Sempre fazendo planos para o futuro...
Sempre sendo surpreendida pelo presente
Paulo Coelho
Começamos cedo a planear...
Primeiro, os grandes planos.
No início há um único objectivo: chegar aos 18 anos. A idade que nos dá a tão ansiada "liberdade e independência". Esquecemo-nos, contudo, que a liberdade só se justifica com responsabilidade. Andam sempre da mão dada.
A partir do trinta os planos são mais diversificados. Solidificar a carreira profissional, constituir família, manter os nossos amigos...
Aos quarenta temos consciência que caminhámos para o meio século de vida e parámos para pensar. É a época do "deve e haver". Analisámos o passado. O que ganhámos? O que perdemos? O que ainda podemos fazer? O que temos de mudar?
Depois, temos aqueles pequenos planos.
Combinar um jantar. Uma reunião de amigos. Uma viagem...
Uma lição que tenho retirado desta aventura que é viver é que pouco importa os planos que possamos fazer para o futuro. Viver o dia-a-dia já é uma autêntica aventura.
Quantas vezes planeámos logo que acordámos o que vai o nosso dia-a-dia. Não sei se é uma forma de nos organizarmos ou, apenas e tão só, uma forma de nos precavermos contra os imprevistos.
Mas os imprevistos fazem parte da vida. Não podemos fechá-los numa caixa.
Durante um mês ansiei pelo espectáculo dos Barclay James Harvest. Tudo combinado. A filha mais nova iria dormir a casa de uma amiga. A noite seria para nós...
Até me esqueci que as crises esporádicas da minha querida doença não escolhem dia nem hora e gosta bastante de se manifestar quando não faz falta nenhuma. Mais parece um jogo do gato e do rato. Já tentei fazer um acordo com ela mas ela mandou-me dar uma "volta ao bilhar grande".
Tudo isto para dizer que não assiti ao espectáculo.
Quanto ao futuro? Sigo a máxima de Albert Einstein:
"Nunca me preocupo com o futuro... muito em breve, ele virá"
4 comentários:
Sabes o que eu por vezes sinto?
Passamos a vida inteira a planear.. planear.. e planear que... nos esquecemos de viver...
Olha amiga, é bem verdade que aos 20 planeamos, sonhamos muito e temos uma vida de esperança...hoje bem hoje olho para trás e penso...que época maravilhosa. Tinhas sonhos e acreditavas...
Bem hoje não consigo sair daqui...emocionei-me agora com as tuas palavras...obrigada. Como é bem verdade, planos e mais planos e as coisas mais simples ficam esquecidas...por isso tento aproveitar os momentos de felecidade que vivêncio diariamente (como acordar e abraçar os meus filhos, ouvir o som do mar, cozinhar para os amigos, beber um copo de vinho no meu doce lar...)e com a idade ficamos mais ligadas a estas coisas! kisskiss
Sara, afinal o que é a felicidade?
Penso que tudo se resume àqueles pequenos instantes, banais alguns, mas que nos preenchem e que nos fazem sentir humanos.
Beijo
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