segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

As palavras, a verdade, a mentira...


Imagem da net



Usamos as palavras para transmitir o que sentimos, o que queremos, o que entendemos.

Usamos as palavras com as nossas verdades mesmo quando estamos a mentir a nós próprios.

Usamos as palavras para fazer de mentiras as nossas verdades.

Mas, no fundo, a verdade e a mentira, quando usadas através das palavras podem ser, apenas, duas faces da mesma moeda. O que para nós é uma verdade irrefutável, para outro é a mentira mais absurda.

E a verdade e mentira que damos a nós próprios através dos sentimentos? Muitas vezes interpretamos as palavras dos outros segundo a verdade que gostaríamos acreditar. Por exemplo, quando pretendemos acreditar que somos verdadeiramente importantes para alguém sem nos preocupamos de ver a verdade nas palavras desse alguém.

Ou mesmo quando acreditamos ser aquilo que, de facto, não somos. Mas é a nossa verdade. Ou será que é mais uma mentira que assumimos como verdade?

Poderíamos evitar muito sofrimento se evitássemos acreditar na nossa verdade e na verdade dos outros. Mas será que crescíamos enquanto pessoas?

Como Paulo Geraldo afirmou: "

"É árdua, sem dúvida, a tarefa de nos construirmos...Quando fingimos ser o que não somos... E esse caminho não pode trazer - nem a nós nem aos outros - nada de bom. Não é autêntico. Acontece-nos por vezes que temos objectivos que exigem de nós aquilo que ainda não somos capazes de dar. Nesses momentos, devíamos compreender, simplesmente, que aquilo não é para nós; que ainda temos de crescer; que nos falta uma determinada porção de esforço e de luta"


E a música, claro está, só podia ser esta.




2 comentários:

A Minha Essência disse...

Grave é quando temos consciência do que somos. Ou consciência do que nos fazem. Nada como reflectir e depois dar nome aos bois.

:)

AC disse...

Na vida nunca ninguém é verdadeiramente aquilo que é. Todos temos três eus.. O eu que aparentamos ser, o eu que queríamos de facto ser e esforçamo-nos por isso, e o eu que na verdade somos e só nós conhecemos.. aquele eu cheio de segredos, tristezas, duvidas, e sonhos que guardamos para nós.

Nunca conheci ninguém que não tivesse um eu escondido.

Beijinho grande

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