Sempre afirmei que não sou ciumenta. E não sou. Talvez porque nunca assumi o sentimento de posse a um ser humano. Entre duas pessoas há partilha e cumplicidade mas respeito pelo espaço de cada um.
Mas há quem argumente que o ciúme está ligado ao medo de perder quem amámos. Será mesmo assim? Será que eu não tenho medo de perder quem amo? Claro que tenho. Mas não penso nem condiciono a minha vida por esse sentimento. Por exemplo, nunca ninguém me disse as famigeradas palavras mágicas "amo-te". Mas tal nunca me impediu de amar ou de me sentir amada.
Será que a ausência de ciúme é uma incapacidade minha? Talvez. Ou apenas seja reflexo de eu só conceber uma relação em que a confiança e o respeito são as pedras basilares. Se não confio, não há relação. Parece fácil, não parece? E é. Muito simples. Porque as relações são fáceis.
Mas como a minha imaginação e inspiração andam pelas ruas da amargura, vou recuperar um post de 2009 e ver o que é que mudou...
Marcel Proust afirmou:
"É espantoso como o ciúme,
que passa o tempo a fazer
pequenas suposições em falso,
tem pouca imaginação
quando se trata de descobrir a verdade."
O desafio está lançado:
1. Já manifestaram cúme?
2. Se sim, qual o acto menos racional que fizeram por ciúme?
A conversa está interessante mas quem assume que é ciumento afirma isso porque.... vá lá...respondam ao desafio.