quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Despedida



Um dia a ti escrevi as mais puras rimas
dei-te meus cheiros, meus sons e cores
estampei a folha vazia com a melodia
que corria por minhas entranhas e veias

Dei-te tanto...
todos os meus gestos, meus segredos
e sentidos. Dei-te toda a força
da amizade que de mim jorrava

Foste imaginário amigo,a minha verdade,
minha ancora, minhas pernas e braços
mas partiste sem uma palavra,
como só partem os covardes...

Não quero mais sentir este nó
que sufoca meus olhos,
cega meu grito,
cala minha pele.

Não há mais lugar para perdas
nada mais contabilizo,
Compreendi que meros momentos fugidios
não levam a lugar algum.

Pois vai...
perde-te nos emaranhados
(da tua própria dor)
quem sabe um dia percebas
que estive ao teu alcance e
deixaste-me escapar....


Andréa Motta

3 comentários:

Sofia G. disse...

..Ai....É exactamente isto.....

a Pensadora disse...

Que bom, escapar doque nao e bom!! :)

NI disse...

O problema é quando por muito esforço que façamos não conseguimos fugir....

Falar, é fácil....

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