quarta-feira, 20 de abril de 2011

Porque hoje me apetece dizer isto...


"Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura. Grave e metódica até à mania, atenta a todas as subtilezas dum raciocínio claro e lúcido, não deixo, no entanto, de ser uma espécie de D. Quixote fêmea a combater moinhos de vento, quimérica e fantástica, sempre enganada e sempre a pedir novas mentiras à vida, num dom de mim própria que não acaba, que não desfalece, que não cansa!”

 (Carta de Florbela Espanca a Guido Battelli datada de 27 de Julho de 1930)


Ai Florbela, como eu gostaria de não me identificar com as tuas palavras. Mas que queres? É defeito de fabrico...





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