"O novo estádio da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado na próxima segunda-feira.
O recinto custou dois milhões de dólares, tem capacidade para seis mil espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação.
A cerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de escuteiros locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da
Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.
Já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina.
Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão.
A seguir fechávamos a cidade universitária e oferecíamos um complexo olímpico (também com estádio) à Somália e por último fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos políticos aos crocodilos do Nilo.
DIVULGUEM PARA SABEREM O QUE FAZ O GOVERNO COM OS NOSSOS IMPOSTOS "
Compreendo que à primeira vista,parecemos estar a lidar com um verdadeiro paradoxo. Se por cá vemos um Governo a agir com mão pesada e severidade,cortando regalias e benefícios,fechando escolas e maternidades e maltratando de certa forma o seu povo,lá fora por sua vez,vemo-lo a agir como se fosse um país muito rico e tivesse (na cabeça deles..) muita influência no panorama internacional.
Mas se tivermos um pouco de lucidez e não nos deixarmos levar por notícias sensacionalistas,seremos capazes de perceber quais terão sido as verdadeiras razões que motivaram o Governo português a conceder esta magnifica "oferta" aos palestinianos.
Já se esqueceram que Portugal foi dos poucos países que apoiaram "publicamente" o Bush quando este decidiu invadir o Iraque,numa altura em que o Bin Laden já tinha ameaçado "castigar" todos aqueles que o fizessem?
Eu farto-me de dizer que as coisas nunca acontecem por acaso..
Julgam que o Bin Laden se esqueceu de nós? Julgam que Portugal é tão insignificante que até o Bin Laden tem dificuldades em encontra-lo no mapa?
Não minha gente,o Socrátes foi obrigado a mexer-se e embora não goste d'ele,sou perfeitamente capaz de perceber que esta "oferta generosa" foi a forma "camuflada" que o nosso governo encontrou para conseguir limpar a Mer** que o Barroso nos deixou.
Só espero pelo menos que este estádio (que custou ao povo português cerca de 2 milhões de dólares) seja considerado pela Al-Qaeda como sendo um preço "suficiente" para conquistar o "perdão muçulmano" e que não tenhamos que pagar mais nada para sermos poupados dos próximos ataques terroristas.
4 comentários:
Realmente semelhantes incompetentes, só servem para humilhar o pais e empobrecer o povo!
Assi. Cunhal
Passando pelo seu blog.
Continuação de bons post's.
Um Abraço.
Vitinho
Obrigado pela sua visita. Também já fiz uma visita ao seu blog.
Um abraço
Apesar de entender o mal-estar que notícias como estas podem provocar dadas as dificuldades pelas quais as famílias portuguesas estão a passar nos últimos tempos, começaria por dizer que não comungo das opiniões já emitidas.
Porquê?
O Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento é um organismo que tem como uma das suas principais competências reforçar e coordenar a participação de Portugal na área da cooperação para o desenvolvimento, designadamente ao nível das Nações Unidas, Banco Mundial, OCDE e União Europeia.
No âmbito da ajuda ao desenvolvimento, humanitária e educação colabora com diversas ONG’S nacionais e internacionais.
Possui, por exemplo, a Divisão de ajuda humanitária cujas acções visam, nomeadamente, auxiliar as populações afectadas por catástrofes naturais.
Ninguém questionará, por exemplo, o apoio que está a ser dado em Timor ou nos PALOP’S. O apoio tanto pode ser dado através de envio de livros, construção de escolas, apoio logístico, etc.
Portugal já não é um País isolado. Partindo deste princípio entendo que devemos ajudar populações que, momentaneamente estejam a viver situações mais complicadas que as nossas. Não foi a primeira vez que Portugal precisou de ajuda exterior e ela chegou (basta recordar as cheias do Rio Douro e do Tejo e os incêndios em que vários países disponibilizaram, meios e apoio logístico).
Não me choca, pois, que Portugal apoie países terceiros.
Aliás, atendendo às devidas proporções, não é pelo facto das famílias portuguesas estarem a passar tempos difíceis que deixaram de colaborar nas diversas iniciativas nacionais para ajudar os mais desfavorecidos (por exemplo, o Banco Alimentar conseguiu o ano passado aumentar os donativos). É o que se passa com as relações institucionais entre Países.
Quanto a este exemplo em particular diria o seguinte: todos concordarão que a população palestiniana é das que mais sofre com o permanente estado de guerra a que tem estado sujeita. Quer se goste, ou não, o futebol é uma daquelas actividades que consegue unir povos. Veja-se, por exemplo, o exemplo de uma equipa iraquiana (que curiosamente tem como treinador um português), que consegue congregar jogadores xiitas e sunitas. Pode ser que aquele estádio consiga juntar pessoas unidas por um interesse comum e, durante os 90 minutos de jogo se proporcione um pouco de paz e de alegria àquele povo massacrado.
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