quinta-feira, 1 de junho de 2017

Não sei do que me sinta mais orgulhosa...

 
A filhota mais nova ia hoje repetir o exame de código. Tinha reprovado por um sinal da primeira vez.
 
Devo confessar que ninguém a aturava nos últimos dias. E estava cheia de receio que lhe desse um ataque de ansiedade que, acreditem, não é fácil de assistir pois termina sempre no hospital. Ainda por cima, terminou há pouco tempo uma relação estável que já mantinha há alguns anos.
 
Apesar de ter estado todo o dia em formação, escusado será dizer que estava preocupada com o desfecho.
 
Às 14.35 h. recebia uma mensagem "Mãe, passei. Estou tão feliz".
 
Pedi autorização para sair para poder ligar e dar-lhe os parabéns. Ligo e ela...desliga!
 
Poucos segundos depois envia nova mensagem: "Mãe, desculpa mas estou no carro da escola de condução com uma Colega que reprovou. Não me sinto bem a atender a tua chamada e demonstrar a minha alegria à beira dela que está muito triste".
 
Voltei para a sala com um sorriso nos lábios. Mais do que ter passado num exame qualquer, a minha filha demonstrou respeito pelo outro. Fiquei orgulhosa.

3 comentários:

Francisco o Pensador disse...

«Não há nada de nobre em maltratarmos quem já se encontra fragilizado...»

Este legado passou de pai para filha e agora...a filha que se tornou mãe está a passa-lo também para filha... :)

Parabéns, merecestes este momento.
Bjs

Ricardo Santos disse...

A educação é uma coisa muito bonita e a tua filha tem-na !

NI disse...

Francisco e Ricardo, obrigado.

Sempre disse que a herança que os meus pais me deixaram foi um conjunto de valores e princípios que me transmitiram. Tentei transmitir essa herança às minhas filhas. Os últimos três anos foram absolutamente devastadores por motivos que não interessam para aqui. Contudo, as minhas filhas enfrentaram as adversidades como poucos. Eu tenho um orgulho enorme na forma como elas estão a enfrentar os problemas.

:)

Beijos aos dois

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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso