Que lutaram para atingir um objectivo anos e anos...
Que colocaram muitas coisas importantes de lado em prol daquele objectivo.
Que empenharam todo o vosso saber, todo o vosso querer para poderem ter direito a atingir aquele objectivo.
Que verteram muitas lágrimas a ultrapassar as constantes pedras que outros fizeram questão de colocar no caminho...
E...finalmente, atingem o objectivo!
E depois?
Na vossa mente é uma verdadeira amálgama de sentimentos: dor pelas perdas, felicidade pelas conquistas, medo e entusiasmo pelo desafio mas, sobretudo, de apatia.
Aquele tipo de apatia que vos faz pensar: "tanta coisa para isto?".
Aquele tipo de apatia que vos faz pensar: "valeu a pena?".
Sim, hoje atingi o tal objectivo.
Hoje partilhei com quem é importante para mim.
Mas esta apatia...
Nota: Este menino tem músicas fabulosas. Experimentem ouvir o tema Shelter.
Sim, porque eles fazem questão de deixar bem claro que não são dados a pieguices e afins.
Assim, esta questão é só para as mulheres...
Sabem aqueles dias em que só nos apetece dizer "Porque raio só acontece a mim?", acompanhado de uma vontade imensa de nos encostarmos a um canto e deixar cair umas lágrimas que, de forma épica, nos recusamos a permitir?
Que, uma vez por outra, temos que ter a capacidade de, por breves instantes que seja, deixarmos de pensar nos problemas e deixar a nossa mente simplesmente ir...
Ir para qualquer lado onde queremos estar, ou ir ter com queremos estar.
Ou, simplesmente, fechar os olhos e ouvir esta música...enquanto nos deixámos cair...
Pois, a travessia no deserto está a demorar mais tempo do que pensava.
Mas continuo todos os dias a ler os meus blogues favoritos (e a "cuscar" outros), mesmo sem comentar.
Mas mais vale enquanto estou assim...
Nota:
Corre uma discussão deveras interessante sobre se os acontecimentos de Alcochete configuram, ou não, um acto de terrorismo. Deixo uma sugestão: porque não ver primeiro o que a legislação define como terrorismo? Pode ser que tenham uma surpresa. Mais a mais, os Tribunais aplicam o que a Lei prevê.
Depois de estar uns bons pares de anos sem receber flores, (confesso que não me recordo quando foi a última vez que alguém me ofereceu flores), hoje recebi um ramo de tulipas de um colega de trabalho.
E antes que comecem a imaginar histórias mirabolantes para justificar tal oferta, eu desvendo a razão: foi a forma que encontrou para me agradecer eu ter resolvido um problema de trabalho que diziam não ter solução.
Deve ter sido a primeira vez que recebi uma prenda devido à minha teimosia bacoca.
E a música de hoje, é esta (para ouvir bem alto, ou não fosse uma das minhas músicas "fétiche".
Como o raio da carteira está no contra, contento-me em passar este fim-de-semana sózinha em casa.
O "mouro" do maridão vai até Lisboa ver jogar aquela equipa e a filhota vai comemorar com os amigos o facto de ser mais uma com licença para ser um perigo na estrada.
Só de pensar que não vou ter que cozinhar e que me posso armar em sostra durante 48 horas, é alento suficiente para me esquecer que o que queria mesmo era estar na "minha ilha", a ouvir músicas como esta...
"A paixão é um pânico das emoções, e como o pânico — que nisto se distingue do medo — estilhaça a inibição, desorienta o espírito, vira o indivíduo contra as suas próprias aquisições mentais superiores, e muitas vezes o conduz a fazer o que mal sabe que faz, ou que a própria paixão se fosse menor, como o pânico se não fosse mais que medo, o levaria ou aconselharia a não fazer." Fernando Pessoa
Mas vamos esquecer, temporariamente, Fernando Pessoa porque o medo nunca nos levou a nenhum lado.
Portanto, meninos e meninas, percam a vergonha e o medo e...arrisquem.
Sim, porque não? O máximo que pode acontecer é levarem um não.
E quem é que já não levou um não?
Mas, mais importante, quem já arriscou?
Esperem lá, o mais importante é: como confessariam a paixão por alguém?
Pegariam numa das frases que por aqui passaram no passatempo "Amor e Paixão"?
Depois do jantar as minhas noites são quase sempre as mesmas.
Ligo a televisão da cozinha (sem som), coloco o computador em cima da mesa, escolho as músicas que vou ouvir e começo a trabalhar (sim, que durante o dia entre atender telefonemas, receber pessoas e participar em reuniões não consigo ter um minuto de sossego para elaborar pareceres).
Mas, continuando...
Como companhia, para além da música, tenho a Naru. Sim, a tal que foi encontrada maltratada na rua e que foi adoptada pela famelga cá do bairro.
Apaparicada pela "je", depressa sonhei que já tinha companhia para a minha velhice.
Qual quê...só lhe interessa que lhe dê de comer e de beber. Enquanto não dou é um "ver se te avias" de meiguices e lambidelas. Mas acaba de comer, a companhia que me faz é esta.
O que vale é que ainda vou tendo a música, como esta:
Pertenço àquele grupo de pessoas que detesta ir a médicos. Consequência desta postura? Vou sempre nas últimas. Tenho consciência desta verdadeira parvoíce mas é mais forte do que eu.
Nunca tive médico de família até à quatro anos atrás. E o que me calhou? Bom, um médico que se preocupa ao ponto de me mandar mails a perguntar como estão as tensões (sim, foi preciso cumprir o meio século de vida para me transformar numa menina hipertensa e com direito a medicação para toda a vida que me resta).
Respondo sempre que está tudo bem mesmo não sabendo a quantas elas andam.
Repeti a dose desta última vez. Mas o "raio" do médico não foi em cantigas e respondeu-me prontamente "Se andasse tudo bem não tinha parado no hospital com as tensões a 19,5/14. Amanhã às 8 no meu gabinete".
E a menina, por uma vez bem obediente, lá foi.
Fosga-se...levei um raspanete que me fez recuar aos meus treze anos e tentei sair para a escola com uma minissaia.
E qual foi o castigo imposto? Vou andar em médicos e exames até ao final do ano...
Nota: Só para que conste, tenho um médico de família absolutamente excepcional!
A música? Só podia ser esta, até porque é uma das que vai marcar presença obrigatória nas festanças da próxima semana.
A famigerada lista de músicas que estou a elaborar só serve mesmo para fazer chorar as pedras da calçada.
A sério? Porque raios e coriscos tenho que ser Peixes? Os meus paizinhos bem que se podiam ter atrasado mas, não...estavam com uma pressa desgraçada!!!
Eu até os compreendo. Para quê atrasar o que sabe bem. Mas, fosga-se...é uma chatice (e estou cansada de) ser uma romântica bacoca.
Podem-me ao menos ajudar a escolher uma destas duas? Gosto de ambas. Agradecida.