sexta-feira, 29 de junho de 2012

O que a vida me ensinou...




A não dar nada por adquirido.

Mas, acima de tudo, de que temos muito pouco tempo para viver o melhor da vida pelo que temos de aproveitar todos os minutos.

Afinal, somos uma nuvem passageira...

 
"Eu sou nuvem passageira
Que com o vento se vai
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai
Não adianta escrever meu nome numa pedra
Pois esta pedra em pó vai se transformar
Você não vê que a vida corre contra o tempo
Sou um castelo de areia na beira do mar
A lua cheia convida para um longo beijo
Mas o relógio te cobra o dia de amanhã
Estou sozinho, perdido e louco no meu leito
E a namorada analisada por sobre o divã
Por isso agora o que eu quero é dançar na chuva
Não quero nem saber de me fazer, vou me matar
Eu vou deixar um dia a vida e a minha energia
Sou um castelo de areia na beira do mar"

Hermes Aquino


Estas palavras serviram de base a este tema que fazia parte da banda sonora da telenovela "Casarão" que passou no longínquo ano de 1978


terça-feira, 26 de junho de 2012

30 anos?



É por estas e por outras que por vezes me sinto uma "velha do restelo".

Corria o ano de 1982. Estava a preparar-me para os exames para entrar na faculdade e no café onde estudava ouvi pela primeira vez o tema que estava a dar na rádio e esqueci os estudos por alguns momentos. Só pensava que era a música ideal para "abrir a discoteca".

É que, naquele tempo, as tardes dos fins-de-semana eram passadas na discoteca "Trocadero" e aproveitando o facto de uma das minhas irmãs namorar com o "disc jockey ", (na altura ninguém dizia "DJ"), consegui que no sábado seguinte ele abrisse as "hostilidades" com este tema. E a música ficou...

Só hoje ao ver uma reportagem tive a consciência que passaram 30 anos.


Bursite?



Que eu tenho a mania de apanhar umas doenças esquisitas já sabia (pelo menos em termos de nome).

Que estava surda de um ouvido (e caminho a passos largos para que o outro fique igual), também já sabia. Nome da dita cuja: otosclerose.

Agora, pelos vistos, tenho uma bursite. Fosga-se...

Mas devo dizer que não acho piada nenhuma.

Em primeiro lugar porque dói e não é pouco.

Em segundo lugar porque é no ombro direito o que significa que o meu "braço principal" está fora de serviço.

Em terceiro lugar porque me vai obrigar a perder uma hora por dia em fisioterapia e tempo é o que me falta esta semana.

Em quarto lugar porque no sábado tenho que apresentar o Festival de Folclore e estou a ver que vou ter que ir com o braço "empancado".

Raios partam a P.I.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Porto-me mal...claro....



Recebida por mail


Mais do que bons, digo eu.


*

Defeitos...

Imagem da net


Quando era criança e perguntavam aos meus pais qual era o meu pior defeito, a resposta era rápida e concisa: "não se calar enquanto não souber porquê".

Será mesmo o meu pior defeito? Não sei se será o pior mas é, seguramente, um dos meus muitos defeitos.

Sou daquelas pessoas a quem não podem dizer “faz assim”, sem mais. Mas “faz assim”, porquê? Sou daquelas pessoas a quem não podem dizer “porque sim”. Mas “porque sim”, porquê?

Sou daquelas pessoas a quem não podem dizer “não sei”, quando fazem algo que me magoam.

E entenda-se este “magoam” como algo sério, que deixa cicatrizes para sempre e não aquelas pequenas reacções que todos nós temos para quem gostámos, quando andámos mais cansados ou stressados.

Mas um ser minimamente inteligente não sabe porque magoa outra? Pior, ainda, é quando alguém magoa outra e, quando se pergunta o porquê , a resposta é: “não me lembro”.

Boa....

Eu não me lembro do que almocei na semana passada mas, com toda a certeza, sei quando magoei profundamente alguém de quem gosto.

Quando alguém diz “não me recordo", das duas uma: ou se recorda perfeitamente mas tem algo a esconder, ou não se lembra mesmo e tal significa que se está a “borrifar” para a pessoa.

Acreditem, gostava de ser daquelas pessoas que pegam nos pacotes do passado abertos e arquivam nas prateleiras da memória. Mas não! Os meus pacotes têm que estar devidamente fechados e selados para que a humidade e o tempo não provoquem infiltrações.

Que raio de defeito...

Mas sabem uma coisa? É mais um do meus defeitos que define quem eu sou.

A música de hoje é só para românticos lamechas como eu...



sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ai...

 Imagem da net

Há animais com sorte...


O que eu não dava para estar assim. E depois de mais uma noite de insónias sabia tão bem...


Ao invés vou passar a sexta-feira a "esmiuçar" uma bela lei conhecida por "Lei dos Compromissos". Ora vejam lá só como aperitivo:


" No âmbito do programa de ajustamento constante do memorando de entendimento relativo às condicionalidades específicas de política económica, negociado entre a Comissão Europeia (CE) e o Governo português, bem como do memorando de políticas económicas e financeiras negociado com o FMI, o Governo comprometeu-se a aprovar, como acção prioritária, uma definição padrão de compromissos (commitments), passivo (liability), contas a pagar (payables), pagamentos em atraso (arrears) e fundos disponíveis (available funds). A definição destes conceitos permite uniformizar a informação por parte das entidades públicas. "

Ai que coisa mais linda! Até estou emocionada!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Para sempre ...


 Imagem daqui

Numa altura em que fazem 11 meses em que perdi um amigo dei por mim a pensar num post que escrevi em 2009 sobre o significado da frase “para sempre”.

Mas o que é isso de "para sempre"? Algo imutável? Uma certeza irrefutável e infinita?

É que hoje aquela certeza não passa de uma simples mensagem escrita num postal.

Mas está escrito "para sempre". Terá sido um erro de escrita? Uma mentira?

Muitos poderão dizer: “para sempre”? Isso é só para os crédulos. Quem acredita nisso não cresceu. 

Não concordo. Muito pelo contrário. 

A sabedoria da idade indica-nos outro caminho: a assumpção de que, por vezes, não podemos cumprir aquilo que queremos ou pensámos. Porque, se o deixar de acreditar no “para sempre” é o resultado simples e cru do nosso crescimento enquanto pessoas, então teremos que assumir que a nossa fé no ser humano e em nós próprios foi suficientemente abalada para deixarmos para trás aquilo em que acreditávamos. E eu recuso-me a deixar de acreditar. Não o acreditar etéreo de uma história de fadas. Mas o acreditar de que ainda vale a pena viver e de nos darmos aos afectos.


Assim, a vida ensinou-me que o "para sempre", independentemente das mudanças e da transposição silenciosa dos dias, apenas significa "para sempre na memória"...




Fiquem com este tema que é de um dos meus cantores favoritos.



terça-feira, 19 de junho de 2012

O "tomatinho" a mais...



- Mãe, preciso que me deposites dinheiro na conta?

- Mais? Para quê?

- Preciso de levar o Trash ao veterinário.

- O que é que aconteceu agora?

- Mãe, estou muito preocupada. Reparei agora que o Trash tem um "tomatinho" a mais?

- Ainda bem. Não vais ter que gastar dinheiro com "Viagras"...

- Mãe, não brinques. Estou mesmo preocupada.

- Pois eu estou preocupada é de quanto vou pagar à custa desse "tomatinho" a mais.


Fosga-se... se o cão tivesse que ir à escola estava feita.

Ainda por cima, pela pinta da foto que a filhota me enviou, ele deve pensar que o "tomatinho" a mais lhe dá estatuto de galã ...


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Da espera....




"Quando se ama alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter conosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível. É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder. E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver".


in Diário da tua Ausência, Margarida Rebelo Pinto




Se estavam à espera que eu falasse da selecção (ou não gostasse eu de futebol), desenganem-se.

 
Não vou falar.

 
Se estavam à espera que eu falasse do excesso de trabalho que me impede de comentar nos vossos blogues (mas que faço questão de ler todos os dias) e que contribui para que o meu vá ganhando teias de aranha, podem esperar sentados.


Hoje não me apetece.


Se estavam à espera que eu falasse de afectos e afins, daqui não levam nada (porque continuo sem conseguir o que se passa na cabeça de algumas pessoas).

 
E, tudo indica, vai demorar.


 
Se estavam à espera de ler qualquer coisa de astrologia, é melhor colocarem os pés bem assentes no chão. É que da forma como os astros andam, os astrólogos iluminados não conseguem chegar a um consenso.


Conselho: Mais vale ler a previsão que vos eleve a moral.


Se estavam à espera que a minha inspiração regressasse, fiquem a saber que eu também estava à espera...
 
 
 
E isto é tão verdade que até fui procurar inspiração a um post de 2010.
 
 
Ou, então, é tal e qual como diz a Cecília Meireles:
 
 
 "Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua".
 
 
Fiquem com o tema que estou a ouvir neste momento...enquanto trabalho.
 
 
 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

É "tão bom"...

Imagem daqui



... Ser nomeada para um grupo de trabalho em que apenas eu vou trabalhar.


Como diria a minha filhota mais velha "devo ter escrito na testa escrava Isaura".


E como sou humana, (por vezes duvido porque às coisas que vou aguentando mais pareço um alien com poderes infinitos) este tema vem a propósito.


Nota - Nem imaginas a falta que sinto de ti (mesmo sabendo que não irás ler isto)



terça-feira, 12 de junho de 2012

Senhor Ministro das Finanças...



Só uma questão:

Eu sei que ainda está dentro do prazo. Mas porque raio é que os contribuintes que apresentaram o seu IRS na 1ª fase demoraram em média 25 dias para receber a devolução do mesmo e quem entregou na 2ª fase já está à espera há mais de 40 dias?

Eu sei que o Estado está com falta de dinheiro mas eu também. E há uma pequena (grande) diferença: o dinheiro é meu...







Sugestões de decoração para quem tem animais de quatro patas

Gostam de ter os animais à vossa beira enquanto cozinham mas sem que se enrosquem nas vossas pernas e coloquem à prova os vossos dotes de não se "espatifarem" no chão?

Então esta pode ser uma ideia:





E já estão cansados de ver restos de comida no chão da cozinha? Então a solução passa por aqui:





Se têm jeito para a "bricolage" aqui fica esta ideia:





segunda-feira, 11 de junho de 2012

Promessas...




Imagem recebida por mail



E pensar que o ser humano, nem reduzindo a uma vida, conseguem cumprir tal promessa?


domingo, 10 de junho de 2012

Amar em silêncio...

 
 
 
 
"Ás vezes, em nome de uma suposta dignidade,
somos obrigados a amar em silêncio;
porém não fora os preconceitos,
esse amor poderia ser proclamado livremente,
visto que os sentimentos sinceros e verdadeiros
jamais terão de que se envergonhar."

Bruder Klein


De uma suposta dignidade ou por medo?

Na verdade, quando deixamos de manifestar o amor que sentimos e nos contentamos com um simples olhar ou uma breve troca de palavras e nos sentimos capazes de enfrentar o calcorrear dos dias apenas por saber que ela(e) está ali estamos a ser dignos ou apenas estamos a manifestar o pior dos medos ( entenda-se, o medo de sermos rejeitados e/ou não sermos correspondidos)?

Mas será sempre assim?

Imaginemos, por exemplo, aquelas situações em que se ama alguém que, por exemplo, está numa feliz relação com outra pessoa. Será que por amor todas as acções são legítimas? É que se é verdade que não nos devemos envergonhar dos sentimentos sinceros e verdadeiros, não é menos verdade que a maior prova de amor que existe é deixarmos partir quem amámos. Mas neste caso estamos a falar de dignidade ou continuámos no "mundo do medo"?


Já alguma vez amaram em silêncio?


E, já agora, porque nunca confessaram o que sentiam? Por dignidade? Por medo?



E porque tem a ver com o tema, a música pode ser esta



sexta-feira, 8 de junho de 2012

O que a vida me ensinou...





Que existe algo que guarda os nossos desejos e as nossas angústias.


Que existe algo que nos dá a mão e guia os nossos passos.


Que existe algo que se esconde na esquina mais escura e nos ilumina o caminho.


Que existe algo que nos acompanha na sombra.


Que existe algo dentro de nós que não se deixa prender.


Que existe algo que nos ajuda a renovar a saudade porque o esquecimento não faz parte da equação.

Que existe algo que nos ajuda a acreditar que, mais tarde ou mais cedo, nos iremos reencontrar.

Porque os sonhos não se podem aprisionar.


Por vezes precisamos de fazer uma travessia no deserto para reencontrar o nosso arco-irís. Foi o que fiz na última semana.

A música de hoje? Tem tudo a ver com o tema, acompanhou-me ao longo da minha adolescência e serve de homenagem a Bob Welch dos Fleetwood Mac que morreu ontem. "Dreams".


Nota - Obrigado a quem se preocupou com a minha ausência.

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