pela cabeça abaixo?
Pois eu e a Pinxexa não levámos com uma coisa destas
pela cabeça abaixo por uns escassos 3 passos quando saíamos de uma reunião.
O John Malkovich devia estar entretido a beber café...
Ou, então, ainda não era a nossa hora!
"Com estupidez e boa digestão o homem pode enfrentar muita coisa"
Thomas Carlyle
Acrescente-se o bom senso e uma grande serenidade que, por vezes, só se alcança com o avançar da idade.
Em dois meses perdi a única hipótese que tinha de progredir na carreira, perdi a minha melhor amiga, enfrentei a partida definitiva desta vida de três amigos e tenho enfrentado estas perdas com uma serenidade que me dá alento para continuar.
"Homens ofendem por medo ou por ódio"
Maquiavel
"Preocupe-se mais com o seu carácter
do que com sua reputação,
porque o seu carácter é o que você realmente é,
enquanto a reputação é apenas
o que os outros pensam que você é."
Aqui estão os meus "pequenos grandes ódios"!
1º - Injustiça
Ainda hoje, com 45 anos de experiência em cima, continuo a não saber lidar com a injustiça. Um dos meus maiores desgostos foi saber que, mau grado a profissão escolhida, nunca conseguiria acabar com a injustiça. Foi como deixar de acreditar no Pai Natal. O meu pai era que tinha razão quando dizia que iria derramar muitas lágrimas à custa desta utopia.
2º Hipocrisia
Confesso. Sou uma inepta no que diz respeito à hipocrisia. Nalgumas situações garanto-vos que me tinha dado imenso jeito. Mas não vale a pena. Não consigo ser hipócrita e abomino hipócritas. É daquelas situações em que me dá vontade de pregar dois valentes estalos ao seu autor.
3º - Falta de educação
E não deixo a coisa por menos. Todas as formas em que ausência de educação se manifeste.
4º - Pessoas que "sobem" recorrendo a expedientes que nada têm a ver com a competência e o trabalho e que ainda se fazem passar por inteligentes, com tiques de superioridade
Esta situação é daquelas em que a minha indignação e revolta são imensuráveis. Mas, confesso, demonstro uma certa capacidade para me fazer passar por tola de forma a que a ignorância deles sobressaia. Costumo ser bem sucedida.
5º - Pessoas com barriga de rico e bolsa de podre
Principalmente para fazerem “vistaça” ao vizinho do lado. Realizam-se tentando demonstrar que têm mais que os outros. Gente convencida e com manias de superioridade.
6º Parasitas sociais ou profissionais da “esperteza saloia”
Abomino aquela gentalha que vive à custa dos outros e ainda faz publicidade disso. Mas, o mais grave ainda é o reconhecimento de inteligência que, de uma maneira geral, é dada pela sociedade. Para mim não havia complacência. Pena de Prisão para os chicos-espertos.
E os vossos?
Somos tão presunçosos que desejaríamos
ser conhecidos em todo o mundo...
E tão vaidosos que a estima de cinco ou seis pessoas
que nos rodeiam, nos alegra e nos satisfaz.
Blaise Pascal
Mesmo que a estima dessas pessoas tenha um objectivo que não descortinámos.
O problema é quando a iniquidade parece ser o único caminho para atingir os seus propósitos.
"Existem maridos tão injustos que exigem de suas mulheres uma fidelidade que eles estão sempre violando:são como aqueles generais de exército que, embora fujam covardemente do inimigo, ainda querem que seus soldados defendam valorosamente suas posições."
Plutarco
Existem estereótipos e frases feitas que não entendo.
É comum, por exemplo, acusar-se uma mulher quando anda com um homem casado. Justificação: "coitado, ela meteu-se pelos olhos dentro". Já se for um homem, o que se ouve é: "sempre foi muito namoradeiro".
Nunca entendi esta diferenciação. Até porque, para dançar o tango são sempre precisos dois...
Para mim fidelidade, enquanto princípio de vida, é sermos fieis a nós próprios. Actuarmos de acordo com aquilo em que acreditámos.
Assim, a infidelidade não se resume numa traição ou numa questão sexual. Homem e mulher podem ser infiéis. E é sempre uma questão de liberdade pessoal porque a pessoa tem a possibilidade de dizer não! Seja homem, ou mulher...
Se perguntarmos porque razão o seu sorriso é falso, ele pensará duas vezes antes de responder.
Se perguntarmos a alguém qual é a definição de um qualquer afecto, ele olhará para nós antes de responder e, provavelmente, recorrerá a uma daquelas “frases feitas”, simplesmente porque alguém já pensou nisso antes e ele não tem tempo para pensar em “assuntos menores”.
Pessoas que são boas em arranjar desculpas
raramente são boas em qualquer outra coisa.
Benjamin Franklin
"Mas tenho medo do que é novo
e tenho medo de viver o que não entendo
- quero sempre ter a garantia de pelo menos
estar pensando que entendo,
não sei me entregar à desorientação."
Clarice Lispector
"O preço da fidelidade é a eterna vigilância."
Millôr Fernandes
Por vezes podemos confundir a necessidade que cada ser humano tem para o seu próprio "eu" com a suspeita de uma eventual infidelidade. Muitas vezes a falta de percepção para uma realidade que é intrínseca a todo o ser humano leva-nos a tomar atitudes irreflectidas e a criar situações que culminam muitas vezes em rupturas.
A dar o tiro fatal numa relação sem existir qualquer motivo.
A ponderação, o respeito, a confiança e, acima de tudo, o diálogo são mais do que suficientes para termos a certeza de que em caso de infidelidade seremos os primeiros a saber, por quem de direito, em vez de nos armarmos em Poirot´s sem bigode...
"Na Grécia antiga a taberna dava pelo nome de Kapêleion e os taberneiros de Kápelos. O vinho, razão primeira da existência das tabernas, mereceu do poeta Grego Alceu para a posteridade as seguintes palavras:
É preciso não entregar o coração ao infortúnio.
Nada lucraremos, ó Bíquis, com tristezas.
O melhor remédio é pedir vinho e embriagar-nos.
Quanto aos Romanos, esses, frequentavam-nas com entusiasmo, como se de lugares de culto se tratasse. Para eles, eram poiso de conversa e boa disposição, de abrigo e refúgio, de comidas e vinho que, generoso, corria a rodos. Muitos foram os autores romanos a quem nunca doeram as mãos e a pena na sua celebração. Plauto, Horácio, Cícero e Tito Lívio que, certamente, entre outros, se refugiaram na sua penumbra apelando às Musas.
Já no Império Romano, com suas estradas já pavimentadas que ligavam suas principais cidades, as conhecidas tabernas romanas, sempre difamadas e reservadas à população excluída e viajantes, possuíam, alem das dependências reservadas aos plebeus, espaços para a estadia de animais de montaria e carga, originando-se aí a palavra estábulo.
Outros estabelecimentos existentes na época eram destinados apenas para a troca de animais em viagens muito longas, outros reservados como postos militares de descanso para as legiões romanas.
Com o fim do grande império de Roma e suas expansões sob controle, os povos europeus e do oriente médio tiveram a oportunidade de disseminarem suas culturas e se espalharem por outras regiões, nascendo assim um novo tipo de viajante, os peregrinos, que passaram a utilizar as abadias como alojamentos. "
É assim que começa a introdução a mais um Festival de Folclore que amanhã, uma vez mais, vou apresentar.
O tema é "Tabernas e Tascas".
Apesar de em Portugal as tascas venderem prioritariamente vinho servido a copo, nada melhor do que uma boa cerveja acompanhada de tremoços cozidos, ou amendoins torrados, ou algum outro petisco, como umas iscas de bacalhau.
E desconfio que era onde se estava melhor amanhã porque à chuva que está a cair nesta terrinha ainda estou para ver como se vai realizar o Festival de Folclore.