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Penso que foi no primeiro dia de aulas do corrente ano lectivo que tive a verdadeira consciência que as minhas duas filhotas já não eram "minhas". Ou melhor, que já não eram aqueles seres indefesos que protegemos com os nossos braços e bem encostados ao peito porque, como bem sabemos, os filhos "não são nossos". Tal como escreveu Nietzsche, "Nossos filhos não são nossos. Eles são filhos da vida ansiando pela vida."
São eles que vão construir o seu próprio destino pois este é também uma questão de escolha. São eles que têm que percorrer os seus próprios caminhos, viver a vida e escrever no calcorrear dos dias as suas próprias histórias.
Mas a consciência nasceu do facto de ser confrontada com o facto da filhota mais velha ter terminado a licenciatura e ir para outro País escrever a sua história porque o País das "armas e barões assinalados" renega os seus filhos e da filhota mais nova ter entrado para o 10º ano.
O que tinha acontecido àqueles dois seres indefesos?
O que fazer quando já não precisam de nós? Ou seremos nós que temos medo de precisar deles para "curar" o vazio que a vida nos dá como "prenda"?
E tudo isto porque neste dia recordo-me que há quinze anos atrás, após uma semana internada nos cuidados intensivos e contra tudo o que os médicos diziam, consegui levantar-me e envolver nos meus braços a "minha" filhota mais nova pela primeira vez. Que se lixe as verdades da vida. Naqueles breves instantes ela foi "minha" porque "fomos uma".
E a música é uma das que ela está sempre a cantarolar.
Parabéns filhota!
2 comentários:
Parabens à filhota e à mamã...
Não há nada como este amor...
beijinhos
Parabéns à filhota e à mamã babada.
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