sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Lembram-se do trintão?


Pois muito bem, o dito cujo enviou-me para o mail um poema.
Esta manhã pediu-me para publicar no blogue e dedicar à mãe (para quem não saiba é a Pinxexa).
O pedido foi acompanhado por uma enorme gargalhada o que poderá significar que ele, no fundo, não acreditava que eu publicasse o poema. É sinal que não me conhece...

Trintão, agora amanha-te....


Os amantes se amam cruelmente
e com se amarem tanto não se vêem.
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são? Dois inimigos.

Amantes são meninos estragados
pelo mimo de amar: e não percebem
quanto se pulverizam no enlaçar-se,
e como o que era mundo volve a nada.

Nada. Ninguém. Amor, puro fantasma
que os passeia de leve, assim a cobra
se imprime na lembrança de seu trilho.

E eles quedam mordidos para sempre.
deixaram de existir, mas o existido
continua a doer eternamente.



E até consegui arranjar uma música à maneira. É claro que ele, como trintão, não se lembra desta música mas que fez sucesso na sua altura, ai se fez......(o que eu dancei ao som desta música)...





Os Amantes - Mara Abrantes

4 comentários:

pinxexa disse...

Que filho eu fui arranjar, já não bastava a pronuncia brasileira também escreve em brasileiro. Estou a ver que vou ter de investir em ensiná-lo escrever em português. Também é para isso que servem as mães, não é?
:-)
Bonito este poema, embora me pareça um pouco pro deprê. Manias dos capriconianos, não Ni?

NI disse...

Não. Os capricornianos não são muito dados a depressões. Mas são algo solitários e não gostam muito de partilhar responsabilidades.

Mas no fundo são uns queridos desde que se consiga retirar o que eles têm de melhor. Não te esqueças que estou casada com um há 22 anos.

:-)

Bjs

Abobrinha disse...

É o que eu digo: claramente um trintão subaproveitado!

... fazer poesia? Credo!

NI disse...

Abobrinha, não digas nada...já me mandou outra com pedido expresso de publicação!

Mensagens

Arquivo do blogue


Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso