"E o que me mata é olhar no fundo dos seus olhos e ver neles o mesmo brilho, a mesma leveza, e sentir o seu sorriso me dizendo, entrelinhas, pra esperar, que a nossa história louca e mal escrita não acabou.
É o que me mata e me dá vida. E a ternura que eu sinto a cada vez que você me olha e sorri, o seu carinho, a importância que eu tenho na sua vida, esse sentimento maluco que você tem por mim e não sabe nem o que é, isso tudo se confunde com o amor que eu preciso tanto que você sinta. Mas eu sei, eu sei que não é amor. E você também sabe. Talvez seja por isso que você me mantém sempre por perto, porque você precisa do meu carinho para alimentar o seu vazio e te trazer paz por algum tempo, mas não me mantém do seu lado, porque para caminhar junto é preciso amor demais. E é nessa que a gente vai seguindo. E mesmo distante você precisa sentir que eu estou por perto e te acompanho de longe, que eu ainda te espero, porque você se sente seguro, porque você sabe que eu vou estar lá quando você cair, com o meu carinho e a minha paz."
Milan Kundera
3 comentários:
Adoro Milan Kundera...sobretudo a Insustentável Leveza do Ser...
Lindo...
Só vim aqui mandar-te um beijo... *
Djinn, acho a Insustentável Leveza do Ser deveria ser de leitura obrigatória nas escolas.
Lança, e eu mando-te outro. :-)
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