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segunda-feira, 24 de março de 2014

Serenidade...


Imagem da net


"A serenidade vai além da lógica comum.
Como um analgésico, ela aplica um ponto final em todas as situações
e ultrapassa as barreiras sem qualquer vestígio de revolta ou inconformismo."
Antonio Sequeira




Ao longo da vida aprendi, com alguma dificuldade diga-se, duas coisas:
 
Deixar partir, com toda a serenidade, quem amo e fechar capítulos da minha vida.
 
Não foi um processo de aprendizagem fácil. Desenganem-se.
 
Nesta estrada da vida são muitos os desafios e vamos aprendendo a ultrapassá-los quando os temos que enfrentar. E enfrentar não é fácil porque exige luta. Muita luta até ao desfecho final.

Mas é essa entrega à vida e a forma como a enfrentámos que nos vais permitir encarar o desfecho de forma diferente.
 
Porque antes de qualquer desfecho houve um processo. Em que nos damos e tudo fazemos.
 
E quando assim é, não há revolta nem inconformismo.
 
Há, apenas, uma enorme serenidade.

Já agora, tenham uma grande semana!



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Da simplicidade dos afectos...


Imagem da net

 
" A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade."
Mário Quintana
 
 
Antes de mais, deixem-me ser clara. Apesar deste cantinho ter um passatempo sobre o "Dia dos Namorados" desde 2008, apesar de eu assumir, sem complexos, que sou uma pessoa romântica e que gosto de pormenores românticos, eu... não festejo o "Dia dos Namorados".
 
Não porque seja contra a existência de um dia específico para comemorar afectos, (pelo contrário e já fiz um post sobre esse tema).
 
Não festejo por uma razão muito simples: o meu marido "nem sabe que esse dia existe", (frase utilizada para os dias que ele não liga nenhuma), e eu seria incapaz de estar com alguém, fosse quem fosse, a comemorar algo por "favor ou frete". As pessoas ou estão por vontade ou mais vale não fazer nada. Mais a mais, respeito-o para o obrigar a fazer algo que sei que ele não gosta e, acima de tudo, não  é por receber um presente ou ir jantar fora que vou sentir se sou amada ou não.
 
Mas se ambos gostam não vejo problemas em se comemorar e não é necessário seguir os "outros".
 
E aqueles que neste momento não têm parceiro(a). Mas têm amigo(a)s, certo? Ou familiares.  Então, em vez de ficar em casa sózinhos partilhem esse dia. Aproveitem para comemorar a vida.
 
Como diz Mário Quintana, inventem o vosso próprio jogo. A vida é feita de pequenos, por efémeros, instantes de felicidade e se estiverem preocupados em complicar o que é fácil quando forem a ver o "instante" já passou e vocês nem deram conta.
 
E hoje não há música porque estou romântica de mais e a escolha seria de fazer chorar as pedras da calçada.
 
 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Dos esquecimentos...


Imagem da net


" - Abandonou-te?

- Pior ainda: esqueceu-me..."

Mário Quintana
 
 
Podemos ter receio de assumir mas, na verdade, não é o facto de alguém que é importante na nossa vida se afastar que verdadeiramente nos assusta. Nem é a solidão ou aquela parte de nós que fica vazia.
 
O que nos mete medo é que essa pessoa não pense mais em nós porque tal significaria que nunca fomos importantes para ela, como ela foi para nós.
 
E tanto é assim que a pessoa até pode estar bem perto de nós e o medo persiste.
 
Porque, bem no nosso íntimo, precisamos de sentir que somos verdadeiramente importante... para alguém.
 
 
E a música tem que ser esta.
 
 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Esquecer...


Imagem da net


Alguém escreveu:


"Não existe o esquecimento total.


As pegadas impressas na alma são indestrutíveis..."




Todos nós, em determinadas alturas da nossa vida, tentamos esquecer alguém que foi importante para nós. 
 
 
Será que é verdade que o tempo tudo cura? E conseguirá que possamos esquecer o que é ou foi importante!!!
 
 
Mas se assim é porque razão volta e meia as coisas voltam, mesmo que acompanhadas de uma intensidade longínqua e com sabor a quase nada?
 
 
Ou, como a Eu Mesma num comentário em post semelhante afirmou: "irá existir um dia ..um dia como qualquer outro, em que nada de especial ira acontecer mas que... de um momento para o outro esse alguém deixa de se importante no momento... e não é que a pessoa deixe de ter importancia que teve no passado ... apenas existe um momento em que o passado deixa de ser importante no presente" ? 
 
 
Não vou perguntar se conseguem esquecer, definitivamente, alguém que marcou a vossa vida. 
 
 
Quer dizer...conseguem?
 
 
A música pode ser esta.


*

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Para sempre ...


 Imagem daqui

Numa altura em que fazem 11 meses em que perdi um amigo dei por mim a pensar num post que escrevi em 2009 sobre o significado da frase “para sempre”.

Mas o que é isso de "para sempre"? Algo imutável? Uma certeza irrefutável e infinita?

É que hoje aquela certeza não passa de uma simples mensagem escrita num postal.

Mas está escrito "para sempre". Terá sido um erro de escrita? Uma mentira?

Muitos poderão dizer: “para sempre”? Isso é só para os crédulos. Quem acredita nisso não cresceu. 

Não concordo. Muito pelo contrário. 

A sabedoria da idade indica-nos outro caminho: a assumpção de que, por vezes, não podemos cumprir aquilo que queremos ou pensámos. Porque, se o deixar de acreditar no “para sempre” é o resultado simples e cru do nosso crescimento enquanto pessoas, então teremos que assumir que a nossa fé no ser humano e em nós próprios foi suficientemente abalada para deixarmos para trás aquilo em que acreditávamos. E eu recuso-me a deixar de acreditar. Não o acreditar etéreo de uma história de fadas. Mas o acreditar de que ainda vale a pena viver e de nos darmos aos afectos.


Assim, a vida ensinou-me que o "para sempre", independentemente das mudanças e da transposição silenciosa dos dias, apenas significa "para sempre na memória"...




Fiquem com este tema que é de um dos meus cantores favoritos.



quinta-feira, 12 de abril de 2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O tempo....


" Temos muito tempo… Mas o tempo é qualquer coisa que se corta num golpe súbito de tesoura, quase sempre sem aviso. Três semanas, três anos, trinta anos… O tempo é apenas tempo. É água que escorre entre os dedos das mãos.

A verdade é que não temos muito tempo.

Enquanto cometemos a tolice de ir vivendo como se fôssemos viver… sempre, a nossa vida está às escuras, à espera de um acto de coragem que lhe dê cor e sentido."

Paulo Geraldo


Mas, apesar de tudo, estamos constantemente a dizer que não temos tempo.

Estamos sempre a encontrar desculpas para adiar um encontro de amigos, uma conversa, um telefonema, um simples abraço...

Acreditámos que temos tempo para os afectos, enquanto perdemos tempo a lutar por objectivos que, na maioria das vezes, nem conseguimos alcançar.

Alguns, em busca da satisfação de egos e/ou de mais uns "tostões" no final do mês, vendem os seus valores, os seus princípios e até os seus afectos.

Outros, escondidos na máscara da indiferença, vão levando a vida sem a viver.

E, de um dia para o outro, tudo termina. E todos terminamos da mesma forma. A única diferença é que uns partem mais cedo que outros.

Valeu a pena ?
 
Nota - Post com algumas alterações a um que foi aqui publicado a 25 de Janeiro de 2011. Porque perdi os meus avós, os meus pais, alguns amigos e quase que me perdia a mim própria no ano passado devido a uma doença que não escolhe raça, sexo e idade . Porque hoje é o dia mundial da luta contra o cancro.


E porque amanhã pode bem ser tarde de mais...



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O "Eu e os Outros" e a "Blogosfera"...




A propósito do que vem acontecendo ultimamente, aqui e ali, na “blogosfera”.


Já aqui escrevi que, tal como o título do meu blogue indica, pretendi, apenas e tão só, criar um espaço onde os "amigos" se encontrassem e falassem essencialmente de afectos.


Porquê a opção de falar do que somos e de como lidámos com os afectos?

Banal, dirão uns. Frases feitas, dirão outros. Vazio de conteúdo dirão, ainda, outros.

Na verdade, falar de afectos é bem mais complicado do que possa parecer. E demonstrar? Ainda pior...

É relativamente fácil criticarmos um político e/ou uma política governativa.

E, ainda mais fácil, e criticar os outros. Espezinhar o bom-nome e a honra mesmo sem provas, só porque está na moda a ignomínia.

Não é difícil defender a nossa fé, bastará acreditar.

E criticar aquele árbitro que se lembrou de marcar uma grande penalidade contra a nossa equipa de coração, quando toda a gente viu que foi falta do atacante que se lembrou de saltar para o costado do nosso defesa? Ainda mais fácil. Então quando não vimos o jogo mais fácil se torna...

Mas se perguntarmos a alguém porque razão tomou uma atitude e não outra, dificilmente terá uma resposta imediata. Se perguntarmos porque razão o seu sorriso é falso, ele pensará duas vezes antes de responder. Se perguntarmos a alguém qual é a definição de um qualquer afecto, ele olhará para nós antes de responder e, provavelmente, recorrerá a uma daquelas “frases feitas”, simplesmente porque alguém já pensou nisso antes e ele não tem tempo para pensar em “assuntos menores”.

É que, não é fácil falarmos de nós, daquilo que somos e a forma como interagimos com os outros, de e para a sociedade. É bem mais fácil vestir o fato da indiferença e/ou da “pseudo intelectualidade” com que encarámos o mundo diariamente.

Comecei a trabalhar aos 16 anos para tirar o curso que queria. Já perdi pessoas que amei, já fui traída, já tive momentos felizes, já sofri, já sonhei, já acordei para a realidade...

No fundo, já vivi.

Mas, mesmo esta vivência não me dá total segurança para falar convictamente dos meus próprios afectos. Muito menos dos afectos dos outros...

Mas gosto de dizer o que sinto, mesmo que não saiba o que dizer...porque, simplesmente, gosto de entender. E é na dialéctica que se aprende. É na troca de opiniões, (em que o respeito para com o outro é a única exigência), que podemos, quiçá, encontrar uma resposta.

Não sei definir o amor, a amizade, o ódio, o ciúme, a inveja, a indiferença. Mas em algum momento da minha vida já senti. Porque o ser humano não é um ser isolado. É um ser que interage, que se dá, que se entrega. E que recebe. Recebe por vezes aquilo que não merece e/ou está à espera. E o que fica? O que aprendemos? Mudámos alguma coisa nesta relação de "deve-haver"? Evoluímos enquanto seres humanos e parte das relações que se estabelecem todos os dias? Ou fechámo-nos numa redoma porque é mais seguro?

É destes sentimentos que gosto de falar. Outros, bom, gostarão de falar de outros assuntos. Qual é o problema?

 
Termino com mais uma frase feita e que é mais do que repetente neste blogue:


“Se escrevo o que sinto
é porque assim diminuo a febre de sentir.
O que confesso não tem importância,
pois nada tem importância.
Faço paisagens com o que sinto”.

Fernando Pessoa



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Desilusão...



" Feliz do homem que não espera nada, pois nunca terá desilusões"
Alexander Pope




Hoje, a propósito de um amigo que "desapareceu" de um momento para o outro sem avisar, uma amiga comum perguntou-me se eu não estava desiludida e magoada. Respondi, prontamente, que não. Admirada com a minha resposta, questionou-me se eu já estava a contar com tal postura. Respondi que não.

Bastou um simples olhar para constatar que ela não entendia a minha postura. De facto, como era possível eu não estar desiludida e/ou magoada com uma atitude incompreensível se eu, ainda por cima, não estava à espera de tal.

Expliquei então de que não posso ter desilusões quando não tenho ilusões.

António Gramsci escreveu: "...o desafio da modernidade é viver sem ilusões, sem se tornar desiludido".

De facto, a vida ensinou-me à força de que o maior erro que podemos cometer é ter ilusões. 

Tal não significa que se deixe de viver. Que a nossa vida seja vazia ou triste. Ou que não se possa ser feliz. 

Pelo contrário.

Significa apenas e tão só que aproveito todos os momentos que me possam fazer, momentâneamente, feliz. Que deixei de procurar essa quimera que alguém designou de felicidade. Porque perdi muito tempo da minha vida à procura dela e deixei, na sucessão dos segundos, escapar os momentos de felicidade. Porque o que hoje é verdade, amanhã é mentira. O que hoje é amor eterno, amanhã pode ser uma mulher bem mais jovem e jeitosa do que eu. O que hoje é amizade para sempre, amanhã pode ser um leilão de vaidades. O que hoje é o melhor colega de trabalho, amanhã pode ser aquele que, pela calada, fica com o lugar pelo qual tanto lutámos.

Se deixei de acreditar nas pessoas? Não. Deixei de acreditar que as pessoas não mudam. Que os afectos são dados adquiridos.

Acredito que as relações não são complicadas. Somos nós, com as exigências do "deve e haver" que as complicámos. Somos nós que pretendemos sempre receber aquilo que damos. E o que damos, já dizia a minha avó, está dado. Não tem retorno. Quanto muito também nos poderão oferecer algo.

No fundo, como disse à minha amiga, acho que aprendi a superar o "sofrer" sem tristezas e/ou amarguras.

Tenham um grande fim-de-semana e tentem ser felizes pelo menos um momento em cada dia.




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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso