quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Não se metam comigo quando estou "passada dos carretos"...

 
 
Sou, por natureza, uma pessoa afável e simpática mas quando fico aborrecida com alguma atitude, bom...mais vale fugir.
 
Admito que possa andar mais stressada nos últimos tempos. As últimas duas semanas não têm sido nada fáceis. Estava preparada para o aumento de trabalho que vou ter até finais de novembro mas, confesso, não estava preparada para outros problemas que caíram em cima de mim.
 
Mas esta manhã, o copo...encheu...
 
Talvez esteja mal habituada porque não tenho nada que dizer do meu centro de saúde. Sempre fui bem atendida e na minha vez.
 
O meu ginecologista só dá consultas num hospital privado. Há duas semanas, após receber o resultado de uma biópsia, ficou combinado uma criocirurgia para esta semana. Quando fui à recepção marcar a consulta deixei bem claro que tinha que ser num dia em que pudesse ser a primeira a ser atendida ou, em alternativa, a última, dado que tinha reuniões todos os dias e não podia perder uma manhã ou uma tarde no hospital. Hoje era o único dia em que havia tal hipótese e ficou marcada a consulta para as 9.00 horas.
 
Eram 8.45 horas e lá marquei presença. Quando me dirijo ao local da consulta sou informada que à minha frente estavam três pessoas que tinham marcado para uma vaga. Eu respondi que tinha chegado a horas, tinha consulta marcada e, como tal, as outras pessoas teriam que aguardar pela vaga pois...não havia vaga. Mais a mais, há quatro semanas estive cerca de quatro horas à espera de uma vaga. Não passei à frente de ninguém. Se as senhoras estão aqui é porque estão doentes, argumentava a dita cuja. 
 
Fosga-se... e eu não? Querem lá ver que marquei consulta porque gosto de estar escarrapachada naquela figurinha triste que as mulheres têm que fazer sempre que vão a um ginecologista?
 
Pouco faltou para perder as estribeiras de vez. Venceu a educação que os meus paizinhos fizeram questão de me dar. Assim, vendo que os meus argumentos nem sequer estavam a ser ouvidos e não conseguia ser atendida na "minha vez", respondi: "Pois muito bem, eu vou-me embora. Avise o médico por favor". Virei costas e vim embora.
 
Estive o resto da manhã em reuniões. Quando saio da última verifico que tinha 9 chamadas não atendidas do hospital. Estou a acabar de almoçar quando o telemóvel toca. Era o médico a pedir desculpa que, de facto eu tinha toda a razão e para marcar uma hora ainda hoje que mesmo não trabalhando à tarde naquele hospital ele iria lá para me fazer a intervenção. Ainda aborrecida disse que só podia ser às 19.30 horas.
 
Conclusão: Cheguei à pouco a casa e parece que passou um camião por cima de mim...
 
Fiquem com a música que estou a ouvir.
 

4 comentários:

Francisco o Pensador disse...

Um retrato fiel da sociedade portuguesa actual. Primeiro gostam de exibir-se, de fazer o seu "circo", mas depois, quando percebem que cometeram uma grande asneira que pode sair-lhes caro e que a castanha pode mesmo estoirar para o lado deles, é de rir a aflição deles para pedir desculpas e emendar o erro à custa de horas extras e algum esforço suplementar.
Mas porquê que esta gente não tira nada da cabeça antes de meter os pés na água? Parece que só querem viver para sofrer, agonizar e pedir desculpas...

Va-lá que conseguiram resolver o teu problema. Pelo menos isso... :)

Bjs

Portugalredecouvertes disse...


Espero que a situação se resolva bem Ni, nada de melhor que uma boa saúde !
beijinhos e desejo de melhoras :)
Angela

NI disse...

Francisco, sim um dos problemas está resolvido. Falta o pior.

:)

Bjs

NI disse...

Obrigada Ângela.

Claro que a saúde é importante e um dos problemas que tinha ficou resolvido.

O outro vai ser mais complicado porque vou mesmo que ir "à faca". Mas vamos ver. Pensamentos positivos. :)

Bjs

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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso