segunda-feira, 31 de maio de 2010

Será um piano? Uma antena parabólica?

Estão a ver aquele spot publicitário em que o George Clooney leva com uma coisinha destas




pela cabeça abaixo?


Pois eu e a Pinxexa não levámos com uma coisa destas




pela cabeça abaixo por uns escassos 3 passos quando saíamos de uma reunião.



O John Malkovich devia estar entretido a beber café...


Ou, então, ainda não era a nossa hora!

Memória...




Tinham mais de 100 anos.


Um dos iluminados lembrou-se de as deitar abaixo.


Este fim-de-semana. Para que ninguém visse. Como aqueles meninos que fazem asneiras às escondidas para não serem castigados...


Agora só resta um conjunto em quase 4 Kms de avenida. À espera de outro iluminado.



domingo, 30 de maio de 2010

24 anos...


"(eu sei que) há muitas maneiras
(para viver lá) no sol ou sombra
(junto) nós encontraremos o lugar "


Tem sido assim há 24 anos. Juntos...


(Together) We will go our way
(Together) We will leave some day
(Together) Your hand in my hand
(Together) We will make our plan


(Together) We will fly so high
(Together) Tell all our friends goodbye
(Together) We will start like new
(Together) This is what we'll do:


(Go west) Life is peaceful there
(Go west) in the open air
(Go west) where the skies are blue
(Go west) this is what we're gonna do


(Together) We will love the beach
(Together) We will learn and teach
(Together) Change our pace of life
(Together) We will work and thrive


(I love you) I know you love me,
(I want you) how could I disagree?
(And that's why) I make no protest
(And you say) you will do the rest


(Go west) life is peaceful there
(Go west) in the open air
(Go west) baby, you and me
(Go west) this is our destiny
(Go west) sun and winter time
(Go west) we will do just fine
(Go west) where the skies are blue
(Go west) this is what we're gonna do

There, where the air is free
We'll be (we'll be) what we want to be
Now, if we make a stand
We'll find (we'll find) our promised land!

(I know that) there are many ways
(To live there) in the sun or shade
(Together) we will find the place
(To settle) where there's so much space


(Don't look back) And the place back east
(Wrestling) wrestling just to feast
(And we'll go) ready to be two
(So that's what) we are gonna do
(Oh, what we're gonna do is...)


(Go west) life is peaceful there
(Go west) there, in the open air
(Go west) Where the skies are blue
(Go west) This is what we're gonna do...

(Life is peaceful there) Go west
(In the open air) Go west
(Baby, you and me) Go west
(This is our destiny) Come on, come on, come on, come on


(Go west) Sun and winter time
(Go west) we will feel just fine
(Go west) where the skies are blue
(Go west) this is what we're gonna do


(Come on, come on, come on, come on, go west!)

sábado, 29 de maio de 2010

Dança Nua...



Corria o ano de 1989.

Tinha acabado de ter a minha filha mais velha.

Ao longe um rádio tocava. E, quando dei por mim, estava a cantar este tema.

Quando regressei à rádio duas semanas mais tarde foi com este tema que iniciei o programa.

Um grupo com boa sonoridade mas que terminou precocemente.



sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pensamento da semana...




"Com estupidez e boa digestão o homem pode enfrentar muita coisa"

Thomas Carlyle


Acrescente-se o bom senso e uma grande serenidade que, por vezes, só se alcança com o avançar da idade.


Em dois meses perdi a única hipótese que tinha de progredir na carreira, perdi a minha melhor amiga, enfrentei a partida definitiva desta vida de três amigos e tenho enfrentado estas perdas com uma serenidade que me dá alento para continuar.



Bom fim-de-semana!


Nota - Em suma, são estes os motivos que têm contribuído para a minha "ausência" mas não deixo de visitar os "vossos cantinhos".


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vamos terminar?



Uma das coisas mais difíceis em termos de exercício dos afectos é terminar relações.


São poucos os que conseguem chegar à frente de outra pessoa e, de forma simples e concisa, diga "acabou tudo entre nós", vire as costas e vá à sua vida.


Hoje, com as novas tecnologias há uma maneira ainda mais fácil. Não temos sequer que enfrentar os olhos da outra pessoa. Terminar uma relação está num "enter" ou num "ok".


Mais fácil ainda? Simplesmente "desaparecer". A indiferença e ausência encarregam-se do resto.


Quem persiste em enfrentar as situações mas não deseja magoar o "outro" lá vai treinando em frente ao espelho o eventual diálogo.


Será que terminamos uma relação sempre da mesma forma? Não depende do tipo de relação que estamos a terminar?

quarta-feira, 26 de maio de 2010

As carteiras das mulheres e dos homens...


O que uma mulher arrasta consigo todos os dias numa simples carteira sempre constituiu "arma de arremesso" entre homens e mulheres.


É verdade que a mulher tem por hábito trazer imensos objectos numa carteira. Mas não é menos verdade que a mulher é muito mais cuidadosa do que o homem e prevê algumas situações que passam completamente ao lado daquele a não ser quando é confrontado com as mesmas.


Basta pensar num simples botão da camisa que se desprega antes de uma reunião e é vê-los todos aflitos a perguntar a uma das meninas se no meio da "tralha" não tem uma simples agulha e linha.



Mas os tempos evoluem e hoje é perfeitamente normal um homem andar de carteira (eles gostam mais do termo bolsa ou saco para se afastarem de eventuais confusões efeminadas) ao ombro.


A pergunta que se coloca é: mas que raio trazem eles eles na carteira?


Será mais ao menos isto?



terça-feira, 25 de maio de 2010

Ser ou não ser...




"Homens ofendem por medo ou por ódio"
Maquiavel



A capacidade de criticar construtivamente, sem necessidade de recorrer à ofensa ou à injúria, não é uma arte. É uma questão de carácter.

E, como disse alguém:

"Preocupe-se mais com o seu carácter

do que com sua reputação,

porque o seu carácter é o que você realmente é,

enquanto a reputação é apenas

o que os outros pensam que você é."


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Os meus pequenos grandes ódios...




Há dois anos coloquei este post. Continua actual.

Não sei se o verbo odiar será o apropriado para descrever o sentimento que as situações que vou mencionar me suscita. Mas isso agora não interessa nada.

Aqui estão os meus "pequenos grandes ódios"!


1º - Injustiça

Ainda hoje, com 45 anos de experiência em cima, continuo a não saber lidar com a injustiça. Um dos meus maiores desgostos foi saber que, mau grado a profissão escolhida, nunca conseguiria acabar com a injustiça. Foi como deixar de acreditar no Pai Natal. O meu pai era que tinha razão quando dizia que iria derramar muitas lágrimas à custa desta utopia.


2º Hipocrisia

Confesso. Sou uma inepta no que diz respeito à hipocrisia. Nalgumas situações garanto-vos que me tinha dado imenso jeito. Mas não vale a pena. Não consigo ser hipócrita e abomino hipócritas. É daquelas situações em que me dá vontade de pregar dois valentes estalos ao seu autor.


3º - Falta de educação

E não deixo a coisa por menos. Todas as formas em que ausência de educação se manifeste.


4º - Pessoas que "sobem" recorrendo a expedientes que nada têm a ver com a competência e o trabalho e que ainda se fazem passar por inteligentes, com tiques de superioridade

Esta situação é daquelas em que a minha indignação e revolta são imensuráveis. Mas, confesso, demonstro uma certa capacidade para me fazer passar por tola de forma a que a ignorância deles sobressaia. Costumo ser bem sucedida.


5º - Pessoas com barriga de rico e bolsa de podre

Principalmente para fazerem “vistaça” ao vizinho do lado. Realizam-se tentando demonstrar que têm mais que os outros. Gente convencida e com manias de superioridade.


6º Parasitas sociais ou profissionais da “esperteza saloia”

Abomino aquela gentalha que vive à custa dos outros e ainda faz publicidade disso. Mas, o mais grave ainda é o reconhecimento de inteligência que, de uma maneira geral, é dada pela sociedade. Para mim não havia complacência. Pena de Prisão para os chicos-espertos.


E os vossos?

domingo, 23 de maio de 2010

Espelho diz-me, como é que eu sou?




“ CREIO SER DIFICÍLIMO E RARO CONHECER-NOS A

NÓS PRÓPRIOS, MAS FACÍLIMO E COMUM ILUDIR-NOS”.

W. VON HUMBOLTDT



José Laércio do Egito escreveu:


"Há três distintos conceitos sobre a maneira de ser da pessoa. A primeira é como ela vê a si mesma, a segunda é como os outros a vêm, e a terceira é como realmente ela é. A auto-imagem corresponde à primeira destas três condições. Ela representa o conceito que a pessoa tem de si mesma. Um intelecto bem estruturado requer um conceito de auto-imagem não exacerbado fazendo com que a pessoa não se identifique com ela, e isto é importante porque ninguém é a imagem que faz de si mesma, nunca é quem o que pensa ser, bem como não é que os outros fazem dela, e sim o que ela na realidade é. Afinal, o auto-imagem nada mais é do que imaginação. "


Acima de tudo é bem mais fácil fazermos juízos de valores do que nos definirmos a nós próprios. E o mais curioso é que por vezes os outros têm uma ideia de ns completamente oposta àquela em que nos revemos. Mas no final como é que somos realmente?



O desafio está lançado: como é que vocês se vêem?



Nota - O tema musical de hoje é de Beto. A última vez que estive com ele foi há cerca de dois anos. Não me passou pela ideia que nunca mais o veria até porque ele era mais novo que eu. Mas a vida tem destas coisas...



quinta-feira, 20 de maio de 2010

A melhor ideia...


Ai que grande verdade...



"Existem 3 maneiras de se chegar ao topo de uma árvore:
1) subir nela;
2) Sentar em cima da semente;
3) Ficar amigo de um grande pássaro."
Robert Maidment


O meu problema é que o pássaro não é o meu animal preferido!

Porque será?



" Porque nos conhecemos?
Por que o acaso o quis? Foi porque através da distância, sem dúvida, como dois rios que correm a unir-se, nossas inclinações particulares nos impeliram um para o outro"
Gustave Flauber

Porque será que:

Pessoas separadas pela distância, na maioria das vezes sem mesmo se conhecerem, conseguem partilhar momentos únicos?


Pess
oas que nunca se viram, dão de imediato a mão para levantar alguém que está, momentaneamente, em queda?

Pessoas que nunca se viram, não dispensam de escrever para dizer "olá, estou aqui"?

Pessoas que estão à distância de um simples abraço optam pela indiferença?


terça-feira, 18 de maio de 2010

Duas caras...



Somos tão presunçosos que desejaríamos

ser conhecidos em todo o mundo...

E tão vaidosos que a estima de cinco ou seis pessoas

que nos rodeiam, nos alegra e nos satisfaz.
Blaise Pascal



Mesmo que a estima dessas pessoas tenha um objectivo que não descortinámos.


O problema é quando a iniquidade parece ser o único caminho para atingir os seus propósitos.



segunda-feira, 17 de maio de 2010

Infidelidade...




"Existem maridos tão injustos que exigem de suas mulheres uma fidelidade que eles estão sempre violando:são como aqueles generais de exército que, embora fujam covardemente do inimigo, ainda querem que seus soldados defendam valorosamente suas posições."

Plutarco


Existem estereótipos e frases feitas que não entendo.


Se abordámos o tema em termos afectivos chegámos à conclusão que é comum a ideia de que o homem não consegue ser fiel porque faz parte da sua natureza. Quanto à mulher, bom aqui a caracterização é bem menos agradável. Não é uma questão de natureza. Passa a ser uma questão de índole e de carácter.


É comum, por exemplo, acusar-se uma mulher quando anda com um homem casado. Justificação: "coitado, ela meteu-se pelos olhos dentro". Já se for um homem, o que se ouve é: "sempre foi muito namoradeiro".


Nunca entendi esta diferenciação. Até porque, para dançar o tango são sempre precisos dois...


Para mim fidelidade, enquanto princípio de vida, é sermos fieis a nós próprios. Actuarmos de acordo com aquilo em que acreditámos.


Assim, a infidelidade não se resume numa traição ou numa questão sexual. Homem e mulher podem ser infiéis. E é sempre uma questão de liberdade pessoal porque a pessoa tem a possibilidade de dizer não! Seja homem, ou mulher...


domingo, 16 de maio de 2010

Conheci-te. É o suficiente...



Lewis Mumford escreveu:


"Mesmo que nunca mais nos encontrassemos,

eu sentiria que, de alguma forma,

toda a aventura da existência estava justificada

por ter-te conhecido."



Entre as diversas partidas que a vida nos gosta de pregar encontramos uma que implica um conjunto de sentimentos totalmente contraditórios.


Por vezes, a vida coloca-nos perante pessoas que nunca chegaremos a conhecer verdadeiramente mas que nos marcam para sempre.


Ou, como tão bem descreveu Cecília Meireles,


" Há pessoas que nos falam e nem as escutamos;
há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam.
Mas há pessoas que, simplesmente, aparecem em nossa vida
e que marcam para sempre...".


Este fim-de-semana tenho estado a despedir-me de alguém que deixou a vida tal como a conhecemos. Um dos seus familiares directos virou-se para mim e disse: - "Sabes qual era a sua maior virtude? Fazer os outros felizes."


O meu pensamento voou até ao João . Terá sido o melhor exemplo de alguém que apareceu na minha vida por um mero acaso e que me marcou para sempre. Também ele me fez feliz por breves mas intensos instantes.


Não sei se a maior virtude de alguém é fazer os outros felizes mas que gostaria de ser recordada assim, não tenho qualquer dúvida.



sexta-feira, 14 de maio de 2010

ADENDA AO POST ANTERIOR...



É possível amar sem paixão?


E continuem na companhia dos "Quinta do Bill". Para mim um dos melhores grupos de sempre e com uma sonoridade única. Como é exemplo esta música...

"Tens o mundo a teus pés à espera de um impulso, uma vida à frente e que só tu podes viver..."


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Se te amo...





"Sem saber amar não adianta amar profundamente."
William Shakespeare







Porque paixão não é amor.


Ai os afectos...


É complicado falarmos deles, não é?


É difícil termos uma resposta pronta quando somos confrontados com uma simples pergunta: "porque tomaste esta atitude e não outra?".


Se perguntarmos porque razão o seu sorriso é falso, ele pensará duas vezes antes de responder.



Se perguntarmos a alguém qual é a definição de um qualquer afecto, ele olhará para nós antes de responder e, provavelmente, recorrerá a uma daquelas “frases feitas”, simplesmente porque alguém já pensou nisso antes e ele não tem tempo para pensar em “assuntos menores”.


Porque é tão difícil falarmos de nós, daquilo que somos e a forma como interagimos com os outros, de e para a sociedade?


Porque é bem mais fácil vestir o fato da indiferença e/ou da “pseudo intelectualidade” com que encarámos o mundo diariamente?

Porque é mais fácil magoar os outros, apontando os seus defeitos, do que assumir que cometemos um erro? A nossa consciência fica mais leve se humilharmos os outros? O nosso erro passa despercebido?

A capacidade que temos de gerir os nossos afectos, de assumir os nossos erros, de evitar magoar quem já se encontra fragilizado não é nenhuma capitulação. Não nos faz menores.

Pelo contrário, só demonstra o nosso carácter.

Não é uma escalada fácil. Mas é a única.



quarta-feira, 12 de maio de 2010

Desculpas...




Pessoas que são boas em arranjar desculpas

raramente são boas em qualquer outra coisa.
Benjamin Franklin



O ser humano tem uma incapacidade natural de pedir desculpas. Pode ter consciência que cometeu a maior injustiça e, mesmo assim, fecha-se na sua capa de importante e imune a emoções e anda para a frente como se fosse o dono e detentor da verdade.


E hoje em dia há desculpas para todos os gostos.


Mas pior que esta incapacidade é apresentar desculpas sem sentido. Desculpas que não ofendem só a quem as ouve mas a quem as profere porque apenas pretende fazer do outro um mentecapto. Inserem-se na categoria das desculpas "esfarrapadas". Tive um bom exemplo deste tipo de desculpa no dia dos meus anos.


A minha reacção face a este tipo de desculpas é sempre a mesma. O meu olhar encarrega-se de responder. Pena é que muitos não saibam ler no olhar.


Porque será tão difícil dizer a verdade? Porque será tão difícil pedir desculpa? Deixámos de ser quem somos ou, pelo contrário, o acto de pedir desculpa enobrece? Será que tem a ver com o carácter? Com a consciência do certo ou errado? Com a existência de um ego que nos faz pensar que somos superiores aos outros e que nunca errámos?


Qual foi a desculpa mais esfarrapada que vos deram? E vocês? Já deram alguma?


terça-feira, 11 de maio de 2010

Pode ser uma bola de berlim?




Nunca desista de seu sonho.
Se ele acabou numa padaria, procure em outra.
Barão de Itararé


De preferência sem creme.

Quanto aos sonhos:

1º Já não tenho idade para andar atrás de sonhos.
2º Não é propriamente o meu bolo favorito.


Fosga-se....





"Tem mais algumas semanas para fazer as mudanças necessárias nos seus relacionamentos pessoais e profissionais".


Mais algumas semanas?


Mas afinal o que ainda vai mudar?


Em termos de carreira, para além de estar a fazer pareceres que nem no início fazia, vou ter que aguardar até aos 52 anos para ganhar mais 75 euritos. Mudar o quê? Só se for para me reduzirem o salário. Já estou por tudo!


Em termos de amizade...estamos conversados. É mais fácil descartar um amigo do que mudar de roupa.


Cá para mim as cinzas do "vulcãozito" não está só a afectar o tráfego aéreo. Os astros devem andar todos intoxicados...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sentimentos...




Hoje dei por mim a pensar, sim às vezes também me dá para isso, da vantagem que seria não termos sentimentos.

Ter sentimentos é complicado e proporciona quase sempre confusões.

Reparem:

Todos concordarão que os primeiros impulsos são sempre os mais verdadeiros. O que fazemos? Reprimimos os impulsos e acabamos por ter atitudes que são tudo menos aquelas que gostaríamos de ter.

Outro exemplo? Gostámos de alguém, não somos correspondidos. O que fazemos?

Depende de pessoa para pessoa mas a maioria anda encostada às paredes, feitos "calimeros", a bradar contra tudo e contra todos, questionando-se que mal fez a um ente qualquer para ter tanto azar porque até é boa pessoa. Outras existem que se fazem de fortes e tentam passar a imagem de que está tudo bem, que não estão minimamente afectadas, que a vida é para andar e não para estar sentado em qualquer paragem.

Balelas. Não ser correspondido, independentemente da atitude posterior que tomemos, doi e magoa, ok?


Mais um?
Alguém que gostámos magoa-nos. Que fazemos?

Bom, uns ripostam forte e feio numa de competição para ver "quem magoa mais quem". Outros, pelo contrário, utilizam a táctica de vítima de guerra e consequente stress pós traumático. Mas existem aqueles que do alto da sua imensa sabedoria exclamam: "a mim só magoa quem eu quero".


Sentimentos?
São bonitos, não digo que não. Sentimentos? Fazem parte da vida, eu sei.

Não nasci ontem.
Sentimentos? Fazem-nos crescer enquanto seres humanos? Eu sei. Já vendi essa teoria imensas vezes neste e noutros espaços.

Mas digam lá que não era bom sermos apenas seres racionais, despidos de sentimentos e emoções?
É que, venham com as teorias que vierem, os sentimentos magoam e fragilizam.

Então, quando estamos sós...mesmo estando nós habituados à solidão...



Nota - Há mais de dois anos escrevi este texto. Aos que já o conhecem as minhas desculpas mas é isto que quero dizer hoje...


Parte do nada...


"Mas tenho medo do que é novo

e tenho medo de viver o que não entendo

- quero sempre ter a garantia de pelo menos

estar pensando que entendo,

não sei me entregar à desorientação."
Clarice Lispector


Não tenho medo do que é novo nem de viver o que não entendo.

Aliás, penso que é na desorientação que melhor encontro a saída.


Mas tenho que ter um objectivo. Tenho de saber que faço parte de algo.

Mesmo quando sei que não faço parte de nada...




Nota 1 - Obrigado Abobrinha, Imperator e Miguel (vocês sabem porquê).


Nota 2 - Parabéns Djinn. Agora, sim, podes dizer que és da minha idade.


Nota 3 - Desculpem a minha ausência nos vossos blogues. Voltarei...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pensamento para o fim-de-semana...





O problema com o mundo é que
os estúpidos são excessivamente confiantes,
e os inteligentes são cheios de dúvidas.
Bertrand Russell


Tiro fatal...




"O preço da fidelidade é a eterna vigilância."
Millôr Fernandes


Olha Millôr, não sei o que queres da vida mas eu sei o que quero. E, definitivamente, não passa por perder tempo a controlar seja quem for. Seja por amor, amizade ou qualquer outro tipo de sentimento.

Nunca me impus a ninguém nem nunca me fiz de auto-convidada. Quem quiser a minha companhia tem exactamente a mesma liberdade daqueles que optam por não estar.

Abomino qualquer tipo de controlo em termos de afectos.

Estou casada há quase 24 anos e nunca abri uma carta dirigida ao meu marido. Nunca vasculhei os bolsos ou a carteira. Não se trata de uma confiança cega. Trata-se de respeito. No dia que me deparar com uma infidelidade farei o que bem entender mas daí a vigiar...era só o que me faltava!


O mesmo se aplica em termos de amizade.

Pierre Simon tem uma frase curiosa:

" Não podemos pretender a total transparência dos seres;
é necessário aceitar que os outros tenham segredos,
regiões de solidão.

A maior prova de amor será colocar-se à distância
e não querer aí penetrar."


Por vezes podemos confundir a necessidade que cada ser humano tem para o seu próprio "eu" com a suspeita de uma eventual infidelidade. Muitas vezes a falta de percepção para uma realidade que é intrínseca a todo o ser humano leva-nos a tomar atitudes irreflectidas e a criar situações que culminam muitas vezes em rupturas.


A dar o tiro fatal numa relação sem existir qualquer motivo.


A ponderação, o respeito, a confiança e, acima de tudo, o diálogo são mais do que suficientes para termos a certeza de que em caso de infidelidade seremos os primeiros a saber, por quem de direito, em vez de nos armarmos em Poirot´s sem bigode...



Tabernas e Tascas...


>

"Na Grécia antiga a taberna dava pelo nome de Kapêleion e os taberneiros de Kápelos. O vinho, razão primeira da existência das tabernas, mereceu do poeta Grego Alceu para a posteridade as seguintes palavras:


É preciso não entregar o coração ao infortúnio.

Nada lucraremos, ó Bíquis, com tristezas.

O melhor remédio é pedir vinho e embriagar-nos.


Quanto aos Romanos, esses, frequentavam-nas com entusiasmo, como se de lugares de culto se tratasse. Para eles, eram poiso de conversa e boa disposição, de abrigo e refúgio, de comidas e vinho que, generoso, corria a rodos. Muitos foram os autores romanos a quem nunca doeram as mãos e a pena na sua celebração. Plauto, Horácio, Cícero e Tito Lívio que, certamente, entre outros, se refugiaram na sua penumbra apelando às Musas.


Já no Império Romano, com suas estradas já pavimentadas que ligavam sua
s principais cidades, as conhecidas tabernas romanas, sempre difamadas e reservadas à população excluída e viajantes, possuíam, alem das dependências reservadas aos plebeus, espaços para a estadia de animais de montaria e carga, originando-se aí a palavra estábulo.


Outros estabelecimentos existentes na época eram destinados apenas para a troca de animais em viagens muito longas, outros reservados como postos militares de descanso para as legiões romanas.


Com o fim do grande império de Roma e suas expansões sob controle, os povos europeus e do oriente médio tiveram a oportunidade de disseminarem suas culturas e se espalharem por outras regiões, nascendo assim um novo tipo
de viajante, os peregrinos, que passaram a utilizar as abadias como alojamentos. "





É assim que começa a introdução a mais um Festival de Folclore que amanhã, uma vez mais, vou apresentar.


O tema é "Tabernas e Tascas".


Apesar de em Portugal as tascas venderem prioritariamente vinho servido a copo, nada melhor do que uma boa cerveja acompanhada de tremoços cozidos, ou amendoins torrados, ou algum outro petisco, como umas iscas de bacalhau.


E desconfio que era onde se estava melhor amanhã porque à chuva que está a cair nesta terrinha ainda estou para ver como se vai realizar o Festival de Folclore.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A monotonia do tempo...



" Para não sofrer, trabalha. Sempre que puderes diminuir o teu tédio ou o teu sofrimento pelo trabalho, trabalha sem pensar... Sentir que fazemos o que devemos fazer aumenta a consideração que temos por nós próprios; desfrutamos, à falta de outros motivos de contentamento, do primeiro dos prazeres - o de estar contente consigo mesmo... É enorme a satisfação de um homem que trabalhou e que aproveitou convenientemente o seu dia. Quando me encontro nesse estado, gozo depois, deliciadamente, com o repouso e os mais pequenos lazeres. Posso mesmo encontrar-me no meio das pessoas mais aborrecidas, sem o menor desagrado; a recordação do trabalho feito não me abandona e preserva-me do aborrecimento e da tristeza."

Eugéne Delacroix, in 'Diário'



Pois é Eugéne, isso que tu dizes é muito bonito e, posso confirmar, resultou comigo 29 anos. O que não consegues explicar é o que fazer quando deixas de poder fazer o trabalho que gostas. Quando te limitas a olhar para os ponteiros do relógio...



Conheces aquela sensação de não estares vivo? De todos os teus gestos serem repetições mecanizadas?



De olhares para o espelho e não encontrares aquele brilho nos olhos que te mostra o desafio de um novo dia?



De te deitares ao fim de um dia e chegares à conclusão que não tomaste o tempo? Que ele é que tomou conta de ti?


É que Thomas Mann tem razão quando diz: " ... o que se chama de tédio é, na realidade, antes uma simulação mórbida da brevidade do tempo, provocada pela monotonia: grandes lapsos de tempo quando o seu curso é de uma ininterrupta monotonia chegam a reduzir-se a tal ponto, que assustam mortalmente o coração; quando um dia é como todos e todos são como um só..."

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