terça-feira, 7 de abril de 2009

E, como estou inspirada, fala-se disto também: Adultério


Tema complicado? Penso que não. Ou se aceita...ou não. Tão simples quanto isto.

Henry Mencker, afirmou:

"O adultério é a aplicação dos princípios democráticos ao amor"

Até pode ser uma verdade mas, então, toda a minha formação de democrata cai por terra porque não concebo o adultério.

Liberdade para mim tem como significado poder optar, poder escolher.

Se uma pessoa não se sente bem numa relação tem duas opções: luta pela relação ou opta por terminar e viver a vida da forma que entende.

Para mim, a aplicação dos princípios democráticos ao amor reside, apenas e tão só, à individualidade de cada um numa relação e à escolha que podemos e devemos fazer quando a relação pouco ou nada nos diz.

Chamem-me velha do restelo. Eu responderei: sou apenas um ser humano que não concebe qualquer relação com reserva mental.


Mas, e vocês? Qual é a vossa opinião?

7 comentários:

Eu Mesma! disse...

Confesso que traição para mim é uma palavra demasiado forte...

não sei se o toleraria... acho que tudo iria depender de todo o historico da relacao.... se eu tinha descoberto ou se tinha me sido assumido...

e acima de tudo...
tudo iria depender de como eu me realmente sentia no momento...

Mas não....
não é facil a resposta a dar-te....

NI disse...

Eu assumo a minha posição com toda a convicção até porque já fui traída e nem sequer dei hipótese de se justificar. Virei as costas sem uma palavra. Até hoje. E estava com casamento marcado. Por isso...


:-)

Sadeek disse...

Sou, por principio, completamente contra a traição. E acho que, quando feita de forma sistemática e recorrente, uma coisa hedionda. Uma falta de respeito. Uma cobardia.

No entanto, penso que pode haver momentos de "fraqueza". Ou porque, por vários motivos, a relação está mais fraca. Ou o que quer que seja. Pode acontecer. E tal não significa, acho, que não se goste da cara metade. Não devia acontecer...mas acontece. É desculpável. Não sei. Cada um sabe de si. Mas cada caso é um caso...

BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

VCosta disse...

Sou contra o adultério mas há tanta coisa na mente do ser humano que tudo é possível...
O mais certo seria terminar a relação... a confiança foi traída, logo, não há condições p continuar... agora se é desculpável?! Poderiamos ficar "amigos"...

ManUel disse...

eu fiquei "amigo" da minha ex-namorada (terminei por traição).

nao esqueci o que aconteceu, acabei por não perdoar o que aconteceu, mas acabei por continuar a falar bem com ela. Perdi naquela altura a minha melhor amiga...

Tive umas quantas oportunidades FLAGRANTES, mesmo descaradas, de a trair mas nunca o fiz. Punha sempre na cabeça que não me podia deixar seduzir por um rabo de saias, para estragar o que tinha.

NI disse...

Compreendo a posição defendida pelo Sadeek, mas entendo que quando uma relação está "fraca", há que dialogar, falar com a outra parte. Ver o que está errado e se é possível alterar alguma coisa.

O termo traição significa "emboscada, cilada", isto é, a pessoa que trai sabe o que está a fazer e mesmo assim faz. Sabendo que pode magoar terceiros. Pior é quando a relação está bem e, mesmo assim, uma das partes trai só porque lhe apetece. Porque acha o jogo de sedução interessante. Conheço muitos casos de pessoas que fazem do adultério praticamente um hobby.

O ManUel foca uma ideia interessante. Disse ele: "Tive umas quantas oportunidades FLAGRANTES, mesmo descaradas, de a trair mas nunca o fiz. Punha sempre na cabeça que não me podia deixar seduzir por um rabo de saias, para estragar o que tinha". Esta é, na minha perspectiva, a postura correcta.

Em Maio faço 22 anos de casada. Durante mais de 16 anos trabalhei num mundo de homens. Eu era a única mulher e considerando que praticamente só via o meu marido aos fins-de-semana, seria relativamente fácil deixar-me ir em algumas cantadas. Mas foi com a mesma postura que o ManUel assumiu que encarei a minha forma de estar. E dei-me bem.

É que, numa relação a confiança é porventura o pilar mais importante. Não há nenhuma relação saudável sem confiança. A partir do momento em que a traição ocorre, a confiança deixa de existir. Mesmo que uma pessoa perdoe a outra parte, haverá sempre tendência para a recriminação...mais tarde ou mais cedo.

Mas esta é a minha opinião.

(In)Questionável disse...

Concordo inteiramente contigo. Não podia estar mais de acordo.

Henry Mencker deveria ter antes escrito: "O adultério é a aplicação dos princípios anárquicos ao amor".

Errou na frase e foi infeliz.

Mensagens

Arquivo do blogue


Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso