sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Para Reflectir


"A mulher que amamos só poucas vezes satisfaz as nossas necessidades, pelo que lhe somos infiéis com a mulher que não amamos." (Marcel Proust)

Um bom-fim-de-semana para todos.

16 comentários:

Solo disse...

com os diabos

vais buscar cada tema, vou-te dizer, até eu, sempre de resposta pronta, fico meio sem jeito :)

(tenho que começar a ler mais os grandes autores/filósofos)

esta afirmação tem tanto de notável como de vasta (e também é um bocadinho cruel e até triste)

quer dizer, levanta mais questões do que responde:
- isto é sempre assim ou só acontece com os cobardes? ou serão os corajosos que agem assim?
- que necessidades?
- porque não satisfaz a mulher que amamos todas as nossas necessidades?
- e a mulher que satifaz (a outra) é uma ou são várias?
- se são várias a quantas somos infiéis?
...

epá, com os diabos!

(um apontamento que não tem nada a ver: é impressão minha ou anda aqui um tema recorrentemente a ser abordado?)

NI disse...

solo, devo dizer que desde muito nova que comecei a interessar-me por pensamentos. É que, por vezes, simples frases encerram verdades indesmentíveis. É um dos meus passatempos. Faz-me pensar e reflectir.

Depois da tua última observação fui ler os últimos pensamentos e, de facto, parece que há um tema dominante mas, acredita, será pura coincidência.

Anónimo disse...

HIRRAA!!!
Deus queira que esse palerma do Proust esteja enganado. Também se não estiver prefiro que o meu homem não me ame...
lololo

Anónimo disse...

pinxexa que comentou o ultimo post
pinxexa

Francisco o Pensador disse...

Ni,tens de seleccionar melhor os pensamentos que possam ser objecto de reflexão!
Esta frase é um paradoxo e não merece qualquer atenção da parte de pessoas inteligentes..

Francamente...
Analisa um pouco melhor o que ele está a dizer.

"A mulher que amamos só poucas vezes satisfaz as nossas necessidades"

1º pensamento - Quais necessidades? As de amor? de partilha? de paz? de cumplicidade? de vinho? de dinheiro? de sexo?

"pelo que lhe somos infiéis com a mulher que não amamos"

2º pensamento - Mais um pseudo-filosofo que escreve para as revistas cor-de-rosa e que não percebe patavina daquilo que ele julga conhecer.
Se amamos alguém,como podemos nós ser infiéis?????
Se somos infiéis é porque não sentimos amor,certo NI???
A fidelidade é parte integrante do amor!!!
Se ela não existir,o amor também não existe!!

Logo..esta frase não tem nem pés nem cabeça!!

Concordas comigo NI?

Isto é aquilo que se chama um filosofo?
Então,se eles são todos assim,prefiro ser burro toda a vida!

Palavra de Pensador.

Bjs

NI disse...

Pensador, o titulo era: para refletir.

O papel da filosofia e esse mesmo: fazer-nos pensar, incentivar o dialogo mas, acima de tudo, o de criarmos as nossas proprias ideias.

Quanto a frase: concordo com o que tu dizes mas, nao e menos verdade, que este pensamento retrata verdades do nosso dia-a-dia.

Poderia dar muitos exemplos, quem ja tratou de tantos divorcios como eu sabe que ha factos que comprovam esta frase.

Francisco o Pensador disse...

Ni,não posso deixar que se vulgarize o sentido da palavra Amor!

Quem ama,não é infiel! Ponto! (Já não existe qualquer espaço para um "mas"..)

Esta frase poderia ter algum significado se fosse:"A mulher com quem casamos só poucas vezes satisfaz as nossas necessidades, pelo que lhe somos infiéis com mulheres que não gostamos"

Comprendes onde quero chegar?

Enquanto essa frase envolver a palavra "amar",jamais ganhará o sentido que pretende e jamais será verdadeira!

Desde quando é que somos infiéis às pessoas que amamos?

Bjs

Anónimo disse...

Ni estou de acordo contigo .

Beijinhos

Carlota Joaquina

Solo disse...

txi

o pensador está mesmo apaixonado

a Pensadora disse...

Solo

Nao se trata de se estar apaixonado mas sim de saber valorizar o Amor (sao poucos os sortudos/as). Talvez este Marcel nao tenha tido a felicidade de conhecer o amor em toda a sua esplendidez e assim chegado a esta errada conclusao.

Escusado sera dizer que estou de pleno acordo com o pensador! :)

Anónimo disse...

Mais uma que daria muito que falar. Falta tempo. Vou dizer algo "a correr":
P/mim de certo modo o Marcel está certo;
Porém, se amamos uma mulher é por que ela nos satisfaz e vice-versa;
Se não há sexo, em vez de amor será amizade como diria Rita Lee.
Quanto ao procurar outra pessoa, eu quando era solteiro não concebia que um homem casado tivesse umas escapadelas; Hoje já "perdoo", embora fosse melhor falar com o cônjuge e se fosse o caso, partir para outra.
Há pessoas que não vivem sem sexo, é um assunto sério.
Quanto ao amor, é uma coisa bonita. O amor é o q´agárra como diria o grande José Vilhena.
Estou de acordo, o Pensador está apaixonado pelo que temos observado (e nós também). Deve sê-lo - casado há um ano ou ano e meio, acertei?
É tudo por hoje. É tarde.
Cumprimentos.

Francisco o Pensador disse...

Antoniojosef,meu caro amigo,este ano celebrei 10 anos de casamento e sim,não me envergonho de dizer que continuo vivamente apaixonado pela minha esposa.
Mas achei uma certa piada à sua mensagem porque quando eu tinha 1 ano ou ano e 1/2 de casado,não sentia o amor que sinto hoje pela minha esposa.

Amigo Antonio,quando procuramos amar alguém de verdade (sem ser aquele amor de circunstância..),o amor só cresce com o tempo,nunca esmorece...
Mas para isso temos que nos sentir dispostos a aceitar de corpo e mente todo o bem ,mas também todo o mal que esse amor poderá nos dar.

Neste blog já debatemos por diversas vezes a diferença entre o "amor" e a "paixão".
Uma paixão não sobrevive sem o sexo,mas um amor sobrevive perfeitamente.

Todo o homem que é infiel nunca poderá dizer que sente amor pela sua esposa. (e vice versa).
Sente sim,é um amor de conveniência...do genêro "tenho quem me lave as roupas,me faça a comida e passe a minha roupa a ferro".

O amor é lealdade,por isso jamais cederá qualquer espaço para a infidelidade.

Mas concordo consigo numa frase:"Se amamos uma mulher é porque essa mulher nos satisfaz plenamente"

Um abraço Antonio.

NI disse...

antoniojosef e pensador...parabéns.

bjs aos dois

Anónimo disse...

Muito bem Pensador;
Eu também casei, mas há 24; Tenho 2 herdeiros (e tu, quantos?) que estão numa "idade difícil" - mais para nós pais, pelo que vejo.
Com o acrescer de trabalho, problemas familiares ( mais uns casais que outros, of course), o "amor", se não esmorece um pouco, fica em parte periclitante, o que não é saudável, mas é a vida.
De minha parte consigo levar a coisa graças a uma certa dose de "sense of humor", bom astral como dizem nossos irmãos brasileiros.
Não sabia que tinham aqui debatido o Amor e paixão. Dizes que "uma paixão não sobrevive sem sexo mas um amor sobrevive PERFEITAMENTE".
Deixaste-me um bocado pensativo. Não, não estou de acordo, como já disse, sem meter a escrita em dia, é Amizade, se não descambar em pior, em muitos casos.
Bem, tenho que sair.
Cumprimentos a ti, à Ni (que está um bocado de acordo comigo - até hà pouco) e a todos os deponentes.

Unknown disse...

antoniojosef, porque razão afirmaste que eu estava de acordo contigo até à pouco?

Não, estava e estou de acordo contigo.

É óbvio que admiro os casais que passados tantos anos continuam a amar-se de forma inabalável.

Quanto à frase: "uma paixão não sobrevive sem sexo mas um amor sobrevive PERFEITAMENTE", defendida pelo Pensador, também aqui estou de acordo contigo.

Solo disse...

ena

não acho nada que o sexo seja determinante para o fim duma paixão, quantas vezes se está profundamente apaixonado e nem sequer se tocou com um dedo no objecto dos nossos sentimentos - o que mata a paixão é uma de duas coisas, outra paixão ou o tempo.

por outro lado acho perfeitamente possível amar-se alguém sem que o sexo seja parte da coisa,

dito isto pode parecer que concordo com o casal pensador, mas não,

a ideia que transmitem de que o amor é uma coisa tão absoluta que aniquila todos os 'obstaculos' nomeadamente a infidelidade, para mim não existe, (e não é sra Pensadora porque valorize menos o amor, ou porque nunca tenha encontrado alguém que verdadeiramente ame),

aliás acho muito mais provavel que não se consiga ser infiel quando se é vitima da paixão do que quando "apenas" se ama,

claro que quando se tem uma relação de amor forte e consolidado é mais "fácil" controlar os nossos instintos e ser fiel e fazer o que poeticamente chamam de crescer o amor,

claro que é possível passar pela vida sempre com a mesma pessoa, mas exige sacrifício, dedicação e sobretudo controle emocional.

em conclusão, concordo com o sr filósofo em questão, até porque para ser infiel não é necessário que o sexo faça parte da equação.

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