E porque uma das minhas amigas quarentonas foi "apanhadinha" por um trintão e o amor paira no ar, levam hoje com uma das minha músicas favoritas.
Mas como andam rumores de que deixei de ser uma romãntica incurável (que mentira...), levam com os "sulcos da sede", de Eugénio de Andrade... É que nem toda a gente tem a sorte da minha amiga!
Estive sempre sentado nesta pedra
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração magoado.
(Porque o amor, perdoa dizê-lo,
doi tanto!). Todo o amor. Até o nosso,
Tão feito de privação.Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
2 comentários:
Lindo poema... :)
Risos... ela que aproveite cada segundo porque o estado "apaixonada" é delirante! :)
Kiss
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