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"Quem eu sou, você só vai perceber quando olhar nos meus olhos,
ou melhor, além deles."
Clarice Lispector
Que gosto mais dos silêncios porque as palavras saem conforme as idealizamos e os silêncios conforme sentimos.
Que os silêncios não mentem, não criam expectativas, nem defraudam. E, acima de tudo, significam sempre algo.
Que gosto mais do "olhar".
Alguém disse que era o "espelho da alma", eu diria que que é o verdadeiro sentir que nos envolve.
No olhar não há mentiras nem subterfúgios. Não há fugas ou desculpas. Não há pretextos ou justificações.
No olhar há a verdade. Seja ela boa ou má.
No olhar há a inocência do sentir. A amargura da experiência.
No olhar há a serenidade da idade. A paixão da descoberta.
No olhar há o terminar de um sonho. O triunfo de uma conquista.
No olhar há o amor que queremos dar. A dor da invisibilidade.
No olhar há o carinho que nos desperta. A indiferença de quem magoa.
No olhar há o simples abraçar. A saudade infinita.
No olhar há o sol que nos aquece. O frio da ausência do calor humano.
No olhar há o verdadeiro "eu". O verdadeiro "sentir".
Esta semana servirá para recordar algumas das minhas músicas "fétiches". Aquelas em que "pára tudo que se vai ouvir...". Hoje é esta.
* Pelo menos ficam a conhecer a cor dos meus olhos
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