terça-feira, 19 de abril de 2011

Dilemas...



"Não é raro, durante a trajetória diária de nossas vidas, empacarmos diante de decisões que não conseguimos tomar. Mesmo sendo simples ou importantes, dependendo do temperamento de quem quer decidir, pode ser uma tarefa atormentadora...Por outro lado, vejo que um grande número de pessoas vive suas vidas um tanto “à deriva”, sem saber bem para onde estão indo. Não sabem se vão pra cá, pra lá, e, como não poderia deixar de ser, não chegam nunca a lugar algum. Porque vivem estagnadas diante de dilemas cuja resolução nem imaginam como obter ou quem sabe diante de dilemas cuja importância ainda não se deram conta...Tudo que fica parado se desintegra...Jamais saberemos como será qualquer situação, se não passarmos por ela. Podemos nos machucar, sim, e este é o preço da experiência, da certeza, da sabedoria...

Outro drama pra lá de comum é o drama emocional...E não haverá outro caminho a não ser seguir o coração e escolher logo. Sim, experimentar! ... Se não der certo, e a separação for inevitável, o melhor é ... não recriminar-se por ter errado...A vida sempre costuma nos dar segundas chances. É aquela história: Se você acha que novas e melhores oportunidades virão, você estará certo. Se você acha que o mundo acabou, também estará certo. Nós criamos nosso próprio mundo na medida em que o enchemos de significados. Se os significados serão positivos ou negativos, a escolha, mais uma vez, será sua..."



Cada um de nós, todos os dias, encarámos a necessidade de tomar decisões. Umas fáceis (e que assumimos de forma quase mecânica), outras difíceis (aquelas em que, quanto mais pensámos, não vemos solução à vista). Quantas vezes sofremos por antecipação e condicionámos as nossas escolhas pelo medo dos resultados.

Ontem, a minha filha mais velha tinha um dilema: que faculdade estrangeira deveria escolher no âmbito do "ERASMUS". Preocupações como a língua, quantos kms distavam os polos da universidade das residências para estudantes; etc... 

Dei um sorriso e disse que liberdade é isso mesmo. Escolher e assumir as consequências. Mas que a capacidade de arriscar diz muito do nosso carácter. Passado alguns minutos veio ter comigo e disse que já tinha escolhido. Curiosamente, ou não, escolheu aquela que oferece um maior desafio quer por força da língua (alemão), quer pelo facto de não ter nenhum colega a acompanhá-la naquela aventura.

Sorri de novo...essa é a minha filha!

Durante mais uma noite de insónia pensei para mim mesma que é curioso como os dilemas vão sendo diferentes ao longo da nossa vida e a dificuldade das escolhas é proporcional à idade que temos. Por precaução? Por medo? Mas não deveria ser diferente?

É que podemos perder aquele momento, naquele tempo...



 
 

1 comentário:

Cacarol disse...

Tenho as mesmas dúvidas os mesmos dilemas e as mesmas inquietações*

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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso