Não concordo nada com o Eça. O amor eterno existe. o amor possível pode até multiplicar em vez de definhar. Quem começou a morrer quando concretizou o amor possível, não foi o amor, mas sim o próprio Eça.
Também discordo em absoluto do Eça. Isto não faz nenhum sentido!
Quando um amor "possivel" se concretiza, ele não morre, bem pelo contrário, está a nascer! Já por isso é que ele se chama um amor possivel! Nasceu um "amor possivel", estão a ver a ideia?
Caso fosse concretizado, o único amor que poderia morrer seria o amor "impossivel". Era "impossivel" mas concretizou-se, logo morreu o "impossivel", perceberam?
Nina, de certeza que foi o Eça que escreveu isto? É que ele não foi lá muito feliz ao escrever isto...
Bom, vamos lá explicar, ou melhor, tentar explicar porque concordo com o Eça.
Não acredito no amor para sempre. Logo, para mim, o amor eterno é impossível.
Porquê? Porque podemos pensar que amámos para sempre e depois encontrámos alguém que nos faz mudar de opinião. Quantos de nós namorámos anos e anos com alguém a pensar que era o amor da nossa vida e depois chegámos à conclusão que era apenas uma ilusão? Quantos de vós já casaram a pensar que era para sempre e hoje estão separados.
O amor possível começa a morrer no dia em que se concretiza.
Porquê?
Quando temos a certeza que amámos e somos amados, e quando assumido, iniciámos um projecto a dois. Mas esse projecto tem desvios, estradas em terra batida com imensos buracos. Porque razão uns encostam à berma e outros continuam viagem? Não começaram todos por amar? E não foi possível concretizar esse amor?
Prefiro acreditar num outro sentimento. Um que nos permite partilhar com alguém um projecto de vida. Um que nasce do amor mas que vai sofrendo mutações até estabilizar.
Aquele sentimento que nos permite percorrer uma longa estrada com alguém que sabemos não nos largará a mão. Que nos ajudará a levantar se cairmos. Que nos curará as feridas se nos magoarmos. Que nos dirá que somos importante com um simples olhar. Este é o sentimento em que acredito.
Apaixonámo-nos, amámos e depois passámos a outro estado que ainda não consegui definir. Por isso o amor possível começa a morrer e em sua substituição pode, ou não, surgir um outro sentimento, provavelmente mais equilibrado, mais cimentado.
Talvez seja a minha idade. Não sei.
Quando era mais nova acreditava em histórias de princesas e de príncipes no seu cavalo branco.
Um pouco mais velha, acreditava no amor eterno até que a pessoa com quem ia casar se lembrou de ir para a cama com outra em vésperas do casamento.
Algum tempo mais tarde passei a acreditar no amor possível (entendido como concretizável). Esse sentimento, porque mutante, mantém-se até hoje.
sou suspeito para comentar este pensamento, já que estou completamente apaixonado por alguém que está completamente apaixonada por mim. :)
com essa ressalva feita tenho a dizer o seguinte: uma vez que já não sou novo, e uma vez que já vivi outras experiências amorosas, nomeadamente paixões fortíssimas (e efémeras), e porque apesar de avassalador o sentimento que tenho hoje sinto-o diferente dos que senti quando mais novo, acredito que estou a viver o amor eterno. notem que digo "O". aquele que se encontra nas histórias, e nos filmes mais lamechas, e que percebi finalmente que talvez seja de facto único e que nos é dado a viver apenas UMA vez quando temos essa sorte (quando até agora julguei sempre que teríamos não uma mas várias possibilidades de o alcançar).
penso mesmo que se não der certo, nunca deixará de ser este que era o tal. veremos, o futuro o dirá :)
Ni, o que tu sentes actualmente, também já o senti, com todos os passos que descreves. Nem sequer é necessariamente mau. Todos sabemos que na maior parte dos casos que conhecemos, ao fim de muitos anos de convivência, normalmente o que resta (quando as coisas correm bastante bem) é uma amizade profunda de duas pessoas que se conhecem como ninguém, o que, suponho que daqui a uns anos me bastaria [praí aos 70 :)]. neste momento se estivesse assim, não estaria, preferiria estar só.
faltou acrescentar que embora na maior parte das vezes os velhinhos que ainda estão juntos "apenas" são grandes amigos, também já me deparei, muito raramente, é certo, com casais que ainda vivem como se fossem namorados dezenas de anos depois de se terem juntado...
José, pelo teu comentário tirei a dúvida que tinha (e de saber o teu nome):-))
Fico feliz em saber que continua tudo bem.
É sempre difícil falar de emoções e de sentimentos. Não quero que fiquem com a ideia errada. Eu apenas não acredito naquele amor que é retratado em filmes e em livros.
E como tu referes não é mau, pelo contrário. Se queiserem chamar ao sentimento que descrevo amor, tudo bem.
Curiosamente concordo com quase tudo o que foi dito, porque de um modo ou de outro é verdade.
São as inúmeras realidades da vida amorosa, as diferentes formas de amar. De facto uma relação pode começar com amor e ir-se esbatendo até à amizade profunda... No entanto estou de acordo com o José...eu não seria capaz de viver assim e prefiro estar sózinha.
Acredito no amor sim, e acredito que existam casais que de facto se amam toda a vida...e que além disso são amigos e companheiros...
E não, não acredito num casamento ou relação sem amor, porque o comodismo da amizade e do conhecimento do outro, não colmata a falta daquele sentimento que nos faz sentir vivos...amar alguém...
16 comentários:
Não concordo nada com o Eça.
O amor eterno existe.
o amor possível pode até multiplicar em vez de definhar.
Quem começou a morrer quando concretizou o amor possível, não foi o amor, mas sim o próprio Eça.
Também discordo em absoluto do Eça.
Isto não faz nenhum sentido!
Quando um amor "possivel" se concretiza, ele não morre, bem pelo contrário, está a nascer!
Já por isso é que ele se chama um amor possivel!
Nasceu um "amor possivel", estão a ver a ideia?
Caso fosse concretizado, o único amor que poderia morrer seria o amor "impossivel".
Era "impossivel" mas concretizou-se, logo morreu o "impossivel", perceberam?
Nina, de certeza que foi o Eça que escreveu isto?
É que ele não foi lá muito feliz ao escrever isto...
Bjs
Concordo com o Eça.
Porque?
:-)
tá visto que o eça era gajo a pensar como gaja :P
Pensador, porque....
Posso explicar amanhã? Estou meia cansadita.
:-))
Por alguma razão não posso com este Eça....agora percebo porquê... ;)
BEIJOOOOOOOOOOOOOOO
Bom, vamos lá explicar, ou melhor, tentar explicar porque concordo com o Eça.
Não acredito no amor para sempre. Logo, para mim, o amor eterno é impossível.
Porquê? Porque podemos pensar que amámos para sempre e depois encontrámos alguém que nos faz mudar de opinião. Quantos de nós namorámos anos e anos com alguém a pensar que era o amor da nossa vida e depois chegámos à conclusão que era apenas uma ilusão? Quantos de vós já casaram a pensar que era para sempre e hoje estão separados.
O amor possível começa a morrer no dia em que se concretiza.
Porquê?
Quando temos a certeza que amámos e somos amados, e quando assumido, iniciámos um projecto a dois. Mas esse projecto tem desvios, estradas em terra batida com imensos buracos. Porque razão uns encostam à berma e outros continuam viagem? Não começaram todos por amar? E não foi possível concretizar esse amor?
Prefiro acreditar num outro sentimento. Um que nos permite partilhar com alguém um projecto de vida. Um que nasce do amor mas que vai sofrendo mutações até estabilizar.
Aquele sentimento que nos permite percorrer uma longa estrada com alguém que sabemos não nos largará a mão. Que nos ajudará a levantar se cairmos. Que nos curará as feridas se nos magoarmos. Que nos dirá que somos importante com um simples olhar. Este é o sentimento em que acredito.
Apaixonámo-nos, amámos e depois passámos a outro estado que ainda não consegui definir. Por isso o amor possível começa a morrer e em sua substituição pode, ou não, surgir um outro sentimento, provavelmente mais equilibrado, mais cimentado.
Talvez seja a minha idade. Não sei.
Quando era mais nova acreditava em histórias de princesas e de príncipes no seu cavalo branco.
Um pouco mais velha, acreditava no amor eterno até que a pessoa com quem ia casar se lembrou de ir para a cama com outra em vésperas do casamento.
Algum tempo mais tarde passei a acreditar no amor possível (entendido como concretizável). Esse sentimento, porque mutante, mantém-se até hoje.
Bjs
sou suspeito para comentar este pensamento, já que estou completamente apaixonado por alguém que está completamente apaixonada por mim. :)
com essa ressalva feita tenho a dizer o seguinte:
uma vez que já não sou novo, e uma vez que já vivi outras experiências amorosas, nomeadamente paixões fortíssimas (e efémeras), e porque apesar de avassalador o sentimento que tenho hoje sinto-o diferente dos que senti quando mais novo, acredito que estou a viver o amor eterno. notem que digo "O". aquele que se encontra nas histórias, e nos filmes mais lamechas, e que percebi finalmente que talvez seja de facto único e que nos é dado a viver apenas UMA vez quando temos essa sorte (quando até agora julguei sempre que teríamos não uma mas várias possibilidades de o alcançar).
penso mesmo que se não der certo, nunca deixará de ser este que era o tal. veremos, o futuro o dirá :)
Ni, o que tu sentes actualmente, também já o senti, com todos os passos que descreves. Nem sequer é necessariamente mau. Todos sabemos que na maior parte dos casos que conhecemos, ao fim de muitos anos de convivência, normalmente o que resta (quando as coisas correm bastante bem) é uma amizade profunda de duas pessoas que se conhecem como ninguém, o que, suponho que daqui a uns anos me bastaria [praí aos 70 :)]. neste momento se estivesse assim, não estaria, preferiria estar só.
faltou acrescentar que embora na maior parte das vezes os velhinhos que ainda estão juntos "apenas" são
grandes amigos, também já me deparei, muito raramente, é certo, com casais que ainda vivem como se fossem namorados dezenas de anos depois de se terem juntado...
José, pelo teu comentário tirei a dúvida que tinha (e de saber o teu nome):-))
Fico feliz em saber que continua tudo bem.
É sempre difícil falar de emoções e de sentimentos. Não quero que fiquem com a ideia errada. Eu apenas não acredito naquele amor que é retratado em filmes e em livros.
E como tu referes não é mau, pelo contrário. Se queiserem chamar ao sentimento que descrevo amor, tudo bem.
Curiosamente concordo com quase tudo o que foi dito, porque de um modo ou de outro é verdade.
São as inúmeras realidades da vida amorosa, as diferentes formas de amar.
De facto uma relação pode começar com amor e ir-se esbatendo até à amizade profunda...
No entanto estou de acordo com o José...eu não seria capaz de viver assim e prefiro estar sózinha.
Acredito no amor sim, e acredito que existam casais que de facto se amam toda a vida...e que além disso são amigos e companheiros...
E não, não acredito num casamento ou relação sem amor, porque o comodismo da amizade e do conhecimento do outro, não colmata a falta daquele sentimento que nos faz sentir vivos...amar alguém...
Alto lá, mas eu acho que estamos a falar da mesma coisa só que damos nomes diferentes.
Mas para vocês o que é o amor? É estar 24 horas a pensar na mesma pessoa?
Bom, então nunca amei.
O que é o amor? Definam lá.
Provavelmente vão chegar à conclusão que o amor assume a forma que eu descrevi.
Apenas tenho certeza de uma coisa: não me vejo a partilhar a minha vida com outra pessoa que não seja aquela com quem partilho há 21 anos.
Nota - Tenho que escolher melhor os temas de discussão :-)))
vocês são demasiado complicados...
amor eterno não existe porque nós não somos eternos... e tudo começa a "morrer" desde o momento em que nasce...
aproveitem que esta eu expliquei de graça :P
Ahahahahahaha.
Mtheman, obrigado meu Amigo. Eu não diria melhor (aliás, não consegui).
Boa.
Beijos
Esperto este sacana deste "M", hein?! AHAHAHA
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