Mas, desta vez, o caso parece sério. Não é o meu. Que eu cá não tenho caso nenhum. Mas de um colega que confessava a outro andar a enganar a mulher com uma mulher "toda giraça".
Dizia ele todo vaidoso: "Eh pá, eu até amo a minha mulher, mas sabes como é, a gaja é boa...".
Ainda bem, pensei eu para os meus botões (ou melhor, para o fecho porque hoje venho de vestido mas isso agora não interessa nada), que a gaja é boa porque o "fala-barato" de bom não tem nada.
Tenho a minha forma de estar na vida, os meus valores e os meus princípios. Mas tenho, sobretudo, duas máximas: não julgar os outros pelos meus próprios padrões e nunca afirmar que "desta água não beberei". Como consequência desta postura, não sou pessoa de criticar as opções da vida íntima de cada um.
Mas não gosto de "fanfarrões" que se vangloriam das conquistas. Mais a mais porque metade do que dizem quase sempre cai no exagero.
Mas este episódio fez-me recordar a frase de Marcel Proust:
" A mulher que amamos só poucas vezes satisfaz as nossas necessidades, pelo que lhe somos infiéis com a mulher que não amamos."
Dirigiu-se a mim a passos firmes e confiantes, apesar do peso que carregava na mão.
Recordo-me, sobretudo, dos seus enormes e expressivos olhos verdes e da sua cabeça alva.
Mas, sobretudo, recordo-me daquele sorriso...
Era um sorriso que iluminava aquele corredor frio e escuro enquanto aguardava notícias.
Olhou para mim e perguntou-me porque estava triste. Não me deixou responder na sua traquinice habitual.
- Vou-te contar uma história, disse ele. Aqui, continuou, quando alguém está triste contámos histórias.
Durante largos minutos, vagueámos num país longínquo onde um pequeno dragão gostava de andar às escondidas e de saltar à corda com os meninos de uma pequena aldeia e que um belo dia encontrou um pote de ouro por baixo do arco-íris.
Durante aqueles minutos era eu e ele. Unidos numa cumplicidade estranha que me fez esquecer a angústia da espera e me fez partilhar gargalhadas felizes.
Entretanto, vieram buscá-lo. Estava na hora da medicação.
Virou-se para mim e perguntou: Estás feliz agora?
Respondi que sim. Então, rodeou-me o pescoço com o braço que tinha livre e deu-me um beijo na cara, segredando-me ao ouvido - Ainda bem.
No dia seguinte, depois de visitar o meu pai, fui até à ala de pediatria do IPO procurá-lo. Levava um livro para colorir e lápis com as cores do arco-íris.
Não o vi e perguntei por ele a uma das enfermeiras. Respondeu-me que tinha falecido durante a noite.
Foi há 22 anos mas nunca me esqueci daquela criança de seis anos que teve a magia de me fazer feliz.
O seu nome? João.
Nota - Quem puder, ajude a "Acreditar", associação de pais e amigos de crianças com cancro.
1. Tudo indica que vamos ter um português na Casa Branca. É um cão, é certo, mas é de raça portuguesa. Já estou a imaginar o novo negócio para os portugueses...
A propósito do aniversário da minha querida amiga Cristina, fiz referência a um dos pensamentos de Jacson Heiderscheidt .
Disse, então, que existem aqueles momentos que, por mais breves e singelos que sejam, não queremos mudar, pelo contrário, queremos manter eternos e inalteráveis.
O desafio que coloco é este: enunciem 3 momentos que guardem como sendo daqueles instantes que, por qualquer motivo, vos fez viver a felicidade.
Uma vez mais passei a noite a ver a entrega dos Óscares.
É um hábito que tenho há muitos anos ou não fosse uma apaixonada pelo cinema.
Mas, e ao contrário dos outros anos, não vou falar da distribuição dos prémios até porque, com excepção da atribuição do Óscar de melhor actriz secundária a Penelope Cruz, as previsões cumpriram-se e o filme de Danny Boyle, "Quem quer ser bilionário", arrebatando oito dos dez prémios (incluindo melhor filme e realizador) para que estava nomeado, levou a melhor sobre o filme que levava maior número de nomeações:"O Estranho Caso de Benjamin Button " .
Este ano vou destacar o espectáculo em si.
Hugh Jackman provou que não é apenas o actor "mais sexy do mundo", mas, e acima de tudo, um dos poucos actores da actualidade verdadeiramente completos. Ele interpreta, dança, canta e tem um sentido de humor delicioso.
O espectáculo teve ritmo, humor e emoção. A forma encontrada para apresentar os nomeados para a melhor interpretação nas diferentes categorias foi fantástica.
Finalmente, a entrega a título póstumo do prémio de melhor interpretação secundária a Heath Ledger foi o responsável pelo momento quiçá mais emotivo da noite.
Desta vez valeu a pena estar a assistir à entrega dos Óscares até às cinco horas da manhã.
Jacson Fernando Heiderscheidt afirmou que “ os momentos são como fotos que podem ser guardados, mas não podem ser mudados”.
Quantos momentos nós vivemos que gostaríamos de mudar…
Mas há aqueles momentos que, por mais breves e singelos que sejam, não queremos mudar, pelo contrário, queremos manter eternos e inalteráveis.
Penso que a felicidade é isso mesmo. Esses momentos que vivemos e dos quais fazemos parte.
Recordo-me de estar sentada num local calmo, a deixar que o sol me beijasse a pele. Senti uma presença e olhei. Era pequena. Mais parecia daquelas crianças traquinas que está sempre a fazer disparates mas não conhece o mal. Era, acima de tudo, aquele sorriso doce de menina/mulher.
Revi-me naquela idade, com alguma saudade…
Instintivamente, adoptei-a. Não sei se é o meu instinto maternal. Não interessa. O importante é que foi daqueles momentos e, por isso mesmo, o guardo.
Cristina, apenas desejo que independentemente das “pancadas” que a vida te dê, e vais levar, mantenhas esse sorriso que nos mostra o que és.
Ora bem, só o Francisco Pensador acertou nas 3 mentiras da minha lista.
Vamos aos esclarecimentos:
- Já fui magra – MENTIRA – sempre tive mais peso do que era recomendável para a minha idade e para a minha altura, mesmo quando praticava 3 desportos profissionalmente;
- Já usei óculos – VERDADE – usei óculos dos 8 aos 40 anos. Quando fiz 40 anos decidi fazer a operação. Chorei no dia em que olhei o mar sem necessitar de óculos;
- Já fui locutora numa rádio – VERDADE – a minha verdadeira paixão. Fui jornalista e tive diversos programas durante os sete anos que exerci a profissão. Abandonei para exercer uma actividade que me desse mais garantias de futuro por causa da minha filha que, na altura, tinha um ano. Ainda hoje tenho saudades;
- Já apresentei o Marco Paulo num espectáculo – MENTIRA – durante os sete anos que estive na rádio entrevistei dezenas de artistas nacionais e internacionais e apresentei diversos espectáculos. Marco Paulo, curiosamente, foi o único que não entrevistei/apresentei;
- Já apanhei um namorado com outra na cama, disse bom dia a ambos, fechei a porta do quarto e vim-me embora....até hoje – VERDADE – namorávamos há 3 anos e estávamos noivos. Nunca me arrependi da minha decisão. Quatro meses depois conheci aquele que seria 5 meses mais tarde o meu marido. Este anos fazemos 22 anos de casados. Quanto ao “noivo”, nunca mais o vi apesar das diversas insistências dele;
- Já namorei com um jogador de futebol – VERDADE – Tinha 18 anos e foi o meu primeiro namorado. Era jogador do F.C.do Porto (só podia). Durou 3 meses até ele se apaixonar por uma irmã minha, ahahahahah;
- Já fui candidata à Assembleia da República – VERDADE – Em 26º lugar pela lista do Porto de um determinado partido. Estava na denominada zona cinzenta. Entraram os 24 primeiros. Mais tarde poderia ter ido substituir um deputado. Não aceitei;
- Já falei na televisão – MENTIRA – Já dei uma entrevista à televisão (sobre a problemática do trabalho infantil) e participei como convidada em dois debates políticos mas nunca falei na televisão (eu sei, esta foi um pouco traiçoeira);
- Já fui campeã de um torneio de sueca – VERDADE – sempre gostei de jogar a sueca. Com o meu falecido sogro éramos uma dupla imbatível. As nossas férias de Verão eram passadas na aldeia dele a participar en tudo o que era torneio de sueca e….ganhávamos, ahahahahah
Este post é resultado da minha teimosia ou, simplesmente, uma forma de cumprir com o desejo de colocar um post por dia e não fazer a mínima ideia do que hei-de falar porque continuar sem dormir uma boa noite de sono começa seriamente a surtir os seus efeitos.
Mas vamos lá que de insónias não reza a hisória:
Fui convidada para uma festa de carnaval para a próxima segunda-feira. Pela 1ª vez sou capaz de perder a vergonha e vou vestida de qualquer coisa que não a "NI".
Ora, serão vocês que irão escolher o meu traje entre duas alternativas: muçulmana (só para contrariar o D. José Policarpo) ou "Anos 20" (apenas porque tenho umas pernas jeitosas e o que é bom é para se ver).
Nota - Eu sei que todos os que aceitaram o desafio "9" já revelaram as 3 afirmações falsas.
Mas eu sou uma gaja teimosa. E tenho a certeza que algum de vós acaba por acertar.
Adenda às 22.44 horas - Acabo de ver que o Francisco o Pensador acertou nas 3. Amanhã explico tudo direitinho
Os últimos acontecimentos que tenho vivido, vêm reforçar uma ideia que tenho há muito tempo: que há pessoas excepcionais que têm um "azar" desgraçado e outras, a quem não gosto de colocar o epíteto de "más" , mas que tudo fazem para me dar razão, que têm uma sorte que nem vos digo.
De facto, parece que a sorte tem um sentido de humor negro ao bafejar aqueles que nada fazem ou, quando fazem algo, deitam mãos a estratagemas que visam alcançar objectivos sem olhar a meios e a quem prejudicam pelo caminho.
Eu costumo dizer que os bons nasceram com o cú para lua e os maus para o sol.
Hoje, ao vasculhar um livro antigo, vi porque razão Camões foi um grande escritor e e eu limito-me a tentar não dar muitos pontapés na gramática.
A Abobrinha desafiou-me e aqui estão discriminadas 9 coisas sobre mim. 3 são falsas e, pelos vistos, vocês têm que adivinhar quais são.
- Já fui magra; - Já usei óculos; - Já fui locutora numa rádio; - Já apresentei o Marco Paulo num espectáculo; - Já apanhei um namorado com outra na cama, disse bom dia a ambos, fechei a porta do quarto e vim-me embora....até hoje; - Já namorei com um jogador de futebol; - Já fui candidata à Assembleia da República; - Já falei na televisão; - Já fui campeã de um torneio de sueca.
Digam de vossa justiça e pegue no desafio quem quiser. Mas gostava de desafiar a Gata, a Tinta, o Sadeek e o Francisco Pensador. Dois casais!
Foi este o tema de discussão na pausa para fumar (estas pausas estão a tornar-se num momento único).
Pretendia-se saber como, quando e onde tínhamos dado o nosso primeiro "beijo a sério".
Comecei logo a questionar o que entendiam por "beijo a sério". Mas há beijos a brincar? Pelas gargalhadas que ouvi fiquei com a sensação de ser uma completa ignorante. É que, segundo as "especialistas" da matéria, os beijos que demos na mais profunda ternura infantil são "beijos a brincar".
Fiquei aborrecida. Porquê? Porque a ser assim não aproveitei nada da minha infância e juventude. Se os "beijos a sério" tiverem que seguir a nomenclatura enunciada por uma das participantes, só poderei dizer o seguinte: Porra, acordei tarde para a vida...tão tarde que até tenho vergonha de dizer quando.
Mas, enfim, mais vale tarde que nunca.
Ah, quanto às outras questões: foi a dançar, ao som da música que se ouve de fundo.
Vocês ainda se lembram do vosso primeiro "beijo a sério"?
Tudo indica que decorre uma luta “titânica” na “blogosfera”.
A “moda” das editoras pretenderem editar livros baseados em textos publicados nos blogues e o número de visitas diárias, parecem ser os tópicos actuais.
“Mea culpa”.
Nunca me preocupei com estas questões e não tenho pretensões a ser escritora. Mais, ainda, não abdicaria dos meus princípios e valores (como alguns começaram a fazer), em prol de um protagonismo quiçá efémero.
Muito menos me preocupei com o número de visitas. Aliás, diga-se, em abono da verdade, em matéria de amizade prefiro a qualidade à quantidade. Também nunca tive laivos de líder de opinião. Para isso já temos os "Pachecos Pereiras". Sempre gostei mais de ouvir as opiniões livres de cada um.
Tal como o título do meu blogue indica, pretendi, apenas e tão só, criar um espaço onde os amigos se encontrassem e falassem do que entendessem com excepção de três temas que não entram em minha casa e entre amigos: religião, política e futebol. Nestas matérias cada qual que tenha a sua opção. Só falo destes temas fora do meu circuito familiar e de amizade, respeitando todos aqueles que fazem da discussão destes temas “profissão”.
Mas não se pense que não tenho ideias formadas sobre aqueles assuntos. Aliás, um blogue sobre política até era capaz de vingar ou não tivesse partilhado esse mundo, de forma activa, durante mais de 20 anos e não tivesse lido e escrito dezenas de discursos políticos.
Porquê a opção de falar do que somos e de como lidámos com os afectos?
Desculpem a minha falta de modéstia mas, na verdade, falar de afectos é bem mais complicado do que possa parecer. E demonstrar? Ainda pior...
É relativamente fácil criticarmos um político e/ou uma política governativa. E, ainda mais fácil, espezinhar o bom-nome e a honra mesmo sem provas, só porque está na moda a ignomínia.
Não é difícil defender a nossa fé, bastará acreditar.
E criticar aquele árbitro que se lembrou de marcar uma grande penalidade contra a nossa equipa de coração, quando toda a gente viu que foi falta do atacante que se lembrou de saltar para o costado do nosso defesa? Ainda mais fácil. Então quando não vimos o jogo mais fácil se torna...
Mas se perguntarmos a alguém porque razão tomou uma atitude e não outra, dificilmente terá uma resposta imediata. Se perguntarmos porque razão o seu sorriso é falso, ele pensará duas vezes antes de responder. Se perguntarmos a alguém qual é a definição de um qualquer afecto, ele olhará para nós antes de responder e, provavelmente, recorrerá a uma daquelas “frases feitas”, simplesmente porque alguém já pensou nisso antes e ele não tem tempo para pensar em “assuntos menores”.
É que, não é fácil falarmos de nós, daquilo que somos e a forma como interagimos com os outros, de e para a sociedade. É bem mais fácil vestir o fato da indiferença e/ou da “pseudo intelectualidade” com que encarámos o mundo diariamente.
Comecei a trabalhar aos 16 anos para tirar o curso que queria. Já ...perdi pessoas que amei, fui traída, feliz, sofri, ri, chorei, sonhei, acordei para a realidade...
No fundo, já vivi.
Mas, mesmo esta vivência não me dá total segurança para falar, convictamente, dos meus próprios afectos. Muito menos dos afectos dos outros...
Mas gosto de dizer o que sinto, mesmo que não saiba o que dizer...porque, simplesmente, gosto de entender.
Termino com mais uma frase feita:
“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
O que confesso não tem importância, pois nada tem importância.
Faço paisagens com o que sinto”.
Uma pessoa de quem gosto particularmente afirmou numa mensagem que me enviou que eu era uma das pessoas mais doces que conhecia.
É curioso que aquilo a que as pessoas denominam doçura eu chamo ingenuidade.
Mas, na verdade, por mais "pancada que leve" não há meio de aprender.
E o que poderia ser chamado de ingenuidade passa a ser estupidez.
Porque razão não faço outra coisa que não seja falar de afectos? A resposta é simples: para ver se aprendo qualquer coisa porque não percebo nada da matéria.
Do dia de S. Valentim? Eu? Uma romântica incurável?
Eu e a minha mania da contradição....
Para mim o dia começou como qualquer outro sábado e iria terminar de forma idêntica não fosse uma mensagem por volta das 19.00 h.
Resultado: jantar em minha casa, à luz das velas e champagne a acompanhar, com dois amigos blogueiros que ainda tiveram oportunidade de conhecer Santa Maria da Feira durante quase duas horas.
O jantar, esse, começou às 10.30 h. e acabou perto das 3.00h.
Amigos, obrigado pela noite agradável.
Nota: Dou um doce a quem adivinhar quem foram os amigos blogueiros...
Adenda às 14.45 h:
Tenho reparado que na maioria dos blogues que gosto de visitar o dia de S. Valentim merece uma indiferença (e, porque não dizê-lo, alguma oposição). Tenho uma ideia muito própria sobre a fixação deste tipo de comemorações (dia da mãe; dia do pai; dia da pessoa com deficiência; dia mundial da criança; etc, etc...)
Penso que o objectivo é, acima de tudo, repensarmos os afectos.
É óbvio que não se precisa de uma data para demonstrar o amor à outra parte ou o respeito pelos direitos da pessoa com deficiência, por exemplo. Mas, não é menos verdade, que o stress diário, os compromissos e as obrigações levam-nos muitas vezes a esquecer os afectos.
E é assim que eu encaro os " dias de..."...
Não vivo obcecada com este ou aquele dia mas não deixa de constituir uma forma de, pelo menos um dia por ano, colocarmos os afectos como prioridade e não como papel secundário.
Mas impõe-se, nesta altura, dar uma justificação àqueles que me acompanham extra blogue.
Eu sei que esta semana tenho estado ausente. Poderia desligar o programa e nada dizer. Mas, na verdade, a vossa companhia, mesmo silenciosa, tem-me ajudado a enfrentar esta semana que está a ser, provavelmente, uma das mais difíceis de sempre.
Se formos à Wikipédia podemos ler que " o número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerado um número de coisas completas como 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou os 12 signos do zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerada um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) temos o mais azarado dos dias."
Só para que conste: eu nasci num dia 12 e nem por isso sou bafejada pela sorte. Alguma coisa não bate certo...
“A primeira vez que o Mário conheceu Diana ficou irreconhecível. Suou, sentiu um friozinho no estômago, borboletas na barriga, e ainda por cima, os batimentos cardíacos aceleraram...
O professor da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, João Bessa, associa estas reacções à noção de paixão: "É um sentimento mais ligado a emoções básicas, enquanto o amor é um conceito mais vasto que engloba a formação de laços afectivos ".
A manifestação de emoções exteriores, como as referidas em cima, está associada à actuação do sistema nervoso autónomo.
"É a sua dimensão emocional, involuntária e não controlada que gera alterações físicas como o aumento do ritmo cardíaco, ou da tensão arterial; a pele fria e suada".
Junte-se a dimensão cognitiva e podemos ter uma explicação: "Quando nos apaixonamos, o pensamento gira à volta do objecto do nosso interesse. No entanto, quando este tipo de pensamento se torna patológico, entramos no domínio das obsessões".
João Bessa explica ainda que "a reactividade emocional varia de pessoa para pessoa e tem a ver com múltiplas características: a personalidade, o desenvolvimento pessoal e físico, o enquadramento familiar, social e laboral".
A verdade é que as emoções são importantes "mecanismos de adaptação e mesmo de sobrevivência", havendo uma função biológica "associada a esta necessidade de ligação aos outros".
O professor universitário descansa os leitores: "Não há nenhum mecanismo para controlar estas emoções, que são involuntárias.
Não podemos fazer nada contra isso". João Bessa acrescenta ainda que "há pessoas com maior sensibilidade para as alterações corporais induzidas pelas emoções do que outras que têm menor capacidade para interpretar as suas emoções".
Um friozinho no estômago como reacção nervosa
A sensação é no mínimo estranha. Parece que o nosso estômago está "possuído" por borboletas, segundo uns. Ou é atravessado por um "friozinho". Há uma explicação física do organismo para explicar esse estado.
Resulta da "activação do componente simpático do sistema nervoso autónomo no sistema digestivo que provoca estas sensações, ao qual se contrapõe o sistema parassimpático que tem acções contrárias", explica ainda João Bessa.
Sabia que... Humor empurra paixão
Se está sempre bem-disposto fique a saber que a sua capacidade para se apaixonar pode ser maior do que aqueles leitores com uma disposição mais depressiva.
"Uma tonalidade do humor mais depressiva ou mais eufórica pode ser importante na criação de um relacionamento", diz o professor universitário João Bessa. Por isso, às vezes, as primeiras impressões podem não ser as mais verdadeiras.
A caminho de uma explicação biológica está a noção de mono e de poligamia. "Estudos neurobiológicos recentes têm implicado a expressão de duas hormonas em diferentes regiões cerebrais na formação de relações afectivas estáveis e duradouras."
Sabia que... Um arrepio na pele
"Dás-me um arrepio na pele" é uma das mais famosas frases de um das mais conhecidas canções de Marco Paulo. "Taras e Manias", o tema em acusa, à parte, esta reacção volta a ter o sistema nervoso autónomo como responsável.
Mas quem está à espera de controlar ou treinar este tipo de emoções tire o cavalinho da chuva, explica o professor de Ciências da Saúde.
"Em princípio, não podemos treinar o sistema nervoso autónomo, mas há pessoas, por exemplo, que conseguem enganar os polígrafos. Mas isto exige um treino especializado porque é muito difícil enganar o sistema nervoso autónomo"."
Já sei que a parte do Acórdão do Juíz brasileiro Cláudio Ferreira Rodrigues que está a dar mais celeuma é a parte em que ele chama às participantes do Big Brother "gostosas".
Não sei qual é a vossa opinião mas eu cá acho mais delicioso o pormenor relativo ao futebol "e se o autor (da queixa) fosse torcedor do Fluminense ou do Vasco, não haveria a necessidade de ter televisão, já que para sofrer não é preciso TV". Não sei porquê. fez-me lembrar os adeptos do Sporting e do Benfica.
Mas aqui fica a notícia na íntegra.
"Na vida moderna, não há como negar que um aparelho de televisão, presente na quase totalidade dos lares, é considerado um bem essencial. Sem ele, como o queixoso poderia assistir às gostosas do "Big Brother", afirmou num despacho o juiz Cláudio Ferreira Rodrigues, titular da Vara Cível de Campos dos Gpytacazes, a 278km do Rio de Janeiro.
O magistrado brasileiro de 39 anos justificou, desta forma, a sentença que dá ao queixoso o direito a receber 6 000 mil reais (cerca de 2 000 mil euros) de indemnização, por ter adquirido um televisor defeituoso. Segundo o juiz, o autor da acção de queixa disse ter ficado seis meses sem assistir ao "Big Brother", ao "Jornal Nacional" e a jogos de futebol.
O caso está a provocar polémica no Brasil, em especial no meio jurídico, mas o juiz diz não entender a razão. O magistrado alega que procura "ser sempre directo e o mais informal possível".
Cláudio Rodrigues argumenta : "(As participantes do "Big Brother Brasil") Não são escolhidas pelo padrão de beleza? 90% das mulheres que vão para lá são bonitas realmente. "Talvez eu tenha pecado pela linguagem", admite, acrescentando, com ironia, que poderia ter optado por escrever: 'sem televisão, como o autor (da queixa) poderia observar as meninas com um elevado padrão físico (em substituição a 'gostosas')?'"
Na curiosa sentença, o magistrado -que é adepto confesso do Flamengo - brincou também com dois outros clubes de futebol do Rio de Janeiro, afirmando que "se o autor (da queixa) fosse torcedor do Fluminense ou do Vasco, não haveria a necessidade de ter televisão, já que para sofrer não é preciso TV".
"Eu sou flamenguista, e toda a gente sabe disso. Há um outro processo em que eu sacaneio o meu próprio clube. Mas este não provocou nenhuma celeuma", disse Cláudio Rodrigues."
Pois muito bem, o dito cujo enviou-me para o mail um poema. Esta manhã pediu-me para publicar no blogue e dedicar à mãe (para quem não saiba é a Pinxexa). O pedido foi acompanhado por uma enorme gargalhada o que poderá significar que ele, no fundo, não acreditava que eu publicasse o poema. É sinal que não me conhece...
Trintão, agora amanha-te....
Os amantes se amam cruelmente e com se amarem tanto não se vêem. Um se beija no outro, refletido. Dois amantes que são? Dois inimigos.
Amantes são meninos estragados pelo mimo de amar: e não percebem quanto se pulverizam no enlaçar-se, e como o que era mundo volve a nada.
Nada. Ninguém. Amor, puro fantasma que os passeia de leve, assim a cobra se imprime na lembrança de seu trilho.
E eles quedam mordidos para sempre. deixaram de existir, mas o existido continua a doer eternamente.
E até consegui arranjar uma música à maneira. É claro que ele, como trintão, não se lembra desta música mas que fez sucesso na sua altura, ai se fez......(o que eu dancei ao som desta música)...
Mais concretamente ao peixe que tem a mania de me arrastar para baixo:
O outro peixe é mais forte que tu!
Nota - Eu sei que não entenderam este post mas estou numa de parvalheira e afim...
Recebi por mail este texto e não resisti a colocar no blogue dado que fala dos afectos que os sentidos transmitem.
"Não sei quantas frases poderiam ser necessárias para desvendar os mistérios desses dois encantos.Talvez que todas as palavras não sejam suficientes.
Quando o olhar se acompanha do sorriso, há de se imaginar a atmosfera agradável à beleza e a alegria no contentamento, pois juntos, o olhar e o sorriso, fica plausível se imaginar o desfecho, quando a química se desenvolve, se expandindo em direcção a outro olhar com sorriso.
Nesse caso, as energias se atraem, dando chance ao nascer do sentimento que acalenta a vida.
Sorriso triste acompanhado de olhar que traduza resignação; olhar frio, parado, seguido de mordida nos lábios... O que pode se aperceber por trás dessa cortina cinzenta?! Desamor, aflição,derrota...Ódio - a antítese do primeiro.
É.
Mas olhar e sorriso são fiéis no conteúdo: Um não desmente o outro. O sorriso nunca pode ser sarcástico quando o olhar disser que ama e nem olhar pode estar apaixonado se não se acompanhar de sorriso franco."