O dinheiro escasseava (ou não vivessemos nós ainda no tempo da "velha senhora" - agora o dinheiro continua a escassear mas a diferença é que se continua a gastar o que não se tem -).
O meu primeiro fogão de brincar era muito parecido com este:
Era um pouco difícil "fazer de conta" que estava a cozinhar para a Liz (nome que dei à minha boneca de trapos), dado que os meus dedos gordos acabavam por, invariavelmente, derrubar os tachos minúsculos. Todos os anos aguardava com ansiedade a festa do Sr. de Matosinhos para pedir aos meus pais uns pratinhos de plástico e uns copos para ir completando a colecção (mas tenho a sensação de que me divirtia bem mais do que as minhas filhas com os seus computadores).
Recordo o cheiro da salsa que ia roubar ao jardim da vizinha para "temperar" a comida da Liz (ainda hoje a salsa é o condimento indispensável na minha cozinha).
Há cerca de três anos consegui encontrar numa casa do Luso um fogão igual ao meu. O preço? Um verdadeiro absurdo para um bocadinho de latão.
Mas está na minha vitrine em lugar de eleição.
A música é mais recente. Data de 1986 e fazia parte de "Please", o primeiro álbum de um dos meus grupos favoritos.
Nota 1 - Esta vai ser a minha próxima compra (se chegar a receber alguma coisa do subsídio de Natal depois de pagar os impostos, os seguros, os carros dos administradores, as avenças milionárias, os...)
Nota 2 (e a mais importante)- Não fico nada aborrecida se alguém se lembrar de me oferecer este brinquedo. Não se preocupem ... eu aceito!!!
4 comentários:
Também tive alguns destes brinquedos e suspirei por outros.
Para tua informação, alguns destes sobrevivem na "Vida Portuguesa", nos Clérigos. Só ainda não abri os cordões à bolsa porque realmente são caros como tudo! Mas reconheço mérito à Catarina Portas por ter iniciado esse negócio!
Abobrinha, porque é que achas que coloquei a nota 2? Uma vez entrei lá dentro e tive que sair de imediato. Só posso lá entrar no dia que não levar a carteira.
:)
Desde sempre, os brinquedos que mais adorei foram os criados e feitos por mim !
Um combóio de latas de sardinha de conserva - latas sem tampa, um furinho em cada extremo, um araminho a ligar as "carruagens" tendo a da frente um rolo de madeira para parecer a máquina. Os trilhos ?... terra mole bem pretinha e joelhos no chão a puxar a máquina !
.... e tantos, tantos outros ! ...
.
Rui, mas para isso era preciso engenho e arte. Eu nem para fazer roupas para as minhas bonecas tinha jeito (sim, que naqueles tempos não tínhamos direito à boneca Barbie quanto mais aos seus acessórios).
Tinha-me pois que contentar com os poucos brinquedos que os meus pais me podiam dar.
Eu utilizava a terra mas era para riscar os quadrados e jogar à macaca. :)
Enviar um comentário