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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O verdadeiro problema...


As mulheres sempre souberam o que quiseram.
Os homens é que realmente não sabem.
Eles acham que sabem, mas não sabem.
As mulheres acham que não sabem, mas sabem.

Luiz Tenório Oliveira Lima
 
 
E eis porque os homens dizem que não entendem as mulheres, e as mulheres dizem que os homens não as entendem.
 
Mas, tal não impede que, de quando em vez, tenham grandes noites...
 
 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ciúme...



Sempre afirmei que não sou ciumenta. E não sou. Talvez porque nunca assumi o sentimento de posse a um ser humano. Entre duas pessoas há partilha e cumplicidade mas respeito pelo espaço de cada um.

Mas há quem argumente que o ciúme está ligado ao medo de perder quem amámos. Será mesmo assim? Será que eu não tenho medo de perder quem amo? Claro que tenho. Mas não penso nem condiciono a minha vida por esse sentimento. Por exemplo, nunca ninguém me disse as famigeradas palavras mágicas "amo-te". Mas tal nunca me impediu de amar ou de me sentir amada.

Será que a ausência de ciúme é uma incapacidade minha? Talvez. Ou apenas seja reflexo de eu só conceber uma relação em que a confiança e o respeito são as pedras basilares. Se não confio, não há relação. Parece fácil, não parece? E é. Muito simples. Porque as relações são fáceis. 

Mas como a minha imaginação e inspiração andam pelas ruas da amargura, vou recuperar um post de 2009 e ver o que é que mudou...

Marcel Proust afirmou:

"É espantoso como o ciúme,
que passa o tempo a fazer
pequenas suposições em falso,
tem pouca imaginação
quando se trata de descobrir a verdade."


O desafio está lançado:

1. Já manifestaram cúme?

2. Se sim, qual o acto menos racional que fizeram por ciúme?






ADENDA:


A conversa está interessante mas quem assume que é ciumento afirma isso porque.... vá lá...respondam ao desafio.


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Pensamento do dia ...



"Há tantos burros mandando
em homens de inteligência,
que às vezes fico pensando,
se a burrice não será uma ciência. ''
António Aleixo




quinta-feira, 24 de março de 2011

Pensamento do dia...





"Uma das coisas mais belas da vida é olhar para o céu,
contemplar uma estrela
e imaginar que muito distante
existe alguém olhando para o mesmo céu,
contemplando a mesma estrela
e murmurando baixinho: "Que Saudade"

Bob Marley


 "Love would never leave us alone, A-yin the darkness there must come out to light"


Noites memoráveis a ouvir este "menino"...





domingo, 20 de março de 2011

...

Como ainda não estou a 100%, deixo-vos com o habitual pensamento para a semana que dentro de poucas horas se inicia e com uma música retirada do baú de recordações ( do filme "Same Time Next Year", realizado em 1978).

Tenham uma grande semana.


"Amar talvez seja isso...

Descobrir o que o outro fala mesmo quando ele não diz.

Padre Fábio de Melo







segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ai o Amor...


"Não fala. Não se explica. Não se vê e muito menos se apalpa. A sua dimensão não cabe na própria palavra de definição, nem há palavras exactas que o definam. Não se sabe porquê nem se sabe o sentido na sua existência. ... Vai para além das teorias e conversas abstractas. É superior ao desejo humano de egoísmo social estabelecendo pontes entre impossíveis. Não tem cheiro nem cor, pode ser todas as cores ao mesmo tempo, e nesse mesmo tempo não ser nenhuma. Pode tudo e o impossível. Fazemos uso dele mesmo sem sequer ser suposto estar a senti-lo!
Não avisa. Surge e instala-se. Sente-se. É a única coisa que é real e coerente dizer-se. Sente-se. A partir deste ponto, nada mais é igual, nada mais é concreto, nada mais é plausível de se previsível. Ficamos subjugados à sua vontade e na qual vamos vivendo segundo a sua rota. Ficamos inconscientes de acções, mas conscientes de que queremos viver com ele para sempre, apesar de negarmos vezes sem conta a sua grandiosidade, pois torna-nos mais vulneráveis... Apesar de fazer doer bem fundo... Apenas sobrevivíamos dia após dia sem conteúdo afectivo, onde as coisas perderam o brilho natural de serem amadas, porque se ele não existisse, não haveria o motivo para se amar. A dor que ele nos deixa não é mais que um bónus de sabedoria que nos permite sentir realmente vivos. Não faria sentido viver sem ele apesar do seu sentido não ser perfeitamente compreendido. Apenas sabemos que aquela sensação exclusivamente pessoal, faz-nos sorrir, faz-nos querer, faz-nos tentar, faz-nos não desistir quando tudo à volta perdeu a vontade, faz-nos querer, faz-nos ser felizes, mesmo não sabendo bem usá-lo em forma de expressão. Só sabemos que estamos com ele naquele momento mortífero em que o Sentimos... Não vale de nada palavras complexas e rebuscadas para o tentar exprimir. Ele é a complexa forma da simplicidade traduzida em afectos. Tudo se resume ao amar e ser amado...."

Ana Soares da Silva Rodrigues Neto, in 'Textos de Amor"




O Amor deve ser vivido diáriamente mas se o querem enaltecer num dia em especial, tudo bem.

Para quem ama e pode estar junto de quem ama, aproveitem este dia e enalteçam o amor que sentem.

Para aqueles que não é possível, como eu, sempre têm oportunidade de ver as "Mentes Criminosas".

Mas, acima de tudo, não deixem fugir as oportunidades que a vida dá... façam aquilo que ainda não foi feito. Mesmo que pareça impossível! Não se escondam dos afectos ... Sejam o "beijo que demora". Amanhã, bom, amanhã pode ser tarde de mais!



 


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

" Não é mais carinhoso, por isso, pôr os «palitos» a alguém — continua a ser exactamente o mesmo que pôr os outros"


" - Traíste a tua mulher?

- Eh pá, não sejas tão radical. Foram só uns beijos e uns apalpanços. Não fui com a gaja para a cama. Mais a mais, homem que é homem não consegue fugir a uma provocação".


Nada melhor para começar uma segunda-feira do que ouvir um "fanfarrão" a contar, alto e a bom som, as suas "competências" em matéria de sedução.

Sempre me fez uma enorme confusão ouvir algumas pessoas a "gabarem-se" da sua performance sexual ou de "caçador(a)".

Assim como a prepotência demonstra insegurança, todo(a) aquele(a) que necessita de fazer publicidade às suas performances deve ter uma vida muito  solitária.

Mas este diálogo fez-me recordar um texto do incontornável Miguel Esteves Cardoso,  in 'A Causa das Coisas', delicioso...como sempre :

"Na gíria portuguesa, os palitos são a versão económica, e mais moderna, dos cornos. Os cornos, à semelhança do que aconteceu com os automóveis e os computadores, tornaram-se demasiado volumosos e pesados para as exigências do homem de hoje. Daí a crescente popularidade dos mais portáteis e menos onerosos palitos. Contudo, visto que se vive presentemente um período de transição, em que os novos palitos ainda se vêem lado a lado com os tradicionais cornos, continuam a existir algumas sobreposições. Uma delas, herdada do antigamente, deve-se ao facto dos palitos não se saldarem numa diminuição proporcional de sofrimento. Ou seja, não dão uma mera dor de palito — dão à mesma, incontrovertivelmente, dor de corno. Não é mais carinhoso, por isso, pôr os «palitos» a alguém — continua a ser exactamente o mesmo que pôr os outros.
Tudo isto vem a propósito da forma atípica, entre os povos latinos, que assume o machismo português. Não se trata do machismo triunfalmente dominador, género «Aqui quem manda sou eu!», do brutamontes que não dá satisfações à mulher. Não — o machismo português, imortalizado pelo fado «Não venhas tarde», é um machismo apologético, todo «desculpa lá ó Mafalda», que alcança os seus objectivos de uma maneira mais eficaz. É, de facto, o machismo que, não só dá satisfações, como vive delas.
O machismo português é o machismo, não da força masculina, mas da fraqueza. Não consiste no homem armar-se em agressor, mas em vítima. O logro é este: o homem apresenta-se sempre à mulher como vítima da natureza «de homem», dele. Ser homem, para o machista português, é ser essencialmente fraco. É um não-ser-capaz de resistir às tentações; um envergonhado «já sabes como é, filha» que serve para legitimar todos os privilégios de que goza (aos quais chama «deslizes»). À mulher não se admitem estes abusos — os copos, as entradas às tantas da manhã, os romances — porque o homem português considera a mulher um ser superior. Como é superior — mais forte, mais séria, mais responsável, mais ajuizada — não tem, muito simplesmente, direito a nada.



O homem trata-a como se trata um deus. Julga que ela sabe tudo e, mesmo quando ele lhe mente, sabe que ela não se convence. Pensa também que ele pode tudo e é daqui que vem o medo enorme que lhe tem. E, tal como se faz com um deus, ele peca e pede perdão, mas sem perdoar em troca — porque um deus, por definição, não pode pecar. Se acaso uma mulher não corresponde a este comportamento divino, é logo considerada uma desgraçada, uma meretriz, uma sem-vergonha. Em suma: no fundo, uma criatura tão baixa e desprezível como um homem.
Logo, é a inferioridade do homem — infinitamente confessada, declarada e propagandeada — que lhe impõe o direito de pecar e ser perdoado, e a superioridade da mulher que lhe confere a obrigação de perdoar. O homem, no machismo português, é pouco mais que uma pilha imponente e irresistível de vulnerabilidades. As outras mulheres atraem-no sempre contra vontade, e ele, coitado, não se consegue defender e vai-se instantaneamente abaixo. Como cantava o Carlos Ramos «Tu sabes bem que eu vou para outra mulher, que eu só faço o que ela quer...». A mulher, cheia de uma compreensão indistinguível da santidade, vê-o da janela, coração a sofrer de amor e de piedade, e apenas lhe pede («com carinho») que não venha tarde, «sabendo que ele vem sempre mais tarde». É este o machismo estritamente português, a meio-caminho entre o «Desculpem qualquer coisinha» e o «Era uma vez um rapaz». Nunca diz, à castelhana, «Quero e posso!»; nem disfarça, à italiana, dizendo «Posso mas não quero». Não. Diz, muito à portuguesa «Não quero, mas o que é que tu queres?, é o que posso...». O homem português nunca tem culpa. Arrepende-se sempre, mas não tem culpa porque não consegue deixar de fazer (por muito que não tente) as coisas que lhe apetece imenso fazer. A mulher, em contrapartida, tem quase sempre culpa. Tem, por exemplo, a culpa de atrair o homem, não porque o queira atrair (o querer ou não é irrelevante), mas, simplesmente, porque é mulher, e ele é homem, e não há absolutamente nada a fazer...
O machismo português não é afirmativo e orgulhoso frente à mulher. É um machismo conjuntivo — «Eu bem gostaria de ser fiel, mas...», ou «Eu bem gostaria de passar mais tempo em casa, mas...», ou ainda «Eu bem gostaria de não ser como sou, mas...». É esse «mas» que torna o machismo português diferente — não é tanto de macho como de «mas», não é tanto um autêntico machismo como um masismo. Ele não é senhor do seu destino, como ela é do dela (e do dele). As coisas acontecem-lhe, ele bem tentou; foi uma coisa que lhe deu, ele nem sequer deu por ela, e, pronto, «o que é que tu queres, filha?», aconteceu...
A relação entre o homem português e a mulher é vista (pelo homem), como a relação que tem cada um com a sua consciência. E, ao passo que cada um pode andar na boa vai-ela (e depois penitenciar-se), o mesmo não se imagina (nem consente!) à consciência. E, o mais engraçado de tudo, é que a mulher que «sabe tudo», até isto sabe. Ou seja: sabe perfeitamente que esta do «Tu sabes bem...» é pouco mais que uma excelente treta que os homens propagam para poderem pensar que se divertem mais do que as mulheres. O que torna a mulher portuguesa ainda mais superior. Claro.
Tudo isto para regressar, sem dor, à questão dos palitos. A tese central, criação única do machismo português, é esta: É muito fácil pôr os palitos a um homem (basta a mulher olhar para outro), mas é quase impossível pôr os palitos a uma mulher (porque nunca se consegue enganar a consciência). Um homem pode ser, por dá-cá-aquela-palha, um «corno manso», o que é muito pior que ser um corno selvagem ou só semicivilizado. Mas não existe, na língua, correspondência para o sexo feminino. Os palitos são uma coisa terrível que as mulheres podem pôr aos homens mesmo sem chegar a pô-los; mas que os homens nunca podem pôr às mulheres, por muito que lhos ponham. Nesta vantajosa lógica, bastante mais complexa e respeitosa do que aquela que anima outros machismos menos atlânticos, se encontra a alegria e a tristeza do autêntico macho português — aquele que vem sempre mais tarde, mas cada vez mais cabisbaixo. "


Tenham uma grande semana!




quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Inevitabilidade....



"E eis que de repente eles param e
mudos, graves, espantados se olham nos olhos:
é que eles sabiam que um dia iriam amar."

Um Sopro de Vida

Clarice Lispector
 
 
 
 

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