Imagem daqui
Numa altura em que fazem 11 meses em que perdi um amigo dei
por mim a pensar num post que escrevi em 2009 sobre o significado da frase “para
sempre”.
Mas o que é isso de "para sempre"? Algo imutável?
Uma certeza irrefutável e infinita?
É que hoje aquela certeza não passa de uma simples mensagem
escrita num postal.
Mas está escrito "para sempre". Terá sido um erro de escrita? Uma mentira?
Muitos poderão dizer: “para sempre”? Isso é só para os
crédulos. Quem acredita nisso não cresceu.
Não concordo. Muito pelo contrário.
A sabedoria da idade indica-nos outro caminho: a assumpção
de que, por vezes, não podemos cumprir aquilo que queremos ou pensámos. Porque, se o deixar de acreditar no “para sempre” é o resultado simples e cru do nosso crescimento enquanto
pessoas, então teremos que assumir que a nossa fé no ser humano e em nós próprios
foi suficientemente abalada para deixarmos para trás aquilo em que
acreditávamos. E eu recuso-me a deixar de acreditar. Não o acreditar etéreo de uma história de fadas. Mas o acreditar
de que ainda vale a pena viver e de nos darmos aos afectos.
Assim, a vida ensinou-me que o "para sempre", independentemente das mudanças e da transposição silenciosa dos dias, apenas significa "para sempre na memória"...
Fiquem com este tema que é de um dos meus cantores favoritos.
2 comentários:
O único "para sempre" na minha vida é o amor dos meus pais. O resto... vai e vêm.
Gosto de acreditar no "para sempre"... só assim o amor faz sentido.
Enviar um comentário