Já passaram duas décadas? Não dei conta...
Ainda me recordo do teu olhar, umas vezes meigo, outras vezes pretensamente severo... mas lembro-me, sobretudo, do teu olhar de orgulho quando me vias...
Ainda me recordo quando à noite, pensando que já estava a dormir, me aconchegavas o lençol e me davas um beijo. E, eu, fazia de conta porque sabia que não gostavas de ser apanhado em flagrante.
Ainda me recordo dos nossos cafés a meio da manhã na Brasileira.
Ainda me recordo do primeiro livro que me ofereceste dizendo que a leitura era a luz dos ignorantes.
Ainda me lembro da primeira caneta que me ofereceste dizendo que seria o meu principal instrumento de trabalho.
Ainda me lembro dos primeiros passos de dança que me ensinaste. E sabes, desde que foste, nunca mais ninguém dançou comigo
Mas lembro-me, sobretudo, de tudo aquilo que ensinaste. De teres dito que um caminho sem obstáculos não me levaria a parte nenhuma.
Acredita pai, eles têm sido muitos mas continuo a percorrer o mesmo caminho....
Nota - Eu sei que o presente post é repetido. Escrevi este texto há um ano atrás. Mas todos os dias é desta forma que me recordo do meu pai e de quão ingrata e traiçoeira a vida é...
Ainda me recordo do teu olhar, umas vezes meigo, outras vezes pretensamente severo... mas lembro-me, sobretudo, do teu olhar de orgulho quando me vias...
Ainda me recordo quando à noite, pensando que já estava a dormir, me aconchegavas o lençol e me davas um beijo. E, eu, fazia de conta porque sabia que não gostavas de ser apanhado em flagrante.
Ainda me recordo dos nossos cafés a meio da manhã na Brasileira.
Ainda me recordo do primeiro livro que me ofereceste dizendo que a leitura era a luz dos ignorantes.
Ainda me lembro da primeira caneta que me ofereceste dizendo que seria o meu principal instrumento de trabalho.
Ainda me lembro dos primeiros passos de dança que me ensinaste. E sabes, desde que foste, nunca mais ninguém dançou comigo
Mas lembro-me, sobretudo, de tudo aquilo que ensinaste. De teres dito que um caminho sem obstáculos não me levaria a parte nenhuma.
Acredita pai, eles têm sido muitos mas continuo a percorrer o mesmo caminho....
Nota - Eu sei que o presente post é repetido. Escrevi este texto há um ano atrás. Mas todos os dias é desta forma que me recordo do meu pai e de quão ingrata e traiçoeira a vida é...
14 comentários:
Ni,
As tuas palavras são lindas. Felizmente, ainda tenho o meu Pai comigo, mas há dois anos estive a milésimos de milímetros de perdê-lo. Se não fosse um pacemaker a mantê-lo vivo, já não o teria comigo.
Neste Dia do Pai quero que sejas feliz, pois foste e continuas a ser uma filha linda. E o teu Pai está a olhar para ti, por ti e continua cheio de orgulho ao ver o mulherão em que te tornaste. De certeza!
Um beijo
Passei só mesmo para te mandar um grande beijinho e um abraço apertado... ;-)
Storyteller, quando as recordações são boas respira-se felicidade. :-)
Gugui, estamos ambas no mesmo barco.
Beijo enorme para as duas
Ni
O texto é o mesmo porque o sentimento é o mesmo e não diluiu ao longo de duas décadas.
Um abraço para ti e para a Gugui, porque eu não sei e espero não saber tão cedo o que vocês estão a sentir. Mas imagino...
Ni,
É mesmo isso...
Desculpa "abusar" aqui do teu cantinho, mas tinha de agradecer e retribuir o abraço à Abobrinha.
Gugui, minha querida, este espaço também é teu. Usa e abusa :-)
Gugui
VEM A MEUS BRAÇOS!!!
Mau! Afinal, quantas somos? Tu tens lá braços para tantas miúdas...
bonito....bjocas :D
Calvin, uma beijoca também para ti :-)
Gostei imenso e senti cada pedacinho...
Felizmente ainda cá tenho o meu querido pai, mas a minha mãe já partiu à quase uma década...
Não é fácil às vezes pensar na sua ausência, mas a felicidade cá dentro permanece... :)
Tal como a minha sábia mãe dizia "esquece-me quando eu te esquecer e nunca me esquecerás..."
Beijo muitooo apertadinho* ;)
Espelho meu pois eu já perdi ambos. O meu pai perdi-o há muitos anos atrás. A minha mãe faz no próximo dia 26 cinco anos.
Beijinhos
Um beijinho especial. O meu pai esteve quase quase a ir-se no início deste ano mas conseguiu agarrar-se à vida... Acredito que os que já cá não estão, permanecem a velar pelos que lhes são mais queridos.
Rita, é um pensamento bonito e gostava de acreditar...
Um grande beijinho
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