No início não se vislumbra o fim. É infinita...
Uma imensa recta que temos ansiedade de percorrer a direito, com pressa.
O nosso principal desejo é saber onde é que a estrada nos leva.
O que será que está no fim da estrada?
Uns anos mais tarde vemos que a estrada não é direita. É cheia de curvas e contracurvas.
Algumas vezes somos vários a percorrer a mesma estrada. Outras vezes andámos quilómetros sem vislumbrar ninguém. Estámos sós...
Alguns troços parecem autênticas scut's, (da zona norte, claro está), em que andámos bem e...no final temos que pagar.
Outros, parecem montanhas intransponíveis e olhámos à volta a tentar descobrir qual o meio mais eficaz de cortar caminho para chegar a tempo e horas ao nosso destino.
E depois há aqueles troços cheios de buracos criados pelas tempestades que não conseguimos controlar e, aqui e ali, vemos alguém a tentar "remendar" a estrada e a dar-nos indicações sobre alternativas.
Depois chegámos a meio da estrada. Continuámos sem ver o final e sem saber o que lá se encontra.
Mas, curiosamente, já não temos ânsia de lá chegar.
Preferimos parar na estação de serviço mais próxima. E sentámo-nos...à espera que o depósito fique atestado.
É tarde? Talvez. Mas dá para esperar. Serenamente. Já fizemos muito caminho e o fim pode esperar...
E é nesta altura, neste preciso momento, que nos sentimos verdadeiramente livres.
8 comentários:
O caminho faz-se caminhando, como dizia o outro. A estrada somos nós que a fazemos... se há dias em que trabalhamos muito para a construir, há outros dias em que ficamos à espera que alguém a construa por nós.
E é tão bom sentirmo-nos assim... sem rédeas :)
E para a frente é que é caminho! :p
S*, eu cá acho que a estrada já existe. A forma como a percorremos é que pode ser divergir. Por vezes nascemos com uma estrada tortuosa e conseguimos fazer desvios para evitar os precipícios e as pedras do caminho. Outros nascem com uma estrada que é uma longa recta, sem grandes obstáculos e que colocam o pé no acelerador sem ter em conta que ao fim de uma recta pode existir uma curva perigosa. Traduzindo: Há uns que nascem com o cú para o sol e outros que nascem com o cú para a lua. Há quem chame a isso "karma", outros chamam "destino". É à vontade do "freguês". :)
Corina, acima de tudo é bom enfrentar a vida com uma enorme serenidade.
Bloguótico, desde que não haja uma parede em frente, ahahahahah
Beijos a todos
Adorei o teu texto... e a tua caminhada...
e sorri no final... acho que dei por mim a imaginar-me a escrever um post deste estilho... imaginei-me a percorrer a mesma estrada...
e a musica é fantastica :)
Fazer o caminho de cabeça altiva e focar no destino. Pedras, buracos, claro que encontramos mas, temos que estar atentos para saltar, cada obstáculo!
Kiss
Eu Mesma, há há bastante tempo que ando a dizer que temos muitas coisas em comum :)
Essência, concordo, sendo certo que muitas das pedras Vêem de cima. Ora, se vamos estar atentos às pedras que estão no chão para saltar por cima delas, muitas vezes não vemos as que caem do monte no exacto momento em que estamos a pensar. Estilo "lugar errado à hora errada".
:)
Beijos às duas
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