terça-feira, 29 de abril de 2014

Quénia, verdadeiro paraíso para os homens...


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A decisão do Presidente do Quénia de aprovar a lei que permite a poligamia gerou uma onda de protestos de muitos sectores femininos o que obrigou o dito cujo Presidente, Uhuru Kenyatta de seu nome, a defender ... que o casamento «é a união voluntária de um homem e uma mulher, seja monógama ou polígama».
Pelos vistos a proposta inicial da lei previa que a primeira esposa pudesse vetar a escolha do homem, mas "... os membros masculinos do parlamento de vários partidos uniram-se para deixar cair essa alínea, conta a France Press". (notícia daqui)
 
Lendo as notícias nos órgãos de comunicação social, o destaque vai para o facto da presente lei só beneficiar os homens. Obviamente, digo eu. A lei regulamenta a poligamia e não a poliandria. Eu se fosse às mulheres quenianas mudava-me para os Himalaias, sei lá...
 
 
 
Nota - Devo confessar que até entendo os membros masculinos do parlamento queniano. É que se as suas mulheres decidissem ter vários homens teríamos muitos egos destruídos!
 
 
 

Sabem o que é mesmo frustrante?


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É não sermos reconhecidos na entidade onde exercemos funções há décadas, (pois, para mim são quase três), e vermos o nosso trabalho valorizado por outras entidades que quase diariamente pedem a nossa opinião.
 
A vida é cheia de possibilidades frustrantes...
 
 
 
 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Quando o local de trabalho dá cabo da nossa saúde...

 
  
Sou daquelas pessoas que gosta de trabalhar em equipa e de reuniões de trabalho. Talvez, quem sabe, por ter uma profissão algo solitária.
 
Mas sempre lutei por ter o "meu espaço". Sempre defendi que se passo 8 a 10 horas a trabalhar,(cheguei a trabalhar 14-15 horas e sem ganhar mais por isso), e se a minha função é elaborar pareceres, tenho que estar concentrada e atenta, para além de ter que me sentir bem e estar rodeada de objectos que me façam sentir em "casa".
 
E, na verdade, com mais ou menos dificuldades, sempre consegui ter o meu espaço. Um local onde colocava uma ou duas plantas, um local onde colocava nas paredes os quadros que as minhas filhas iam pintando, um local onde me conseguia concentrar, um local onde me sentia bem por chegar.
 
Até que, em 2009, o meu anterior chefe decidiu que eu ficava melhor com outro colega. Um óptimo colega, excepcional a todos os níveis diga-se, mas que tinha uma função bem diferente da minha. Enquanto eu tinha que fazer pareceres intermináveis ele tinha que passar meio dia ao telefone e a receber pessoas. Escusado será dizer que a dificuldade de me concentrar era imensa. Chegava no final do dia completamente exausta.
 
Um ano depois, por razões que agora não interessam, pedi para sair. No novo departamento o sistema é de open space com cubículos. Durante dois anos lutei para que alterassem o sistema porque as funções que exercemos não é compatível com aquela opção.
 
Valha-nos os santinhos... , mas um serviço que tem como missão fazer auditorias, inquéritos e processos disciplinares e que obriga aos seus funcionários um dever de sigilo rigoroso, é incompatível com a existência  de cubículos em open space onde se confundem os serviços administrativos com os serviços técnicos. Já para não falar dos problemas de desconcentração o que gera, inevitavelmente, problemas de produtividade.
 
Há que saber adequar os locais de trabalho às funções que são exercidas (porque em determinadas funções o sistema de open space até poderá ser o mais adequado)
 
Vem agora um estudo publicado  na revista "Visão" dizer o que defendo há muitos anos:
 
" Os escritórios em open space, ou seja, com estruturas abertas, ou subdivididos em cubículos, podem ser os piores quando se trata do bem-estar e produtividade dos funcionários... O pensamento comum é que os funcionários serão mais felizes e mais produtivos se trabalharem juntos, em vez de separados por paredes de escritório reais. Só que não são!" esclarece um membro da Fast Company, uma imprensa que  inspira a nova geração de líderes, inovadores e criativos, que estão a reinventar ativamente o futuro dos negócios. " A grande maioria dos trabalhadores, presos em cubículos e espaços de escritórios abertos, estão insatisfeitos com os seus ambientes de trabalho; muito mais do que as pessoas que trabalham diariamente em escritórios privados fechados."
 
O mesmo artigo elenca de que forma o trabalho num escritório pode prejudicar a saúde e a felicidade dos funcionários:
 
Assim, os funcionários que trabalham em open space podem ter:
 
- altos níveis de stress e menos motivação
- níveis mais altos de adrenalina, que é uma resposta do corpo ao stress
- maior susceptibilidade a ficar doente devido à facilidade de transmissão e da qualidade do ar que respira
 
É comum dizer-se que um dos maiores problemas do nosso País é ter uma fraca produtividade.
 
Eu digo, um dos maiores problemas do País é ter entidades patronais que não sabem adequar os locais de trabalho às funções específicas que os trabalhadores exercem.
 
 
Ver artigo completo aqui


domingo, 27 de abril de 2014

Porque hoje me apetece dizer isto...


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Há grandes homens que fazem todos os demais
sentirem-se pequenos.

Mas a verdadeira grandeza consiste em fazer
com que todos se sintam grandes.

Charles Dickens

No dia em que terminei a quarta classe os meus pais levaram-me ao Palácio de Cristal no Porto para jantar. Naqueles tempos só se jantava fora em casamentos, baptizados e afins. O dinheiro não dava para "luxos" como jantar fora.

Recordo-me que eu e a minha irmã do meio até tivemos direito a sobremesa. Isso, sim, um verdadeiro luxo só ao alcance de alguns.

No final, imaginem, ainda tive direito a uma prenda.

Agarrei com ansiedade o embrulho castanho com um laço vermelho. Demorei séculos a desembrulhar...como se estivesse a saborear cada pequeno rasgão que ia dando no papel. Afinal, só recebia uma prenda no dia de anos e outra no Natal.

Era um livro. "Grandes Esperanças" de Charles Dickens que guardo religiosamente.

O meu pai olhou para mim e disse:

- "Hoje, quero que retenhas duas coisas: a primeira é que nos orgulhámos de ti. A segunda é um valor que te gostava de transmitir e que está reflectido no livro que te damos. A nobreza de um homem vê-se em duas situações: na maneira como se levanta após uma queda e na forma como trata quem está fragilizado."

Este episódio da minha infância permitiu-me enfrentar o dia de amanhã.

E a música é esta. Gosto de acreditar que o meu pai é o meu Sunshine  que aparece quando as nuvens estão negras...


Nota - Post em modo "copy past"

sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 de Abril...sempre!



Imagem daqui



Tinha nove anos.

 
Estava nas aulas quando vieram avisar a professora de que tínhamos todos de ir para casa. Tínhamos que ir rápidos e sem falar com ninguém.

 
A imagem que retenho é de me estar a aproximar de casa e ver a minha mãe na janela do quarto a dizer para ir mais depressa.

 
Cheguei a casa. A minha mãe olhou para mim e disse-me: "Filha, se tudo correr bem, o pai vem para casa."

 
Não retirámos os olhos da televisão sempre à espera de ver a cara dele à saída daqueles portões.

 
Só o veríamos no dia seguinte.

 
Hoje, com 49 anos de idade posso dizer:

Nasci antes de ser implementada a democracia.

 
Vi nascer a democracia.

 
Vibrei com os sorrisos das pessoas no primeiro acto eleitoral pós 25 de Abril.

 
Assisti à união dos portugueses para manter a democracia.

 
Trabalho desde os 16 anos de idade.

 
 Partilhei os sacrifícios quando da intervenção do FMI em 1977 e em 1983.

 
Convivi, nos últimos anos, com o egoísmo, o individualismo, a ausência de ética profissional, a falta de "coluna vertebral", a ignomínia, a corrupção, a cunha, a protecção e a elevação de "boys e girl´s" em detrimento da qualidade profissional.

 
Hoje, vejo a ausência de esperança no olhar das pessoas.

 
Hoje, este não é o País pelo qual o meu pai e milhares de portugueses lutaram.

 
Hoje, como antes do 25 de Abril, este tema é apropriado.
 
 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Pensamento do dia...


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A capacidade para arrastar móveis e fazer grandes arrumações
vai diminuindo com a idade. 
Estou que nem posso.
 
Ni
 
 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Das Escolhas...


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"Não é raro, durante a trajetória diária de nossas vidas, empacarmos diante de decisões que não conseguimos tomar. Mesmo sendo simples ou importantes, dependendo do temperamento de quem quer decidir, pode ser uma tarefa atormentadora...Não sabem se vão pra cá, pra lá, e, como não poderia deixar de ser, não chegam nunca a lugar algum. Porque vivem estagnadas diante de dilemas cuja resolução nem imaginam como obter ou quem sabe diante de dilemas cuja importância ainda não se deram conta...Jamais saberemos como será qualquer situação, se não passarmos por ela. Podemos nos machucar, sim, e este é o preço da experiência, da certeza, da sabedoria...
Outro drama pra lá de comum é o drama emocional...E não haverá outro caminho a não ser seguir o coração e escolher logo. Sim, experimentar! ... Se não der certo, e a separação for inevitável, o melhor é ... não recriminar-se por ter errado...A vida sempre costuma nos dar segundas chances. É aquela história: Se você acha que novas e melhores oportunidades virão, você estará certo. Se você acha que o mundo acabou, também estará certo. Nós criamos nosso próprio mundo na medida em que o enchemos de significados. Se os significados serão positivos ou negativos, a escolha, mais uma vez, será sua..."


Cada um de nós, todos os dias, encarámos a necessidade de tomar decisões. Umas fáceis (e que assumimos de forma quase mecânica), outras difíceis (aquelas em que, quanto mais pensámos, não vemos solução à vista). Quantas vezes sofremos por antecipação e condicionámos as nossas escolhas pelo medo dos resultados.

 
O curioso é que os dilemas vão sendo diferentes ao longo da nossa vida e a dificuldade das escolhas é proporcional à idade que temos. Porquê? Por precaução? Por medo?
 
 
Mas não deveria ser diferente? É que podemos perder aquele momento, naquele tempo...
 
Mas a liberdade é isso mesmo. Escolher e assumir as consequências. Mas que a capacidade de arriscar diz muito do nosso carácter.
 
 
A música só podia ser esta (porque são poucas as pessoas que a conhecem e, para mim, é uma das melhores que apareceram num filme).
 
 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Será isto o Amor?



Recebida por mail

A correr contra o vento...

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"Os ventos que às vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre..."
 
Bob Marley

 
 
 
Como devem imaginar, esta semana a minha principal companhia é a Naru  (sim, as minhas filhas têm uma apetência especial para escolher nomes de cães) e a música.
 
Da Naru direi apenas que isto de adoptar cães que foram abandonados tem muito que se diga. Dará provavelmente para tema de alguns post's.
 
Hoje vamos falar de música.
 
As pessoas da minha geração, (aquelas que nasceram antes do 25 de Abril mas que tiveram a sorte de viver o final da infância em liberdade), viveram numa altura em que a música portuguesa era aquela que mais passava na rádio.
 
Um tempo onde não existia "youtube", MTV a afins.
 
Um tempo onde apenas existia um canal de televisão (RTP) que tinha inúmeros programas de variedade com artistas portugueses.
 
Um tempo em que a principal companhia era a rádio porque a maioria ainda não tinha televisão em casa.
 
Um tempo em que não existia a FNAC ( pelo que a música importada era por encomenda - a minha sorte é que me dava bem com o gerente da extinta Philcolândia e lá arranjava em primeira mão alguns discos vindos de fora). 
 
E foi desta forma que, pela primeira vez, ouvi este senhor. Ainda me lembro da letra... e bem que podia ser o tema da minha vida, porque apesar de estar mais velha, continuo a correr contra o vento... e não desisto...
 
 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Oficialmente...

 
 
... De férias toda a semana.
 
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Isto de ser obrigada legalmente a gozar férias até uma determinada data quando não se pode ir para lado nenhum é uma verdadeira seca.
 
Assim, e enquanto maridão e filhota continuam com as suas obrigações, já estabeleci um plano para sete dias:
 
1º Desligar o telemóvel.
 
2º Ligar a máquina do café.
 
3º Fazer asneiras no mundo da jardineira, (porque não entendo nada).
 
4º Inventar bolos, (porque é uma excelente terapia para a mente, já para o corpo...).
 
5º Tentar restaurar um móvel antigo, (digo tentar porque nunca fiz algo semelhante mas pior do ele já está não deve ficar).
 
6º Mudar as roupas de inverno para os armários mais longínquos e tratar de dar mais vida aos armários que tenho de abrir todos os dias.
 
7º Tentar convencer a Naru, (sim, a tal cadelinha que adoptámos), que um jardim enorme pode ser uma excelente aventura para procurar um sítio onde fazer o seu belo xixi em vez de encontrar locais atrás das portas.
 
8º Visitar, de quando em vez, os blogues dos meus comparsas.
 
9º Fugir dos sites de informação nos próximos dias porque só se ouve falar de Jesus e do milagre da ressuscitação de um clube.
 
10º Não fazer nada (sempre que me apetecer).


E...ouvir muita música. Como esta.

Tenham uma grande semana!


sábado, 19 de abril de 2014

...


 
Este ano a Páscoa não vai ser comemorada por estes burgos mas não deixo de desejar a todos...


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... e comam muitas amêndoas...

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Adeus..




Imagem retirada da edição online do JN
 
 
 
"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós,
onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.
O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração,
pois a vida está nos olhos de quem saber ver"
Gabriel García Marquez
 
 
Morreu um dos meus escritores favoritos de sempre.
 
Felizmente ficam os seus livros e as suas palavras intemporais para nos fazer companhia mesmo que tenhamos "Cem anos de solidão".
 
Adeus Gabriel Garcia Marquez.
 
 

F.C. do Porto, Benfica e Jesuitas...


 
"Há homens que são como as velas;
sacrificam-se, queimando-se para dar luz aos outros"
António Vieira
 
 
 
- Ai Ni, finalmente vais falar do teu FCP e tentar dar uma explicação para os desaires contínuos desta época futebolística. Então, para ti, os jogadores do FCP sacrificaram-se para que ontem 10 milhões ficassem, finalmente, com alguma luz nas suas vidas.
 
Vamos por partes:
 
1º Não vou falar do meu FCP.
2º Não sou apologista de sacrifícios.
3º Não são 10 milhões a necessitar de luz. Há alguns milhares que já descobriram o fogo há alguns anitos.
 
Portanto, não. Não vou falar do meu FCP. Fui "convidar" o Padre António Vieira porque...era jesuíta. E eu gosto imenso de jesuítas.
 
E decidi partilhar a receita porque é rápida e eles ficam deliciosos.
 
Vamos lá:
 
Ingredientes:
 
- 2 p de massa folhada (de preferência quadrada se quiserem fazer em miniatura como eu faço)
- 1 clara de ovo
- Açúcar em pó q.b
 
Preparação:
 
Colocam a massa folhada uma sobre a outra e com uma faca muito afiada cortam-se as tiras em triângulos de forma a obter isto:
 

Bate-se a clara em espuma e nesta altura começa a juntar-se o açúcar em pó continuando sempre a bater-se até se obter um merengue pouco espesso (se gostarem podem adicionar um pouco de canela em pó só para tornar o merengue castanho-claro).


Com uma espátula (ou faca pequena) barra-se a parte superior dos jesuítas com este merengue (não convém colocar muito para não ficar uma "capa de açucar" muito grossa). e levam-se a cozer em forno pré-aquecido a 180º até ficarem dourados.
 
E o aspecto final é este:
 
Bom apetite!



Nota: Se gostam de jesuítas com recheio podem colocar entre as duas massas folhadas o recheio que bem entenderem. Para mim os jesuítas são sem recheio.
 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Adenda ao post anterior...



Obrigado a todos os que deixaram uma mensagem.
 
Propositadamente não mencionei no post anterior qualquer nome com receio de me esquecer de alguém.
 
Contudo, ficam todos  convidados, sem excepção, a levar o selo comemorativo do 7º aniversário deste cantinho.


 
 

7 Anos de Blogue - Eu, os Outros e a Blogosfera...




“Se escrevo o que sinto
é porque assim diminuo a febre de sentir.
O que confesso não tem importância,
 
pois nada tem importância.
Faço paisagens com o que sinto”.
Fernando Pessoa

 
Porquê ter criado este blogue?
 
Porquê a insistência em temas que envolvem afectos?
 
 Porquê a opção de colocar pensamentos?
 
Estas foram algumas questões que me foram colocadas ao longo dos sete anos que este blogue existe. Vou tentar responder a todas.
 
Sempre gostei de escrever (aliás, de quando em vez lá me vão acusando de que os meus pareceres são autênticos “testamentos”, tal é a minha dificuldade em parar de escrever quando exponho argumentos/opiniões).  Mas, acima de tudo, gosto de "conversar".
 
É verdade que estamos perante um blog pessoal. Desde logo o objecto está restringido. Poderia, simplesmente, escrever textos que fossem um reflexo daquilo que me acontece na vida e que desejava partilhar ou simplesmente recordar. Não o deixo de fazer de quando em vez.
 
Mas, mais importante para mim do que partilhar experiências pessoais é “conversar”.
 
Tal e qual. Uma conversa virtual, é certo, mas nunca uma conversa hermética. Uma tertúlia onde se discutem ideias, princípios e valores.
 
Um texto pessoal é sempre hermético porquanto não deixa de ser um reflexo daquilo que nos acontece na vida e que desejamos partilhar ou simplesmente recordar.
 
Mas, a vida, é muito mais do que a nossa vivência pessoal.A propósito do que vem acontecendo ultimamente, aqui e ali, na “blogosfera”.
 
Falar do que somos e de como lidámos com os afectos não é fácil, ao contrário do que muitos possam pensar.
 
É relativamente fácil criticarmos um político e/ou uma política governativa. E, ainda mais fácil, criticar os outros. Espezinhar o bom-nome e a honra mesmo sem provas, só porque está na moda a ignomínia.
 
Não é difícil defender a nossa fé, bastará acreditar.
 
E criticar aquele árbitro que se lembrou de marcar uma grande penalidade contra a nossa equipa de coração, quando toda a gente viu que foi falta do atacante que se lembrou de saltar para o costado do nosso defesa? Ainda mais fácil. Então quando não vimos o jogo mais fácil se torna...
 
Mas se perguntarmos a alguém porque razão tomou uma atitude e não outra, dificilmente terá uma resposta imediata. Se perguntarmos porque razão o seu sorriso é falso, ela pensará duas vezes antes de responder. Se perguntarmos a alguém qual é a definição de um qualquer afecto, ela olhará para nós antes de responder e, provavelmente, recorrerá a uma daquelas “frases feitas”, simplesmente porque alguém já pensou nisso antes e ela não tem tempo para pensar em “assuntos menores”.
 
É que, não é fácil falarmos de nós, daquilo que somos e a forma como interagimos com os outros, de e para a sociedade. É bem mais fácil vestir o fato da indiferença e/ou da “pseudo intelectualidade” com que encarámos o mundo diariamente.
 
Comecei a trabalhar aos 16 anos para tirar o curso que queria. Já perdi pessoas que amei, já fui traída, já tive momentos felizes, já sofri, já sonhei, já acordei para a realidade...
 
No fundo, já vivi.
 
Mas, mesmo esta vivência não me dá total segurança para falar convictamente dos meus próprios afectos. Muito menos dos afectos dos outros...
 
Mas gosto de dizer o que sinto, mesmo que não saiba o que dizer...porque, simplesmente, gosto de entender. E é na dialéctica que se aprende. É na troca de opiniões, (em que o respeito para com o outro é a única exigência), que podemos, quiçá, encontrar uma resposta.
 
Não sei definir o amor, a amizade, o ódio, o ciúme, a inveja, a indiferença. Mas em algum momento da minha vida já senti. Porque o ser humano não é um ser isolado. É um ser que interage, que se dá, que se entrega. E que recebe. Recebe por vezes aquilo que não merece e/ou está à espera. E o que fica? O que aprendemos? Mudámos alguma coisa nesta relação de "deve-haver"? Evoluímos enquanto seres humanos e parte das relações que se estabelecem todos os dias? Ou fechámo-nos numa redoma porque é mais seguro?
 
É destes sentimentos que gosto de “conversar”.
 
E gosto de música. É a minha companhia diária.
 

Deixo-vos com o 1º tema que coloquei neste blogue. E a escolha não foi despropositada. Significa bastante para mim. Dedico a "ti" e a todos os que partilham esta minha aventura na blogosfera. Alias e o tema "More than words can say".
 
Tem sido um prazer enorme fazer esta caminhada convosco...

terça-feira, 15 de abril de 2014

Baú de Memórias - 7 Anos de Blogue



Na véspera do 7º aniversário deste blogue, recupero no baú das memórias um post que resultou da resposta a um desafio lançado em Abril de 2009.
 
Atribuíram a este desafio o nome de “Desafio das Músicas”. Quando chegarem ao final vão entender porquê...ou talvez não!

 
1 - Qual a música que te dá vontade de fazer amor como se não houvesse amanhã? 

Este pessoal anda com a mania de colocar questões redutoras. Todos sabem que ouço música da manhã à noite. Como querem que eu faça uma escolha destas? Completamente aleatório: “All out of love” dos Air Supply.
 
 
2 - Qual a música que te dá vontade de meteres prego a fundo quando conduzes?

Mais uma...Ainda por cima quando não conduzo há mais de 4 anos.! Pode ser a música do filme Gladiator.
 
3- A tua primeira vez foi boa, assim-assim, ou mázinha? 

A primeira vez foi cómica, “atabalhoada”, “apressada” e tudo terminada em “ada” como Figueiró dos Vinhos. Precisamente por isso, não dá para esquecer.

 
4 - Para onde é que olhas logo quando conheces alguém? 
Olhos.

 
5 - O que é que ele/ela tem que fazer para que lhe saltes automaticamente para a espinha?

Tentem adivinhar!

 
6 - Qual a coisa mais romântica que já te fizeram?

Nunca me fizeram nada de romântico.

 
7 - Qual foi a coisa mais idiota que já fizeste sob o efeito do álcool?

Adormecer na banheira na noite de núpcias, com a única bebedeira que apanhei até hoje.
 
8 - O que é que é "música para os teus ouvidos"? 

O silêncio!
 
9 - Já alguma vez foste o(a) verdadeiro(a) sacana para alguém? Já despedaçaste algum coração em mil pedaços?

Nunca. Não consigo. E nunca despedacei o coração de ninguém. Agora, foram sacanas para mim? Constantemente. Já me despedaçaram o coração? Vezes a mais...

 
10 - Deixas o carro chegar ao fim da reserva, ou vais logo abastecer assim que entra na dita cuja? 

Deixo isso com a minha cara metade. Há 4 anos que decidi deixar de conduzir como forma de retaliação.

 
11 - Vais sempre pelo mesmo caminho, ou já alguma vez tomaste o caminho mais longo para casa?

Depende do meu estado de espírito. Às vezes nem a casa vou, (nem quero pensar o que as vossas mentes estão a imaginar)!

 
12 - Qual o maior balde de água fria que já levaste na tua vida?

Já levei tantos...O último serve? Bom, admitindo que aceitam o último: não ter podido contar com o apoio de um amigo quando mais precisei dele.
 

13 - O que é que te tira os pés do chão?
Considerando que é difícil para um homem levantar 70 Kgs, talvez uma "caterpiler"...

 

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