Questiono-me se o esforço diário em demonstrarmos que somos fortes e independentes, que nos conseguimos levantar do chão após cada queda sem pedirmos a mão a alguém, que estamos cá para dar sem receber nada em troca, que somos capazes de percorrer um caminho longo e solitário, não revestem formas subtis de esconder as nossas vulnerabilidades.
Será, porventura, o meu maior medo: cansar-me de ser forte! Entregar os pontos e desistir...
"E existem aquelas pessoas, que por mais distantes que estejam, ainda continuam perto. Aquelas que, passe o tempo que passar, serão sempre lembradas por algo que fizeram, falaram, mostraram, pelo que nos fizeram sentir. É isso, as pessoas são lembradas pelos sentimentos que despertaram em nós, quanto maior o sentimento, maior se torna a pessoa."
Caio Fernando Abreu
Deixo-vos com uma das músicas que fazem parte do meu top 20 e que marca a primeira grande viragem da minha vida. Corria o ano de 1984...(e dedico ao amigo que perdi).
Começou há pouco tempo a trabalhar na minha empresa um "menino" que é cara chapada do meu amigo.
Diga-se, em abono da verdade, que é mais novo e mais magrinho que o tal meu amigo. Só tem um problema: tem sempre uma expressão antipática estampada na face.
Qual não é meu espanto quando sou chamada para uma reunião e me comunicam que o dito cujo vai passar a trabalhar comigo.
Mal cheguei ao gabinete mandei uma mensagem ao meu amigo a dizer que o dito cujo estava feito comigo se continuasse com aquela expressão antipática.
Bom, não é que o dito cujo me acaba de ligar e a meio da conversa diz: "...peço desculpa mas já está aqui há 30 anos? Mas com quantos anos entrou?". Estupefacta, pergunto: "Quantos anos acha que eu tenho?". Resposta pronta do menino: "Sei lá, 43, 44 anos".
Ai meu rico menino. Quero lá saber que ele seja antipático...
(E não venham dizer que ele vê mal. certo? Ok, usa óculos mas não devem ter muita graduação)
E a música mais ouvida nas rádios de todo o mundo foi esta (por isso é que gosto tanto dela):
Se querem saber o que é que o pessoal mais viu e ouviu no dia em que nasceram, podem consultar aqui.
E até ficam a saber quantos minutos já viveram... eu já vou com qualquer coisa como 27,506,670 minutos (a acreditar neles que nem fiz a conta porque me perdi logo).
A música de hoje terá sido, muito provavelmente, a música que mais ouvi na minha adolescência. Era através de um aparelho igualzinho a este que a ouvia.
"Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...E que esse momento será inesquecível...
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim,
e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!!! "
(Mário Quintana)
Não é uma visão dura da vida. Nem um queixume pela vida não nos dar aquilo que desejámos.
É apenas uma visão mais madura do que a vida nos pode dar.
"Lembras-me uma marcha de lisboa Num desfile singular, Quem disse Que há horas e momentos p´ra se amar
Lembras-me uma enchente de maré Com uma calma matinal Quem foi Quem disse Que o mar dos olhos também sabe a sal
[refrão]
{as memórias são Como livros escondidos no pó As lembranças são Os sorrisos que queremos rever, devagar}
Queria viver tudo numa noite Sem perder a procurar O tempo, ou o espaço Que é indiferente p´ra poder sonhar
[refrão]
Quem foi que provocou vontades E atiçou as tempestades E amarrou o barco ao cais Quem foi, que matou o desejo E arrancou o lábio ao beijo E amainou os vendavais"
Luís Represas
Porque há aquele(a)s para quem só restam as memórias...de um tempo que há muito acabou!
Partiste 30 anos antes. Disse que podias partir porque sabia que estavas a sofrer. Mas tu sabias que é difícil deixar partir quem amámos. Foste tu quem me ensinaste isso. Lembras-te?
Eras tu que me ouvias, que me aconchegavas os lençóis e me dizias para ter sonhos cor-de-rosa. Que olhavas para mim, me abraçavas enquanto dizias para eu não ligar àqueles que me chamavam feia e gorda. Dizias que eles tinham inveja do meu olhar doce. Só tu para veres maravilhas onde elas não existem.
Ensinaste-me a acreditar que todos nós temos direito ao arco-íris. Que um dia encontraria a minha alma gémea nem que fosse velhinha. Porque não importava o tempo mas a forma como o aproveitávamos.
Ensinaste-me a acreditar que somos todos iguais quando me deste as "Grandes Esperanças" de Charles Dickens. Que mais importante que a instrução era a educação. Que mais importante que o dinheiro eram os afectos.
Ensinaste-me que a grandeza de um homem está na forma como se levanta depois de uma queda e a nobreza na forma como ajudámos quem cai.
Deixei-te partir... mas fica a saber que estou aborrecida contigo. Queria-te ao meu lado. Queria ter aquelas nossas conversas infindáveis que terminavam sempre com a mesma frase: "Ni, tens mesmo a mania da contradição".
Queria ter-te ao meu lado no dia dos meus anos porque não permitias que eu não tivesse o meu dia.
Queria continuar a sorver avidamente os teus conhecimentos de autodidacta e os teus sábios conselhos.
Pai, estejas onde estiveres (dado que, ao contrário de mim, acreditavas que existia algo para além deste espaço onde se luta contra tudo e contra todos), parabéns. Come uma fatia de bolo, bebe um bom vinho, canta e espalha a tua boa disposição, o teu sentido de humor único, o teu sorriso que aquece...sabes, dizem que tenho o teu sorriso. Parvoíce. O teu sorriso é único. É essa imagem que estou a ver agora.
Lembras-te desta música? Foi com ela que me ensinaste a dançar (sabes, nunca mais dancei esta música com ninguém, é a nossa música).
Alguém se lembrou de fazer um estudo para descobrir qual o melhor sítio para se passar férias sozinho(a).
E o melhor sítio para os Peixinhos, assim como eu estão a ver, é....
BALI
Imagem da net
Digam lá que o pessoal do signo de Peixes não tem bom gosto. Ah, e ainda por cima justificam a escolha pelo facto de sermos empáticos e amistosos. Tudo coisinhas boas. Só não temos é dinheiro porque, segundo o nosso signo, temos a mania de darmos o que temos e o que não temos e depois ficamos a ver o mar e os navios mas pela televisão...
Mas imaginem umas férias sozinho(a)s neste paraíso e a ouvir esta música:
Se quiserem ver o vosso local de férias para irem sozinho(a)s podem ir até aqui.
(Francisco, tiveste sorte porque não encontrei nenhuma imagem de "mamas na sopa")
O título deste post era "dúvida existencial" mas um "engraçadinho" tratou de se antecipar.
Mas não será por causa disso que deixo de ter a minha dúvida e que se prende com o seguinte: o que raio leva milhares de mulheres a fazer uma mamoplastia de aumento? Eu entendo que algumas mulheres se sintam menos femininas quando têm mamas pequeninas (sim, "inas"). O que já não consigo entender é que optem por autênticas "mamonas" (sim, daquelas em que um homem precisa bem de duas mãos quando só devia bastar uma).
Minhas caras amigas, permitam um conselho de quem sabe bem da matéria. As mamas grandes têm grandes inconvenientes:
1º Provocam dores na coluna;
2º Não conseguimos encontrar soutiens sensuais porque têm que ter a sustentação e blá, blá, blá...;
3º Com o calor é ver aparecer borbulhinhas vermelhas em baixo da gordurinha acumulada em forma de balão (como o rabinho dos bebés, estão a ver?);
e, não menos importante,
4º As consequências da força da gravidade (ou da falta dela) e que provocarão, inevitavelmente que se coloque o prato da sopa a meio metro de distância não vá o diabo tecê-las porque no meu caso de certeza que chegarão ao umbigo.
Tivesse eu dinheiro para plásticas e faria mas era uma mamoplastia redutora...
E aqui fica uma música que ´para dançar não dá jeito nenhum ter mamas enormes a não ser para puro deleite dos senhores...
"Ciúmes, o dragão que mata o amor sob o pretexto de mantê-lo vivo."
Havelock Ellis
Algures no ano de 2012, afirmei aqui que não sou uma pessoa ciumenta, que nunca fiz uma cena de ciúmes. Pelo que, concluía, "há quem diga que só tem ciúmes quem ama. A ser assim, nunca amei."
Cinco anos depois, continuo a afirmar que não sou ciumenta. porque quando se confia não há lugar ao ciúme. Mas que nome se dá àquela sensação de, apesar de confiarmos (até porque não há motivos objetivos para desconfiarmos), nos sentimos menos importantes do que já fomos? Em que nos sentimos "substituído(a)s"?.
E começamos, literalmente, a inventar. Porque razão está a dar mais atenção àquele(a) do que a mim? Porque fala mais com ele(a) do que comigo? Porque o(a) elogia mais?
Vulnerabilidade. Actuamos como se fossemos o centro do mundo. Como se o mundo se resumisse a duas pessoas.
A vulnerabilidade não é mais do que falta de confiança em nós próprios.
E eu, pura e simplesmente, detesto sentir-me vulnerável, porque tal significa que me vou refugiar naquele mundo onde ninguém entra.
Não quero, mas sinto! Às vezes... A música? Só podia ser esta:
Eu sei que gosto de brincar e que, por pior que esteja, tento sempre ter um sorriso nos lábios e, acima de tudo, ser educada.
Mas já afirmei várias vezes que não imponho a minha presença a ninguém. Fala comigo quem quer, está comigo quem deseja. Ponto!
Tenho muitos defeitos, demasiados até, mas ser mentecapta não é um deles. Sei ver quando estou a mais e/ou quando não sou desejada. Magoa? Pois...mas nunca demonstrar é ponto de honra.
Feito o desabafo...
Ontem estive com o "meu" Pedro e lá derramei umas lagrimazitas durante a minha música preferida (talvez porque me faz recordar que a vida é feita de perdas).
Amanhã, vou estar com este "menino".
E mais esta música que é de uma ironia absolutamente deliciosa...
Não há nada mais importante do que força de uma palavra, de um olhar, de um toque, de um afago, ou de um simples sorriso para nos dar o conforto que precisámos.
Fiquem com uma das músicas que fazem parte do meu top ten. A forma como ele arranca aqueles sons da guitarra...
"Porque, uma vez mais, saio da minha zona de conforto e avanço. Desta vez sem saber exatamente para onde vou..
E precisava de te ouvir dizer que eu ia conseguir vencer mais este desafio. Precisava de saber que estarias aí a amparar a minha queda se tropeçar. Precisava de ouvir uma das tuas parvoíces que me fazem rir. Precisava de ti. Tão simples quanto isto. Mas sei que vou estar só nesta decisão."
Obviamente, tive que tomar a decisão sozinha.
Tratava-se de uma decisão relativa à minha vida profissional. Apesar de me manter na empresa onde estou há mais de trinta anos, ia para um serviço novo e, ainda por cima, para uma área que não gosto. Mais, ainda, ia deixar um trabalho que me realizava profissionalmente. E, admitamos, é difícil recomeçar aos 50 anos. Mas tinha que avançar...
Dois anos passaram e o balanço é positivo.
É verdade que continuo a não gostar da área mas encarei essa dificuldade como um desafio e fiz como sempre fiz em termos profissionais: encarei de frente e não virei a cara à luta.
O balanço é positivo porque cresci como profissional. Mas, acima de tudo, é positivo porque sei que o meu trabalho é reconhecido quer pelas chefias, quer pelos colegas.
Se era isto que ambicionava quando iniciei a minha carreira? Não. Mas eu era uma jovem cheia de sonhos. E a vida sempre se riu dos meus sonhos...
que nos falta uma determinada porção de esforço e de luta"
Paulo Geraldo
Usamos as palavras para transmitir o que sentimos,o que queremos, o que entendemos.
Usamos as palavras com as nossas verdades mesmo quando estamos a mentir a nós próprios.
Usamos as palavras para fazer de mentiras as nossas verdades.
Mas, no fundo, a verdade e a mentira, quando usadas através das palavras podem ser, apenas, duas faces da mesma moeda. O que para nós é uma verdade irrefutável, para outro é a mentira mais absurda.
E a verdade e mentira que damos a nós próprios através dos sentimentos? Muitas vezes interpretamos as palavras dos outros segundo a verdade que gostaríamos acreditar. Por exemplo, quando pretendemos acreditar que somos verdadeiramente importantes para alguém sem nos preocupamos de ver a verdade nas palavras desse alguém.
Ou mesmo quando acreditamos ser aquilo que, de facto, não somos. Mas é a nossa verdade. Ou será que é mais uma mentira que assumimos como verdade?
Eu espero passar os dois dias na caminha a descansar.
Fiquem com um tema que faz parte da dita lista... que fala de um sentimento que eu prescindia bem. A saudade... principalmente quando são de bons momentos...
Contra todas as expectativas, vou entregar o trabalho feito, com direito a pausa para ir comer qualquer coisa e ver um pouco Portugal a jogar.
Depois volto ao gabinete para ultimar os documentos finais.
Tinha-me comprometido a entregar até à meia-noite de hoje. E assim será.
E como sou demais, a música é esta (ok, não sou assim tão demais...).
Adenda:
Trabalho terminado. Como contava terminar mais tarde tenho que aguardar pela meia-noite pela "boleia" para casa. Mas não fico aborrecida É que, não sei se já disse isto aqui, mas adoro estar no meu trabalho à noite. Da minha janela vejo a "cascata sanjoanina" (hoje com direito a fogo de artifício). Sem telefones a tocar, sem pessoas a entrar e a sair (a não ser o segurança que, de quando em vez, vem ver se estou bem)...é um sítio calmo. Uma pequena maravilha!
Seria a primeira vez que não conseguia entregar um trabalho na data prevista.
O meu corpo diz-me para parar. Já nem os comprimiditos milagrosos obrigam um órgão mafioso a trabalhar em condições.
Mas, para já, a mente recusa-se a parar. E ela é que manda. Quer dizer, só me deu autorização para parar uns minutos para relaxar, tomar um descafeinado (cafeína, neste momento, é esticar a corda com o mafioso), ver as últimas notícias e depois voltar à carga.
Sei que o objetivo era trabalhar até cerca das 5.00 da manhã para conseguir dividir os processos pelos dois dias que me faltam para terminar o trabalho.
Sei que o trabalho tem que estar concluído até amanhã.
Sei que era perto da meia hora da manhã quando mandei uma mensagem à filhota mais nova a desejar uma boa noite.
Sei que acordei depois das 6.00, sentada numa cadeira e com a cabeça na secretária.
Sei que estou com um tau desgraçado porque, como se não bastasse não ter adiantado o trabalho como queria, estou cheia de dores no corpo.
Não sei quando e como adormeci!!!
A música? Uma que mereceu o seguinte comentário: "a música dos sonhos que toda mulher sonha em ouvir do seu amado". Sim, apesar de estar com o tau, continuo numa de romantismo. Estou lixada...
"Não é saudável criar expectativas, crie porcos ! Se tudo der errado, contudo estará comendo bacon sem decepções."
expectativas
Sempre defendi que a melhor forma de não apanhar
desilusões era ser pessimista. Desta forma, se algo de bom me acontecesse o
prazer e a alegria eram maiores porque não estava a contar. Se não acontecesse,
bom...também não estava à espera.
O problema é que algumas vezes deixo-me tentar e
caio na esparrela: sou optimista. Mas a vida, a tal que tem um sentido de humor
lixado, trata logo de me dar o corretivo.
Mas ontem à noite, mesmo sabendo
isso, deixei-me tentar... levei a lição que merecia.
Toma lá Ni Maria para não te armares em
optimista!
A música? O menino que me está a fazer companhia
esta madrugada.