quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Do que não entendo nas relações - Parte II - A moldagem



Ou a tentativa de fazer do outro a pessoa que queremos e/ou idealizamos.

Ou, ainda, de "transformar" o outro à nossa imagem e semelhança.

Se é verdade que numa relação saudável não nos devemos acomodar pois tal postura acaba por desgastar uma relação, não consigo entender como é que alguém pensa que é possível moldar o(a) companheiro (a) usando, (e abusando), das reclamações/exigências. Muito(a)s chegam mesmo a utilizar a famigerada “chantagem psicológica”.

O(a) nosso (a) companheiro (a) pode ter atitudes e/ou comportamentos que nos incomodam. Sendo que o inverso também é verdadeiro.

Não é menos verdade que todos devemos fazer um esforço no sentido de evitar comportamentos que, sabemos, afectam a outra parte. Mas não tenhamos a veleidade de pensar que todas as mudanças são fáceis. Não são. Mais, ainda, algumas delas podem nunca ocorrer.

Como alguém disse, “não se muda de ideia de um dia para o outro, e nem porque a outra pessoa precisa”.

Numa relação saudável há que conversar dizendo claramente que aquele comportamento nos incomoda e se é possível a outra parte fazer um esforço no sentido de mudar. Pode ser que seja possível a mudança e então há que dar tempo. Não sendo possível apenas duas soluções subsistem: ou aceitamos o(a) outro(a) como é, ou terminámos a relação.

Não existem os “Sir’s Lancelot’s” nem as “Dulcineias”. O mundo da fantasia pode ser doce, romântico, idílico e intemporal. O mundo real é composto por pessoas individuais com gostos e personalidades diferentes e que só mudam quanto acreditam que a mudança pode ser positiva para eles. Ainda não inventaram, (e ainda bem), uma máquina de moldes humanos universal.


Mais a mais,

"Gostamos de alguém porque; amamos alguém apesar de. "
(Henri de Montherland)

 
 


5 comentários:

agri disse...

E há que saber ser paciente e esperar pela mudança... Porque não basta estalar os dedos.
E saber conversar, tal como dizes. Não deixar que se chegue a uma situação de "deixar andar". Porque mais cedo ou mais tarde, rebenta...

Eu Mesma! disse...

Eu acredito que ninguém muda por ninguem...

agora... fazemos concessões... equilibrios... e adaptações...

nunca mudanças... a não ser por nós :)

só 1 mulher disse...

Não podemos nem devemos mudar por ninguém, nem em prol de uma relação, o processo de mudança é longo e só faz sentido e se efectiva, se o fizermos por nós mesmos... mas sei que dificilmente as pessoas mudam, vão-se ajustando, mas não mudam..

1 beijinho

S* disse...

Claro que podemos fazer ajustes, para que o casal se dê bem... mas não podemos, nem devemos, tentar mudar o outro. :)

Tinta Permanente disse...

« Muito(a)s chegam mesmo a utilizar a famigerada “chantagem psicológica”. »
É assim que nos apanham...

Mensagens

Arquivo do blogue


Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso