámos por fazer asneiras..."


Fiquei a pensar nestas palavras... Concordo mas porque será que é assim?

Será que é porque só pensámos naquilo que fazemos de errado quando magoámos alguém de quem gostámos? Ou será porque quando gostamos de alguém as nossas defesas perante os afectos são mais vulneráveis?

terça-feira, 23 de março de 2010

FIM DO CICLO...



"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

(...)

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram a certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na sua vida, e que acabaram súbitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no Presente e no Passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação que já foi embora e que não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...

(...)

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se...

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que lhe devolvam algo, não espere que reconheçam o seu esforço, ou que descubram o seu gênio, e que entendam o seu amor.

(...)

Não há nada mais perigoso do que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"...

Fernando Pessoa



Hoje encerrei um ciclo na minha vida. Tento interiorizar este texto de Fernando Pessoa.


Racionalmente, sei que ele tem razão.

Emocionalmente? Não é difícil ultrapassar a desilusão. Mas uma esperança perdida?

Não sei quando me vou levantar. Nem sei se me levantarei.

Mas o ciclo está fechado e não se fala mais nisso.

Já agora, onde raios anda o amor?




segunda-feira, 22 de março de 2010

Adenda ao post anterior

Pedindo desculpa a todos os que se habituaram a vir a este espaço e expor com toda a liberdade as suas opiniões, os comentários passam a ser moderados.

Com esta atitude estou a violar a minha própria consciência. Mas há outros valores bem mais importantes a preservar.

Espero que não seja necessário manter a moderação por muito tempo.

Igualmente irei eliminar os comentários colocados que entenda ofensivos a terceiras pessoas.


Pedido


Este blogue existe desde 2007.


Desde então, nunca utilizei o sistema de aprovação pelo autor do blogue nem eliminei qualquer comentário confiando sempre na educação e no respeito recíprocos entre todos os que o visitam.


Não gostaria de começar agora.


Infelizmente desde a passada semana que tem sido recorrente a troca de "mimos" entre alguns dos participantes.


Ainda não consegui entender a necessidade que houve de um dos participantes de partir logo para acusações pessoais. Já consigo entender, mas não concordo, a defesa que alguns decidiram fazer da minha pessoa. O facto de me conhecerem pessoalmente e de saberem que algumas das acusações que me atribuíram não correspondem minimamente à realidade poderia servir de atenuante mas, como eles sabem muito bem, não preciso que ninguém me defenda e, muito menos, nos termos que o fizeram.


Deste modo, peço a todos para respeitar este meu pedido: discutam ideias e não pessoas.


É essa a minha postura na vida e não me desvio um milímetro do rumo que assumi. Sou filha de alguém que foi preso por manifestar as suas opiniões. Seria, pois, uma violência para mim ter que aprovar/eliminar comentários.

Riscos!




É preciso correr riscos.

Só entendemos direito o milagre da vida

quando deixamos que o inesperado aconteça.
Paulo Coelho



Eu cá não preciso de correr riscos. Mesmo estando quietinha tudo me acontece e o que é verdadeiramente incrível é que é sempre tudo menos aquilo de que estou à espera.


E vocês? Correm riscos? Aventuram-me mais no campo profissional ou pessoal? Qual foi o maior risco que assumiram?



domingo, 21 de março de 2010

Amor à primeira vista




Não acredito no amor à primeira vista.

Mas acredito num olhar mais profundo.




E vocês? Acreditam no amor à primeira vista?



sábado, 20 de março de 2010

E porque hoje é sábado...





"O orgulho - observou Mary, que se gabava da solidez das suas reflexões - é um defeito muito comum, creio eu. Por tudo que tenho lido, estou mesmo convencida de que é muito comum, que a natureza humana manifesta uma tendência muito acentuada para o orgulho, que são pouquíssimos os que não alimentam esse sentimento, fundados em alguma qualidade real ou imaginária! A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam freqüentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós."
Este é um extracto do livro de Jane Austen, "Orgulho e Preconceito" e, pela octogésima vez (não será o número exaco mas não deve andar longe), vou rever uma das versões cinematográficas.

E vou terminar a noite ouvindo este menino...



sexta-feira, 19 de março de 2010

Dizer não...





Amar não é aceitar tudo.

Aliás: onde tudo é aceite, desconfio que há falta de amor.
Vladimir Maiakóvski



Eis o tema para reflectir este fim-de-semana. Descansem e tentem ser felizes.

A importância de Portugal na Casa Branca...


Mais uma que recebi por mail e que provocou uma das minhas famosas gargalhadas.

O povo português é único a fazer humor.



Clicar para ampliar


Fantasia


Não acredito na vida após a morte.

Acredito que nascemos, vivemos e morremos.


Mas gosto de imaginar que todos nós temos um anjo da guarda.

Um anjo da guarda que nos dá mão e ajuda a levantar quando caímos.

Um anjo da guarda que se coloca à nossa frente quando caminhámos para o precipício.

Quando imagino o meu anjo da guarda, imagino-o igual a ti.

Com aquele sorriso cúmplice. Com aquele olhar meigo. Com aquela maneira única como, pensando que eu já estava a dormir, me aconchegavas os lençóis e me davas um beijo e dizias aquelas palavras mágicas: "orgulho-me de ti".

Viajando hoje até ao mundo da fantasia dou-te um sorriso e um beijo do tamanho do mundo. E vou fazer de conta que recebeste!




quinta-feira, 18 de março de 2010

"Cabines individuais de "sex-shop" não são salas de cinema"




Queriam IVA a 6% para visionar sozinhos um filme pornográfico?


Pois é...entendo. Estavam sossegadinhos, sem grande confusão e, ainda por cima, ficava bem mais baratinho.


Mas os juízes do Tribunal de Justiça da UE consideram que só o desfrutar colectivo tem direito a redução.


Portanto, meus queridos, em termos de material pornográfico, fica bem mais barato quando é tudo ao monte e fé em Deus...


A notícia é daqui.

Plágio...




Quando criei este blogue tive o cuidado de colocar uma nota, que ainda se mantém, do seguinte teor:

1. Todos os textos constantes deste blog que não forem de minha autoria terá indicado o seu autor ou, quando o mesmo seja desconhecido, estará entre aspas.
2. As fotos e imagens que ilustram os posts são retiradas da Net. As fotos pessoais estão devidamente identificadas, na legenda, ou no próprio texto.

Não coloquei qualquer nota relativa aos textos que escrevo e respectivos direitos porque entendo que o que escrevo não tem cariz literário. Sou jurista. Não sou escritora. Considero os meus textos meros desabafos e sem qualidade para ser classificado como "literário". Apenas faço um esforço de respeitar a língua materna. Até aqui, estamos entendidos.

Agora, o que me aborrece solenemente é ver em alguns blogues pensamentos e textos literários sem qualquer referência ao seu autor e/ou colocando os mesmos entre aspas, transmitindo, deste modo, a ideia de que o que foi escrito nasceu da "brilhante mente" do(a) autor(a) do blogue.

Confesso que já me deu vontade de desmascarar as pessoas em questão. É desonestidade intelectual e é crime. Como disse alguém: "Não havia necessidade"!


Os homens são uns egoístas...

Cuida bem de quem gostas, seja ele (a) como for, e apesar de ser como é...

Já recebi o texto que se segue por mail há bastante tempo.


Erradamente, no meu ponto de vista, reduziram este texto a um alerta contra a anorexia.


Este texto encerra muito mais...


Sem mais nenhum comentário, é o tema de hoje.



"Cirurgia de lipoaspiração?

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?

Uma coisa é saúde outra é obsessão.

O mundo pirou, enlouqueceu.

Hoje, Deus é a auto imagem.

Religião, é dieta. Fé, só na estética.

Ritual é malhação.

Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.

Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção.

Roubar pode, envelhecer, não.

Estria é caso de polícia.

Celulite é falta de educação.

Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A gostosona da TV tem muito mais consideração do que a que está ao seu lado?

A mulher mais bonita do mundo é aquela que você escolheu e que te ama.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz,não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza.

Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada..

Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal,mas…

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural.

Não é; não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto..

Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme…

Que o amor sobreviva. Pois esse sim, ninguém poderá mudá-lo; o amor será sempre naturalmente belo e verdadeiro..

‘Cuide bem do seu amor, seja ele quem for’.

Herbert Vianna (Cantor e Compositor)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Fascinação




São tão simples os homens e obedecem tanto às necessidades presentes, que quem engana encontrará sempre alguém que se deixa enganar.
Niccolo Maquiavel


Mas, já Alexandre Herculano dizia...

"O gozo é sempre o desengano das fascinações do desejo"
Alexandre Herculano



Aviso...

Após uma longa campanha levada a cabo pelo Miguel, dou-me por vencida. Mas não convencida.






Se sofrer um ataque dos chineses alguém vai sofrer as consequências...

Se eu hoje nada mais disser...

É porque estou num lago qualquer a fazer de conta que estou em qualquer outro lado menos naquele onde tenho que estar...







terça-feira, 16 de março de 2010

Pode ser um destes dois...

Já que este ano não tive direito a bolo de aniversário, aqui ficam algumas sugestões para me oferecerem para o próximo ano (se eu lá chegar), e que estão de acordo com esta menina:


Este, acreditem, é a minha "cara-chapada". Só falta mesmo a chávena de café.
Ah, e sou morena! Ok...e não tenho asas de anjo...



Relativamente a este exemplar se me ofereceram os verdadeiros em vez do bolo ficarei duplamente agradecida (até porque já não tenho 21 aninhos).



O António Pais tentou vender-me o bolo que se segue mas, e apesar de agradecida, acho que só me devem oferecer quando eu estiver "caquética", certo?




Ser gorda é ser feia?



Já sei o que vão dizer aqueles que têm a incrível pachorra de seguir este blogue desde o início:

- "Fosga-se NI, este tema já foi debatido".

Eu respondo, numa tentativa de disfarçar a verdadeira razão (leia-se falta de imaginação para escrever):

- "Hello, foi em Outubro de 2007...e vocês estão sempre a mudar de opinião! Para além de que agora somos mais. Não sejam egoístas!"

Como sou boa rapariga vou fazer um "copy past" e evitam ter que ler o texto no baú das recordações.

O texto que serviu a um animado debate é o que se segue:



Na sociedade actual existe um novo conceito de beleza: uma mulher para ser bonita tem que ser magra. Só assim é aceite socialmente.

Mas se aceitarmos que a magreza é condição “sine qua non” para se ser aceite socialmente, chegamos, inevitavelmente, a uma outra constatação: todas aquelas que não são magras são feias, logo, excluídas.

Vem isto a propósito de uma reportagem no”Notícias Magazine” de 14.10.2007 sobre um trabalho de Joana Novaes, psicóloga do Núcleo de Doenças da Beleza do Centro de Investigação e Atendimento Psicológico da Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Segundo a especialista, num artigo intitulado “Ser Mulher, ser feia, ser excluída”, “a gordura é uma das atribuições mais representativas de feiura na cultura actual...ser feia é uma das mais penosas formas de exclusão social. E ser feia é não ter o corpo e a estética socialmente aceites, ou seja, ser magra, jovem e saudável...”.

Acrescenta a autora: “É o difícil peso da gordura, a dor da feiura”.

No referido artigo, são apresentados dois grupos de “gordos”: o grupo dos “obesos benignos” e os “obesos malignos”. O primeiro grupo é constituído pelas gordas bem dispostas que “parecem querer desculpar-se da inadequação física através de uma convivência social agradável”, são as denominadas gordas toleradas. No segundo grupo teremos aquelas que não se preocupam em agradar e a consequência é serem imediatamente excluídas.

Devo confessar: tenho 10 quilos acima do peso que é recomendado para a minha altura e para a minha idade. Mas este “acréscimo” sempre me “perseguiu" desde pequena. Cresci acompanhada por esses magníficos epítetos que as crianças (as tais que nunca têm maldade), são peritas em dizer: “lá vem a baleia”, “lá vem a balofa”.

Assumo: sempre tive complexos de inferioridade pelo facto de ser “gorda”. Talvez não os tivesse se vivesse no século XIX pois seria considerada uma mulher formosa.

Com o tempo fui percebendo que apesar de ter outro tipo de atributos os mesmos não eram suficientes para colmatar o “defeito” de ser gorda. E, ainda hoje, é assim. Quer se queira, quer não, o nosso corpo é o nosso cartão de visita.

Mas, interiormente, sempre me recusei a ser excluída. Optei, então, por pertencer ao “grupo das gordas benignas”, começando por gozar com o meu próprio “defeito”. Quando era “brindada com aqueles epítetos, respondia: “não faz mal, o homem tem mais que apalpar”. Umas vezes ganhava a batalha (principalmente quando respondia aos rapazes, dado que que na flor da adolescência começavam a pensar se não estariam a perder uma grande oportunidade). Mas com as raparigas (ai essa eterna vontade de sermos as nossas próprias inimigas, sempre prontas a humilhar a mais próxima não vá ser uma oponente forte numa competição estéril), ainda era mais gozada.

Hoje, e apesar de manter os meus complexos de inferioridade, permito-me saber escondê-los de uma forma mais “requintada”. A idade também ajuda a lidar com estas situações.

Hoje em dia, já consigo brincar com a empregada de uma loja quando pretendo vestir uma saia que fica entalada na anca, dizendo que a costureira se enganou a cortar o tecido.

Mas os complexos estão cá (são a minha imagem de marca), mas quero pensar, apesar de ainda não ter constatado, que esta frase de Jan Paulhan corresponde à verdade:

"Pode-se amar até a loucura uma mulher feia,
por encantos que superam os encantos da beleza."

O debate está, de novo, aberto...

O silêncio...


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Só entende o valor do silêncio

quem tem necessidade de calar para não ferir alguém.
Rousseau



O silêncio é muitas vezes necessário para evitar magoar uma pessoa. Mas, será sempre assim?na maioria das vezes assume um papel de arma.



Todos nós já magoámos alguém por actos, palavras ou simples silêncios.



Dificilmente assumimos que magoámos de forma consciente. É mais fácil assumir que nem pensámos que os actos, as nossas palavras, os nossos silêncios possam ferir alguém.


Costumo dizer que não magoo ninguém de forma propositada. Penso que me limito a mentir a mim própria e aos outros. É verdade que nunca prejudiquei ninguém, propositadamente, com actos e palavras. Mas com os silêncios?


Sempre vi o silêncio ora como como uma fuga (para evitar discussões), ora como um porto de abrigo (para me encontrar).


Mas o silêncio assume muitas vezes o meu lado negro. Aquele lado que pretende magoar apenas quem eu gosto, porque para quem nada me diz a indiferença é mais do que suficiente...



segunda-feira, 15 de março de 2010

E ao fim de cinco anos...



Lá volto eu a usar óculos.

Desde os 4 anos que usava óculos à custa da miopia, o que ajudou a ser o bombo da festa na escola. Juntem aos óculos a gordurinha extra e aí têm o bobo da corte para as queridas crianças que podem ser bem malvadinhas.

Mas não é de bullying que vou falar hoje (e não façam esse ar de espanto, no meu tempo já existiam actos de violência física e psicológica, praticadas pelas criancinhas e, acreditem, conseguiam intimidar e mesmo agredir os bobos da corte).


Continuando...


Aos 40 fiz a operação que me fez ver o mundo como não me lembrava.

A ironia desta história é que fiquei com uma visão superior a 100% ao longe, e acabo por ter que usar óculos para ver ao perto..., parecidos com este:


A estrada...



A linha da vida não é uma recta.

Tem curvas largas que nos permitem manter a mesma velocidade, com alguma segurança.

Tem curvas apertadas que nos obrigam a reduzir a velocidade e, por vezes, a calcar a linha contínua e passar para a outra faixa.

Tem bifurcações e cruzamentos que nos obrigam a ser cuidadosos e a olhar para todos os lados.

Tem desvios sem saída que nos obrigam a fazer marcha-atrás.

Tem saídas de emergência que evitam muitas vezes o fim e nos permitem respirar fundo antes de reiniciar a viagem.

Tem saídas que nos levam a locais desconhecidos e que nos ficam na memória pela beleza do desconhecido.

A linha da vida não é uma recta, mas tem um fim.

E, todos nós, ansiamos lá chegar... sem grandes percalços...



"This heart’s up for sale

Yeah, this heart’s on the stand

Mix and match and melt in my mouth

Nothing ever goes quite as planned

You fly north and I’ll sail south



So redevelop product

Redesign this package

Still refuse to reach in your pocket

Everything is temporary written on that sand

Looking for the girl that meets supply with demand

...

Even with a pedigree

(yes I’m date stamped)

Love has no guarantee


That heart’s on display, yes, that heart’s off the rails

A ship in the harbour with wind in it’s sails

Chain up love inside the chain-store girl

Chain up love and exchange it

...


I get sales talk from sales assistants

When all I want to do girl, is lower your resistance

Everything is temporary, written in the sand

Looking for the girl that meets supply with demand


Love has no guarantee

Brings out the woman in me

Even with a pedigree

Love has no guarantee
..."







Esperem aí....


De facto devo ter sérios problemas cognitivos.

Expliquem-me, por favor, se eu estou a ver bem a coisa...
Este fim-de-semana, uns meninos decidiram criar a "lei da rolha".

Até aqui todos de acordo. Para dizer disparates mais vale estarmos calados. Mas é só até aqui que eu entendo.

Não foram esses meninos que decidiram criar não sei quantas comissões de inquérito por causa de uma outra lei da rolha e que não descansam enquanto não conseguirem sacar a mesma?


Eu bem sei que somos excelentes produtores de vinho e somos dos maiores produtores de rolhas, mas confesso que não estou a entender nada...

Esperem aí...não é para entender, não é? Já podiam ter dito!

Menina dos olhos de água




"Aprendi a amar a madrugada, que desponta em mim quando sorris,
És um rio cheio de água levada e dás rumo à fragata que escolhi"
Esta frase faz parte de um dos poemas mais bonitos de um artista que tem temas absolutamente fantásticos. Há muito tempo que não ouço falar dele.
É quem me está a fazer companhia na noite de hoje!

domingo, 14 de março de 2010

O amor é suficiente?




Hoje estava a ler um livro de pensamentos que me ofereceram quando me deparei com um cujo autor é desconhecido. Diz o seguinte:


"O que mais me dói é saber que eu e você nunca seremos nós"



A frase parece ter um único sentido: O fim de uma relação.

Mas comecei a pensar noutras situações que podem ocorrer e que impedem que duas pessoas que se amem nunca possam estar juntas.


É o nosso próximo tema. Já passaram uma situação semelhante? Já vos aconteceu amar alguém, que retribui esse sentimento, mas que, por circunstâncias diversas, não puderam ficar juntos?
O que vos impediu de lutar por esse amor?
Se não passaram, que situações acham que podem levar duas pessoas que se amam a não estarem juntas?
Será que o amor, afinal, não é o mais importante? Ou será que não é suficiente o amor?



sábado, 13 de março de 2010

As ideias fixas...




Ao longo da vida vamos criando ideias fixas que influenciam a nossa forma de ver e estar no mundo.


Ocasionalmente, circunstâncias diversas abalam a nossa estrutura mental e vemo-nos a pensar e/ou agir de forma ingruente com o que sempre pensamos e defendemos.


Nunca tive problemas em alterar as minhas opiniões/ideias quando chego à conclusão que estava errada. Encaro este facto com toda a naturalidade e, mais ainda, como forma de amadurecimento e desenvolvimento pessoal. No dia em que deixar de aprender e crescer já não estarei a fazer nada no mundo em que sou uma ínfima parte.


Vem isto a propósito de uma ideia fixa que sempre tive. Provavelmente por ter perdido todos os meus entes queridos ou no Natal ou quando faziam anos, sempre fiz questão de comemorar esses dias como se fossem os últimos. No Natal gosto de ter a minha casa repleta de amigos e quando alguém de quem gosto faz anos gosto de fazer festas-surpresa. E sempre comemorei intensamente os meus anos. Ao almoço só com amigos e ao jantar com familiares e amigos.



Factos ocorridos na última semana fizeram com que, pela primeira vez, não comemorasse os meus anos. Não houve almoço, nem jantar.


Durante o dia de hoje dei por mim a pensar se teria, de alguma forma, alterado a minha opinião sobre a importância daquelas datas.


Cheguei à conclusão que não. Mantenho a mesma ideia fixa. Não me convenceram que eu estou errada...




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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso