quinta-feira, 21 de abril de 2011

Já que está a chover...


E porque uma das minhas amigas quarentonas foi "apanhadinha" por um trintão e o amor paira no ar, levam hoje com uma das minha músicas favoritas.

Mas como andam rumores de que deixei de ser uma romãntica incurável (que mentira...), levam com os "sulcos da sede", de Eugénio de Andrade... É que nem toda a gente tem a sorte da minha amiga!






Estive sempre sentado nesta pedra

escutando, por assim dizer, o silêncio.

Ou no lago cair um fiozinho de água.

O lago é o tanque daquela idade

em que não tinha o coração magoado.

(Porque o amor, perdoa dizê-lo,

doi tanto!). Todo o amor. Até o nosso,

Tão feito de privação.Estou onde

sempre estive: à beira de ser água.

Envelhecendo no rumor da bica

por onde corre apenas o silêncio.





2 comentários:

TM disse...

Lindo poema... :)

A Minha Essência disse...

Risos... ela que aproveite cada segundo porque o estado "apaixonada" é delirante! :)

Kiss

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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso