terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O casamento acaba com a paixão e o desejo?

 
 
 
"Devia-se estar sempre apaixonado.
É a razão pela qual nunca nos devíamos casar."

Óscar Wilde


Eis uma afirmação que nos obriga a reflectir. É óbvio que para quem nunca casou, ou se casou há pouco tempo, ou, ainda, para quem tem um casamento durante o qual ainda não tenha ocorrido uma “crise”, obviamente responderá que não está de acordo.
Mas a resposta será assim tão linear?

Será que é possível duas pessoas estarem casados 10, 20, 30 anos e mais e manter acesa a paixão e o desejo?

Mas a paixão não é um sentimento que se vai desvanecendo com o tempo e vai dando lugar a um sentimento mais sereno? Ou será que só é possível existir o amor se a paixão persistir?
Se assim for, o que resta a um casal? A partilha, a cumplicidade e o carinho? E é suficiente?

Ou, como ouvi uma colega dizer hoje, o casamento entre duas pessoas só se mantém por simples comodismo, porque é tarde para recomeçar ?

Mas há uma idade para sentir paixão? Para sentir desejo? Para amar? Para recomeçar?

Ou será o medo de enfrentar os nossos sentimentos e os nossos anseios?



 

9 comentários:

AC disse...

A rotina instalada no casamento mata a paixão e o desejo, o facto de estarem juntos sem usufruírem de tempo de qualidade, dos silêncios de tudo o que devia ser dito e fica por dizer, o comodismo, o egoísmo individual..tudo isso aniquila o amor...e sim as pessoas ficam juntas por causa dos filhos, temem a solidão na velhice, e dá muito trabalho recomeçar de novo para terminar de forma igual:)

Paula disse...

Para mim a chama pode ser sempre mantida acesa apenas não com tanta frequência.

Beijos

agri disse...

Ni,

Se alguma vez leste algum dos meus posts, já deves ter lido que a minha teoria é a do medo... Medo do que os outros vão pensar, medo de ficar só, medo de não voltar a sentir borboletas na barriga, medo de admitir que se falhou, medo, medo, medo... Às vezes medo de nós, medo de filmes que a nossa cabeça faz, sem razão de ser!
Não acho que haja idade para sentir paixão, desejo, para amar. Muito menos para recomeçar... Agora que custa dar o passo, custa... Mesmo quando se sabe que aquele não é o caminho. Mesmo quando há partilha, respeito... Não, não chega!!

Anónimo disse...

Na vida de cada pessoa há rotinas.
Acredito que o casal pode alimentar o amor, quando há cumplicidade, diálogo, zangas, tempo, tristezas, alegrias e segredos, também.
E essencialmente deve haver confiança e segurança.
AC disse o essencial.
:)

Anónimo disse...

Ni, o medo de nós, os filmes que as mulheres fazem,sem razão de ser,são o que destroem o amor.
Amamos os nosso pais e irmãos,temos medos por eles, mas confiamos neles.
Então, por que temos nós medo de que a paixão volte? Por que temos nós medo dos outros? Por que temos medos de nós próprias?
Porque o amor e o desafio são outros.
Porque queremos ser quase perfeitas.
Porque queremos ser tudo.

:)

LOURENZO disse...

A paixão não existe acontece...

Eu Mesma! disse...

Não concordo...
Aliás.. detesto as pessoas que se armam em "inteligentes" e acreditam piamente que a palavra casamento "estraga tudo e limita a relação"...

ora bolas..
casamento... relação aberta.... fechada... e o raio que a parta... cabe a cada um de nós manter o que seja que escolhemos para nós vivo e interessante...

Considerarmos que apenas uma palavra como casamento estraga .... é sermos redutores com as nossas próprias escolhas....

GATA disse...

A paixão é um momento, não pode ser a base de um casamento. O amor, o respeito, a cumplicidade, a amizade, sim.

De qualquer modo, eu não acredito no casamento, enquanto compromisso, por uma simples razão: falta de empenho. A maioria das pessoas (há sempre excepções, claro) não assume a responsabilidade, à mínima dificuldade, desiste. E eu não gosto de gente sem 'garra'! Não posso, nem quero, envolver-me com alguém que, quando as coisas correm mal, abandona o 'barco' (já passei por isso e fiquei 'escaldada...)

Anónimo disse...

Também concordo Eu Mesma, sermos sedutoras com as nossas próprias escolhas.

:)

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