No outro dia a Pinxexa afirmou que o meu problema era a solidão. Eu respondi que era uma pessoa que lidava muito bem com a solidão.
E é verdade. Com isto não quero dizer que viva de costas para o mundo. Longe disso...
Durante quase toda minha vida, a solidão foi a minha amiga, a minha confidente. Sempre vivi com ela e, aos poucos, aprendi a ter a solidão como uma amiga principalmente quando me encontro no turbilhão dos sentidos, na confusão das emoções.
Nessas alturas é o meu porto de abrigo. Que me aconchega e me afaga. Que me dá a serenidade para tomar as melhores decisões.
Nesse encontro levo apenas comigo a música. Isso não prescindo. Assumo, sou dependente da música. No trabalho, em casa, na rua...
Um momento perfeito? Caminhar junto ao mar enquanto ouço música...
Ouço todo o estilo de música. Depende do meu estado de espírito. Há aquelas músicas que me fazem recuar ao passado (baú das recordações), há aquelas que identificam o meu estado de espírito no momento (porque me apetece dizer isto) e há aquelas que identificam um momento da minha vida (as músicas da minha vida).
Se formos a ver, no fundo, nunca estou só....
3 comentários:
sou mais ou menos com tu no que à solidão diz respeito,
aliás, por ser um tipo simpático nunca a consigo gozar muito tempo, num instante estou só, e no outro a seguir rodeado de multidões =)
acrescento apenas que tantas e tantas vezes estou acompanhado e no entanto mais só do que algumas das que estou sem mais ninguém por perto.
diz-se por aí até que nascemos, vivemos e morremos sós, completamente.
dramatismos à parte o truque é aproveitar BEM a companhia das pessoas que gostam de nós de verdade.
Solo, uma vez mais, subscrevo tudo o que escreveste.
Bjs
Ni, se a solidão é tua amiga e confidente porque precisas sempre da música quando lidas com ela?
Bjs
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