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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Metamorfose...





"No fundo, é isso, a solidão: envolvermo-nos no casulo da nossa alma, fazermo-nos crisálida e aguardarmos a metamorfose, porque ela acaba sempre por chegar"


August Strindberg




Muitos têm medo da solidão. É comum associarmos a solidão à tristeza ou ao sofrimento.


Já o disse por diversas vezes que não tenho medo da solidão nem a encaro como algo fútil ou estéril. ´
A solidão é, para mim, a melhor forma de me encontrar. De reflectir sobre o que me acontece. De pensar nas relações de afectos que tenho, nas minhas frustrações, nas minhas angústias, nas situações que me fazem sorrir.
É na solidão que me vou "entendendo". Que encontro as respostas para muitas das minhas reacções.
Mas há outra solidão. A vazia. A oca. Aquela que não tem qualquer sentido e que não nos leva a lugar algum que não seja sofrimento.

Aquela solidão que é sentida por uma pessoa quando não tem ninguém para partilhar o seu dia de aniversário. A solidão daquele que sabe que vai morrer e que só uns dias depois vão encontrar o seu corpo porque não há ninguém que sinta a falta dele.

Francisco Assis escreveu:

 

"Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante;
a amizade sente-se, não se diz"

Mas para sentir temos que nos dar.

E ter a coragem de nos entregarmos é o principal desafio enquanto seres humanos.


Nota - Este post baseia-se num outro que publiquei há uns anos atrás e do qual me recordei ao falar com o P.F. Este é dedicado a ti. E espero que gostes da música que é esta.


*

terça-feira, 10 de abril de 2012

Porque hoje me apetece dizer isto...

" Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor.
Cobicei, cheirei, colhi.
Mas ela despetalou
E outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
Me embriaguei de alegria!
Mas os risos da ventura,
No limiar da loucura,
Se tornaram fantasia...
Já almejei felicidade,
Mãos dadas, fraternidade,
Um ideal sem fronteiras
- utopia! Voou ligeira,
Nas asas da liberdade.
Desejei viver. Demais!
Segurar a juventude,
Prender o tempo na mão,
Plantar o lírio da paz!
Mas nem mesmo isto eu pude:
Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais..."

Cecília Meireles


Enquanto ouço isto.


terça-feira, 3 de abril de 2012

Da confiança...



Já aqui dissemos muitas vezes que qualquer relação tem como alicerces fundamentais a confiança e o respeito.


Quando estes alicerces são beliscados dificilmente a relação se sustenta. Admito que existam situações em que a confiança e o respeito são violados mas as partes entendem que ainda há condições para manter a relação. Neste caso penso ser fundamental que o caso fique definitivamente enterrado. Isto é, não bastará dizer "eu perdoo", será necessário nunca mais levantar a questão.


Mas outras situações existem que conduzem à quebra da confiança e do respeito de tal forma que torna impossível, para mim, manter uma relação.


Em matéria de afectos não somos iguais. Não há uma linha comum a todos os seres humanos. Todos nós gerimos os afectos e as emoções de acordo com o que sentimos e racionalizamos.


O despirmos a nossa alma e os nossos segredos mais profundos a uma determinada pessoa é, acima de tudo,um acto de confiança e de coragem.


Confiança porque acreditámos que essa pessoa merece que sejamos um todo e não pequenas partes.


Coragem, porque lhe estamos a confessar como nos pode destruir através dos afectos.


Sou daquelas pessoas que dificilmente mantenho uma relação depois da confiança ser quebrada.


Há quem confunda esta minha postura com orgulho ou com alguma dificuldade da minha parte em perdoar.


Aceito tal interpretação mas não concordo.

É que, para mim, a confiança é como uma simples flor. Ora, se amassarmos uma flor na nossa mão ela perderá, inevitávelmente, algumas pétalas. E, quer se queira ou não, a flor nunca mais voltará a ser a mesma.


A música? Só podia ser esta, porque representa a paixão de forma sublime.

*

domingo, 25 de março de 2012

E vão oito meses...




"Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é."

Alberto Caeiro


A música? Vamos recuar até ao ano de 1977 e a um dos temas obrigatórios nos velhinhos bailes de garagem. Aqui


Dos erros...




Não, não vou falar dos erros que todos nós vamos fazendo ao longo da vida em matéria de afectos e de encarar a vida. Estaria aqui a vida toda e não conseguiria enumerar todos.

Vou falar daqueles erros que consistem em, sem querer, alterar todo o sentido de uma frase. Se num diálogo esses erros podem passar despercebidos o mesmo não acontece quando estamos a escrever um texto que vai ficar para memória futura.

Como este que se pode ler num aviso paroquial:

" Prezadas senhoras, não esqueçam a próxima venda para beneficência.
É uma boa ocasião para se livrar das coisas inúteis que têm em casa.
Tragam os seus maridos! "

Ora qui está uma excelente ideia de como "despachar um marido". Mas não deve ter sido esta a ideia do Sr. Pároco da aldeia.

Mas deu-me ideia para um desafio: já escreveram ou disseram algo que possa ter induzido alguém em erro? O quê?


A música de hoje? Após uma noite de insónias só podia ser esta.


terça-feira, 13 de março de 2012

Ainda é a melhor maneira...ou será que não?

Recebida por mail

Uma coisa vos digo, quando eu vejo as pessoas com quem convivemos a perder oportunidades de demonstrar afecto, de dar um simples abraço, de dizer um simples "gosto de ti", de partilhar um olhar cúmplice, de fazer um pequeno gesto que sabemos que vai fazer o outro feliz, começo a ter dúvidas quanto à melhor maneira...

*

segunda-feira, 12 de março de 2012

...


E após três reuniões de trabalho estava a pensar o que o resto do dia me iria reservar em termos de trabalho.

Eis senão quando o meu chefe me chama para dizer que no final da tarde tinha uma nova reunião. Outra?

Estava eu a começar a mandar vir com os meus neurónios quando o chefe acrescenta: "Tomei a liberdade de comprar um bolo de aniversário e vamos tratar de o "deitar abaixo".

Digam lá que não tenho um chefe porreiro?


terça-feira, 6 de março de 2012

Aniversário de coisa nenhuma...



"Nunca deixe que lhe digam
que não vale a pena acreditar no sonho que se tem".
Renato Russo

Mas em matéria profissional Março será, sem qualquer dúvida, o mês que marca os fins dos meus sonhos. E é curioso pensar assim porquanto foi num longínquo dia 6 de Março de 1986 que entrei na empresa onde me mantenho desde então.
Já o afirmei diversas vezes: trabalho desde os meus 16 anos, gosto de trabalhar e nunca me recusei a ficar a trabalhar até tarde ou a trabalhar sábados, domingos e feriados mesmo sabendo que não ganhava nem mais um tostão por força dessa opção.
Apesar das legítimas expectativas de que, finalmente, ao fim de tantos anos de serviço, o meu trabalho seria reconhecido, a verdade é que em 2010 todo o meu trabalho foi desvalorizado e levou-me a ter que tomar uma atitude.
A paciência tem limites e a minha idade, o meu curriculum profissional e, acima de tudo, a minha postura perante a vida e os outros permitem-me tomar atitudes que outros, (presos a ambições que têm que atingir seja de que forma for), não conseguem tomar. Bati, pura e simplesmente, com a porta.
Tenho todas as datas bem presentes (e não as vou esquecer).
Os últimos dois anos foram desgastantes em termos emocionais. É terrível termos que "mostrar" uma imagem de forte quando sentimos que tudo se está a desfazer no nosso interior. E, pelos contornos que rodearam a situação, tive que enfrentar tudo sozinha porque, pura e simplesmente, não conseguia confiar em ninguém.  
Foi provavelmente a lição mais dura da minha vida mas com ela aprendi várias coisas. Todas elas importantes. Mas refiro aquela que será, porventura, a que será preservada: ao fim de 26 anos de trabalho nesta empresa nunca prejudiquei ninguém para atingir os meus objectivos e, acima de tudo, mantive a minha honestidade intelectual e nunca a vendi por meia dúzia de patacos. Tais factos dão-me legitimidade para olhar os outros de frente.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O silêncio das palavras...

"Quando a boca não consegue dizer o que o coração sente

o melhor é deixar a boca sentir o que o coração diz."

William Shakespeare


Às vezes é preferível nada dizer.

Mas, na verdade, o silêncio pode dizer mais do que as palavras transmitem.

O silêncio pode ser cumplicidade. Empatia. Envolvimento.Solidariedade. Companhia. Aconchego. Afago.

Mas pode ser indiferença. Desprezo. Desdém. Desconsideração.

E pode ser medo. Receio. Temor.

Mas há silêncios, aqueles que o nosso olhar não capta, que não entendemos. Porque, mesmo quando o questionámos, não nos respondem...

Será cumplicidade? Indiferença? Receio?

Será uma forma delicada de nos dizerem adeus? Mas existe uma forma delicada de dizer adeus?

Ou a forma mais terrível de nos dizerem que já nada significámos?
Esperámos? Ou partimos?

E nunca pensei que um ano depois estivesse a repetir este post.
 
 
 
 
*

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Partir...

Imagem retirada da Net


Hoje estou naqueles dias em que quero partir.

Para um lugar só meu. Onde ninguém entra.

Não é um jardim proibido, apenas um lugar onde nunca ninguém conseguiu entrar. Porque só consegue entrar quem não tem medo de naufragar...

Eu não tenho medo de naufragar, apesar das inúmeras vezes em que o vento é tão forte que o meu pequeno barco quase vira. Outras vezes anda à deriva dias sem fim...

Muitas vezes, apenas a ânsia de pisar terra firme permite que o meu olhar não deixe de ver o horizonte.

Ao longo dos anos já sobrevivi a muitas tormentas e por mares "nunca antes navegados". Mas não é qualquer Adamastor que me derrota com os medos. Até Adamastor que lutou contra deuses e se apaixonou, foi derrotado pelo querer, pelo sonho...
 
E é por isso que eu parto... mesmo sem a certeza de lá chegar...
 
 
 
 
 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

É tão evidente...

" - Mãe, sabes, os amigos podem ser poucos e meio loucos mas o importante é que sejam verdadeiros. Não concordas? "

Olhei para a minha filhota mais nova com um sorriso enquanto pensava como é que é possível uma jovem de 14 anos ter ideias bem mais definidas que alguns adultos que eu conheço.


Pois é, cheguei e logo com um tema destes.


Pelos vistos o descanso em mim funciona ao contrário.


E a música que mais ouvi estes dias (com o volume no máximo, diga-se,) foi esta:



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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso