terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Porque o Natal é quando uma pessoa o quiser...


Eu e os meu colegas de trabalho vamos ter o nosso jantar de natal.

Já aqui escrevi em tempos que me custou imenso abandonar o meu antigo local de trabalho. Não só porque deixei de fazer o que mais gostava em termos profissionais, mas também porque tenho o terrível hábito de me afeiçoar às pessoas com quem trabalho. Gostava do que fazia. Gostava, (e gosto), das pessoas com quem trabalhava.

Mas face ao que aconteceu tinha mesmo que tomar uma atitude mesmo sabendo que iria sair prejudicada.

Assumo, prejudiquei imenso a minha vida pessoal pela entrega ao trabalho. Mas sempre fui assim.

Trabalho desde os meus dezasseis anos. Tive que ter dois empregos para conseguir tirar o meu curso. Trabalhei noites e fins-de-semana. Durante anos não tive férias. Mas consegui tirar o curso que sempre desejei e sem nunca ter reprovado. Essa é uma das minhas vitórias pessoais.

Mas, todos os esforços e trabalho que desenvolvi ao longo de mais de 25 anos foram infrutíferos. Em termos profissionais tenho consciência que a minha carreira terminou em Fevereiro de 2009. E, em nome da minha dignidade, tive que dizer basta e afastar-me. Saí a meu pedido e pelo meu próprio pé.

Ficou a certeza de que fiz um bom trabalho. A certeza que fiz mais do que era exigível a qualquer funcionário. Esta é outra das minhas vitórias pessoais.

E assumi com toda a dignidade as minhas novas funções no novo posto apesar de saber que ele não me realizaria como o anterior.

Mesmo tendo consciência que o nosso trabalho não é reconhecido por muitos e visto com alguma desconfiança por outros,(não é por acaso que somos conhecidos comos os homens de negro), conseguimos criar um grupo coeso, bem disposto e, acima de tudo, solidário. Um grupo que sabe partilhar as vitórias e as derrotas. Um grupo que sabe que a vitória de um é a vitória de todos.

E se Fevereiro de 2009 significou o fim da minha carreira profissional (em termos de progressão e de realização pessoal), também significou o meu crescimento emocional. E, sinceramente, estou bem mais preocupada em recuperar o tempo perdido do que perder tempo em "choros de calimero".

As "árvores morrem de pé" .

E porque o Natal é o reflexo do nosso estado de espírito, podemos, muito bem, festejar o Natal a uma terça-feira,  num dia 17 de Janeiro qualquer.


7 comentários:

Conto de Fadas disse...

É isso mesmo! E não há nada que pague isso. :)

Geri disse...

E achava eu que era a única a ter um jantar de Natal pendente! :)
Eu e as minhas colegas de trabalho só na próxima sexta é que vamos fazer o nosso.

Tinta Permanente disse...

Oh inveja boa... eu ainda não fiz jantares... continuo em casa :(

S* disse...

Este ano acabei por não ter jantar de Natal da empresa... diverte-te muito, o que importa é a união entre as pessoas. :)

Bloguótico disse...

A vida é feita de opções e devemos saber lidar com elas, assim como tu soubeste lidar com as tuas! Acima de tudo, a nossa dignidade e bem-estar pessoal!... E quer-me parecer que os teu sacrifícios hão-de agora produzir os seus frutos! :p

P.S.: Um bom Natal! :)

Eu Mesma! disse...

A mim ainda me falta um desses belos jantares :)

Petra disse...

Espero que tenha sido divertido e que tenha dado para matar saudades! beijo

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