segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Recebi esta preciosidade na minha caixa de correio


"O novo estádio da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado na próxima segunda-feira.

O recinto custou dois milhões de dólares, tem capacidade para seis mil espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação.
A cerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de escuteiros locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da
Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.


Já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina.
Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão.

A seguir fechávamos a cidade universitária e oferecíamos um complexo olímpico (também com estádio) à Somália e por último fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos políticos aos crocodilos do Nilo.

DIVULGUEM PARA SABEREM O QUE FAZ O GOVERNO COM OS NOSSOS IMPOSTOS "


Compreendo que à primeira vista,parecemos estar a lidar com um verdadeiro paradoxo. Se por cá vemos um Governo a agir com mão pesada e severidade,cortando regalias e benefícios,fechando escolas e maternidades e maltratando de certa forma o seu povo,lá fora por sua vez,vemo-lo a agir como se fosse um país muito rico e tivesse (na cabeça deles..) muita influência no panorama internacional.

Mas se tivermos um pouco de lucidez e não nos deixarmos levar por notícias sensacionalistas,seremos capazes de perceber quais terão sido as verdadeiras razões que motivaram o Governo português a conceder esta magnifica "oferta" aos palestinianos.

Já se esqueceram que Portugal foi dos poucos países que apoiaram "publicamente" o Bush quando este decidiu invadir o Iraque,numa altura em que o Bin Laden já tinha ameaçado "castigar" todos aqueles que o fizessem?

Eu farto-me de dizer que as coisas nunca acontecem por acaso..

Julgam que o Bin Laden se esqueceu de nós? Julgam que Portugal é tão insignificante que até o Bin Laden tem dificuldades em encontra-lo no mapa?

Não minha gente,o Socrátes foi obrigado a mexer-se e embora não goste d'ele,sou perfeitamente capaz de perceber que esta "oferta generosa" foi a forma "camuflada" que o nosso governo encontrou para conseguir limpar a Mer** que o Barroso nos deixou.

Só espero pelo menos que este estádio (que custou ao povo português cerca de 2 milhões de dólares) seja considerado pela Al-Qaeda como sendo um preço "suficiente" para conquistar o "perdão muçulmano" e que não tenhamos que pagar mais nada para sermos poupados dos próximos ataques terroristas.

4 comentários:

Anónimo disse...

Realmente semelhantes incompetentes, só servem para humilhar o pais e empobrecer o povo!
Assi. Cunhal

Vitinho disse...

Passando pelo seu blog.
Continuação de bons post's.
Um Abraço.
Vitinho

NI disse...

Obrigado pela sua visita. Também já fiz uma visita ao seu blog.
Um abraço

NI disse...

Apesar de entender o mal-estar que notícias como estas podem provocar dadas as dificuldades pelas quais as famílias portuguesas estão a passar nos últimos tempos, começaria por dizer que não comungo das opiniões já emitidas.
Porquê?
O Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento é um organismo que tem como uma das suas principais competências reforçar e coordenar a participação de Portugal na área da cooperação para o desenvolvimento, designadamente ao nível das Nações Unidas, Banco Mundial, OCDE e União Europeia.
No âmbito da ajuda ao desenvolvimento, humanitária e educação colabora com diversas ONG’S nacionais e internacionais.
Possui, por exemplo, a Divisão de ajuda humanitária cujas acções visam, nomeadamente, auxiliar as populações afectadas por catástrofes naturais.
Ninguém questionará, por exemplo, o apoio que está a ser dado em Timor ou nos PALOP’S. O apoio tanto pode ser dado através de envio de livros, construção de escolas, apoio logístico, etc.
Portugal já não é um País isolado. Partindo deste princípio entendo que devemos ajudar populações que, momentaneamente estejam a viver situações mais complicadas que as nossas. Não foi a primeira vez que Portugal precisou de ajuda exterior e ela chegou (basta recordar as cheias do Rio Douro e do Tejo e os incêndios em que vários países disponibilizaram, meios e apoio logístico).
Não me choca, pois, que Portugal apoie países terceiros.
Aliás, atendendo às devidas proporções, não é pelo facto das famílias portuguesas estarem a passar tempos difíceis que deixaram de colaborar nas diversas iniciativas nacionais para ajudar os mais desfavorecidos (por exemplo, o Banco Alimentar conseguiu o ano passado aumentar os donativos). É o que se passa com as relações institucionais entre Países.
Quanto a este exemplo em particular diria o seguinte: todos concordarão que a população palestiniana é das que mais sofre com o permanente estado de guerra a que tem estado sujeita. Quer se goste, ou não, o futebol é uma daquelas actividades que consegue unir povos. Veja-se, por exemplo, o exemplo de uma equipa iraquiana (que curiosamente tem como treinador um português), que consegue congregar jogadores xiitas e sunitas. Pode ser que aquele estádio consiga juntar pessoas unidas por um interesse comum e, durante os 90 minutos de jogo se proporcione um pouco de paz e de alegria àquele povo massacrado.

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