quarta-feira, 28 de março de 2012

O princípio da relatividade...

Se na fisica o princípio da relatividade significa equivalência, em matéria de afectos a relatividade pressupõe a capacidade de relativizar aquilo que para nós é importante mas que para os outros é insignificante.

Provavelmente não se recordam deste post. Não se preocupem que não perdem grande coisa mas hoje vão levar com a mesma mensagem.

A propósito de algo que para mim era importante, e que para alguém importante para mim era insignificante, escrevi que aprendi a relativizar as situações e a encarar os aspectos negativos com alguma serenidade apesar da minha manifesta ineptidão para lidar com a  indiferença por parte das pessoas que eu mais amo.
E até fui incluir um pensamento de Somerset Maugham para justificar que muitas vezes nos limitámos a procurar desculpas e não razões para os nossos comportamentos.

E as pessoas esquecem-se que para alguém com o mínimo de sensibilidade é tão fácil descobrir que estamos perante meras desculpas. As "desculpas esfarrapadas" são como as mentiras. Descobrem-se. Mais tarde ou mais cedo.

Hoje vou até à Póvoa de Varzim jantar com uns familiares do meu marido que estão lá a passar umas curtas férias. Até aqui tudo bem. Aliás, foi visível a alegria do meu marido com o convite e a sua imediata anuência ao mesmo. 

Mas a única coisa que retenho é que  o motivo invocado para eu ter que passar o dia dos meus anos sozinha em casa não foi uma razão. Foi uma desculpa.


E enquanto aguardo a reunião de trabalho vou "viajar" até uma praia distante e fazer de conta que estou junto ao mar a dançar esta música porque, definitivamente, o princípio da relatividade estraga a minha beleza...

4 comentários:

Paula disse...

Não é fácil e não deve ser aceite...
Um beijinho

No Reino do Infinito disse...

Ni, estive e ainda estou para escrever um post sobre isto mesmo, aprender a relativizar é importante mas não deve ser aplicado a tudo sem excepção, pelo menos é a minha opinião, muito aprecida com a sua, talvez pelo elevado grau desensibilidade que também tenho. Custa, pois claro e se há coisas que relativizadas até mais tarde nos fazem dar gargalhadas, outras há que mesmo relativizadas, nos fazem cair a lágrima....e como a entendo, até demais!

Beijocas nossas ;)

Confuskos disse...

Pois... :(

Esse princípio nas relações humanas tem uma variável instável - o estado de espírito!!

Se vir-mos que tu fazes anos todos os anos e os familiares só lá estão... de vez em quando não te vai animar pois não !? Bem me parecia!

Beijinho relativamente grande*

Confuskos disse...

(Vês, quando queres, escreves de forma a que todo o mundo entende, eu até sou crente! :P)

Beijinho*

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