quinta-feira, 7 de maio de 2009

O Cavalo de Tróia



Reza a lenda que os gregos, numa estratégia gerreira inteligente, decidiram construir um cavalo de madeira oco e no seu interior colocar os seus soldados. O cavalo foi deixado à porta da cidade de Tróia, fazendo acreditar os seus habitantes de que o mesmo seria um presente como sinal de rendição do exército inimigo.

Ontem à noite deu-me para estar até às tantas a arrumar umas gavetas que clamava, pela minha ajuda para ficarem limpas. Numa delas estavam algumas das recordações dos meus últimos dois anos, os mais difíceis da minha vida.

Entre registos de viagens, comemorações familiares, jantares blogueiros e cartas anónimas, vi o deslizar do tempo.


Apercebi-me então que as mutações e as perdas da minha vida apenas resultam do facto de eu, pela primeira vez, ter baixado as minhas defesas e ter dado a conhecer o meu verdadeiro "eu".

Ora, convenhamos, até a estupidez tem limites!

O que vale é que sou perita em levantar muros. E, desta vez, não abrirei portas a cavalos de Tróia...




10 comentários:

Sadeek disse...

Ni.....não sou ninguém para dar lições a quem quer que seja mas não acho que devas proceder assim....

Porque raio hás-de "esconder" o teu verdadeiro e maravilhoso eu?! Não o faças....tem apenas mais atenção em relação às pessoas com quem te dás...apenas isso...mas nunca por nunca te escondas...

BEIJOOOOOOOOOOOOOOOO

Abobrinha disse...

Ni e Sadeek

Eu estou algures no meio: tenciono dar-me a conhecer, mas não inteiramente nem com toda a gente. Não se trata de erguer muros, mas de não deixar a porta aberta para que toda a gente possa entrar.

E, sobretudo, encarar com naturalidade quando as pessoas falham. Porque elas só valem o que valem. Dito isto, urei a mim mesma que haveria de punir quem abuse de mim, na medida das minhas possibilidades. Não porque seja má (porque não sou), mas porque ninguém pode abusar de mim e assim ficam a saber. Não é ser má para os outros: é não ser má para mim! Eu nunca darei cobertura a quem me fez mal e não perdoarei quem não o merece.

E depois, esses troianos acho que são lixados e volta e meia arranjam maneira de furar as defesas à mesma!

NI disse...

Sadeek, tem que ser. E o que tem de ser...tem muita força!

Abobrinha, desde muito nova que fui melhor ouvinte e confidente. As pessoas sempre confiaram em mim para contar os seus problemas, para ouvir uma palavra amiga. É nisso que sou boa. E será isso que vou fazer a partir de hoje. Não entendo como caí na tentação de inverter papéis. Mas nunca é tarde para assumir e corrigir os nossos erros.


Beijos aos dois

VCosta disse...

Deves estar é infestada de vírus...
Ser bom ouvinte é uma benção (mas deve cansar bue).

NI disse...

Quando é verdadeira amizade não cansa!

VCosta disse...

:)... quem ouve por gosto!!!

Eu Mesma! disse...

Bem...
face a tão excelente comments apenas digo...

Ni....
ainda bem que eu não me considero como um cavalo !!!!!!!

:)

lunch break...
sem tico nem teco!

Sadeek disse...

Ni...não tem de ser...o que tem de ser é não te dares com malta manhosa... ;)

Abobrinha...o não "erguer muros" não implica que a malta "abra a perna" para toda a gente, né? Mas não temos de esconder o que somos apenas porque encontrámos, no caminho da nossa vida (uau...que filosófico estou eu...) algumas ovelhas negras, certo? mas isto se calhar sou eu a simplificar demasiado a coisa... :D

Abobrinha disse...

Sadeek

Nope: disseste mais ou menos a coisa toda.

O que se passa é que, fazendo uma análise às pessoas que encontrei me dei conta de que já apanhei energúmenos, mas também muita gente boa. E há que fazer a distinção. Mas isso implica erguer alguns murinhos até saber quem se tem à frente. Sabendo que... as pessoas mudam. E/ou enganam.

Mas se a pessoa fica dentro de casa ou dentro da casca também não vive, certo?

NI disse...

Eu Mesma, nunca serias um cavalo. Quanto a muito a donzela que aguarda o príncipe encantado na sela de um cavalo, ahahahahah


Sadeek e Abobrinha, os últimos acontecimentos contribuíram para um certo cinismo e, acima de tudo, uma descrença no ser humano.

A forma como decidi actuar vai frontalmente contra a minha maneira de ser, mas porra, estou farta de levar pontapés...

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