terça-feira, 24 de abril de 2007


33 ANOS DE DEMOCRACIA

A Família versus Democracia:


Antes de mais, o que se entende por Família?

Poderíamos adiantar muitas definições. Contudo, para mim, a mais adequada é aquela que define Família como sendo a célula fundamental da sociedade. É o lugar do nascimento e do crescimento do Ser Humano. Ela, a Família, ”... é o tesouro mais precioso da humanidade, confundindo todas as raças, religiões e regimes políticos. A Família é o eixo da solidariedade intergeracional...”. Aí tem lugar todo o ciclo da Vida: do nascer ao morrer, da infância à maioridade e desta à velhice.

Numa sociedade lúcida e preocupada com o seu futuro, a Família é considerada em primeiro lugar.

É na Família que se aprende a ser solidário e leal. Como afirmou o Eng.º Falcão e Cunha, “...A Família é a célula base da democracia...”.

A Constituição da República Portuguesa reconhece a importância da Família, assumindo o Estado a obrigação de criar os mecanismos necessários para dar a cada pessoa, na sua Família, as condições indispensáveis a um desenvolvimento saudável.

Das condições enumeradas na Constituição há 3 que sobressaem pela sua importância: Emprego, Habitação e Segurança.

Comecemos pela última. É do conhecimento geral que a insegurança de pessoas e bens é um dos actuais flagelos da sociedade portuguesa.

Já em 1994, o Bispo de Coimbra, D. João Alves, afirmava que, e cito, “A cada passo deparámos com situações de violência na Família, na Escola, nos Centros urbanos e arredores. Estamos perante uma realidade difícil de compreender, complexa”.

Hoje, passados que estão mais de dez anos o problema está por resolver.

Quanto ao problema da habitação, e apesar de se estar ainda longe de proporcionar a cada Família uma habitação condigna penso que se registaram avanços significativos.

Quanto ao emprego, se é verdade que a taxa de desemprego está muito abaixo das taxas que se verificavam nos anos 90, não é menos verdade que é preocupante o número de jovens, qualificados diga-se, no desemprego.

Como em tempos afirmou o Padre Vitor Melícias, “...na sociedade portuguesa, há de positivo o terem-se criado as condições formais da democracia. Mas isso, infelizmente, tem sido acompanhado por uma deficiência da pedagogia da democracia real, participada. Quer dizer, Portugal é a casa de todos os portugueses, onde todos se encontram uns com os outros e com o destino comum. Mas hoje, na prática, estão a favorecer-se separações por motivos político-partidários, por razões de pertença a grupos, por certos clientelismos que se vão fazendo, por exemplo dos empregos, porque o desemprego é uma ameaça constante. Estas formas de dependência estão a afastar pessoas de pessoas e a criar velhas e indesejáveis suspeições e desconfianças que, a não serem tratadas, podem levar àquilo a que na História de Portugal já ocorreu algumas vezes, com a Inquisição e com a PIDE, essa nova forma de Inquisição”.

Preocupa-me o País tal como o vejo, desmobilizado e desorientado.

A grande questão que se coloca à sociedade portuguesa de hoje é como traduzir um eventual crescimento económico em progresso social.

O país vive hoje um complexo período de perturbações sociais, culturais, em que a confiança no futuro e a credibilidade da classe política são severamente atingidos.

Aprofunda-se as desigualdades e as injustiças sociais, fazendo com que a ostentação e o esbanjamento coexistam com a pobreza e a miséria.

Resta-nos a esperança.

A esperança não como um consolo mas, sim, como uma vontade indomável, determinada de mudarmos, cada um de nós e enquanto Povo, o que está mal, porquanto a democracia exige uma sociedade participativa, responsável, civicamente madura, solidária e cumpridora das normas legais. A democracia é, deste modo, o sistema político mais exigente para qualquer um de nós. Enquanto uma sociedade não tiver, no seu elemento humano, maturidade democrática estará, inevitavelmente, exposta aos "devaneios" de "meia dúzia". Elemento humano, reafirme-se, que nasce e cresce na primeira célula da democracia: a Família.
Um bom 25 de Abril para todos
Abraços
NI

37 comentários:

Anónimo disse...

Sim, são pontos de vista de válidos os que a Ni aqui colocou, nomeadamente aquele que serve de pano de fundo: a família como ponto de diálogo. Aqui o problema está na educação, em meu entender. E é isso que tem que ser cimentado em casa, a discussão. Acompanhar o noticiário, discutir a escola com os miúdos, chamar a atenção para uma série de aspectos. Isto, por mais generalista que possa parecer, cria condições críticas num sujeito e pode protegê-lo em eventuais situações de risco, como o contacto com determinadas realidades. É a família que deve consolidar um quadro crítico de valores, por mais adversas que sejam as situações. A família deve ser o espaço por excelência da cidadania em sintonia com a escola e outras instituições. E é preciso ter cuidado com o que se passa na escola, uma vez que os nossos filhos não têm o mesmo comportamento na escola, como têm em casa ou como noutro espaço de socialização. Estes têm códigos próprios. E se um professor me diz que o meu filho têm isto ou aquilo, eu tenho que fazer suspensão de juízo e averiguar o que se passa nas duas partes. O papel do professor sofre um descrédito social cada vez maior, ao contrário do que se passava há uns anos atrás. Ao mesmo tempo, há que se interessar pela vida escolar dos filhos e imprimir valores de trabalho e de juízo crítico. Ensiná-los, nós também, a trabalhar. Não, isto não é da escola, passa também por um trabalho de casa, e por isso mesmo, divisão de tarefas, etc.
Isto é apenas um simples contributo ao seu escrito. Os assuntos são bem mais complexos. Mas que o seu sítio sirva para isto.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Oh Ni, então esse cravo vermelho?
Este foi o primeiro dia de todos os outros dias. Traga outro amigo também!

NI disse...

Luís António Almeida:

Gostaria,a exemplo do que tem acontecido em anteriores anos de comemorar condgnamente o 25 de Abril. Contudo,tenho amanhã um julgamento importante que me obriga a estudar. Só saí de casa para tomar um café. Tenho assistidoaos programas de homenagem ao Zeca Afonso e revi o filme da Medeiros.

Não faz mal. na mesa da minha cozinha tenho cravos (foi a minha filha mais nova que me ofereceu).

Gostei bastante da sua intervenção. Foca alguns pontos que gostaria de responder. Vamos lá ver se amanhã tenho hipóteses.

Um grande abraço.

NI

Anónimo disse...

Cara Ni, o meu 25 de Abril Também está a ser em casa. Ainda dei um pulo à rua, comprei uns cravos, fiquei contente porque vi um senhor velhote com um cravo na lapela, todo contente. Também vi o filme da Maria de Medeiros, outra vez. Tenho uma ou outra reticiência sobre o filme, mas gosto do esforço em que ela faz em passar a ideia de juventude dos protagonistas. A cena em que cantam Madalena Iglesias não deixa de ser divertida. Cá em casa ouve-se música.

Bom trabalho.

Anónimo disse...

Ni,ainda não publiquei nenhum comentário nesta secção apenas por falta de tempo,mas prometo fazê-lo!
Acho este tema da familia muito interessante e muito sério..

Gostaria de honrar este tema!

Voltarei oportunamente..

Um abrago.

Anónimo disse...

Espera ai!...
Eu disse "Um abrago"?

Eu estou a ficar pior!
Se calhar o Júlio de Matos não é péssima ideia!

O que eu queria dizer era "um Abraço"!

E muito grande!!!!

Anónimo disse...

Cumprimentos,

Reli o texto que aqui escrevi e vi uma ou outra gralha. Além disso, gostaria de introduzir ao assunto os esforços do plano nacional de leitura - visíveis a nível de publicidade institucional - em introduzir a leitura no quotidiano dos mais jovens. O argumento é forte: alia a incrementação de uma posição crítica a um momento de prazer e de intimidade do sujeito consigo mesmo. Excelente. Contudo, os meios de acção, como a dita publicidade institucinal - ainda que boa - não me parece suficiente. Porquê? Só a vejo no canal de serviço público, tudo muito bem, mas deveria existir uma maior aproximação aos privados. Ai, os canais privados (cada vez piores) são de natureza diferente. Pois, pois são, mas não deixam de intervir junto do quotidiano das pessoas e, por isso mesmo, deveriam ser permeáveis a este tipo de acção e de formação de cidadania. Pode a Floribella ser vista, debaixo de uma árvore, com um livro. Devo ser rico em sonhos...
Por um outro lado, este tipo de publicidade institucional deveria ocorrer com maior frequência no chamdo horário nobre e não ser remetido, como acontece no canal 2, para horas mais tardias. Mas esta publicidade é apenas um elemento de fomentação. A tarefa, a ser, pelo menos, ponderada, cabe aos pais, aos professores, aos editores livreiros e, claro está, aos possíveis leitores. Lembro a colecção do Público, que era bem boa e foi um excelente passo. Agora há um acordo entre editoras (as melhores) que estão a executar uma edição de livros de bolso com alguns títulos dos seus catálogos. Vai haver Homero, Proust, etc. E o que há de bom nisto é mesmo a ideia de livro de bolso, rara em Portugal, tirando as edições da Asa e da D. Quixote. A maior coleccção de bolso é da Europa-América mas é um horror: traduções más, mau papel, mau gosto gráfico, etc. Os melhores cumprimentos.

NI disse...

Caro Amigo Luís António Almeida:

Focou um dos temas mais importantes, no meu ponto de vista, que se colocam na sociedade portuguesa.

Por influência do meu pai, sobejamente conhecida, sempre encarei a leitura como elemento essencial no crescimento intelectual do ser humano. E, confesso, pouco me importa que tipo de leitura. Nem todos gostarão de Dumas, Homero, Saramago, Eça, Lobo Antunes. Não interessa. A leitura de um jornal contribui para a diminuição da letarcia.

Cresci numa família que incentivava a leitura. Nos aniversários, natais, passagens de anos lectivos, as prendas do meu pai eram, invariavelmente, livros.

As pessoas acharão um pouco estranho quando digo que com 14 anos já tinha lido os grandes autores portugueses. Eça, Almeida Garrett, Camilo, Aquilino, Virgílio Ferreira, Miguel Torga, Lobo Antunes. Mas é verdade. Também os autores estrangeiros fizeram parte do meu imaginário. Desde Enid Blyton, Hans Christian Andersen e Emily Bronte, até Dostoievsky, Tolstoi, Honoré de Balzac, Charles Dickens, Miguel de Cervantes, George Eliot, Vitor Hugo, Virgílio, etc, etc...

Não é, pois, por acaso que transmiti o gosto pela leitura às minha filhas. Assim, cada uma delas vai "construindo" a sua pópria biblioteca. Os gostos de ambas são diferentes dos meus. Mas, o que verdadeiramente interessa, vão lendo.

neste momento já é possível aliar o livro às novas tecnologias. Se é verdade que é um pouco diferente de se pegar num livro e se ler (pois no presente caso trata-se de ouvir livros), não é menos verdade que poderá constituir uma forma dos jovens (mais disponíveis para as novas tecnologias)possam ter contacto com grandes autores.

Um abraço

NI

Anónimo disse...

Era muito desconfiado dos audiobooks, até que defini uma condição para mim mesmo: só ouço se já tiver lido o livro. E foi muito bom, apesar de ser refractário nestas coisas. Não seria uma má ideia apostar-se no áudio, nomeadamente na poesia. Assim, uma editora poderia criar um catálogo de áudio, paralelo ao livreiro( editoras como a Assírio, da qual os jovens gostam muito - é quase um ícone indie - talvez não se dessem mal com isto). Ou até fazer pequenas antologias com um bom booklet, onde se reproduziriam os ditos poemas. A coisa seria mais apetecível com um bom design gráfico e uma boa voz, alguém reconhecido. Também não seria má ideia as editoras, nos seus sites, permitirem o download de poemas, mediante o pagamento de um determinado valor. Na semana x, y declama z. Como leitor, acho que isto poderia funcionar e não vejo nisto, necessáriamente, o fim do formato livro. Aliás, a aura, por assim dizer, de um livro é muito intensa.

Houve na televisão um programa excelente sobre livros. Demorava muito pouco tempo mas eram cinco minutos (não os de jazz na antena 1)mesmo interessantes - captavam a atenção. Chamava-se, salvo erro, "No sofá vermelho" e dava na sic, depois do jornal da noite. Um convidado falava de um livro. E o programa era arrojado, uma vez que criava ambiências de leitura, dados os sítios das entrevistas. Lembro-me de Alice Vieira em Santa Apolónia, por exemplo. Esta ideia da ambiência - a criação de uma certa luminosidade, parece-me bem e pode ser apelativa. Julgo.

Um outro assunto, apesar do anterior não estar encerrado. Enquanto preparava o almoço pensei no seu blog e na sua peculiaridade, dado o contexto da sua origem. Perguntei-me se levei a sério os grandes portugueses. E, infelizmente, disse-me que sim. Na altura fiquei pasmo e brami quanto vi algumas opiniões, nomeadamente a de Eduardo Lourenço. Perdi as estribeiras e chamei-lhe caquético. Os que me quiserem apontar a danação, estejam à vontade. E houve os gato fedorento, a quem chamei grandes portugueses. E vi aquele senhor com o cravo na lapela, como se tivesse vestido o seu melhor fato domingueiro, a subir a rua. Ora,hoje, enquanto abria o armário da cozinha lembrei-me do quadro da Vieira da Silva e pensei: a democracia está na rua. São estes os meus votos para este espaço. Que a democracia esteja na rua! Que o seu blog cresça saudável e irrequieto. E amanhã é dia do trabalhador.

Numa rua comprida
el-rei pastor
vende o soro da vida
que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu

José Afonso, Maio maduro Maio

NI disse...

Caros Amigos

Ai as pressas.

Como é óbvio deve ler-se leteracia e não letarcia.

Abraços

NI

Anónimo disse...

Mais um capiítulo de Portugal: um retrato social. Não sei se foi aqui, mas defendi o programa. A virtude, creio eu, é não ser demasiado académico e balofamente analítico com palavreado sociológico, fazendo sobressair o testemunho no terreno, podendo o espectador ser o próprio juíz. Houve hoje um testemunho que achei marcante: o de uma empenhadíssima operária fabril. A rapariga deu respostas breves, não tirando olho do trabalho (não convinha, não vá o patrão ver que ela ficou entusiasmada com entrevista e, ao mesmo tempo, já se sabe como são os colegas de trabalho. Demonstrou que o que era mais importante do que tudo era trabalhar, era isso que a fixava. Daí não ter a consciência do que é um sindicato, daí que, ao ser interrogada pelo motivo pelo qual deixou a escola, ficou emotiva (a expressão facial disse tudo) mas rematou imediatamente com o argumento que não se interessava pela escola. Note-se ainda que não tinha consciência da condição do seu contrato, não sabendo qual o tempo da sua duração. Aquela rapariga dizia apenas: trabalho, trabalho, trabalho. Francamente, há como que um assombro meu, perante isto, na medida em que ao mesmo tempo sobressai uma espantosa força e uma subtracção a determinados direitos que deviam estar imputados na sua pessoa. Conheci uma rapariga também com uma força imensa, trabalhava numa loja e depois, à tarde, num supermercado. O fim-de-semana, dizia-me ela, era para dormir. Penso que tais situações devem ser retidas para pensamento, na medida em que há uma exacerbação da capacidade de determinação - louvável, é certo, mas que deve ser vista com cuidado, por mor de um maior equilíbrio.
Por um outro lado, o testemunho de uma educadora de infância, já não me lembro, que contou que uma mãe se esqueceu do filho na escola... por mais difícil que seja, ela devia pensar no filho e no que isso pode provocar nele. Bem, mas eu não sou ninguém para julgar os outros. Um outro testemunho de um rapaz (não muito feliz, na minha opinião) que fez considerações vazias sobre a sexualidade e demonstrou a sua inconsciência política de uma forma incrível. Não percebe nada? Pois, muito bem. Desculpem lá, mas isto não é argumento.Mas depois telefonam para a televisão a dizer que Salazar é que era bom. Aliás, o rapaz nem recenseado era. Estou irritado. Se a família anda desarticulada há que colocar espaços de encontro. Se os pais têm consciência que não têm visto os filhos, pelo menos telefonem à hora do almoço. Digam qualquer coisa: que gostam deles, perguntem como vão as coisas, que logo vão fazer um jantar bom, etc. Arranjem maneiras de os compensar. Mas isto depende tudo da consciência de cada um e ter consciência é uma coisa difícil.

Espero reacções a esta entrada semi-irritada, pelo menos no final.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Um assunto para discussão: a nova lei do tabaco. Polémica, com os dois lados com razão. Embora de formas não muito sensatas. É asqueroso o moralismo de um não fumador sobre um fumador. Aponte-se também a lei da denúncia do cliente fumador. Ni, isto é constitucional? Pode uma pessoa ser exposta ao embaraço público por fumar? Talvez me diga, com muita razão, que o consumo de bebidas, é um acto individual, ao contrário de fumar que acaba por envolver outros, segundos ao sujeito do acto. Pois, é muito válido. Mas seria sensato não criar os cidadãos de primeira e os cidadãos de segunda. Já estou a imaginar as minhas vizinhas com os seus sobretudos comidos pela traça e as suas luvas de pelica, todas atarantadas no café, enquanto o marido fuma em casa. Qualquer dia, quando as encontar no elevador, digo-lhes que, afinal, sou comunista. Cai logo a armação do cabelo. A minha mulher é que não me deixa fazer estas coisas.

NI disse...

Caro luís antónio almeida:

Trata-se, de facto, de um assunto actual ou não estivesse em discussão o projecto de lei do governo para esta matéria.

Para que dúvidas não subsistam direi, desde já, que sou fumadora (fumo cerca de 35 cigarros por dia). Já tentei, por duas vezes, deixar de fumar.Não consegui. Admito que é uma questão de força de vontade. Mas, a verdade, é que não consigo.

Independentemente da questão, legítima diga-se, da eventual inconstitucionalidade do diploma (mormente no que diz respeito ao respeito dos direitos, liberdades e garantias), é de destacar a alteração do diploma relativamente à primeira versão. Agora o n.º 2 do art. 6º diz que, e cito " Todos os utentes dos locais referidos no número anterior têm o direito de exigir o cumprimento do disposto nos artigos 3º a 5.º do presente diploma, podendo apresentar queixa por escrito, circunstanciada, usando para o efeito o livro de reclamações disponível no estabelecimento em causa".

mas, no meu ponto de vista, o que ressalta, desde logo, é a hipocrisia de todo este processo.

De facto, e é bom não nos esquecermos, cada maço de tabaco fica a preço de custo, em média, por 0.40 €. Ora, o consumidor final paga, em média 3.00 € por cada maço.
Isto é, são mais de 2.00 € em impostos para o Estado.

Imaginemos agora que um cidadão quer deixar de fumar. Consciente que não consegue deixar de fumar sem apoio recorre a métodos médicos. Ora bem, bem pode esperar sentado: a lista para as consultas anti-tabágicas são superiores a um ano e os medicamentos, para além de não serem comparticipados, estão a preços probitivos para a generalidade do cidadão.

Dir-me-ão. Bom, deixa de fumar e já tem dinheiro para comprar os medicamentos. Não servirá, no meu ponto de vista, como argumento.

A comunidade científica é unânime em considerar o viciado em nicotina como um doente (a exemplo do que acontece com qualquer outra dependência, seja ela do álcool, drogas leves e/ou duras). Ora, se existe apoios efectivos e gratuítos para aqueles tipos de dependência, a verdade é que não existe para os fumadores. Isto é, os únicos dependentes que contribuem, através do seu vício, para os impostos do Estado, são os únicos que não têm apoio desse mesmo Estado. Eis aqui a hipocrisia.

O que vai passar a acontecer é que vai andar meio mundo a vigiar outro meio mundo.

Enquanto democrata sempre afirmei que a minha liberdade termina quando começa a liberdade do outro. Esta premissa tento tilizá-la enquanto fumadora.

Assim, se um determinado local tem um espaço específico para fumadores é para lá que vou. Não fumo junto de pessoas grávidas. Se alguém me pede para não fumar porque o incomoda, não fumo.

A grande aposta tem que ser na prevenção junto dos jovens. Temos que assegurar que eles tenham acesso a informação que nós não tivemos.

Quanto ao resto, e em conclusão, penso que tudo se resume a questão de respeito pelo outro que não se resolve com perseguições.


Abraço

NI

Anónimo disse...

Por agora uma nota: foi postada nos grandes portugueses uma ligação para a embaixada dos Estados Unidos da América, na qual se pode ver que Henry Norweb foi embaixador em Portugal de Julho de 1944 a Fevereiro de 1945. Contudo, não foi publicado.

NI disse...

Caro Amigo:

Não sei se teve o trabalho de ler as mensagens relativas a esse assunto. Contudo, poderei acrescentar que numa delas indiquei o link da embaixada dos EUA para confirmarem.

Sem pretender aumentar a discussão sobre esse assunto, direi, ainda, que foi uma matéria que fazia parte de uma cadeira da faculdade daí ter consciência daquilo que estou a falar, daí ter dito que mantinha, nos exactos termos, tudo aquilo que disse quanto a esse assunto.

Um abraço

NI

Anónimo disse...

Não percebo como uma pessoa se consegue enganar a si mesma. Mas não me deixo de rir às gargalhadas com a pretensão de honestidade e de humildade.

Sobre o assunto do tabaco, adianta-se, desde já, que também sou fumador. Os seus argumentos são fortes e a campanha anti-tabagista ganha contornos incríveis, levando as pessoas a dizerem coisas que não as vejo dizer para nenhum outro assunto. Vejam-se os comentários no sítio do jornal Público, por exemplo. É, de facto, uma tremenda hipocrisia, chegando a ser insultuosa a pretensão que se tem sobre o outro. Vai haver salas de xuto para fumadores? E será que o gerente de um café, quando uma senhora burguesa ramelosa tirar um cigarro, irá chamar a polícia? E quando os clientes se armarem em donos do café, do espaço, etc e acharem que têm a prerrogativa do bem-estar comum?

Um outro assunto diz respeito a tratar o fumador como um suícida. Bem, a questão diz respeito ao corpo próprio e à consciência que se tem sobre ele. Primeiro ponto: o corpo é meu - sou eu que sinto. Segundo: se estou esclarecido, a responsabilidade do que me possa acontecer é minha, enquanto sujeito. Terceiro ponto: Miguel Sousa Tavares não deixa de ter alguma razão, quando em cólera, aponta o dedo a outros males. Por exemplo, se calhar devia haver naior empenho na denúncia dos casos de maus tratos domésticos. Se se andasse mais atento a isso, talvez não acontecessem as desgraças que acontecem neste páis em que crianças são mortas. E há sinais por demais evidentes. Pois, aí a vida é de cada um e eles é que sabem. Pois se sabem de maus tratos, a mulheres, a crianças, averiguem e denuciem. E aí fazem qualquer coisa mesmo boa a mulheres e crianças paralisadas pelo medo e marcadas no seu estar não se sabe até onde.

Irritado com a trampa que para aí pulula, António Almeida.

Anónimo disse...

Em relação ao tabaco, só umas ideias simples. Nada como o respeito mútuo e o bom senso. Eu sou não-fumadora (por mera sorte, quando era miúda bem que queria fumar mas o meu organismo não engraçou nada com o tabaco :) e tenho assistido, ao longo da minha vida, a atitudes de grande intolerância quer por parte de fumadores quer de não-fumadores

Há muitos anos, penso que há cerca de uns 10 anos, estive a tirar um curso de língua e cultura italiana em Florença. Partilhava o apartamento com uma brasileira e uma americana. Esta última estava connosco e não com os seus concidadãos porque era uma fumadora compulsiva e os colegas não a queriam por perto. Eu, que até sou alérgica ao tabaco, sinceramente, nunca conheci uma fumadora tão impecável e respeitadora. A casa nunca cheirava a tabaco, ela nunca fumava ao pé de nós e era realmente extremamente cuidadosa. A brasileira (também não fumadora) indignava-se imenso pela forma como os outros americanos a tratavam – e a americana ria-se, encolhia os ombros e dizia que eles até tinham a sua razão… Eu não compreendo a exclusão de uma pessoa que não faz nada de mal, não incomoda ninguém e respeita totalmente os não-fumadores. Ela era posta de parte porque fumava, ponto final. E isso é um absurdo.

Confesso que adoro ir aos Estados Unidos e sentir o cheiro das coisas – entrar no Starbucks e cheirar a café e bolos, ir a bares e ninguém fumar, estar numa esplanada e sentir o cheiro das árvores e não o pivete do tabaco da pessoa do lado. Existe, de certeza, um meio-termo onde todos se podem sentir bem – a verdade é que a grande maioria dos fumadores fuma e não quer saber se incomoda ou não. Mas se conheço alguém, fumador, cuidadoso com os outros, sou a primeira a defendê-lo.

Recordo-me de estar em casa de amigos na Noruega, em Dezembro, um frio de rachar lá fora e, depois do jantar, uma das convidadas levantar-se, vestir um casacão, enfiar um gorro e ir para a varanda fumar. Deviam estar, pelo menos, uns 10 graus negativos. Achei aquilo incrível, a forma decidida e simples como ela se esgueirou para fora da sala. Quando voltou e viu o meu olhar interrogativo, como quem diz “puxa, nem protestas!”, ela riu-se e disse “o Rolf tem o direito de querer a casa sem cheirar a tabaco, não faz mal, a casa é dele e tenho de respeitar”.

Ah, os nórdicos, temos muito a aprender com eles…

Uma óptima tarde para todos
Isabel

NI disse...

Cara Isabel Álvares:

Antes de mais, muitos parabéns pelo primeiro lugar, mais do que justo do Prémio Simpatia. Tive oportunidade de seguir as suas intervenções e merecia ter ganho destacad.

Subscrevo, na íntegra, a sua intervenção quanto ao tabaco.

Um abraço amigo

NI

Francisco o Pensador disse...

Eu talvez tenha uma palavra a dizer sobre o tabaco,pelo simples facto de ter sido já fumador e ter conseguido deixar o vicio faz cerca de 2 anos.(fumava 3 maços por dia)

Para começar tenho que dizer que isto que está em portugal até nem é nada.
Na minha opinião,esta medida só peca por ser tardia...
Nos outros paises da europa,as medidas anti-tabaco são implacaveis!
Nós é que não gostamos de leis!!!
É verdade minha gente...o português detesta obedecer!!
Faz barulho por tudo e por nada.
Se vocês repararem bem,cada vez que existe uma lei,os portugueses nunca procuram estudar a melhor forma de aplicar essa lei!
Não,pelo contrário...procuram sempre encontrar a melhor forma de contornar a lei!!
Tenho ou não tenho razão!

Agora uma coisa é certa...
Não vai adiantar nada inventar uma lei se não houver fiscais no terreno a inspeccionar o seu cumprimento!
Não é proibido vender bebidas alcoolicas as pessoas embriagadas?
Vão lá ver se isso está a ser cumprido!
Não é proibido a admissão de jovens com menos de 16 anos nos salões de jogos?
Vão lá ver se os salões não estão carregados deles e a beber cerveja!!
Com esta lei vai ser igual...
É só para figurar no papel e conseguir calar a CEE.

Agora um comentário para o sr Luis Antonio Almeida..
Sr luis,quando fumava os outros queixavam-se do odor e eu não passava cartão a coisa,porque pensava que elas estavam armadas em esquesitas...
Depois deixei de fumar e hoje dou-me conta do horror que é esse cheiro!!
Já não suporto um fumador ao meu lado!!
Antigamente podia estar numa sala com 20 pessoas a fumar,que não dava pela diferença..(a não ser o nevoeiro),mas agora não consigo suportar um que seja..
Sr Luis,o problema não reside no mal que o tabaco possa nos fazer!
O verdadeiro problema reside no mal que fazemos aos outros!!
Estamos a prejudicar a qualidade de vida das outras pessoas e a mata-las também!
Nós não nascemos com um cigarro na boca!!...é um sinal évidente que não necessitamos do tabaco para viver..
Por isso,essa lei não foi criada para o proteger a si dos seus vicios....foi para proteger quem não tem culpa de você ter vicios!
(digo isto respeitosamente sr luis..)

Em relação ao comentário da Teresa,gostaria que ela me dissesse se ela acha que seria possivel em portugal,um português ter a mesma atitude e o mesmo civismo que teve essa americana!!

Aqui,se a gente disser a alguém que o cigarro dele está a incomodar...ele em vez de apagar o cigarro,ainda vai acender outro...

Creio não estar enganado.

Um abraço.

Francisco o Pensador disse...

«..Em relação ao comentário da Teresa,gostaria que..»

Não era da Teresa,desculpem-me!
Era da nossa querida amiga Isabel Alvares!
Devia estar a pensar na Teresa..
(Não pensam nada de mal..)

Obrigado.

Anónimo disse...

Querida Ni,

não sei se merecia o prémio, sinceramente. Acho que sou uma pessoa naturalmente afável mas, no caso concreto do fórum, na minha defesa convicta de Sousa Mendes, por vezes fui bastante antipática com alguns intervenientes. No entanto fico muito feliz por ter ganho um prémio tão "fixe" - e é pena não puderem ver o sorriso que agora tenho na cara...

A Ni é que merece todos os prémios deste fórum, puxa! - atura, valentemente, cada um... Só tenho uma expressão para si, Ni: "Grande mulher!"

Tudo de bom para todos :)
Isabel

Anónimo disse...

Olá pensador :)

Respondendo à tua pergunta, e pela experiência que tenho de convivio com povos de cultura anglo-saxónica, penso que dificilmente um português teria essa atitude. Eu considero-me uma pessoa com civismo mas, no meu contacto com estes povos, de vez em quando ainda fico admirada com a atitude deles, de enorme responsabilidade, respeito e civismo. Aprende-se muito, no contacto com os outros. Aliás, tenho a certeza que eles aprendem também muito comigo e com outros portugueses. Nalgumas coisas somos imbatíveis… Geralmente os estrangeiros "adoram-nos" - já repararam? Porque será?

E parabéns pelo prémio!!!!!
Tudo de bom
Isabel

*tεrεsα* disse...

Olá a todos.
Parabéns pelas votações. Foram lugares bem merecidos.
Acerca do assunto do tabaco, mais tarde dou a minha opinião. Neste momento estou com falta de tempo.

Beijos.

*tεrεsα* disse...

Olá.

Eu sou não fumadora. Tal como a Isabel sou alérgica ao tabaco. Ainda assim, quando era adolescente, resolvi experimentar um cigarro. Só para ver como era... escusado será dizer que detestei. Detestei ainda mais o sabor que ficou na boca... pedi logo uma pastilha elástica aos meus amigos para tirar aquele sabor (claro que não lhes disse que era alérgica. Tal como bons amigos que eram iriam dizer: Nem penses… Mas lá disfarcei)... Disse-lhes: Como é que vocês gostam disto? E eles responderam-me: No princípio é sempre assim.
Mas só aquela vez serviu-me de lição.
Concordo com a actual lei. Infelizmente não há muitos fumadores como a NI. Já deparei muitas vezes com fumadores a fumar no lugar de não-fumadores. Quando pedi para apagarem ou para, pelo menos, desviarem o fumo do cigarro, olharam contrariados e lá fizeram o que eu pedi. A um amigo meu aconteceu pior: pediram que ele mudasse de lugar se não estava bem, quando eles estavam no sítio errado. Os outros têm o direito de fumar. Mas eu também tenho o direito de não fumar.
Também já assisti a situações caricatas. Quando foi estipulado que deveria haver separação de fumadores e não fumadores nos cafés, verifiquei num café que costumo frequentar que tinham posto a máquina de venda de cigarros no lado dos não fumadores... Vendo aquilo, falei com o dono do café. Ele respondeu-me: realmente tem razão. Sabe, eu pus ali porque achei que ficava melhor. Mas vou mudar.
Outra situação que me contaram aconteceu com a irmã de uma amiga minha num voo da TAP, há uns anos atrás. Uma senhora estava a fumar. A senhora que estava no lugar da frente disse que eram lugares de não fumadores e queria que ela fizesse o favor de não fumar. Sabem o que ela fez? Mal a outra se virou para a frente apagou o cigarro no cabelo dela. Contaram-me que foi uma enorme confusão, o avião voltou para o aeroporto e essa senhora, mal saiu do avião, foi logo acompanhada pela polícia...
Como vêem é preciso estabelecer limites.
Tal como a Isabel, quando fui para a faculdade noutra cidade fiquei num apartamento de dois andares com nove quartos. Éramos 9 raparigas (como dizia o meu irmão: Era quase uma equipa de futebol). Todas de faculdades diferentes. Todas de diferentes lugares. Na nossa casa havia um poster que fizemos: A nossa liberdade acaba onde começa a das outras. Respeite para ser respeitada. Aqui todas trabalhamos para manter um bom ambiente e ter a casa em condições. Ninguém é criada de ninguém.
Tínhamos uma lista de tarefas. Tarefas essas que rodavam todas as semanas. O pagamento das contas era rodado todos os meses (todas davam a sua parte e a que ficava designada nesse mês ia pagar). Ficou estipulado que ninguém fumava nos lugares comuns. Se fosse na cozinha, podia fazê-lo à janela; Evitar fazer muito barulho antes das 10h da manhã e depois das 10h da noite, uma vez que todas nós tínhamos horários diferentes.
Não fiquem a pensar que éramos robots, porque não éramos de facto. Divertimo-nos muito naquela casa. Fiz amizades para a vida inteira. Amigas verdadeiras de coração.
Foi o que nos ajudou a conciliar as nossas diferenças. Aprendemos muito umas com as outras. E sempre que alguma ficava doente, fazíamos de enfermeiras. Lembro-me que uma amiga minha apanhou uma intoxicação alimentar. Estava a passar a computador a tese final de curso. Para ela não ficar atrasada, ofereci-me para passar. E sempre que precisei, todas elas ajudaram-me sem excepção.
Foi uma autêntica escola de vida.

Anónimo disse...

Caro pensador, em primeiro lugar esqueça o senhor, pode ser Luís, Luís António. Comigo esteja à vontade.

Eu sei que a lei não é para mim e estou de acordo com os seus argumentos, como também com os da Isabel. A miha suspeita é que esta lei implica uma ambiência de pretensão moral sobre o outro e que pode ganhar determinadas formas. Aliás, eu vou cumprir escrupulosamente a lei. Decerto que continuarei a fumar em casa, sossegado, à janela. O que eu não aceito é que uma pessoa possa ser julgada de forma quase sumária e hipócrita por ser fumadora. Não sei, em semelhante caso, quem terá maior défice de clarividência.

Portanto, o ponto é: A lei é correcta enquanto o caso diz respeito à saúde pública. Muito bem. O problema, a haver, é a implementação de espaços diferenciados... muito bem. E no que diz respeito a eventuais espaços mistos? Que tipo de regras se podem definir? Podem dizer: é muito simples, Luís António - não fuma. Está bem, sejamos intransigentes, com as autoridades a aplicarem multas aos fumadores. Seria bom, também, se se prendesse o Valentim Loureiro e que os cidadãos fossem implacáveis com a corrupção. Não é comparável? É, na medida em que acicata os cidadãos a tomarem parte activa no bem comum. Mas aceito a discussão.

Os melhores cumprimentos, Pensador.

Anónimo disse...

Concordo consigo a 100%, Luís - infelizmente, hoje em dia, assiste-se, cada vez mais, ao evoluir de um falso moralismo, totalmente hipócrita, na busca de novos bodes expiatórios (não só em relação ao tabaco, atenção - por exemplo, quero aqui recordar o caso dos cartoons dinamarqueses e de novas formas de racismo que estão a surgiu nomeadamente na Europa). Como sempre fui totalmente contra qualquer tipo de exclusão e de generalizações abusivas, receio muito onde nos pode levar este tipo de "limpezas"... Respeito pelas opções dos outros, civismo, bom-senso, educação... se estes valores fossem postos em prática nem seria necessário haver leis que regulassem o acto de fumar em espaços públicos.

Um abraço para si
Isabel

NI disse...

Caros Amigos:

O sempre atento Pensador, por entender que poderá ser útil à discussão, fez chegar este artigo que comenta algumas afirmações do Miguel Sousa Tavares na TVI, a propósito da lei antitabagista. Segundo o cronista João Miguel Tavares do Diário de Notícias, Miguel Sousa Tavares terá afirmado que, e cito a crónica “...o fumo nos restaurantes, que o Governo quer limitar, incomoda muitíssimo menos do que o barulho das crianças - e a estas não há quem lhes corte o pio. Que bela comparação. Afinal, o que é uma nuvenzinha de nicotina ao pé de um miúdo de goela aberta? Vai daí, para justificar a fineza do seu raciocínio, Sousa Tavares avançou para uma confissão pessoal: "Tive a sorte de os meus pais só me levarem a um restaurante quando tinha 13 anos." Há umas décadas, era mais ou menos a idade em que o pai levava o menino ao prostíbulo para perder a virgindade. O Miguel teve uma educação moderna - aos 13 anos, levaram-no pela primeira vez a comer fora...»

Bom, sem qualquer outro comentário (porque frases existem que se comentam a elas próprias), aqui deixo o link convidando, desde já, os Amigos a pronunciarem-se.

http://dn.sapo.pt/2007/05/08/opiniao/calemme_a_criancinha_nao_consigo_mas.html


Abraços.

NI

NI disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
NI disse...

Caros Amigos:

Por qualquer motivo (o mais provável é que sou uma "trenga" com computadores), não consigo inserir o link. Não sei se o pensador conseguirá. Contudo, o essencial das afirmações produzidas pelo M. Sousa Tavares estão no texto que inseri.

As minhas desculpas.

Abraços

NI

Francisco o Pensador disse...

Ni,no que diz respeito ao link,devo dizer que sou um verdadeiro zero-a-esquerda!
Como sabes,só aprendi a trabalhar com isto,faz relativamente pouco tempo..

Agradeço-te a gentileza de publicares o texto que te enviei e gostaria de comentar o seguinte sobre o mesmo:

Para começar,gostaria de poder dizer que o MST já tive dias melhores...está a ficar muito mal-humorado!
Precisa de arranjar uma namorada urgentemente ou ainda segue o exemplo do Carlos Cruz..(para bons entendedores 1/2 palavra basta..)

Se o MST tivesses filhos (ou tivesse que educar os que tem..),não mandaria para o ar esse comentário infeliz.
E porquê?
Porque não existe comparação possivel...
Se alguém fumar ao meu lado e o seu fumo me incomodar,posso me dirigir à essa pessoa e pedir-lhe com civismo que apague o seu cigarro,e essa pessoa terá toda a capacidade de poder fazer isso.
Agora....tente chegar a beira de uma mãe e pedir para calar o filho que está gritar de nervosismo!
Que vai fazer a mãe?
Dar-lhe uma sapatada?..jà é considerado crime fazer isso e dá cadeia!
(Além da vergonha que a mãe deve estar a sentir por ser alvo de atenções..)
E que sugestões entendo nas palavras do MST?
É FAVOR DEIXAR OS FILHOS EM CASA ATÉ OS 13 ANOS..

É muito fácil e comodo fazer isso,não é?
Em casa,dão um jogo de video e uma televisão para o "puto" se entreter e não chatear porque a mãe está a ouvir a novela...e o pai está a ler o jornal..
Depois quando sai,não leva os filhos para o restaurante para não incomodar os assexuados como o MST..
QUE NOÇÃO DE FAMILIA É ESSA?

O vicio do tábaco é fácil de deixar,quando temos força de vontade suficiente...mas uma FAMILIA não se constroi de uma hora para a outra!!
Quando o "puto" chegar a adolescente e fôr encontrado pela mãe (ou pai) com uma seringa espetada no braço,vão-se perguntar onde é que erraram???

Na minha opinião o MST fez uma analise muito leviana sobre este assunto do tabaco..

Um abraço.

NI disse...

Pensador:

Subscrevo a tua intervenção.

Considero o MST um bom comentador. Tem ideias controversas e ele próprio tem um enorme prazer em ser controverso. Penso, contudo, que por vezes, ao tentar defender uma opinião, utiliza argumentos que lhe retiram qualquer razão.

Discordo, frontalmente, com os argumentos que o MST apresentou.

Devo confessar que sempre me irritou assistir a "birras infantis", seja em que lugar for. A forma de intervir sobre essas birras também não acolhe unanimidade junto dos especialistas. Na parte que me diz respeito direi que nunca permiti birras às minhas filhas. Á primeira tentativa castigo assegurado (utilizo muitos os castigos, especialmente retirando o acesso àquilo que elas mais gostam). Nunca cedi aos caprichos. É verdade que tenho assistido a birras infantis (algumas bastantes incomodativas)de crianças cujos pais se mantém absolutamente impassíveis. Isto, confesso, também me irrita. Assim como deveria existir o respeito por parte dos fumadores para não fumar, quando questionados, os pais dos meninos que fazem birras poderiam,por exemplo, pegar na criança e levá-los a apanhar um pouco de ar (pelo menos é o método adoptado por uma das minhas irmãs que tem um filho com "tendências birrentas"). Quando ele se lembra de mostrar essa sua faceta num restaurante a minha irmã, com uma calma que invejo, pega no filho e vai até à rua durante uns momentos. Com palavras ela lá consegue acabar com a birra e volta para dentro. Não sei se é um bom método mas, a verdade, é que não precisa de deixar o filho em casa e não incomoda ninguém.

O método do MST será bom, porventura, para aquelas pessoas do "jet set" que andam constantemente em festinhas deixando os filhos com uma babysiter. Mas como a maioria dos portugueses é da plebe não penso que seja um método com muita adesão.

Abraços

NI

Francisco o Pensador disse...

Muito bem Ni!
Subscrevo a tua mensagem eu também na totalidade.
E acrescento ainda...

No mundo do "Jet set",só conhecem os filhos quando eles são capa de revistas ou se vêem envolvidos num escândalo de reconhecimento de paternidade de um filho ilegitimo!

A sério,nunca senti inveja do mundo deles.
É tudo superficial,não existe solidez afectiva.
Quando um pai morre,eles até batem palmas a pensar na herança..

Eu adoro sentir admiração no olhar dos meus filhos!
E acredita Ni,já o senti muitas vezes...

Um abraço.

Francisco o Pensador disse...

Ola a todos...
Hoje encontrei no you tube um discurso que faz sentido para muitos de nós e que merece ser relembrado..

http://www.youtube.com/watch?v=FPzgq8sNbMI

Abraços

Francisco o Pensador disse...

Tal como tinha prometido,embora um pouco atrasado,venho vos falar da familia.

Que significa para mim a familia?
Para mim a familia é a base de tudo...
É a familia que vai condicionar ,pelo bem e pelo mal,todo o comportamento do ser humano!
Mediante o nosso crescimento no seio de uma familia,é que vamos determinar mais tarde,a nossa filosofia e modo de estar na vida.
A familia é o alicerce do amor!
E só por isso,vale bem qualquer sofrimento da nossa parte,para que ele permaneça sempre em pé!

Mas como devemos nós viver em familia?
Como devemos educar os nossos filhos?

Eu tenho um modo engraçado para responder a estas perguntas.
Vejo as coisas assim...
"Um filho é como uma sopa,nem pode ser salgada,nem ter pouco sal...tem que levar sal na medida certa!...pois só assim teremos uma sopa saborosa.."
E o que quer dizer isso?
Quer dizer que temos que manter um equilibrio entre o "mimo" e a "reprimenda"!
Não podemos cair no exagero
Mimo quando ele merece..
Reprimenda quando ele merece...

Se dermos mimos a mais vamos estragar tudo e se formos demasiados severos,também iremos estragar tudo!

Eu pelo menos costumo fazer assim..
Gosto imenso de dialogar com os meus filhos e fazê-los sentir que me preocupo e que quero fazer parte da vida deles!
Faço-os sentir que me interesso por tudo o que eles fazem!
E gosto de fazê-los sentir que são pessoas especiais na minha vida!

Os nossos filhos adoram isso!
Gostam de se sentir alvo das nossas atenções,e quando isso acontece,elas tentam sempre nos surpreender cada vez mais!

Mas quando erram,temos que ser também severos!
Mas não de qualquer maneira!
Tal como eu tinha dito,não podemos nunca cair no exagero!
E umas "palmadas" bem assentes por vezes são infelizmente nescessárias...(embora deva ser sempre evitado)
Mas sobretudo nesses momentos o que é preciso fundamentalmente é fazê-los conhecer e compreender os seus erros...
É preciso explicar o motivo porque foram castigados.
Se castigar sem explicar o motivo,vou criar um sentimento de injustiça e vou criar um "cancro" na sua personalidade.

Parece que ainda me lembro de quando o meu pai me castigava e me dizia:"Olha para o que eu te digo,não olhes para o que eu faço!"
E eu ficava danadissimo...!!

Acima de tudo é isso que suporta o meu padrão de familia...
..O DIALOGO!!!

E até esta data,tem resultado sempre!

Saibamos pois estar sempre presentes na vida dos nossos filhos com dialogo,cumplicidade,interesse,amor e...sal na medida certa!!!!

Um abraço para todos!

NI disse...

Olá Pensador.

Acabei de chegar e vim ver as novas mensagens do blog.

Subscrevo, na íntegra, a tua intervenção.

Há uma das partes da tua intervenção, e cito, "... Parece que ainda me lembro de quando o meu pai me castigava e me dizia:"Olha para o que eu te digo,não olhes para o que eu faço!"
E eu ficava danadissimo...!!, que me suscita o seguinte comentário.

Em minha casa temos por hábito falar de tudo. Não existem tabus. A única restrição em termos de conversas tem a ver com a adequação do tema de acordo com a idade, dado que a diferença entre as minhas duas filhas é de oito anos.

Como já afirmei sou fumadora. A partir desta realidade surgiu-me, desde logo, um problema: não tinha moral para criticar qualquer uma das filhas que eventualmente fumasse. Como abordar este problema sem que pareça uma "lição de moral" pois não a tenho?

Quando chegou a altura de falar com a minha filha mais velha, optei por lhe dizer que infelizmente tinha um vício contra o qual não tinha força suficiente para lutar, facto que constituia uma grande defeito. Contudo, tinha a certeza que ela não cairia na mesma asneira que eu por duas ordens de razão: tinha uma personalidade forte e tinha acesso a informação que eu, na idade dela não tinha. Por isso, conclui, tinha a certeza de que ela, na altura própria, iria fazer uma opção acertada.

Não sei se a minha abordagem foi a mais correcta. Todos os dias, enquanto pais, temos desafios. Penso, sinceramente, que a melhor forma de os ultrapassar é através de diálogo. Devemos ter a coragem de pedir desculpa quando erramos e sempre que tivermos de impôr a nossa "razão" temos que a justificar. Não basta dizer "não, porque não".

Abraços

NI

Antonio disse...

Estado da Nação

Ministérios:
Finanças e Função Pública juntamente com Economia.

As minhas medidas, englobam, dois ministérios, muito próximos e até unidos em certos países.
Portugal atravessa uma crise financeira, que agora, com o actual governo, certas coisas se estão a resolver, porém outras estão na mesma, e até estão a piorar.
Para podermos resolver os actuais problemas económico-financeiros de Portugal é preciso saber quais são esses problemas:

O Fraco Crescimento Económico – Apesar do Crescimento Económico em Portugal estar a aumentar, não deixa de estar a um intervalo enorme do resto da União Europeia, estamos cada vez mais próximos, mas esse mais próximo, ainda é um distante.

Desemprego – Não é problema só de Portugal, mas sim praticamente toda a União Europeia, atravessa este crescente e bem real problema, causado nomeadamente pela qualificada e barata mão-de-obra de leste. Este problema originará outros.

Pobreza – Embora, não seja um problema que exista em grande quantidade e ter sempre existido, agora com a crise e com os impostos do governo a classe média está, digamos, a ser “puxada” para baixo. A mentalidade portuguesa também é preocupante neste caso, por exemplo, há quem prefira um bom carro, do que comida no prato.

Elevada Quantidade de Funcionários Públicos e a sua Pouca Influência – Portugal tem um elevadíssimo número de funcionários públicos em relação ao resto da União Europeia, por exemplo a população da Alemanha é oito vezes superior à de Portugal e ambos os países têm uma quantidade bastante aproximada de funcionários públicos, porém é dos países desta cujos funcionários públicos têm menor influência, cerca de 17.9%, enquanto noutros países como na Suécia a influência ronda quase o dobro, os 33%. O actual governo, tem tido um forte combate em relação este problema, que é o principal causador da nossa fraca economia.

Reformas e Pensões – O envelhecimento da população é um problema de toda a União Europeia, o problema é que os idosos, devido à sua incapacidade são população inactiva e ainda por cima são sustentados pelo Estado, representando uma despesa. Também existem casos nos quais reclamam com o limite da idade de reforma, pelo facto de ser muito elevado e há também o problema das pensões.

Desocupação do Interior – A zona do interior está a ficar gradualmente desabitada e sendo Portugal um país pequeno devia aproveitar todas as regiões sem excepção. Tal como o Japão.

Fortes Importações e Fracas Exportações – Apesar de sermos um país com fracos recursos, temos certas regiões do país nas quais os recursos não são explorados ao máximo, como por exemplo os energéticos renováveis, não esqueçamos que as importações e exportações, são uma das bases da economia, devíamos ser um tanto mais mercantilistas, não digo auto-suficientes, pois tal seria impossível, mas tentar reduzir a importação e aumentar a exportação com grande preocupação e interesse.

Falta de água – Embora não seja um problema actual, é uma dificuldade que certamente haverá no futuro e um futuro não muito distante e como mais vale prevenir que remediar algo deverá ser feito. Este bem será o petróleo do futuro, mas ainda pior, pois sem petróleo apesar de mal sobrevive-se, mas sem água…






















Medidas

Portugueses, após uma breve, simples e pequena reflexão sobre o actual estado financeiro e económico da nossa nação, da nação portuguesa, apresentarei dez medidas para a resolução da maioria destes problemas, para uma melhor economia em Portugal.
Certas medidas irão prejudicar ainda mais outros problemas, no entanto há certos problemas que só se resolvem com outros, mas a questão é: Serão estes novos problemas fáceis de resolver? Se assim for vale a pena, pois perde-se o inicial e o criado.




1ª Medida – Profissionalização dos Funcionários Públicos:


Como foi já referido na apresentação, Portugal apresenta muitos funcionários públicos, mas estes pouca influência têm no país. Sendo número deles já excessivo, admitir mais, amplificaria o grande problema da quantidade imensa destes, porém a profissionalização poderia aumentar a sua influência e no futuro até se conseguiria reduzir a sua quantidade.
Isto é um facto que actualmente neste governo está a acontecer, mas eu sugeriria que fosse do seguinte modo:
Esta profissionalização seria obrigatória e gratuita, cada mês teriam de ter um certo número de aulas, em vez de trabalhar numa hora teriam uma aula de cursos suplementares onde cada funcionário público devidamente integrado na sua profissão e local de trabalho variaria o seu horário.
Após um determinado período, teriam de fazer exames, tanto práticos como teóricos (variando consoante a função exercida por cada um).
Se a nota fosse positiva, passariam e deixavam de ter este curso e voltariam ao trabalho normal, se o resultado fosse impressionante, poderia aumentar o estatuto hierárquico do funcionário e o seu ordenado.
No caso de haver reprovação, no período seguinte de cursos teriam de os refazer.
Estes resultados influenciam também a terceira medida.

Havendo profissionalização, a economia teria um maior crescimento, o único problema seria o tempo do curso, porém esse tempo perdido seria retribuído com o dinamismo da segunda medida, fazendo com que a eficiência do reduzido (apesar de pouco) tempo de serviço, fosse logo corrigido e até superado.





2ª Medida – Criação de um controlo aos Funcionários Públicos:


Os próprios funcionários públicos são já controlados pelo governo, no entanto não é um controlo fixo e regular.
Este novo controlo, será um corpo de fiscais e avaliadores, que registarão e supervisionarão o que os funcionários públicos fazem enquanto trabalham e verificam, porque razão certas vezes não trabalham, dizem também o que está a correr mal e o que deveria ser emendado e melhorado.
Ao longo dos tempos vão fazendo registos de tudo o que vêm e sabem a cerca dos funcionários públicos.
O corpo de controladores será seleccionado pelo governo e terá aproximadamente cem membros.

Os objectivos deste corpo, será o aumento da eficiência da parte dos funcionários, uma maior organização entre estes e a terceira medida será igualmente afectada por esta segunda.





3ª Medida – Redução dos Funcionários Públicos.



A redução do número de funcionários públicos é algo inevitável, o ideal rondaria entre a demissão de duzentos mil a duzentos e cinquenta mil.
No entanto, são números desmedidamente grandes e o desemprego, já é um problema com dimensão suficiente e não suportaria tão colossal quantidade, porém o excesso de funcionários públicos é a principal causa da nossa crise económica
Analisemos: O desemprego também existe nos outros países europeus e a nível de importações e exportações estamos relativamente aproximados de certos países da União Europeia, o que está com maior diferença em relação aos outros países da UE são claramente os funcionários públicos. É o nitidamente número excessivo destes que afecta a economia nacional.

Beneficiando então do corpo de controladores (formado pela segunda medida) e dos seus registos.
Haverão várias reuniões, ao longo de cerca de um mês, após um ano de observação e avaliação nas quais todos os controladores deverão apresentar todos seus registos.
A informação que os registos têm irá afectar a redução que será depois feita, essa informação será baseada na evolução, no nível de rendimento, o histórico e curriculum, necessidade financeira, família, idade, local de trabalho (região do país) e consoante também a função exercida pelos/dos funcionários públicos.
Serão então escolhidos sessenta mil para uma demissão, no ano seguinte o mesmo acontecerá, e no terceiro e último, será o mesmo mas será uma redução de apenas mais trinta mil.
O total da redução será de cerca cento e oitenta mil.

O receio e o ensino causado pelos controladores aumentarão a eficiência dos funcionários públicos.

Esta medida criará mais desemprego, será então imprescindível adoptar medidas para a redução deste grande problema.






4ª Medida – Poder Industrial no Interior do País:

Em Portugal, há uma constante migração do Interior para o litoral, o que tem provocado o despovoamento de todo o interior do país, que é uma região com uma enorme extensão e até com poucos, mas alguns recursos, então a forma de ressuscitar o interior deverá ser, por causa do seu atraso, da mesma forma como evoluíram os designados NPI’s (novos países industrializados), eu explico:
Com a introdução de indústrias, no interior, mas é claro que a eficiência e o preço da mão obra de Portugal difere das dos NPI’s, logo a forma de atrair essas empresas necessitaria da contribuição e cooperação de capitais do estado português, com tudo facilitado as empresas, viriam para Portugal, o estado também poderia incentivar a criação de empresas portuguesas no interior.
Certos desempregados que abandonaram o interior para tentar a sua sorte no litoral, mas não foram bem sucedidos, esses têm casa no interior, logo voltaram para lá, pois lá poderão ter emprego e a migração iria inverter-se, o interior iria desenvolver-se, o desemprego iria diminuir, iria também aumentar a produção nacional, reduzindo as importações e aumentado as exportações.
E como nos NPI’s e como em todos os PED (países em desenvolvimento), a seguir ao crescimento do sector secundário, aparece o terciário. Em relação a estes países o interior teria ainda a vantagem de ser apoiado pela parte do país que é claramente desenvolvida e por ter (o Interior) características de um já país bastante desenvolvido.
Formar-se-ão também novas cidades no interior do país.

Se esta medida não for tomada com urgência o interior ficará desabitado.








5ª Medida – Criação de uma Empresa Automóvel de Marca Portuguesa.

Na fase inicial, todas os escritórios e fábricas pertencentes à empresa localizar-se-ão em Portugal.
Será criada e gerida com o apoio do Estado, terá também incentivos do sector privado.
O IA (imposto automóvel) desta empresa será reduzido e como não terá de pagar taxas alfandegárias. À partida os automóveis serão mais baratos, logo as pessoas terão como primeira hipótese a compra da marca, isso contribuirá para o desenvolvimento da empresa. O que trará mais lucros e mais emprego e facilitará as finanças dos próprios portugueses.
Portugal, não tendo actualmente nenhuma marca automóvel, é obrigado a importar automóveis e não tem obviamente exportação, com a criação desta marca seria diminuída a importação automóvel e poderia possibilitar a exportação.
Como a empresa se localiza em Portugal e uma empresa automóvel tem sempre um tamanho considerável, terá a capacidade de contratar imensos empresários, o que reduzirá em massa o desemprego.





6ª Medida – Diminuição do IVA em dois casos:

O que afecta a diminuição do IVA:
1 - Origem da matéria-prima (Portugal, sim ou não);
2 - Local onde o produto é fabricado (Portugal, sim ou não);
3 - Nacionalidade da empresa (Portugal, sim ou não);
4 - Produtos essenciais (pão, água e leite).

Os três primeiros factores têm como objectivo, o crescimento das empresas portuguesas, pois se estas se desenvolverem, criam mais emprego e também fazem mais concorrência às estrangeiras, atenuando a importação e aumentando a exportação.
A quarta, tem como principal finalidade facilitar a vida aos mais desfavorecidos, fazendo com que os bens essenciais, sejam de fácil acesso e nunca faltem.
7ª Medida – desenvolvimento das Energias Renováveis:


São consideradas as energias do futuro, pois nunca se esgotam.
São bastante caras no arranque inicial, apesar disso acabam depois por render, pois na maioria delas só existe investimento inicial e não é mais necessário qualquer investimento secundário.
E o pensamento dos políticos em Portugal (e não só) tem uma grande deficiência só se preocupam com o presente, olhando de forma insuficiente para o futuro, pois querem dar uma boa imagem do que deixaram no país, para tentar a reeleição e não se preocupam então em investir, pois os lucros poderão passar para o seu opositor.
Quem fica a perder é Portugal, porém este pensamento tem de ser abandonado, há que pensar no futuro e um governante, não deve administrar para proteger a sua imagem, mas sim para o bem do seu país.
Os governos que arrancarem em força as energias renováveis e com estes grandes investimentos serão aqueles que desejarão o bem do país.

Portugal, tem grandes potencialidades, para a energia eólica em quase todo o país, a solar em certas zonas e hidroeléctrica devida à nossa longa costa marítima.

Será excelente para a nossa economia, pois importamos muita electricidade e existem numerosos países da Europa e do resto do mundo que são dependentes de electricidade externa, por isso poderíamos exportar e deixaríamos de importar energia (à excepção do e petróleo e do gás natural) e com a exportação a economia iria florescer.
Isto tudo conservando ao mesmo tempo o ambiente.












8ª Medida – Construção de Barragens:


A água é um bem precioso cada vez mais escasso e indispensável.
O petróleo do futuro, apenas com uma divergência colossal: enquanto que é possível, apesar de complicado sobreviver sem petróleo, sem água, não aguentamos nem uma semana e morremos.
Vários estudos indicam que num futuro próximo, a água potável fará falta à maioria da população mundial.
Uma forma de se evitar isso e Portugal, é começar já a armazenar água, nós portugueses temos o benefício de ter muitos rios, logo, construindo barragens, será possível armazenar quantidades fantásticas de água, assim em Portugal, a sede não será um problema de tamanhas dimensões como noutros países.
Além do mais as próprias barragens poderão ser usadas para a produção de energia (sétima medida).

A construção destas barragens deveria ser feita ao longo dos próximos 10 anos.





9ª Medida – Alterações na Idade da Reforma:

Enquanto as pessoas queixam-se que a reforma é muito tarde e que aos sessenta e cinco anos já não estão capacitadas para trabalhar, o Estado ameaça em subir a idade da reforma, o problema é que ambos têm razão, um por queixar-se e o outro por querer subir.
As pessoas queixam-se que o trabalho esgota muito as pessoas e por isso elas vão perdendo a energia que o trabalho consome, umas pessoas têm, mais que outras e o facto do esgotamento é também afectado pelos nossos filhos, pois exigem responsabilidades e traz problemas, o que traz cabelos brancos a qualquer pai, ou mãe.
Por outro lado as despesas do estado são enormes para com os reformados, logo se desce as reformas (o que está fora de questão), então a solução é o aumento da idade das reformas.

O que deverá ser procurado é uma forma de conciliar os dois pontos, para isso serão feitas três submedidas:

1- Subida da idade da reforma para os sessenta e oito anos.

2- Descida da idade da reforma, a pessoas com dois ou mais filhos. Quanto mais filhos os pais tiverem, menor será a idade da reforma.

3- Uma maneira de evitar também o desemprego e ao mesmo tempo aproveitar a subida da idade da reforma é: Metade de tempo que alguém está desempregado, é acrescentado na idade na qual a pessoa se vai reformar, analisemos, o que esgota as pessoas são as crianças e o trabalho, mas é do trabalho que as pessoas se vão reformar, por isso do tempo que não trabalham uma metade é descontada. Têm direito a dois anos de desemprego, sem qualquer subida da idade da reforma (o que daria mais um ano de reforma), mas a partir de mais de dois anos no desemprego, metade desse temo será acrescentado na idade da reforma.

Poderá haver casos nos quais a segunda e terceira submedida se conjugaram, o que poderá fazer com certas pessoas desempregadas durante muito tempo consigam ter uma idade da reforma até inferior a 68 anos, pois têm muitos filhos, ou então que uma pessoa que mesmo com muitos filhos como esteve muito tempo desempregada tenha uma idade de reforma superior.





10ª Medida – Aumento de Algumas Taxas Alfandegárias:


Deverão ser aumentadas as taxas alfandegárias aos produtos que existam em Portugal, para diminuir as importações e aumentar o desenvolvimento das empresas portugueses. Quanto maior for a existência desse produto fabricado em Portugal, maior serão as taxas, se o produto existir em menor quantidade não serão necessários grandes aumentos nas taxas.
Quanto aos produtos que não existem em Portugal, as taxas deverão manter-se inalteráveis.



Ps- Ni, eu fiz isto no Microsoft Word e as letras dos títulos estavam grandes, só que a passar para aqui diminuíram gostaria de lhe pedir que aumentasse as letras dos títulos na publicação deste post. Agradeço a sua atenção.

Antonio disse...

Os espaços também ficaram mal feitos, gostaria que os rectificasse.
Desculpe o incómodo.

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