Pois, tenho a mania que mando mais que o meu corpo e desta vez ele disse basta. E está a castigar-me forte e feio que é para ver se eu aprendo, pelo que tenho mais alguns dias pela frente.
Mas isso agora não interessa nada (porque, de facto, não interessa, muito menos a quem pensamos que pode interessar).
Mas não podia deixar de desejar a todos um 2018 cheio de esperança e, já agora, tentem ser felizes.
Porque há aqueles dias em que apenas ansiámos por um ombro amigo.
Porque há aqueles dias em que nos sentimos verdadeiramente sós, mesmo rodeados de muita gente.
Porque há dias em que apenas...queremos fugir...para bem longe...
"Só hoje senti Que o rumo a seguir Levava pra longe Senti que este chão Já não tinha espaço Pra tudo o que foge Não sei o motivo pra ir Só sei que não posso ficar Não sei o que vem a seguir Mas quero procurar
E hoje deixei De tentar erguer Os planos de sempre Aqueles que são Pra outro amanhã Que há-de ser diferente Não quero levar o que dei Talvez nem sequer o que é meu É que hoje parece bastar Um pouco de céu Um pouco de céu
Só hoje esperei Já sem desespero Que a noite caísse Nenhuma palavra Foi hoje diferente Do que já se disse E há qualquer coisa a nascer Bem dentro no fundo de mim E há uma força a vencer Qualquer outro fim
Não quero levar o que dei Talvez nem sequer o que é meu É que hoje parece bastar Um pouco de céu"
Estou a trabalhar e o telefone toca para me avisarem que um dos meus Colegas de trabalho tinha sido encontrado morto.
Ainda na sexta-feira, estivemos a falar quando cheguei ao trabalho. Eramos ambos madrugadores e geralmente era o primeiro sorriso que eu via quando chegava ao trabalho.
Ainda não consigo acreditar. A sério, a vida é tão injusta!!!
H., vou sentir a tua falta.
Fosga-se, estou mesmo a precisar de uma boa notícia. Este ano nunca mais chega ao fim...
Partiste da forma que desejavas. As tuas feições serenas confirmam isso mesmo.
Obrigada pelos momentos partilhados ao longo dos últimos trinta e dois anos.
Acima de tudo, obrigada por teres estado ao meu lado na defesa de valores e princípios como o da solidariedade, o respeito pelas opiniões dos outros e a lealdade.
"Não existe amores impossíveis, e sim pessoas incapazes de lutar por seu grande amor." (Anónimo)
Meus queridos, hoje preciso que levantem a minha moral (sempre é mais fácil do que levantar a gordurinha acumulada no meu esbelto corpinho).
Vamos lá... Comecem a elencar actos de verdadeiro romantismo.
E se alguém quiser ter um acto de romantismo para comigo...agradecida!
Entretanto, vou fazer de conta que estou a dançar este tema bem agarradinha...
Hoje estou para aqui virada (antes que perguntem, sim, as insónias continuam, mas a boa disposição ainda por cá anda porque é a única hipótese que eu tenho de aguentar a maratona de trabalho que me espera esta semana)!
Aproveitando o facto de maridão e filhota não estarem este domingo em casa, a "je" meteu-se a embrulhar os presentes de Natal.
Acabo por juntar o útil ao agradável. É que, para além de poder fazer os embrulhos longe de olhos indiscretos, na próxima semana espera-me uma maratona no trabalho e o tempo vai ser diminuto.
Tenho a terrível mania de que cada presente deve ser embrulhado de uma forma especial e de acordo com a pessoa a quem se destina.
E é também uma forma de tentar "embrulhar-me" no espírito natalício que este ano não há forma de me enrolar.
Ao longo desta semana passei algumas das minhas músicas fétiches. E porque estamos a uma semana do dia, termino com a minha música fétiche de Natal. Para mim, foi sempre esta:
As tensões altas são perigosas, Ni Maria. Tens que tomar medicação para baixar essas tensões.
Já não tens trinta anos, és fumadora, tens o colesterol um pouco acima do normal, estás a entrar na menopausa, enfim...temos que controlar essas tensões...
Certo.
Mas, na verdade, nunca acabei no hospital por ter as tensões altas. E hoje acabei num por causa das tensões baixas.
Eu não disse que ia ficar mais doente com a medicação?
Raios e coriscos...
A música fétiche de hoje? Sei lá...fiquem com esta:
Qual é a vantagem de ter tido três semanas para riscar do meu baú das memórias?
Ter perdido os cinco quilos que na primavera passada ganhei à custa de um medicamento e, como bónus, mais três quilitos. Quais dietas e exercício físico, quais quê...
Oito quilos e o único esforço que tive que fazer foi aguentar os brindes que a querida vida decide oferecer-me de quando em vez...
Amanhã vou levar um vestido que já não vestia há mais de dois anos!
Quanto à música fétiche de hoje...eu devia estar louca quando decidi passar algumas das "minhas" músicas. Demonstrar numa semana as músicas que ouço vezes sem conta, é uma tarefa impossível!
As músicas que se seguem marcam uma das etapas mais importantes para mim. Dedico ao T., o meu primeiro Amigo.
"O que há em mim é sobretudo cansaço Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço.
A sutileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto em alguém, Essas coisas todas Essas e o que falta nelas eternamente Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser...
E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço, Íssimo, íssimo, íssimo, Cansaço..."
Há já alguns anos que ganhei a consciência que as "minhas" duas filhotas já não eram "minhas". Ou melhor, que já não eram aqueles seres indefesos que protegemos com os nossos braços e bem encostados ao peito porque, como bem sabemos, os filhos "não são nossos".
São eles que vão construir o seu próprio destino pois este é também uma questão de escolha. São eles que têm que percorrer os seus próprios caminhos, viver a vida e escrever no calcorrear dos dias as suas próprias histórias.A filhota mais velha decidiu há cerca de cinco anos escrever a sua história num outro País (e este ano não vou poder ter o Natal que gosto, porque não a vou ter comigo).
Há 28 anos atrás, mais ao menos por esta hora, estava e envolver nos meus braços a "minha" filhota mais velha pela primeira vez. Naqueles breves instantes ela foi "minha" porque "fomos uma". Hoje, a música "fétiche" e, precisamente, do ano que ela nasceu.
E no dia em que em vez de estar deitadinha no sofá, bem enroladinha numa manta quentinha, a ver um bom filme, estou a...trabalhar!
O objetivo é concluir hoje um estudo prévio de viabilidade (até o nome dá sono). Aliás, acrescente-se, tem sido a minha rica vidinha neste fim-de-semana prolongado (e bem prolongado pois pelo andar da carruagem palpita-me que nem à cama vou).
Espero que estejam a passar um fim-de-semana prolongado bem mais a preceito que o meu.
Terceira música "fétiche", é esta (se tivesse que escolher apenas uma música seria, talvez, esta):
A primeira vez que estivemos juntos foi há cerca de 29 anos. Estávamos ambos a trabalhar. Tu, como artista, eu, como representante do promotor do espectáculo.
Voltámos a reencontrarmo-nos há cerca de quatro, cinco anos em Gaia.
Fica na memória o teu talento, a tua simpatia e o teu sorriso...lindo!
Presépio? Ora, aqui é que é está o busílis da questão. De há quinze anos a esta parte que faço o presépio na...lareira da sala! Eles são os Reis Magos, o Anjo, o Burro e a Vaca, o Pastor, o Anjo, a Maria e o José, o Menino, as ovelhas, o burro carregado de sacos, a ponte, a fogueira, o poço, a cascata, os montes...ufa...uma verdadeira canseira.
Acreditem, ainda vai a meio e já está assim...(euseique a fotonãoprestaparanada)
E tudo isto para três gatos pingados porque este ano a filhota mais velha trabalha no Natal em terras de sua majestade...
A música pode ser esta:(sim, é para continuar a dar trabalho aos ossos. Vocês dançam aí e eu danço aqui...big party)
Apenas posso responder por mim. Afasto-me, pura e simplesmente. Umas vezes repentinamente, outras vezes...paulatinamente...
Nunca gostei de impor a minha presença a quem ela já nada diz...
Quanto à música...bom, estou a redescobrir a beleza da música chinesa... (já agora, alguém me sabe dizer porque raio é que os filmes de amor chineses acabam sempre mal?)
E, aproveitando a preguiça, os meninos podem apreciar, uma vez mais, as pernas divinais de Tina e as meninas podem focar o olhar nos meninos que aparecem no vídeo.
O tema é de John Waite. A Tina Turner canta assim (para dançar sozinha(o), com a música bem alta - para afastar a preguiça, perderem mais umas calorias e, obviamente, desde que não liguem patavina ao que a letra diz).
... faz hoje 78 anos e continua com uma voz e umas pernas incríveis!
A música que escolhi transporta-me para um dos jantares blogueiros que ocorreu na Póvoa de Varzim quando eu a minha querida Djinn saímos a dançar ao som desta música...
Até aos cinco anos fui criada praticamente pela minha avó materna.
Tinha 18 meses quando nasceu a minha irmã do meio. Mal nasceu, a minha mãe achou por bem que durante a semana eu fosse viver com a minha avó.
Por incrível que pareça recordo-me perfeitamente dos momentos que passei com ela quando já tinha quatro e cinco anos.
A minha avó ficou viúva muito cedo e teve que criar oito filhos. Trabalhava num café que ficava em frente à casa dela.
Recordo-me de acordar, de me lavar, vestir e ir para o muro da casa dela, sempre acompanhada do meu cesto de vime pequenino que ela me tinha oferecido numa das vezes que fomos ao mercado do Bolhão. Do muro começava a chamar por ela. Ela vinha à porta do café e mandava-me atravessar a rua.
E, lá ia eu, toda "lampeira". Abraçava-me como nunca ninguém me abraçou. Dava-me um beijo e metia-me um pão e uma banana dentro do cesto. Ia ao bolso do avental e dava-me um tostão e ficava a olhar enquanto eu fazia os curtos 100 metros que separavam o café da minha "mestra", a D. Ermelinda. Na rua, bem perto da entrada da casa da mestra, estava a D. Rosa que vendia tremoços, azeitonas e chupetas de açúcar queimado. Comprava a minha chupeta e lá ia eu, mais um dia, a aprender a tabuada, e o abecedário com muito cuidado para que o Tico, (uma colher de pau bem pesada), não entrasse em ação.
Aos seis anos os meus pais mudaram de casa e lá me levaram para eu ir para a primária.
Morreu de cancro quando eu tinha oito anos. Morreu comigo deitada ao lado dela a acariciar aquelas rugas vincadas da dureza da vida que nunca deixou que lhe chegasse ao coração.
Foi, provavelmente, a pessoa que mais me amou de forma incondicional.
Quando me sinto mais só recuo até àquele tempo em que eu acordava de manhã...
A música de hoje ouvi pela primeira vez quando tinha sete anos no velho gira-discos do meu pai. Mas é um tema de 1972.
"Sei de cor cada lugar teu atado em mim, a cada lugar meu tento entender o rumo que a vida nos faz tomar tento esquecer a mágoa guardar só o que é bom de guardar
Pensa em mim protege o que eu te dou Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou sem ter defesas que me façam falhar nesse lugar mais dentro onde só chega quem não tem medo de naufragar
Fica em mim que hoje o tempo dói como se arrancassem tudo o que já foi e até o que virá e até o que eu sonhei diz-me que vais guardar e abraçar tudo o que eu te dei
Mesmo que a vida mude os nossos sentidos e o mundo nos leve pra longe de nós e que um dia o tempo pareça perdido e tudo se desfaça num gesto só
Eu vou guardar cada lugar teu ancorado em cada lugar meu e hoje apenas isso me faz acreditar que eu vou chegar contigo onde só chega quem não tem medo de naufragar
Mesmo que a vida mude os nossos sentidos E o mundo nos leve pra longe de nós E que um dia o tempo pareça perdido E tudo se desfaça num gesto só
Eu vou guardar cada lugar teu Atado em mim, a cada lugar meu E hoje apenas isso me faz acreditar Que eu vou chegar contigo Onde só chega quem não tem medo de naufragar"
Porque o que dei...dei. Não esperando retorno. Porque a vida não é uma feira da ladra em que colocámos os afectos numa banca e gritámos bem alto "quem dá mais"...
Porque "dar-me" aos outros nunca foi uma perda de tempo.
Porque, no fundo, apenas os nossos pensamentos e os nossos afetos nos pertence.
E temos que nos bastar...sem ter medo de naufragar...
Aproveito para ir buscar ao baú das recordações algumas da minhas séries favoritas:
Esta foi a primeira série que segui. Tinha oito anos. Quando o meu pai me queria dar um castigo era tirar-me a televisão durante uma semana quando estivesse a dar a série.
Seguiram-se estas duas séries:
Bonanza
E uma casa na pradaria.
Quase em simultâneo, uma série que eu não perdia...
Esta era mais pela paixão assolapada pelo Kabir Bedi. Aqueles olhos...
Quer acreditem, ou não, há cerca de três anos fui passar uma semana a Vidago e deixei-me ficar feita "sostrona" a ver os 48 episódios da série.
Mais uma série que não perdia. Verão Azul
Podia falar de muitas mais. Sou do tempo em que apenas havia um canal e tínhamos que levar com o que nos dava. E, por vezes, brindava-nos com excelentes séries como "Ricos e Pobres"; "Dallas"; "Cheers", etc, etc...
Mas há uma última série que destaco. Magnifica...Balada de Hill Street
E é com a música do genérico de 1981 que vos deixo...
Eu sei que sou uma pessoa com pouca tolerância à dor.
Sei que tenho uma doença genética que ataca as mulheres da minha família que afeta as gengivas pelo que já estou bem habituada a dores de dentes constantes.
Mas, digo-vos uma coisa: tirar dentes e colocar uma prótese imediatamente após a extracção é o raio de uma dor que nem vos digo (isto para não falar do bruto inchaço na cara)...