segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

As palavras que nunca te direi...



Porque nunca me deixaste dizer e porque está a fazer um ano. Prazo que dei a mim própria para encerrar um dos piores momentos da minha vida. Sempre pensei que pudessemos ultrapassar a situação e esperei...

Mas vamos em frente.

Não foi importante teres mudado de opinião. Sempre afirmei que se tem que ter algum cuidado quando se fazem afirmações definitivas como, por exemplo, "...eu nunca faria isso a alguém, muito menos a um amigo". Mas é perfeitamente legítimo mudar de opinião.

Não foi importante um terceiro ter sido o porta-voz da tua decisão para me ir preparando. Mesmo sabendo a minha opinião sobre esse terceiro. Mas dizer a esse terceiro que já não aguentavas fazer mais sacrifícios por mim? Não me podias ter dito isso pessoalmente?

Não foi relevante teres acreditado nos outros sem me teres ouvido a mim. Apesar de eu sempre ter dado o beneficio da dúvida mesmo a quem nada me diz.

Não foi importante ter sido facilmente "substituida". Hoje tudo é descartável. Até as amizades.

O que, para mim, foi verdadeiramente importante, e não consigo esquecer foi a tua necessidade de atacares, num momento de enorme fragilidade, a minha auto-estima para justificares uma decisão consciente e legítima. Atacar alguém que já está no chão?

Sabes, apenas precisava de um abraço teu...

Todas as nossas decisões, por melhores que elas sejam, têm consequências.

Mas a forma como agimos pode fazer toda a diferença.

Devemos agir de forma a respeitar os outros. Principalmente quando as nossas decisões podem, de alguma forma, afectar a vida dessas pessoas. E, decididamente, não me respeitaste.

A razão? Quero querer que não sabias como gerir a situação. Era uma situação complicada mas que se resolvia se antes de teres feito a tua opção falasses comigo e não com terceiros.

Nos piores tempos da tua vida estive presente. E, não, não foi nenhum sacrifício...
  
E eu? Bom, num dos piores momentos estive sozinha. Fizeste tudo para que me sentisse só.

Quando combinavas estar comigo e, bem em cima da hora, lá me "trocavas" por uma companhia mais agradável. Não fizeste isso aos outros, pois não? Foi então que decidi "facilitar" a tua vida e deixar-te à vontade para que não te sentisses na obrigação de estar a avisar que "hoje não porque...".

Mas sempre encontrei a minha força na solidão.

Neste momento apenas quero arrumar estas memórias no baú e guardá-lo no recanto mais longínquo da minha mente.

Para recordar ficam os momentos mágicos e inesquecíveis que passamos.

O que te desejo?

O que sempre desejei. Que sejas feliz. Mais do que eu sou!!!


Step one you say we need to talk

He walks you say sit down it's just a talk

He smiles politely back at you

You stare politely right on through

Some sort of window to your right

As he goes left and you stay right

Between the lines of fear and blame

And you begin to wonder why you came



Where did I go wrong, I lost a friend

Somewhere along in the bitterness

I would have stayed up with you all night

Had I known how to save a life





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