E assim passaram 6 meses.
Num conjunto sucessivo de dias, horas, minutos e segundos. Porque as verdadeiras perdas não se extinguem com o tempo.
Mas há muito que aprendi que há que relativizar as coisas.
Há muito que aprendi que nosso só aquilo que somos e os nossos afectos. Apenas isso. Não somos donos da verdade, do destino, dos afectos dos outros, da presença de quem gostamos.
Daí que não conceba a possessão das pessoas ou os "ciúmes" dos afectos. Todos temos que partir. A diferença é que uns partem mais cedo que outro. E destes há aqueles que partem cedo de mais.
Se sinto a tua falta? Todos os dias.
Racionalmente sei que partiste.
Mas algo em mim dá-me a certeza que iremos falar de novo.
Não sei quando, nem onde. Até porque se é verdade que nunca fui pessoa de ficar presa no passado, não é menos verdade que nunca me coloquei a imaginar o futuro.
Mas gosto de imaginar que estás bem.
Gosto de imaginar que algures há uma conversa à nossa espera.
Se estou bem? Tão bem quanto a consciência tranquila permite e a saudade "emperra".
Mas sabes, sinto a tua presença todos os dias. E gosto de imaginar que também pensas em mim...de vez em quando. Portanto..."I'm okay, i'm alright".