
http://www.imeem.com/hugorose/music/qpkmPnmH/sandy_junior_olha_o_que_o_amor_me_faz/
Há quanto tempo nos conhecíamos?
29 anos. Tinha 14 anos e tu 18. Foi uma empatia imediata. Eu, algo tímida e complexada. Tu, um autêntico furacão. Para ti não havia impossíveis e arrastavas toda a gente para projectos aparentemente suicidas. O mais surpreendente é que ganhamos alguns. Contra tudo e contra todos. E, eu, lá ia no mesmo barco. Pagamos caro pela nossa irreverência. Compreensível até aos nossos 25 anos. Imperdoável a partir daí. A política não se compadece com pessoas como nós.
A tua alegria e vontade indomável eram contagiantes. De uma generosidade sem limites.
Desde que deixei a política activa que nos deixamos de ver com frequência mas, sempre que nos víamos, era uma festa. Como só os amigos sabem fazer.
De ti vou recordar o teu sorriso genuíno. A tua solidariedade sem limites.
Magalhães, tantas palavras que eu gostaria de te dizer neste momento. Tantas quanto aquelas que não falei porque damos como certo a nossa imortalidade. Mas acho que as guardarei para mais tarde, para te dizer olhos nos olhos. Quando nos encontrarmos.
Essa de partires antes de mim foi de muito mau gosto mas lá estarei para me despedir.
Até sempre meu amigo.
"A vida sempre começa agora..Numa construção de passado que só termina quando a caixa de futuro se acaba"
Jorge Reigada
Agora que me dei a conhecer, deveria lançar o desafio a uma conjunto de amigos. Mas, a verdade, é que muitos daqueles que eu gostaria de nomear já o foram. Mas, mesmo assim, vou gostar de saber os defeitos de dois Amigos:
Questionaram-me por e-mail o motivo pelo qual eu privilegiava os pensamentos em detrimento de textos da minha autoria.
A questão colocada fez-me reflectir por duas ordens de razão: a primeira, porque sempre gostei de escrever (aliás, de quando em vez lá me vão acusando de que os meus pareceres são autênticos “testamentos”, tal é a minha dificuldade em parar de escrever quando exponho argumentos/opiniões) e a segunda, não menos importante, porque sempre tive aquela necessidade impulsiva de escrever.
Porquê, então, a opção de colocar pensamentos?
A resposta, afinal, é simples.
Estamos perante um blog pessoal. Desde logo o objecto está restringido. Poderia, simplesmente, escrever textos que fossem um reflexo daquilo que me acontece na vida e que desejava partilhar ou simplesmente recordar. Não o deixo de fazer de quando em vez.
Mas, mais importante para mim do que partilhar experiências pessoais é “conversar”. Tal e qual. Uma conversa virtual, é certo, mas nunca uma conversa hermética. Uma tertúlia onde se discutem ideias, princípios e valores.
Um texto pessoal é sempre hermético porquanto não deixa de ser um reflexo daquilo que nos acontece na vida e que desejamos partilhar ou simplesmente recordar. Mas, a vida, é muito mais do que a nossa vivência pessoal.