Hoje vou contar uma história. Mas uma verdadeira. Daquelas histórias que, apesar do cinismo do dia-a-dia, ainda têm o condão de nos fazer acreditar em finais felizes.
Era uma vez um homem e uma mulher. Ele com um curso superior. Ela com o 9º ano. Ambos eram casados. Começaram a trabalhar juntos e...apaixonaram-se.
Mas há vinte anos atràs os valores e preconceitos existentes não auguravam nada de bom a tal relação. Ambos eram casados. Não tinham o mesmo estatuto social (seja lá o que as pessoas entendam por tal parvoíce). E ela era mais velha que ele. Eram apenas seis anos de diferença mas o suficiente para serem objecto do escárnio e mal-dizer.
Recordo-me, então, da segregação a que foram votados. Das costas que se voltaram à sua passagem. Dos "amigos" que se afastaram.
Mas, mesmo assim, decidiram lutar por aquilo que sentiam.
Na altura mereceram o meu respeito por lutarem em algo que acreditavam.
Hoje, passados vinte anos, continuam juntos.
Hoje, quando fumava, assisti ao olhar amoroso que ambos trocaram.
Vinte anos depois continuam apaixonados e, para além do meu respeito, conquistaram a minha admiração!
10 comentários:
Isso é realmente um feito....
eu adorava ter uma historia de amor na minha vida....
mas daquelas com... um final feliz :)
Que bonito.
Também eu anseio por um final feliz...
A parte de casados…
olá!
Há ainda quem nos faça acreditar no Amor...
:=)
Beijocas
Ainda bem que existem histórias de amor lindas para contrabalançar todas as outras :)
Mas para serem felizes destruíram relações antigas!
Sorte para eles... já que apostaram tudo nessa relação!
Depois, geralmente é assim que as coisas acontecem! Quando todos nos voltam a cara, tornamo-nos mais fortes e agarramo-nos com unhas e dentes ao nosso ideal!!!
Ni
Estou com os meninos: e a parte em que eram ambos casados, mas não um com o outro? Espero que tenham resolvido a coisa com os respectivos. Porque não sei se dá para ser feliz passando por cima da felicidade dos outros. Eu, pelo menos, ia sentir-me "um bocadinho" mal...
Quando me casei foi contra a vontade da minha mãe. Alegava que ainda era muito nova (tinha 22 anos), que ainda não tinha terminado o curso (andava no 3º ano) e a minha cara-metade não tinha curso superior. Palavra que disseste...
Mesmo sem qualquer ajuda, os dois conseguimos arranjar dinheiro para comprar umas fatiotas simples e pagar o almoço para meia dúzia de gatos pingados.
A minha mãe esqueceu-se que uma das minhas principais características é a mania da contradição.
Ao longo dos anos, a minha cara-metade demonstrou à minha mãe que o juízo dela estava completamente errado.
Antes de falecer acabaria por confessar que a minha cara-metade foi para ela o filho que ela nunca teve.
Também eu consegui demonstrar que ela estava errada. Consegui terminar o curso sem nunca ter reprovado, apesar de ter dois empregos e de, já na recta final do curso, estar grávida da minha primeira herdeira.
Por estas razões, concordo com o VCosta quando afirma que, e cito: " Quando todos nos voltam a cara, tornamo-nos mais fortes e agarramo-nos com unhas e dentes ao nosso ideal!!!".
Mas o VCosta levanta outra questão.: o facto de, para serem felizes terem destruído outras relações. Depende do ponto de vista. Nada garante que se ambos continuassem casados não estariam a contribuir para 4 pessoas infelizes.
Desconheço o destino das pessoas com quem eles viviam. Mas não me admira que tenham, igualmente, reconstituído as suas vidas.
Mas, obviamente, não é uma decisão que se possa tomar de ânimo leve.
Beijos a todos
Foi o que também pensei... será que eles seriam felizes com as antigas relações!!!
As decisões foram tomadas e já duram à 20 anos, por isso apenas se pode dar os Parabéns...
Foi uma luta pelo amor, contra tudo e todos!!!
Parabéns à tua relação tb!!!
Brindemos, a garrafa de Vodka ainda dura?! hehehe
É tão bom... tão bom ler isto.
BJ
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